Mostrar código-fonte de Formiga

{{Ver desambig}}
{{automatic taxobox
| name = Formiga
| fossil_range = {{período fóssil|100|0|earliest=140|refs=<ref name=phyl2006>{{citar periódico | vauthors = Moreau CS, Bell CD, Vila R, Archibald SB, Pierce NE | título= Phylogeny of the ants: diversification in the age of angiosperms |publicação= Science | volume = 312 |número= 5770 |páginas = 101–104 |data=abril de 2006 | pmid = 16601190 | doi = 10.1126/science.1124891 | bibcode = 2006Sci...312..101M | s2cid = 20729380  | issn = 0036-8075}}</ref>}} [[Albiano]] Superior&nbsp;– [[Holoceno|Presente]]
| image = Meat_eater_ant_feeding_on_honey02.jpg
| image_caption = ''[[Iridomyrmex purpureus]]''
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| parent_authority = Latreille, 1809<ref name=Boudinot2020>{{citar periódico|autor1=Brendon E. Boudinot|autor2=Vincent Perrichot|autor3=Júlio C. M. Chaul|data=dezembro de 2020|título=†Camelosphecia gen. nov., lost ant-wasp intermediates from the mid-Cretaceous (Hymenoptera, Formicoidea)|publicação=ZooKeys|número=1005|página=21-55|doi=10.3897/zookeys.1005.57629|doi-access=free|língua=en|pmc=7762752}}</ref>
| taxon = Formicidae
| authority = [[Pierre André Latreille|Latreille]], 1809
| type_species = ''[[Formica rufa]]''
| type_species_authority = [[Carl Linnaeus|Linnaeus]], [[Systema Naturae|1761]]
| subdivision_ranks = Subfamílias
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* [[Agroecomyrmecinae]]
* [[Amblyoponinae]] (incl. "[[Apomyrminae]]")
* [[Aneuretinae]]
* {{extinct}}Brownimeciinae
* [[Dolichoderinae]]
* [[Dorylinae]]
* [[Ectatomminae]]
* {{extinct}}Formiciinae
* [[Formicinae]]
* {{extinct}}Haidomyrmecinae
* Heteroponerinae
* Leptanillinae
* Martialinae
* Myrmeciinae (incl. "Nothomyrmeciinae")
* [[Myrmicinae]]
* [[Paraponerinae]]
* [[Ponerinae]]
* [[Proceratiinae]]
* [[Pseudomyrmecinae]]
* {{extinct}}Sphecomyrminae
* †Zigrasimeciinae
{{hidden|headerstyle=background:#D3D3A4; text-size:90%;|[[Cladograma]] de<br />subfamílias|
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<small>[[Filogenia]] das subfamílias de formigas existentes.<ref name="Não_nomeado-20240110213109">{{citar livro|url=https://www.mapress.com/zootaxa/2007f/zt01668p563.pdf|título=Phylogeny, classification, and species-level taxonomy of ants(Hymenoptera: Formicidae)8|ultimo=Ward|primeiro=Philip|editora=Zootaxa|ano=2007|local=Department of Entomology, University of California, Davis, CA 95616, USA; psward@ucdavis.edu|página=5}}</ref><ref name="Não_nomeado_2-20240110213109">{{Citar periódico|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2567467/|título=Newly discovered sister lineage sheds light on early ant evolution|data=2008-09-30|acessodata=2023-12-31|periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America|número=39|ultimo=Rabeling|primeiro=Christian|ultimo2=Brown|primeiro2=Jeremy M.|paginas=14913–14917|doi=10.1073/pnas.0806187105|issn=0027-8424|pmc=2567467|pmid=18794530|ultimo3=Verhaagh|primeiro3=Manfred}}</ref><br/>
<nowiki>*</nowiki>Cerapachyinae é [[parafilético]]<br/>
‡ As subfamílias dorilomorfas anteriores – Ecitoninae, Aenictinae, Aenictogitoninae, Cerapachyinae, Leptanilloidinae – foram sinonimizadas como [[Dorylinae]] por Brady ''et al.'' em 2014<ref>{{Citar periódico|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4021219/|título=The rise of army ants and their relatives: diversification of specialized predatory doryline ants|data=2014-05-01|acessodata=2023-12-31|periódico=BMC Evolutionary Biology|ultimo=Brady|primeiro=Seán G|ultimo2=Fisher|primeiro2=Brian L|paginas=93|doi=10.1186/1471-2148-14-93|issn=1471-2148|pmc=4021219|pmid=24886136|ultimo3=Schultz|primeiro3=Ted R|ultimo4=Ward |primeiro4=Philip S}}</ref></small>
}}
}}
As '''formigas''' são [[insetos]] [[Eussocialidade|eussociais]] da [[Família (biologia)|família]] Formicidae e, junto às [[vespas]] e [[abelhas]] relacionadas, pertencem à [[Ordem (biologia)|ordem]] [[Hymenoptera]]. As formigas evoluíram de ancestrais das vespas vespóides no [[Cretáceo|período Cretáceo]]. Mais de 13 800 de um total estimado de 22 mil [[espécies]] foram classificadas. Eles são facilmente identificados por suas [[Antena (biologia)|antenas]] geniculadas ([[Cotovelo|cotoveladas]]) e pela distinta estrutura em forma de nó que forma suas cinturas delgadas.

As formigas formam [[colônia (biologia)|colônia]]s que variam em tamanho, desde algumas dezenas de indivíduos [[predadores]] que vivem em pequenas cavidades naturais até colônias altamente organizadas que podem ocupar grandes territórios e consistir em milhões de indivíduos. Colônias maiores consistem em várias [[castas]] de [[fêmeas]] estéreis e sem [[asas]], a maioria das quais são operárias (ergates), bem como soldados (dinergates) e outros grupos especializados. Quase todas as colônias de formigas também têm alguns [[machos]] [[férteis]] chamados “drones” e uma ou mais fêmeas férteis chamadas “rainhas” (gynes). As colônias são descritas como [[superorganismos]] porque as formigas parecem operar como uma entidade unificada, trabalhando coletivamente em conjunto para apoiar a colônia.

As formigas colonizaram quase todas as [[Massa da Terra|massas de terra]] do [[Planeta Terra]]. Os únicos lugares onde faltam formigas indígenas são a [[Antártida]] e algumas [[ilhas]] remotas ou inóspitas. As formigas prosperam em [[ecossistemas]] [[Trópico|tropicais]] [[Humidade|úmidos]] e podem exceder a [[biomassa]] combinada de [[aves]] e [[mamíferos]] selvagens. O seu sucesso em tantos ambientes tem sido atribuído à sua [[organização social]] e à sua capacidade de modificar [[habitats]], explorar [[Recurso biológico|recursos]] e defender-se. Sua longa [[coevolução]] com outras espécies levou a relações miméticas, [[comensais]], [[Parasitismo|parasitárias]] e [[Mutualismo (biologia)|mutualísticas]].

As sociedades de formigas têm divisão de [[Trabalho (economia)|trabalho]], [[comunicação]] entre indivíduos e capacidade de resolver problemas complexos. Esses paralelos com as [[Sociedade|sociedades humanas]] têm sido uma inspiração e objeto de estudo. Muitas [[cultura]]s humanas fazem uso de formigas na [[culinária]], na [[medicação]] e nos [[ritos]]. Algumas espécies são valorizadas por seu papel como [[Controle biológico|agentes biológicos]] de [[controle de pragas]]. No entanto, a sua capacidade de explorar recursos pode colocar as formigas em conflito com os humanos, uma vez que podem danificar [[Agricultura|colheitas]] e invadir [[edifícios]]. Algumas espécies, como a formiga vermelha (''[[Solenopsis invicta]]''), nativa da [[América do Sul]], são consideradas espécies invasoras em outras partes do mundo, estabelecendo-se em áreas onde foram introduzidas acidentalmente.

== Etimologia ==
O nome da família Formicidae é derivado do [[latim]] "''formīca"'', do qual derivam as palavras em outras [[línguas românicas]], como o [[Língua italiana|italiano]] "''formica"'', o [[Língua castelhana|espanhol]] "''hormiga''", o [[Romenos|romeno]] "''furnică''" e o [[Língua francesa|francês]] "''fourmi"''. Foi levantada a hipótese de que uma palavra [[proto-indo-européia]] "''*morwi-''" era a raiz do [[sânscrito]] "''vamrah''", do [[Língua grega|grego]] "''μύρμηξ mýrmēx''", do antigo [[eslavo eclesiástico]] "''mraviji''", do [[irlandês antigo]] "''moirb''", do [[nórdico antigo]] "''maurr''", do [[Língua neerlandesa|holandês]] "''mier''", do [[Língua sueca|sueco]] "''myra''", do [[Língua dinamarquesa|dinamarquês]] "''myre''", do [[Língua neerlandesa|holandês]] médio "''miere''" e do [[gótico da Crimeia]] "''miera''".<ref>{{Citar periódico|título=How Are Memories Retrieved?|data=2012-10-05|acessodata=2024-01-17|periódico=Science|número=6103|ultimo=Miller|primeiro=Greg|paginas=30–31|doi=10.1126/science.338.6103.30-b|issn=0036-8075}}</ref><ref>{{Citar periódico|título=pismire, n.|data=2023-03-02|acessodata=2024-01-17|publicado=Oxford University Press}}</ref>

== Taxonomia e evolução ==
{{cladograma|alinhamento=left
|legenda=Posição filogenética dos Formicidae conforme visto em Johnson et al. (2013)<ref name=phylo>{{citar periódico | vauthors = Johnson BR, Borowiec ML, Chiu JC, Lee EK, Atallah J, Ward PS | título= Phylogenomics resolves evolutionary relationships among ants, bees, and wasps |publicação= Current Biology | volume = 23 |número= 20 |páginas = 2058–2062 |data=outubro de 2013 | pmid = 24094856 | doi = 10.1016/j.cub.2013.08.050 | doi-access = free | bibcode = 2013CBio...23.2058J }}</ref><ref name=Fernández2021>{{citar periódico|autor1=Fernando Fernández|autor2=Roberto J. Guerrero|autor3=Andrés F. Sánchez Restrepo|data=abril de 2021|url=https://www.researchgate.net/publication/350917357|título=Systematics and diversity of Neotropical ants|publicação=Revista Colombiana de Entomología|volume=47|número=1|página=e11082|doi=10.25100/socolen.v47i1.11082|língua=en|hdl=11336/165214|hdl-access=free}}</ref>
|cladograma={{clade|style=font-size:90%;line-height:90%
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 }}
}}
A família Formicidae pertence à ordem Hymenoptera, que também inclui moscas-serras, [[abelhas]] e [[vespas]]. As formigas [[Evolução|evoluíram]] de uma linhagem dentro das vespas que picam, e um estudo de 2013 sugere que elas são um grupo irmão dos [[Apoidea]].<ref>{{Citar periódico|url=https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0960982213010567|título=Phylogenomics Resolves Evolutionary Relationships among Ants, Bees, and Wasps|data=outubro de 2013|acessodata=2024-01-15|periódico=Current Biology|número=20|ultimo=Johnson|primeiro=Brian R.|ultimo2=Borowiec|primeiro2=Marek L.|paginas=2058–2062|lingua=en|doi=10.1016/j.cub.2013.08.050|ultimo3=Chiu|primeiro3=Joanna C.|ultimo4=Lee |primeiro4=Ernest K. |ultimo5=Atallah |primeiro5=Joel |ultimo6=Ward |primeiro6=Philip S.}}</ref> Em 1966, o mirmecologista [[E. O. Wilson]] e seus colegas identificaram os restos [[fósseis]] de uma formiga ([[Sphecomyrma]]) que viveu no período [[Cretáceo]]. Preso em [[âmbar]] que data de cerca de 92 milhões de anos atrás, tem características encontradas em algumas vespas, mas não encontradas em formigas modernas.<ref>{{Citar periódico|título=The First Mesozoic Ants|data=setembro de 1967|acessodata=2024-01-15|periódico=Science|número=3792|ultimo=Wilson|primeiro=Edward O.|ultimo2=Carpenter|primeiro2=Frank M.|paginas=1038–1040|lingua=en|doi=10.1126/science.157.3792.1038|issn=0036-8075|ultimo3=Brown|primeiro3=William L.}}</ref> Os fósseis mais antigos de formigas datam de meados do Cretáceo, cerca de 100 milhões de anos atrás, que pertencem a [[Basal (filogenética)|grupos-tronco]] [[extintos]], como {{Ill|en|Haidomyrmecinae}}, {{Ill|en|Sphecomyrminae}} e {{Ill|en|Zigrasimeciinae}}, com subfamílias de formigas modernas aparecendo no final do Cretáceo por volta de 80 a 70 milhões de anos atrás.<ref>{{Citar periódico|url=https://academic.oup.com/zoolinnean/article/195/4/1355/6523228|título=Evidence for the evolution of eusociality in stem ants and a systematic revision of † Gerontoformica (Hymenoptera: Formicidae)|data=2022-07-29|acessodata=2024-01-15|periódico=Zoological Journal of the Linnean Society|número=4|ultimo=Boudinot|primeiro=Brendon E|ultimo2=Richter|primeiro2=Adrian|paginas=1355–1389|lingua=en|doi=10.1093/zoolinnean/zlab097|issn=0024-4082|ultimo3=Katzke|primeiro3=Julian|ultimo4=Chaul |primeiro4=Júlio C M |ultimo5=Keller |primeiro5=Roberto A |ultimo6=Economo |primeiro6=Evan P |ultimo7=Beutel |primeiro7=Rolf Georg |ultimo8=Yamamoto |primeiro8=Shûhei}}</ref> As formigas se diversificaram e assumiram o domínio ecológico há cerca de 60 milhões de anos.<ref name=":4">{{Citar periódico|título=A formicine in New Jersey Cretaceous amber (Hymenoptera: Formicidae) and early evolution of the ants|data=2000-12-05|acessodata=2024-01-15|periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences|número=25|ultimo=Grimaldi|primeiro=David|ultimo2=Agosti|primeiro2=Donat|paginas=13678–13683|lingua=en|doi=10.1073/pnas.240452097|issn=0027-8424}}</ref><ref>{{Citar periódico|título=Phylogeny of the Ants: Diversification in the Age of Angiosperms|data=2006-04-07|acessodata=2024-01-15|periódico=Science|número=5770|ultimo=Moreau|primeiro=Corrie S.|ultimo2=Bell|primeiro2=Charles D.|paginas=101–104|doi=10.1126/science.1124891|issn=0036-8075|ultimo3=Vila|primeiro3=Roger|ultimo4=Archibald|primeiro4=S. Bruce|ultimo5=Pierce|primeiro5=Naomi E.}}</ref><ref name=":8">{{Citar periódico|título=The rise of the ants: A phylogenetic and ecological explanation|data=2005-05-24|acessodata=2024-01-15|periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences|número=21|ultimo=Wilson|primeiro=Edward O.|ultimo2=Hölldobler|primeiro2=Bert|paginas=7411–7414|lingua=en|doi=10.1073/pnas.0502264102|issn=0027-8424}}</ref><ref>{{Citar periódico|título=Ants and the Fossil Record|data=2013-01-07|acessodata=2024-01-15|periódico=Annual Review of Entomology|número=1|ultimo=LaPolla|primeiro=John S.|ultimo2=Dlussky|primeiro2=Gennady M.|paginas=609–630|lingua=en|doi=10.1146/annurev-ento-120710-100600|issn=0066-4170|ultimo3=Perrichot|primeiro3=Vincent}}</ref> Sugere-se que alguns grupos, como {{Ill|en|Leptanillinae}} e [[Martialis heureka|Martialinae]], tenham se diversificado a partir de formigas primitivas que provavelmente eram [[Predação|predadoras]] abaixo da superfície do [[solo]].<ref>{{Citar periódico|título=Newly discovered sister lineage sheds light on early ant evolution|data=2008-09-30|acessodata=2024-01-15|periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences|número=39|ultimo=Rabeling|primeiro=Christian|ultimo2=Brown|primeiro2=Jeremy M.|paginas=14913–14917|lingua=en|doi=10.1073/pnas.0806187105|issn=0027-8424|ultimo3=Verhaagh|primeiro3=Manfred}}</ref><ref>{{Citar periódico|título=Rediscovery of the Bizarre Cretaceous Ant<i>Haidomyrmex</i>Dlussky (Hymenoptera: Formicidae), with Two New Species|data=setembro de 2012|acessodata=2024-01-15|periódico=American Museum Novitates|número=3755|ultimo=Barden|primeiro=Phillip|ultimo2=Grimaldi|primeiro2=David|paginas=1–16|doi=10.1206/3755.2|issn=0003-0082}}</ref>

Durante o período Cretáceo, algumas espécies de formigas primitivas distribuíam-se amplamente no [[supercontinente]] [[Laurásia|Laurasiano]] ([[Hemisfério Norte]]). A sua representação no registro fóssil é pobre, em comparação com as populações de outros insetos, representando apenas cerca de 1% da evidência fóssil de insetos na época. As formigas tornaram-se dominantes após a [[radiação]] adaptativa no início do período [[Paleógeno|Paleogeno]]. No [[Oligoceno]] e no [[Mioceno]], as formigas passaram a representar de 20% a 40% de todos os insetos encontrados nos principais depósitos fósseis. Das espécies que viveram na época do [[Eoceno]], cerca de um em cada 10 [[Género (biologia)|gêneros]] sobrevive até o presente. Os gêneros que sobrevivem hoje compreendem 56% dos gêneros nos fósseis de âmbar do Báltico (início do Oligoceno) e 92% dos gêneros nos fósseis de âmbar dominicanos (aparentemente no início do Mioceno).<ref name=":4"/><ref name="Não_nomeado-20240324212252">{{Citar periódico|título=The Ants|data=1990|acessodata=2024-01-15|ultimo=Hölldobler|primeiro=Bert|ultimo2=Wilson|primeiro2=Edward O.|doi=10.1007/978-3-662-10306-7}}</ref>

Os [[cupins]] vivem em [[colônia (biologia)|colônia]]s e às vezes são chamados de "formigas brancas", mas os cupins são parentes apenas distantes das formigas. São a [[subordem]] [[Isoptera]] e, junto às baratas, formam a ordem [[Blattodea]]. Os Blattodea estão relacionados a [[mantídeos]], [[grilos]] e outros insetos [[alado]]s que não sofrem [[metamorfose]] completa. Assim como as formigas, os cupins são [[Eussocialidade|eussociais]], com operárias [[Estéril|estéreis]], mas diferem muito na [[genética]] da [[reprodução]]. A semelhança de sua estrutura social com a das formigas é atribuída à [[Convergência evolutiva|evolução convergente]].<ref>{{Citar periódico|url=https://www.annualreviews.org/doi/10.1146/annurev.ecolsys.28.1.27|título=Evolution of Eusociality in Termites|data=novembro de 1997|acessodata=2024-01-15|periódico=Annual Review of Ecology and Systematics|número=1|ultimo=Thorne|primeiro=Barbara L.|paginas=27–54|lingua=en|doi=10.1146/annurev.ecolsys.28.1.27|issn=0066-4162}}</ref> As formigas veludo parecem formigas grandes, mas são vespas fêmeas sem [[asas]].<ref>{{Citar web|doi=10.31857/s0205-9614201953-14-16405|titulo=Fig. 5. Fragments of interferograms: a - from January 8, 2007– February 28, 2009, b - from January 11, 2008– January 16, 2010, c - from February 26, 2008– March 3, 2010, d - with a one-year interval from June 22, 2015–20.06. 2016.|acessodata=2024-01-15}}</ref><ref>{{Citar periódico|doi=10.1007/0-306-48380-7_4494|título=Velvet Ants (Hymenoptera: Mutillidae)|acessodata=2024-01-15|publicado=Kluwer Academic Publishers|ultimo=Manley|primeiro=Donald G.|local=Dordrecht|paginas=2449–2451}}</ref>

== Distribuição e diversidade ==
[[Ficheiro:Ants in amber.jpg|alt=Âmbar com uma formiga fossilizada dentro.|miniaturadaimagem|Formigas fossilizadas em âmbar do Báltico]]
As formigas têm uma [[distribuição cosmopolita]]. Elas são encontradas em todos os [[continentes]], exceto na [[Antártida]], e apenas algumas ilhas grandes, como a [[Groenlândia]], a [[Islândia]], partes da [[Polinésia]] e as [[ilhas havaianas]], não possuem espécies de formigas nativas.<ref>{{Citar periódico|título=Did You Know?|data=julho de 2008|acessodata=2024-01-15|periódico=Academic Medicine|número=7|paginas=674|doi=10.1097/acm.0b013e318178384c|issn=1040-2446}}</ref><ref>{{Citar periódico|url=http://dx.doi.org/10.1201/9780429040795-2|título=Distribution and Impact of Alien Ants in Vulnerable Hawaiian Ecosystems|data=2021-10-07|acessodata=2024-01-15|publicado=CRC Press|ultimo=Reimer|primeiro=Neil J.|local=New York|paginas=11–22|isbn=978-0-429-04079-5}}</ref> As formigas ocupam uma ampla gama de nichos ecológicos e exploram diversos recursos alimentares como [[herbívoros]], predadores e [[necrófagos]] diretos ou indiretos. A maioria das espécies de formigas são [[Omnívoro|onívoras]] generalistas, mas algumas são especializadas na alimentação. Há uma variação considerável na abundância de formigas entre os [[habitats]], atingindo um pico nos [[trópicos]] [[Humidade|úmidos]] quase seis vezes maior que o encontrado em habitats menos adequados.<ref>{{Citar periódico|url=https://pnas.org/doi/10.1073/pnas.2214825119|título=Improving estimates of global ant biomass and abundance|data=2022-10-18|acessodata=2024-01-15|periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences|número=42|ultimo=Fayle|primeiro=Tom M.|ultimo2=Klimes|primeiro2=Petr|lingua=en|doi=10.1073/pnas.2214825119|issn=0027-8424}}</ref> Sua dominância ecológica foi examinada principalmente usando estimativas de sua biomassa: [[E. O. Wilson]] estimou em 2009 que em qualquer momento o número total de formigas estava entre um e dez quatrilhões e usando esta estimativa ele sugeriu que a biomassa total de todas as formigas do mundo era aproximadamente igual à biomassa total de toda a raça [[humana]].<ref>{{Citar livro|título=The superorganism: the beauty, elegance, and strangeness of insect societies|ultimo=Hölldobler|primeiro=Bert|ultimo2=Wilson|primeiro2=Edward O.|data=2009|editora=W.W. Norton|local=London}}</ref> Estima-se que formigas representam de 15% a 20% de toda a biomassa animal vivente.<ref>{{Citar periódico|url=http://dx.doi.org/10.1073/pnas.011513798|título=In search of ant ancestors|data=2000-12-05|acessodata=2024-01-17|periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences|número=26|ultimo=Schultz|primeiro=Ted R.|paginas=14028–14029|doi=10.1073/pnas.011513798|issn=0027-8424}}</ref> Estimativas mais cuidadosas feitas em 2022, que levam em conta as variações regionais, colocam a contribuição global das formigas em 12 [[Tonelada|megatoneladas]] de [[carbono]] seco, o que representa cerca de 20% da contribuição humana total, no entanto, é maior do que a das [[aves]] e [[mamíferos]] selvagens juntos. Este estudo também coloca uma estimativa conservadora das formigas em cerca de {{nowrap|20 × 10<sup>15</sup>}} (20 quatrilhões).<ref>{{citar web|ultimo=Schultz|primeiro=TR|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC34089/|titulo="In search of ant ancestors". Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. 97 (26): 14028–14029.|data=Dezembro de 2000|acessodata=15 de janeiro de 2024}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://web.archive.org/web/20130813234547/http://topics.info.com/How-many-ants-are-there-for-every-one-person-on-earth_452|titulo=How many ants are there for every one person on earth? - topics.info.com|data=2013-08-13|acessodata=2024-01-15|website=web.archive.org}}</ref><ref>{{Citar periódico|url=https://pnas.org/doi/full/10.1073/pnas.2201550119|título=The abundance, biomass, and distribution of ants on Earth|data=2022-10-04|acessodata=2024-01-15|periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences|número=40|ultimo=Schultheiss|primeiro=Patrick|ultimo2=Nooten|primeiro2=Sabine S.|lingua=en|doi=10.1073/pnas.2201550119|issn=0027-8424|ultimo3=Wang|primeiro3=Runxi|ultimo4=Wong |primeiro4=Mark K. L. |ultimo5=Brassard |primeiro5=François |ultimo6=Guénard |primeiro6=Benoit}}</ref>
{| class="wikitable"
|+
!Região
!Número de espécies<ref>{{Citar periódico|doi=10.1007/978-3-662-10306-7|título=The Ants|data=1990|acessodata=2024-01-18|ultimo=Hölldobler|primeiro=Bert|ultimo2=Wilson|primeiro2=Edward O.|doi=10.1007/978-3-662-10306-7}}</ref>
|-
|[[Região neotropical]]
|2 162
|-
|[[Região neoártica]]
|580
|-
|[[Europa]]
|180
|-
|[[África]]
|2 500
|-
|[[Ásia|Asia (banda)]]
|2 080
|-
|[[Melanésia]]
|275
|-
|[[Austrália]]
|985
|-
|[[Polinésia]]
|42
|}
As formigas variam em tamanho de 0,75 a 52 [[milímetros]],<ref name="Não_nomeado-20240324212252"/><ref>{{citar livro|título=Australian ants: their biology and identification. Collingwood, Vic: CSIRO.|ultimo=S. O|primeiro=Shattuck|ano=1999|página=149|isbn=978-0-643-06659-5}}</ref> a maior espécie conhecida é o fóssil ''{{Ill|en|Titanomyrma giganteum}}'', cuja rainha tinha 6 cm de [[comprimento]] e [[envergadura]] de 15 centímetros.<ref>{{Citar livro|título=Encyclopedia of Life Sciences|ultimo=Wiley|data=2005-09-09|editora=Wiley|edicao=1|lingua=en}}</ref> As formigas variam em [[cor]], a maioria das formigas é [[amarela]] a [[vermelha]] ou [[marrom]] a [[Preto|preta]], mas algumas espécies são [[verdes]] e algumas espécies tropicais têm brilho metálico. Mais de 13 800 espécies são conhecidas atualmente<ref name=":0">{{Citar web|url=https://www.antweb.org/statsPage.do|titulo=Antweb|acessodata=2024-01-18|website=www.antweb.org|lingua=en}}</ref> (com estimativas superiores da existência potencial de cerca de 22 mil), com a maior diversidade nos trópicos. Os estudos taxonômicos continuam a resolver a classificação e sistemática das formigas. Bancos de dados online de espécies de formigas, incluindo ''AntWeb'' e ''Hymenoptera Name Server'', ajudam a manter o controle das espécies conhecidas e recentemente descritas.<ref name=":0"/> A relativa facilidade com que as formigas podem ser amostradas e estudadas nos ecossistemas tornou-as úteis como espécies indicadoras em estudos de [[biodiversidade]].<ref>{{Citar periódico|doi=10.1086/343974|título=<i>Ants: Standard Methods for Measuring and Monitoring Biodiversity</i>.<i> Biological Diversity Handbook Series. Edited by </i>Donat  Agosti<i>, </i>, Jonathan D  Majer<i>, </i>, Leeanne E  Alonso<i>, and </i>, Ted R  Schultz<i>; Foreword by </i>, Edward O  Wilson<i>. Washington (DC): Smithsonian Institution Press</i>. $60.00 (hardcover); $26.95 (paper). xxi + 280 p; ill.; index. ISBN: 1–56098–858–4 (hc); 1–56098–885–1 (pb). 2000.|data=junho de 2002|acessodata=2024-01-15|periódico=The Quarterly Review of Biology|número=2|ultimo=Whitford|primeiro=Walter G|paginas=210–210|doi=10.1086/343974|issn=0033-5770}}</ref><ref>{{Citar periódico|doi=10.1093/ww/9780199540884.013.u17274|título=Glenn, John Herschel, Jr, (18 July 1921–8 Dec. 2016), US Senator from Ohio (Democrat), 1975–98|data=2007-12-01|acessodata=2024-01-15|periódico=Who's Who|publicado=Oxford University Press}}</ref>

== Morfologia ==
[[Ficheiro:Scheme ant worker anatomy-pt.svg|alt=Ilustração de uma formiga com textos dizendo cada parte de seu corpo.|miniaturadaimagem|450px|Diagrama da anatomia de uma formiga operária.|esquerda]]
As formigas se distinguem em sua [[Morfologia (biologia)|morfologia]] de outros insetos por terem [[antenas]] geniculadas (dobradas), glândulas metaplurais e uma forte constrição do segundo segmento abdominal em um [[Pecíolo (zoologia)|petíolo]] semelhante a um nó. A [[cabeça]], [[Mesossoma (artrópodes)|mesossoma]] e [[metassoma]] são os três segmentos corporais distintos (formalmente tagmas). O petíolo forma uma cintura estreita entre o mesossoma (tórax mais o primeiro segmento abdominal, que está fundido a ele) e o gáster (abdômen menos os segmentos abdominais no petíolo). O petíolo pode ser formado por um ou dois nós (apenas o segundo, ou os segundos e terceiros segmentos abdominais).<ref name=":9">{{Citar periódico|título=Charles Triplehorn: There was Borror, DeLong, and Some Other Guy|data=2014|acessodata=2024-01-08|periódico=American Entomologist|número=2|ultimo=Rice|primeiro=Marlin E.|paginas=71–79|doi=10.1093/ae/60.2.71|issn=2155-9902}}</ref> A fusão tergosternal, quando o [[tergito]] e [[esternito]] de um segmento se fundem, pode ocorrer parcial ou totalmente no segundo, terceiro e quarto segmentos abdominais e é utilizada na identificação. A fusão tergosternal do quarto segmento abdominal foi anteriormente usada como característica que definia as subfamílias poneromorfas, [[Ponerinae]] e parentes dentro de seu clado, mas isso não é mais considerado um caráter [[Sinapomorfia|sinapomórfico]].<ref>{{Citar periódico|url=https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S105579030600100X|título=Molecular systematics of basal subfamilies of ants using 28S rRNA (Hymenoptera: Formicidae)|data=agosto de 2006|acessodata=2024-01-08|periódico=Molecular Phylogenetics and Evolution|número=2|ultimo=Ouellette|primeiro=Gary D.|ultimo2=Fisher|primeiro2=Brian L.|paginas=359–369|lingua=en|doi=10.1016/j.ympev.2006.03.017|ultimo3=Girman|primeiro3=Derek J.}}</ref>

Como outros [[artrópodes]], as formigas possuem um [[exoesqueleto]], uma cobertura externa que fornece um invólucro protetor ao redor do corpo e um ponto de fixação para os [[Músculos pneumáticos artificiais|músculos]], em contraste com os esqueletos internos dos humanos e de outros vertebrados. Os insetos não têm [[pulmões]]; o [[oxigênio]] e outros [[Poluição atmosférica|gases]], como o [[dióxido de carbono]], passam pelo seu exoesqueleto por meio de pequenas aberturas chamadas [[espiráculo]]s. Os insetos também não possuem [[vasos sanguíneos]] fechados; em vez disso, eles têm um tubo longo, fino e perfurado ao longo da parte superior do corpo chamado de aorta dorsal, que funciona como um coração e bombeia a [[hemolinfa]] em direção à cabeça, impulsionando assim a circulação dos [[fluidos]] internos. O [[Sistema nervoso simpático|sistema nervoso]] consiste em um cordão nervoso [[ventral]] que percorre toda a extensão do corpo, com vários gânglios e ramificações ao longo do caminho, alcançando as extremidades dos [[Apêndice (artrópodes)|apêndices]].<ref name=":9"/>

=== Cabeça ===
[[Ficheiro:Ant_head_ASU_AAB_edited.jpg|miniaturadaimagem|Ilustração da cabeça de uma formiga indicando suas principais partes.|alt=Ilustração da cabeça de uma formiga indicando suas principais partes]]
[[Ficheiro:Ant head closeup.jpg|alt=Cabeça de uma formiga.|miniaturadaimagem|Cabeça de uma formiga]]
A cabeça de uma formiga contém muitos [[Órgão (anatomia)|órgãos]] sensoriais. Como a maioria dos insetos, as formigas têm olhos compostos feitos de numerosas lentes minúsculas unidas. Os olhos de formiga são bons para detecção de movimentos agudos, mas não oferecem uma [[imagem]] de alta resolução. Eles também têm três pequenos [[ocelos]] (olhos simples) no topo da cabeça que detectam níveis de [[luz]] e [[Polarização eletromagnética|polarização]].<ref>{{Citar periódico|url=https://www.science.org/doi/10.1126/science.228.4696.192|título=Ocelli: A Celestial Compass in the Desert Ant Cataglyphis|data=1985-04-12|acessodata=2024-01-15|periódico=Science|número=4696|ultimo=Fent|primeiro=Karl|ultimo2=Wehner|primeiro2=Rüdiger|paginas=192–194|lingua=en|doi=10.1126/science.228.4696.192|issn=0036-8075}}</ref> Em comparação com os vertebrados, a [[visão]] das formigas tende a ser mais [[Nitidez|nítida]], particularmente em espécies menores,<ref>{{Citar periódico|url=https://journals.biologists.com/jeb/article/doi/10.1242/jeb.177238/262878/Miniaturisation-decreases-visual-navigational|título=Miniaturisation decreases visual navigational competence in ants|data=2018-01-01|acessodata=2024-01-15|periódico=Journal of Experimental Biology|ultimo=Palavalli-Nettimi|primeiro=Ravindra|ultimo2=Narendra|primeiro2=Ajay|lingua=en|doi=10.1242/jeb.177238|issn=1477-9145}}</ref> e alguns táxons subterrâneos são completamente [[cegos]].<ref>{{Citar periódico|url=https://www.biotaxa.org/Zootaxa/article/view/zootaxa.1668.1.26|título=Phylogeny, classification, and species-level taxonomy of ants (Hymenoptera: Formicidae)*|data=2007-12-21|acessodata=2024-01-15|periódico=Zootaxa|número=1|ultimo=Ward|primeiro=Philip S.|paginas=549–563|doi=10.11646/zootaxa.1668.1.26|issn=1175-5334}}</ref> No entanto, algumas formigas, como a formiga bulldog da [[Austrália]], têm excelente visão e são capazes de discriminar a distância e o tamanho de objetos que se movem a quase um [[metro]] de distância.<ref>{{Citar periódico|url=https://journals.biologists.com/jeb/article/119/1/115/5098/Attack-Behaviour-and-Distance-Perception-in-the|título=Attack Behaviour and Distance Perception in the Australian Bulldog Ant Myrmecia Nigriceps|data=1985-11-01|acessodata=2024-01-15|periódico=Journal of Experimental Biology|número=1|ultimo=Eriksson|primeiro=E. Sture|paginas=115–131|lingua=en|doi=10.1242/jeb.119.1.115|issn=0022-0949}}</ref><ref name=":5">{{Citar web|url=https://www.peritoanimal.com.br/anatomia-das-formigas-24764.html|titulo=Anatomia das formigas - Cabeça, tórax e abdômen|acessodata=15 de janeiro de 2024|website=peritoanimal.com.br|lingua=pt}}</ref>

Duas antenas estão presas à cabeça; esses órgãos detectam produtos [[químicos]], correntes de [[ar]] e vibrações; eles também são usados para transmitir e receber sinais por meio do toque. A cabeça tem duas mandíbulas fortes, as mandíbulas, usadas para transportar alimentos, manipular objetos, construir ninhos e para defesa.<ref name=":9"/> Em algumas espécies, uma pequena bolsa (câmara infrabucal) dentro da boca armazena alimento, que pode ser passado para outras formigas ou suas larvas.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.hindawi.com/journals/psyche/1962/025068/abs/|título=The Infrabuccal Pocket of a Formicine Ant: a Social Filtration Device|data=1962-01-01|acessodata=2024-01-15|periódico=Psyche: A Journal of Entomology|número=3|ultimo=Eisner|primeiro=T.|ultimo2=Happ|primeiro2=G. M.|paginas=107–116|lingua=en|doi=10.1155/1962/25068|issn=0033-2615}}</ref>

=== Mesossoma ===
{{Artigo principal|Mesossoma (artrópodes)}}
Tanto as pernas quanto as [[Asa de inseto|asas]] da formiga estão presas ao mesossoma ([[tórax]]). As pernas terminam em uma [[garra]] em forma de gancho que lhes permite enganchar e escalar superfícies.<ref>{{Citar periódico|doi=10.47688/rba_archives_pn-011380|título=Head Office Building - January 1963-January 1965 - Northern face - 2 September 1963|data=2023-03-24|acessodata=2024-01-15}}</ref> Apenas as formigas reprodutivas (rainhas e machos) possuem asas. As rainhas perdem as asas após o voo nupcial, deixando tocos visíveis, uma característica distintiva das rainhas. Em algumas espécies, ocorrem rainhas sem asas (ergatóides) e machos.<ref name=":9"/>

=== Metassoma ===
O metassoma ([[abdômen]]) da formiga abriga órgãos internos importantes, incluindo os dos sistemas [[Aparelho reprodutor|reprodutivo]], [[Sistema respiratório|respiratório]] ([[traqueia]]) e [[Sistema excretor|excretor]]. Operárias de muitas espécies têm suas estruturas de postura modificadas em ferrões que são usados para subjugar [[presas]] e defender seus [[ninhos]].<ref name=":9"/>

=== Polimorfismo ===
{{Artigo principal|Polimorfismo (biologia)}}
Nas [[colônia (biologia)|colônia]]s de algumas espécies de formigas, existem [[castas]] físicas – operárias em classes de tamanho distintas, chamadas ''ergates'' menores, medianas e maiores. Frequentemente, as formigas maiores têm cabeças desproporcionalmente maiores e mandíbulas correspondentemente mais fortes. Eles são conhecidos como ''macrergates'', enquanto os trabalhadores menores são conhecidos como ''microrgates''.<ref>{{Citar periódico|título=Description of a new species of insect parasitic nematode, Leidynema (Schwenck, in Travassos 1929) (Thelastomatidae) from host Periplaneta americana of Meerut region - India|data=2014-02-28|acessodata=2024-01-15|periódico=Journal of Entomology and Nematology|número=2|ultimo=Praveen|primeiro=Kumar Singh|ultimo2=Pragati|primeiro2=Rastogi|paginas=32–41|doi=10.5897/jen2013.0087|issn=2006-9855|ultimo3=Hridaya|primeiro3=Shankar Singh}}</ref> Embora formalmente conhecidos como ''dinergates'', esses indivíduos são às vezes chamados de formigas "soldados" porque suas mandíbulas mais fortes os tornam mais eficazes na luta, embora ainda sejam trabalhadores e seus "deveres" normalmente não variem muito dos trabalhadores menores ou medianos. Em algumas espécies, as operárias medianas estão ausentes, criando uma divisão acentuada entre as menores e as maiores.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.journals.uchicago.edu/doi/10.1086/399512|título=The Origin and Evolution of Polymorphism in Ants|data=junho de 1953|acessodata=2024-01-15|periódico=The Quarterly Review of Biology|número=2|ultimo=Wilson|primeiro=Edward O.|paginas=136–156|lingua=en|doi=10.1086/399512|issn=0033-5770}}</ref> As formigas tecelãs, por exemplo, têm uma distribuição de tamanho bimodal distinta.<ref>{{Citar periódico|url=https://academic.oup.com/aesa/article-lookup/doi/10.1093/aesa/39.1.7|título=Dimorphism in the African Oecophylla Worker Nd an Anomaly (Hym.: Formicidae)|data=1946-03-01|acessodata=2024-01-15|periódico=Annals of the Entomological Society of America|número=1|ultimo=Weber|primeiro=Neal A.|paginas=7–10|lingua=en|doi=10.1093/aesa/39.1.7|issn=1938-2901}}</ref><ref>{{Citar periódico|url=https://www.hindawi.com/journals/psyche/1964/017612/abs/|título=A Fossil Ant Colony: New Evidence of Social Antiquity|data=1964-01-01|acessodata=2024-01-15|periódico=Psyche: A Journal of Entomology|número=2|ultimo=Wilson|primeiro=Edward O.|ultimo2=Taylor|primeiro2=Robert W.|paginas=93–103|lingua=en|doi=10.1155/1964/17612|issn=0033-2615}}</ref> Algumas outras espécies apresentam variação contínua no tamanho das operárias. As menores e maiores operárias de ''[[Carebara diversa]]'' apresentam uma diferença de quase 500 vezes em seus pesos secos.<ref>{{Citar periódico|url=http://www.hindawi.com/journals/psyche/1991/030265/abs/|título=Physical Castes in Ant Workers: A Problem for Daceton Armigerum and Other Ants|data=1991|acessodata=2024-01-15|periódico=Psyche: A Journal of Entomology|número=4|ultimo=Moffett|primeiro=Mark W.|ultimo2=Tobin|primeiro2=John E.|paginas=283–292|lingua=en|doi=10.1155/1991/30265|issn=0033-2615}}</ref>

Os trabalhadores não podem [[acasalar]]; entretanto, devido ao sistema [[Haplodiploidia|haplodiplóide]] de determinação do sexo nas formigas, operárias de várias espécies podem pôr [[ovo]]s não [[Fecundação|fertilizados]] que se tornam machos haploides totalmente [[Fertilidade|férteis]]. O papel das operárias pode mudar com a idade e em algumas espécies, como as [[Formiga-pote-de-mel|formigas pote-de-mel]], as operárias jovens são alimentadas até que seus gasters fiquem distendidos e atuam como recipientes vivos de armazenamento de [[alimentos]]. Esses trabalhadores do armazenamento de alimentos são chamados de repletos.<ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1007/PL00001692|título=Nutritional function of replete workers in the pharaoh's ant, Monomorium pharaonis (L.):|data=maio de 2000|acessodata=2024-01-15|periódico=Insectes Sociaux|número=2|ultimo=Børgesen|primeiro=L.W.|paginas=141–146|lingua=de|doi=10.1007/PL00001692|issn=0020-1812}}</ref> Por exemplo, essas operárias repletas se desenvolvem na formiga pote-de-mel [[América do Norte|norte-americana]] {{Ill|en|Myrmecocystus mexicanus|''Myrmecocystus mexicanus''}}. Normalmente, as maiores operárias da colônia tornam-se repletas; e, se as repleções forem removidas da colônia, outras operárias se tornarão repletas, demonstrando a flexibilidade desse polimorfismo específico.<ref>{{Citar periódico|título=Nest Architecture and Population of the Honey Ant, Myrmecocystus mexicanus Wesmael (Formicidae), in Colorado|data=1983-02-18|acessodata=2024-01-15|periódico=The Southwestern Naturalist|número=1|ultimo=Conway|primeiro=John R.|paginas=21|doi=10.2307/3670588|issn=0038-4909}}</ref> Inicialmente, pensava-se que esse polimorfismo na morfologia e no comportamento dos trabalhadores era determinado por fatores ambientais, como [[nutrição]] e [[hormônios]], que levavam a diferentes caminhos de desenvolvimento; no entanto, diferenças genéticas entre castas operárias foram observadas em ''[[Acromyrmex]] sp''.<ref>{{Citar periódico|url=https://pnas.org/doi/full/10.1073/pnas.1633701100|título=Worker caste polymorphism has a genetic basis in Acromyrmex leaf-cutting ants|data=2003-08-05|acessodata=2024-01-15|periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences|número=16|ultimo=Hughes|primeiro=William O. H.|ultimo2=Sumner|primeiro2=Seirian|paginas=9394–9397|lingua=en|doi=10.1073/pnas.1633701100|issn=0027-8424|ultimo3=Van Borm|primeiro3=Steven|ultimo4=Boomsma |primeiro4=Jacobus J.}}</ref> Esses polimorfismos são causados por alterações genéticas relativamente pequenas; diferenças em um único gene de ''[[Solenopsis invicta]]'' podem decidir se a colônia terá rainhas únicas ou múltiplas.<ref>{{Citar periódico|url=https://academic.oup.com/genetics/article/165/4/1853/6050515|título=Alternative Genetic Foundations for a Key Social Polymorphism in Fire Ants|data=2003-12-01|acessodata=2024-01-15|periódico=Genetics|número=4|ultimo=Ross|primeiro=Kenneth G|ultimo2=Krieger|primeiro2=Michael J B|paginas=1853–1867|lingua=en|doi=10.1093/genetics/165.4.1853|issn=1943-2631|ultimo3=Shoemaker|primeiro3=D DeWayne}}</ref> A formiga saltadora australiana (''[[Myrmecia pilosula]]'') possui apenas um único par de [[cromossomos]] (sendo que os machos possuem apenas um cromossomo por serem haplóides), o menor número conhecido para qualquer animal, tornando-a um assunto interessante para estudos nas áreas de genética e desenvolvimento biológico de [[insetos sociais]].<ref>{{Citar periódico|url=https://www.science.org/doi/10.1126/science.231.4743.1278|título=Myrmecia pilosula , an Ant with Only One Pair of Chromosomes|data=1986-03-14|acessodata=2024-01-15|periódico=Science|número=4743|ultimo=Crosland|primeiro=Michael W. J.|ultimo2=Crozier|primeiro2=Ross H.|paginas=1278–1278|lingua=en|doi=10.1126/science.231.4743.1278|issn=0036-8075}}</ref><ref>{{Citar periódico|url=http://bmcevolbiol.biomedcentral.com/articles/10.1186/1471-2148-8-64|título=The evolution of genome size in ants|data=2008|acessodata=2024-01-15|periódico=BMC Evolutionary Biology|número=1|ultimo=Tsutsui|primeiro=Neil D|ultimo2=Suarez|primeiro2=Andrew V|paginas=64|lingua=en|doi=10.1186/1471-2148-8-64|issn=1471-2148|ultimo3=Spagna|primeiro3=Joseph C|ultimo4=Johnston |primeiro4=J Spencer}}</ref>

=== Tamanho do Genoma ===
{{Artigo principal|Tamanho do genoma}}
O tamanho do genoma é uma característica fundamental de um organismo. Descobriu-se que as formigas têm genomas minúsculos, com a evolução do tamanho do genoma sugerido como ocorrendo através da perda e acúmulo de regiões [[ADN não codificante|não codificantes]], principalmente elementos transponíveis, e ocasionalmente pela duplicação do genoma inteiro. Isso pode estar relacionado aos processos de colonização, mas são necessários mais estudos para verificar isso.<ref>{{Citar periódico|url=https://academic.oup.com/zoolinnean/article/193/1/124/6036549|título=The tight genome size of ants: diversity and evolution under ancestral state reconstruction and base composition|data=2021-08-24|acessodata=2024-01-15|periódico=Zoological Journal of the Linnean Society|número=1|ultimo=Moura|primeiro=Mariana Neves|ultimo2=Cardoso|primeiro2=Danon Clemes|paginas=124–144|lingua=en|doi=10.1093/zoolinnean/zlaa135|issn=0024-4082|ultimo3=Cristiano|primeiro3=Maykon Passos}}</ref>

== Ciclo de vida ==
[[Ficheiro:Ant nest in my swimming pool (5).jpg|alt=Ovos de formiga.|miniaturadaimagem|Ovos de formiga]]
=== Reprodução ===
Uma ampla gama de estratégias reprodutivas foi observada em espécies de formigas. Sabe-se que as fêmeas de muitas espécies são capazes de se [[Reprodução assexuada|reproduzir assexuadamente]] por meio da [[partenogênese]] telitoca.<ref>{{Citar periódico|url=https://esj-journals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1007/BF02515814|título=Ant reproductive strategies|data=dezembro de 1995|acessodata=2024-01-15|periódico=Population Ecology|número=2|ultimo=Heinze|primeiro=Jürgen|ultimo2=Tsuji|primeiro2=Kazuki|paginas=135–149|lingua=en|doi=10.1007/BF02515814|issn=1438-3896}}</ref> As [[secreções]] das [[glândulas]] acessórias masculinas em algumas espécies podem obstruir a abertura [[genital]] feminina e impedir que as fêmeas acasalem novamente.<ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1007/s00040-003-0697-x|título=Evidence for mating plugs in the fire ant Solenopsis invicta|data=2003-11-01|acessodata=2024-01-15|periódico=Insectes Sociaux|número=4|ultimo=Mikheyev|primeiro=A. S.|paginas=401–402|doi=10.1007/s00040-003-0697-x|issn=0020-1812}}</ref> A maioria das espécies de formigas possui um sistema no qual apenas a rainha e as fêmeas reprodutoras têm a capacidade de acasalar. Ao contrário da crença popular, alguns [[formigueiro]]s têm múltiplas rainhas, enquanto outros podem existir sem rainhas. As operárias com capacidade de reprodução são chamadas de "gamergates" e as colônias que não possuem rainhas são então chamadas de colônias de gamergate.<ref>{{Citar periódico|url=https://pnas.org/doi/full/10.1073/pnas.92.24.10977|título=Reproductive cooperation between queens and their mated workers: the complex life history of an ant with a valuable nest.|data=1995-11-21|acessodata=2024-01-15|periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences|número=24|ultimo=Peeters|primeiro=C|ultimo2=Hölldobler|primeiro2=B|paginas=10977–10979|lingua=en|doi=10.1073/pnas.92.24.10977|issn=0027-8424}}</ref>

Os machos também podem acasalar com rainhas existentes entrando em uma colônia estrangeira, como nas [[formigas de correição]]. Quando o macho é inicialmente atacado pelos trabalhadores, ele libera um [[feromônio]] de acasalamento. Se for reconhecido como companheiro, será levado à rainha para acasalar.<ref>{{Citar periódico|url=https://academic.oup.com/biolinnean/article-lookup/doi/10.1111/j.1095-8312.1987.tb00298.x|título=Sexual competition during colony reproduction in army ants|data=março de 1987|acessodata=2024-01-15|periódico=Biological Journal of the Linnean Society|número=3|ultimo=Franks|primeiro=Nigel R.|ultimo2=Hölldobler|primeiro2=Bert|paginas=229–243|lingua=en|doi=10.1111/j.1095-8312.1987.tb00298.x}}</ref> Os machos também podem patrulhar o ninho e lutar contra outros, agarrando-os com as mandíbulas, perfurando seu exoesqueleto e marcando-os com um feromônio. O macho marcado é interpretado como um invasor pelas formigas operárias e é morto.<ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1007/BF01175395|título=Pheromonal manipulation of workers by a fighting male to kill his rival males in the ant cardiocondyla wroughtonii|data=junho de 1992|acessodata=2024-01-15|periódico=Naturwissenschaften|número=6|ultimo=Yamauchi|primeiro=K.|ultimo2=Kawase|primeiro2=N.|paginas=274–276|lingua=en|doi=10.1007/BF01175395|issn=0028-1042}}</ref>

A maioria das formigas são univoltinas, produzindo uma nova geração a cada ano.<ref>{{Citar periódico||título=The Formicine Ant Genus<i>Plagiolepis</i>Mayr (Hymenoptera: Formicidae) in the Arabian Peninsula, with Description of Two New Species|data=dezembro de 2011|acessodata=2024-01-15|periódico=Transactions of the American Entomological Society|número=1 &amp; 2|ultimo=Sharaf|primeiro=Mostafa R.|ultimo2=Aldawood|primeiro2=Abdulrahman S.|paginas=203–215|doi=10.3157/061.137.0113|issn=0002-8320|ultimo3=Taylor|primeiro3=Brian}}</ref> Durante o período de reprodução específico da espécie, as fêmeas aladas e os machos alados deixam a colônia no que é chamado de voo nupcial. O voo nupcial geralmente ocorre no final da [[primavera]] ou início do [[verão]], quando o clima está quente e úmido. O calor torna o voo mais fácil e a [[chuva]] recém caída torna o solo mais macio para as rainhas acasaladas cavarem ninhos.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.hindawi.com/journals/psyche/1957/068319/abs/|título=The Organization of a Nuptial Flight of the Ant Pheidole Sttarches Wheeler|data=1957-01-01|acessodata=2024-01-15|periódico=Psyche: A Journal of Entomology|número=2|ultimo=Wilson|primeiro=E. O.|paginas=46–50|lingua=en|doi=10.1155/1957/68319|issn=0033-2615}}</ref> Os machos normalmente voam antes das fêmeas. Os machos então usam pistas visuais para encontrar um local de acasalamento comum, por exemplo, um ponto de referência como um [[pinheiro]] para o qual convergem outros machos na área. Os machos secretam um feromônio de acasalamento que as fêmeas seguem. Os machos montam as fêmeas no ar, mas o processo de acasalamento real geralmente ocorre no solo. As fêmeas de algumas espécies acasalam com apenas um macho, mas em outras podem acasalar com até dez ou mais machos diferentes, armazenando o [[esperma]] em suas [[espermateca]]s.<ref name="Não_nomeado_2-20240324212252">{{Citar periódico|doi=10.1007/978-3-662-10306-7_3|título=The Colony Life Cycle|data=1990|acessodata=2024-01-15|publicado=Springer Berlin Heidelberg|ultimo=Hölldobler|primeiro=Bert|ultimo2=Wilson|primeiro2=Edward O.|local=Berlin, Heidelberg|paginas=143–178|isbn=978-3-662-10308-1}}</ref> Em ''[[Cardiocondyla elegans]]'', as operárias podem transportar rainhas recém-emergidas para outros ninhos da mesma espécie, onde machos sem asas de colônias não aparentadas podem acasalar com elas, uma adaptação comportamental que pode reduzir as chances de [[endogamia]].<ref>{{Citar periódico|url=https://www.nature.com/articles/s42003-021-02016-1|título=Worker ants promote outbreeding by transporting young queens to alien nests|data=2021-05-03|acessodata=2024-01-15|periódico=Communications Biology|número=1|ultimo=Vidal|primeiro=Mathilde|ultimo2=Königseder|primeiro2=Florian|lingua=en|doi=10.1038/s42003-021-02016-1|issn=2399-3642|ultimo3=Giehr|primeiro3=Julia|ultimo4=Schrempf |primeiro4=Alexandra |ultimo5=Lucas |primeiro5=Christophe |ultimo6=Heinze |primeiro6=Jürgen}}</ref>

=== Larvas e pupas ===

As larvas de formigas nunca têm [[perna]]s e são [[alimentação|alimentadas]] pelas obreiras. Geralmente possuem uma coloração amarela ou esbranquiçada, e crescem ao longo de uma série de mudas de pele (chamadas de estágios larvais). O número de estágios larvais mais frequentemente registrado em formigas é de três, havendo, entretanto, muitas espécies com quatro estágios larvais.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Russ Solis|primeiro=Daniel|ultimo2=Gonçalves Paterson Fox|primeiro2=Eduardo|ultimo3=Mayumi Kato|primeiro3=Luciane|ultimo4=Massuretti de jesus|primeiro4=Carlos|ultimo5=Teruyoshi Yabuki|primeiro5=Antonio|ultimo6=Eugênia de Carvalho Campos|primeiro6=Ana|ultimo7=Correa Bueno|primeiro7=Odair|data=março de 2010|titulo=Morphological Description of the Immatures of the Ant,Monomorium floricola|url=https://academic.oup.com/jinsectscience/article/10/1/15/826006|jornal=Journal of Insect Science|lingua=en|volume=10|numero=15|paginas=1–17|doi=10.1673/031.010.1501|issn=1536-2442|pmc=3388976|pmid=20575746}}</ref> As larvas de formigas exercem papel fundamental na biologia destes insetos, pois auxiliam na digestão de alimentos dado que formigas adultas apenas ingerem [[líquidos]],<ref>{{Citar periódico|ultimo=Quora|titulo=Why Do Ants Die After The Queen Dies?|url=https://www.forbes.com/sites/quora/2018/08/08/why-do-ants-die-after-the-queen-dies/#315afe333889|jornal=Forbes|lingua=en}}</ref> desta forma geralmente se alimentam de alimentos sólidos ricos em proteínas. As larvas de diferentes estágios larvais (chamados de ínstares) podem apresentar adaptações especiais e morfologia distinta, de acordo com a espécie.<ref name="Não_nomeado-xrtf-1">{{Citar periódico|ultimo=Fox|primeiro=Eduardo Gonçalves Paterson|ultimo2=Solis|primeiro2=Daniel Russ|ultimo3=Rossi|primeiro3=Mônica Lanzoni|ultimo4=Delabie|primeiro4=Jacques Hubert Charles|ultimo5=de Souza|primeiro5=Rodrigo Fernando|ultimo6=Bueno|primeiro6=Odair Correa|data=2012|titulo=Comparative Immature Morphology of Brazilian Fire Ants (Hymenoptera: Formicidae:Solenopsis)|url=https://www.hindawi.com/journals/psyche/2012/183284/|jornal=Psyche: A Journal of Entomology|lingua=en|volume=2012|paginas=1–10|doi=10.1155/2012/183284|issn=0033-2615}}</ref> Por exemplo, algumas larvas de formigas possuem espinhos, assim como estruturas de fixação nas paredes dos formigueiros.<ref>{{Citar web|url=https://www.researchgate.net/publication/316784915_Larvae_of_trap-jaw_ants_Odontomachus_LATREILLE_1804_Hymenoptera_Formicidae_Morphology_and_biological_notes|titulo=(PDF) Larvae of trap-jaw ants, Odontomachus LATREILLE, 1804 (Hymenoptera: Formicidae): Morphology and biological notes|acessodata=2018-12-03|obra=ResearchGate|lingua=en}}</ref>
[[Ficheiro:Ant larva with nematode.jpg|miniaturadaimagem|Larva com nematóide]]
As larvas e pupas precisam de uma temperatura e umidade adequadas para se desenvolverem, por isso, são transferidas para câmaras diferentes de acordo com seu estágio de desenvolvimento.<ref>{{Citar web|url=https://www.insectia.pt/dicas-e-recomendacoes/formiga.html|titulo=Formiga|acessodata=2023-12-12|website=www.insectia.pt|lingua=pt-PT}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Pragas|primeiro=BIOMAX Controle de|url=https://www.biomax-mep.com.br/glossario/formiga/|titulo=Formiga|acessodata=2023-12-12|website=BIOMAX Controle de Pragas|lingua=pt-BR}}</ref>

A diferenciação em castas é, em algumas espécies, determinada pelo tipo de alimento que recebem nos diferentes estágios larvais e as mudanças morfológicas que caracterizam cada casta normalmente aparecem durante o desenvolvimento do último ínstar larval.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Solis|primeiro=Daniel R.|ultimo2=Fox|primeiro2=Eduardo G. P.|ultimo3=Rossi|primeiro3=Mônica L.|ultimo4=Bueno|primeiro4=Odair C.|data=2010|titulo=Description of the immatures of Linepithema humile Mayr (Hymenoptera: Formicidae)|url=https://scielo.conicyt.cl/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0716-97602010000100004&lng=en&nrm=iso&tlng=en|jornal=Biological Research|volume=43|numero=1|paginas=19–30|doi=10.4067/S0716-97602010000100004|issn=0716-9760}}</ref><ref name="Não_nomeado-xrtf-1"/>

No momento da [[pupação]], algumas espécies podem tecer um casulo, enquanto a maioria das espécies de formigas tem pupas expostas (exaratas).<ref>{{Citar periódico|ultimo=Solis|primeiro=Daniel Russ|ultimo2=Nakano|primeiro2=Márcia Akemi|ultimo3=Fox|primeiro3=Eduardo Gonçalves Paterson|ultimo4=Rossi|primeiro4=Mônica Lanzoni|ultimo5=Feitosa|primeiro5=Rodrigo Machado|ultimo6=Bueno|primeiro6=Odair Correa|ultimo7=Morini|primeiro7=Maria Santina de Castro|data=fevereiro de 2011|titulo=Description of the Immatures of the Ant,Myrmelachista catharinae|url=https://academic.oup.com/jinsectscience/article/11/1/24/2492367|jornal=Journal of Insect Science|lingua=en|volume=11|numero=24|paginas=1–9|doi=10.1673/031.011.0124|issn=1536-2442|pmc=3281400|pmid=21529152}}</ref>

=== Ninhos, colônias e supercolônias ===
{{AP|Colônia (biologia)}}
As espécies típicas de formigas possuem uma colônia ocupando um único ninho, abrigando uma ou mais rainhas, onde é criada a ninhada. No entanto, existem mais de 150 espécies de formigas em 49 gêneros que são conhecidas por terem colônias que consistem em múltiplos ninhos separados espacialmente. Essas colônias polidômicas (em oposição às monodômicas) têm comida e operárias se movendo entre os ninhos.<ref>{{Citar periódico|url=https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0022519313000477|título=Exploration versus exploitation in polydomous ant colonies|data=abril de 2013|acessodata=2024-01-15|periódico=Journal of Theoretical Biology|ultimo=Cook|primeiro=Zoe|ultimo2=Franks|primeiro2=Daniel W.|paginas=49–56|lingua=en|doi=10.1016/j.jtbi.2013.01.022|ultimo3=Robinson|primeiro3=Elva J.H.}}</ref> A adesão a uma colônia é identificada pela resposta das formigas operárias que identificam se outro indivíduo pertence ou não à sua própria colônia. Um [[coquetel]] exclusivo de produtos químicos da superfície corporal (também conhecidos como [[hidrocarbonetos cuticulares]] ou CHCs) forma o chamado odor de colônia que outros membros podem reconhecer.<ref>{{Citar periódico|url=http://journal.frontiersin.org/article/10.3389/fpsyg.2012.00083/abstract|título=Recognition of Social Identity in Ants|data=2012|acessodata=2024-01-15|periódico=Frontiers in Psychology|ultimo=Bos|primeiro=Nick|ultimo2=d’Ettorre|primeiro2=Patrizia|doi=10.3389/fpsyg.2012.00083|issn=1664-1078}}</ref> Algumas espécies de formigas parecem ser menos exigentes e na formiga argentina ''[[Linepithema humile]]'', operárias transportadas de uma colónia de qualquer lugar no sul dos [[Estados Unidos]] e no [[México]] são aceitáveis dentro de outras colónias na mesma região. Da mesma forma, os trabalhadores das colónias que se estabeleceram na [[Europa]] são aceitos por quaisquer outras colónias dentro da Europa, mas não pelas colónias nas [[Américas]]. A interpretação destas observações tem sido debatida e alguns têm denominado estas grandes populações como {{Ill|en|supercolônia|Ant supercolony|supercolônias}}<ref>{{Citar periódico|url=https://academic.oup.com/beheco/article-lookup/doi/10.1093/beheco/ars043|título=Supercolonies of billions in an invasive ant: What is a society?|data=2012|acessodata=2024-01-15|periódico=Behavioral Ecology|número=5|ultimo=Moffett|primeiro=Mark W.|paginas=925–933|lingua=en|doi=10.1093/beheco/ars043|issn=1465-7279}}</ref><ref>{{Citar periódico|url=https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1752-4571.2009.00114.x|título=ORIGINAL ARTICLE: The global expansion of a single ant supercolony|data=março de 2010|acessodata=2024-01-15|periódico=Evolutionary Applications|número=2|ultimo=Van Wilgenburg|primeiro=Ellen|ultimo2=Torres|primeiro2=Candice W.|paginas=136–143|lingua=en|doi=10.1111/j.1752-4571.2009.00114.x|issn=1752-4571|ultimo3=Tsutsui|primeiro3=Neil D.}}</ref> enquanto outros têm denominado as populações como unicoloniais.<ref>{{Citar periódico|url=https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0169534709000895|título=Unicolonial ants: where do they come from, what are they and where are they going?|data=junho de 2009|acessodata=2024-01-15|periódico=Trends in Ecology & Evolution|número=6|ultimo=Helanterä|primeiro=Heikki|ultimo2=Strassmann|primeiro2=Joan E.|paginas=341–349|lingua=en|doi=10.1016/j.tree.2009.01.013|ultimo3=Carrillo|primeiro3=Juli|ultimo4=Queller |primeiro4=David C.}}</ref>

=== Tempo de vida ===
De 6 e 10 semanas é o ciclo de vida da formiga entre a fase ovípara até se tornarem adultas. As formigas operárias podem viver de 3 a 6 anos, enquanto as formigas rainhas, de 15 a 20 anos.<ref>{{Citar web|url=https://www.inf.ufrgs.br/~cabral/VidaAnimais.html|titulo=Quanto tempo vivem os animais?|acessodata=2023-12-12|website=www.inf.ufrgs.br}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.peritoanimal.com.br/ciclo-de-vida-das-formigas-24788.html|titulo=Ciclo de vida das formigas - Rainhas, operárias e zangões|acessodata=2023-12-12|website=peritoanimal.com.br|lingua=pt}}</ref> A maior longevidade registrada foi na espécie ''[[Pogonomyrmex owyheei]]'', que atingiu uma idade de 30 anos.<ref>{{Citar web|ultimo=Warken|primeiro=Deise|url=https://deisewarken.medium.com/uma-vida-de-cigarra-e-formiga-5ab24aba737d|titulo=Uma vida de cigarra e formiga.|data=2018-11-18|acessodata=2023-12-12|website=Medium|lingua=en}}</ref>

As formigas aparentemente vivem mais quando são alimentadas com o mel de rainha.<ref>{{Citar web|url=https://oregional.com.br/blog/detalhes/visitando-a-casa-da-formiguinha-doceira|titulo=Visitando a casa da formiguinha doceira|acessodata=2023-12-12|website=O Regional|lingua=pt-BR}}</ref>

== Comportamento ==
[[Ficheiro:Camponotus sericeus Senegal.jpg|alt=Duas formigas da espécie Camponotus sericeus se comunicando pelas antenas, as duas estão com as pernas traseiras no chão e as partes de cima do corpo apoiadas na outra formiga.|miniaturadaimagem|Duas operárias Camponotus sericeus se comunicando através do toque e feromônios]]

=== Comunicação ===
As formigas se comunicam entre si usando [[feromônios]], [[sons]] e [[Tato|toque]].<ref name=":1">{{Citar periódico|url=https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0960982206018343|título=Communication in ants|data=agosto de 2006|acessodata=2024-01-15|periódico=Current Biology|número=15|ultimo=Jackson|primeiro=Duncan E.|ultimo2=Ratnieks|primeiro2=Francis L.W.|paginas=R570–R574|lingua=en|doi=10.1016/j.cub.2006.07.015}}</ref> Como a maioria das formigas vive no solo, elas usam a superfície do solo para deixar rastros de feromônios que podem ser seguidos por outras formigas. Nas espécies que se alimentam em grupos, uma [[forrageira]] que encontra alimento marca uma [[trilha]] no caminho de volta à colônia; essa trilha é seguida por outras formigas, essas formigas então reforçam a trilha quando voltam com comida para a colônia. Quando a fonte de alimento se esgota, nenhuma nova trilha é marcada pelo retorno das formigas e o [[cheiro]] se dissipa lentamente. Esse comportamento ajuda as formigas a lidar com as mudanças em seu ambiente. Por exemplo, quando um caminho estabelecido para uma fonte de alimento é bloqueado por um obstáculo, as forrageadoras abandonam o caminho para explorar novas rotas. Se uma formiga tiver sucesso, ela deixa um novo rastro marcando o caminho mais curto no seu retorno. Trilhas bem-sucedidas são seguidas por mais formigas, reforçando melhores rotas e identificando gradativamente o melhor caminho.<ref name=":1"/><ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1007/BF00462870|título=Self-organized shortcuts in the Argentine ant|data=dezembro de 1989|acessodata=2024-01-15|periódico=Naturwissenschaften|número=12|ultimo=Goss|primeiro=S.|ultimo2=Aron|primeiro2=S.|paginas=579–581|lingua=en|doi=10.1007/BF00462870|issn=0028-1042|ultimo3=Deneubourg|primeiro3=J. L.|ultimo4=Pasteels |primeiro4=J. M.}}</ref>

As formigas usam feromônios para mais do que apenas fazer trilhas, uma formiga esmagada emite um feromônio de alarme que envia as formigas próximas a um [[frenesi]] de ataque e atrai mais formigas de mais longe. Várias espécies de formigas até usam "feromônios de propaganda" para confundir as formigas inimigas e fazê-las lutar entre si.<ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1007/s102110100038|título=Sociobiology of slave-making ants|data=2001-04-23|acessodata=2024-01-15|periódico=Acta ethologica|número=2|ultimo=D'Ettorre|primeiro=P.|ultimo2=Heinze|primeiro2=J.|paginas=67–82|doi=10.1007/s102110100038|issn=0873-9749}}</ref> Os feromônios são produzidos por uma ampla gama de estruturas, incluindo glândulas de Dufour, glândulas venenosas e glândulas no intestino posterior, pigídio, reto, esterno e tíbia posterior.<ref>{{Citar livro|título=Encyclopedia of insects|data=2003|editora=Academic Press|editor-sobrenome=Resh|editor-nome=Vincent H.|local=Amsterdam Boston|editor-sobrenome2=Cardé|editor-nome2=Ring T.}}</ref> Os feromônios também são trocados, misturados aos alimentos e transmitidos por [[trofalaxia]], transferindo informações dentro da colônia.<ref>{{Citar livro|título=Information processing in social insects|data=1999|editora=Birkhäuser|editor-sobrenome=Detrain|editor-nome=Claire|local=Basel Berlin}}</ref> Isso permite que outras formigas detectem a qual grupo de tarefas (por exemplo, forrageamento ou manutenção do ninho) outros membros da colônia pertencem.<ref>{{Citar periódico|url=https://journals.biologists.com/jeb/article/210/5/897/17307/Structural-complexity-of-chemical-recognition-cues|título=Structural complexity of chemical recognition cues affects the perception of group membership in the ants Linephithema humile and Aphaenogaster cockerelli|data=2007-03-01|acessodata=2024-01-15|periódico=Journal of Experimental Biology|número=5|ultimo=Greene|primeiro=Michael J.|ultimo2=Gordon|primeiro2=Deborah M.|paginas=897–905|lingua=en|doi=10.1242/jeb.02706|issn=1477-9145}}</ref> Em espécies de formigas com castas rainhas, quando a rainha dominante para de produzir um feromônio específico, as operárias começam a criar novas rainhas na colônia.<ref>{{Citar periódico|doi=10.1007/978-3-662-10306-7_8|título=Caste and Division of Labor|ano=1990|acessodata=2024-01-15|publicado=Springer Berlin Heidelberg|ultimo=Hölldobler|primeiro=Bert|ultimo2=Wilson|primeiro2=Edward O.|local=Berlin, Heidelberg|paginas=298–354|isbn=978-3-662-10308-1}}</ref>
[[Ficheiro:Plectroctena sp ants.jpg|alt=A imagem mostra duas formigas do gênero Plectroctena lutando.|miniaturadaimagem|Uma ''[[Plectroctena]]'' sp. atacando outra para proteger seu território.]]
Algumas formigas produzem sons por estridulação, utilizando os segmentos gaster e suas mandíbulas. Os sons podem ser usados para se comunicar com membros da colônia ou com outras espécies.<ref>{{Citar periódico|url=https://pubs.aip.org/jasa/article/108/4/1920/553538/Analysis-of-acoustic-communication-by-ants|título=Analysis of acoustic communication by ants|data=2000-10-01|acessodata=2024-01-15|periódico=The Journal of the Acoustical Society of America|número=4|ultimo=Hickling|primeiro=Robert|ultimo2=Brown|primeiro2=Richard L.|paginas=1920–1929|lingua=en|doi=10.1121/1.1290515|issn=0001-4966}}</ref><ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1007/s002650050292|título=Use of stridulation in foraging leaf-cutting ants: mechanical support during cutting or short-range recruitment signal?|data=1996-11-18|acessodata=2024-01-15|periódico=Behavioral Ecology and Sociobiology|número=5|ultimo=Roces|primeiro=F.|ultimo2=Hölldobler|primeiro2=Bert|paginas=293–299|doi=10.1007/s002650050292|issn=0340-5443}}</ref>

=== Defesa ===
As formigas atacam e se defendem mordendo e, em muitas espécies, picando, muitas vezes injetando ou pulverizando produtos químicos. As formigas-bala ([[Paraponera]]), localizadas na [[América Central]] e na [[América do Sul]], são consideradas as que apresentam a picada mais dolorosa de qualquer inseto, embora geralmente não seja fatal para os humanos. Essa picada recebe a classificação mais alta no índice de dor em picada de Schmidt.<ref>{{Citar periódico|url=https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/arch.940010205|título=Hemolytic activities of stinging insect venoms|data=janeiro de 1983|acessodata=2024-01-15|periódico=Archives of Insect Biochemistry and Physiology|número=2|ultimo=Schmidt|primeiro=Justin O.|ultimo2=Blum|primeiro2=Murray S.|paginas=155–160|lingua=en|doi=10.1002/arch.940010205|issn=0739-4462|ultimo3=Overal|primeiro3=William L.}}</ref>

A picada de formigas saltadoras pode ser letal para humanos,<ref>{{Citar periódico|url=https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.5694/j.1326-5377.1986.tb139498.x|título=The natural history of sensitivity to jack jumper ants (Hymenoptera formicidae Myrmecia pilosula ) in Tasmania|data=dezembro de 1986|acessodata=2024-01-15|periódico=Medical Journal of Australia|número=11-12|ultimo=Clarke|primeiro=Paul S.|paginas=564–566|lingua=en|doi=10.5694/j.1326-5377.1986.tb139498.x|issn=0025-729X}}</ref> e um antiveneno foi desenvolvido para isso.<ref>{{Citar periódico|url=https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0091674905007682|título=Efficacy of ant venom immunotherapy and whole body extracts|data=agosto de 2005|acessodata=2024-01-15|periódico=Journal of Allergy and Clinical Immunology|número=2|ultimo=Brown|primeiro=Simon G.A.|ultimo2=Heddle|primeiro2=Robert J.|paginas=464–465|lingua=en|doi=10.1016/j.jaci.2005.04.025|ultimo3=Wiese|primeiro3=Michael D.|ultimo4=Blackman |primeiro4=Konrad E.}}</ref> As formigas de fogo, ''[[Solenopsis]] spp.'', são únicas por terem um saco de veneno contendo [[alcalóides]] piperidínicos.<ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1007/BF01012125|título=Gaster flagging by fire ants (Solenopsis spp.): Functional significance of venom dispersal behavior|data=dezembro de 1985|acessodata=2024-01-15|periódico=Journal of Chemical Ecology|número=12|ultimo=Obin|primeiro=Martin S.|ultimo2=Vander Meer|primeiro2=Robert K.|paginas=1757–1768|lingua=en|doi=10.1007/BF01012125|issn=0098-0331}}</ref> Suas picadas são dolorosas e podem ser perigosas para pessoas [[Hipersensibilidade|hipersensíveis]].<ref>{{Citar periódico|url=https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S108112061063493X|título=Hypersensitivity to Fire Ant Venom|data=agosto de 1996|acessodata=2024-01-15|periódico=Annals of Allergy, Asthma & Immunology|número=2|ultimo=Stafford|primeiro=Chester T|paginas=87–99|lingua=en|doi=10.1016/S1081-1206(10)63493-X}}</ref> As formigas [[Formicinae|formicinas]] secretam um veneno de suas glândulas, feito principalmente de ácido fórmico.<ref>{{Citar periódico|url=https://royalsocietypublishing.org/doi/10.1098/rstb.1993.0101|título=Hexadecanol and hexadecyl formate in the venom gland of formicine ants|data=1993-07-29|acessodata=2024-01-15|periódico=Philosophical Transactions of the Royal Society of London. Series B: Biological Sciences|número=1296|paginas=177–180|lingua=en|doi=10.1098/rstb.1993.0101|issn=0962-8436}}</ref>

As formigas-armadilha do gênero [[Odontomachus]] são equipadas com mandíbulas chamadas mandíbula-armadilha, que se fecham mais rápido do que qualquer outro apêndice predatório no reino animal.<ref name=":6">{{Citar periódico|url=https://pnas.org/doi/full/10.1073/pnas.0604290103|título=Multifunctionality and mechanical origins: Ballistic jaw propulsion in trap-jaw ants|data=2006-08-22|acessodata=2024-01-15|periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences|número=34|ultimo=Patek|primeiro=S. N.|ultimo2=Baio|primeiro2=J. E.|paginas=12787–12792|lingua=en|doi=10.1073/pnas.0604290103|issn=0027-8424|ultimo3=Fisher|primeiro3=B. L.|ultimo4=Suarez |primeiro4=A. V.}}</ref> Um estudo de ''[[Odontomachus bauri]]'' registrou velocidades máximas entre 126 e 230 [[km/h]], com as mandíbulas fechando em média 130 microssegundos. Observou-se também que as formigas usavam suas mandíbulas como [[catapulta]] para ejetar intrusos ou se atirar para trás para escapar de uma ameaça.<ref name=":6"/> Antes de atacar, a formiga abre amplamente suas mandíbulas e as trava nesta posição por um mecanismo interno. A energia é armazenada em uma espessa faixa muscular e liberada de forma explosiva quando desencadeada pela estimulação de órgãos sensoriais semelhantes a pelos na parte interna das mandíbulas. As mandíbulas também permitem movimentos lentos e finos para outras tarefas. Armadilhas também são vistas em outros ponerinos, como [[Anochetus]], bem como em alguns gêneros da [[Tribo (biologia)|tribo]] [[Attini]], como {{Ill|en|Daceton}}, [[Orectognathus]] e [[Strumigenys]],<ref name=":6"/><ref>{{Citar periódico|url=https://journals.biologists.com/jeb/article/199/9/2021/34233/The-Trap-Jaw-Mechanism-in-The-Dacetine-Ants|título=The Trap-Jaw Mechanism in The Dacetine Ants Daceton Armigerum and Strumigenys Sp.|data=1996-09-01|acessodata=2024-01-15|periódico=Journal of Experimental Biology|número=9|ultimo=Gronenberg|primeiro=Wulfila|paginas=2021–2033|lingua=en|doi=10.1242/jeb.199.9.2021|issn=0022-0949}}</ref> que são vistos como exemplos de evolução convergente.

Uma espécie de formiga da [[Malásia]] do grupo ''[[Camponotus cylindricus]]'' tem glândulas mandibulares aumentadas que se estendem até o gaster. Se o combate piorar, um trabalhador pode realizar um ato final de altruísmo suicida rompendo a membrana de seu gaster, fazendo com que o conteúdo de suas glândulas mandibulares exploda da região anterior de sua cabeça, espalhando uma secreção venenosa e corrosiva. contendo [[acetofenona]]s e outros produtos químicos que imobilizam pequenos insetos atacantes. O trabalhador morre posteriormente.<ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1023/B:JOEC.0000042063.01424.28|título=The Chemistry of Exploding Ants, Camponotus SPP. (Cylindricus COMPLEX)|data=agosto de 2004|acessodata=2024-01-15|periódico=Journal of Chemical Ecology|número=8|ultimo=Jones|primeiro=T. H.|ultimo2=Clark|primeiro2=D. A.|paginas=1479–1492|lingua=en|doi=10.1023/B:JOEC.0000042063.01424.28|issn=0098-0331|ultimo3=Edwards|primeiro3=A. A.|ultimo4=Davidson |primeiro4=D. W. |ultimo5=Spande |primeiro5=T. F. |ultimo6=Snelling |primeiro6=R. R.}}</ref>

Além da defesa contra predadores, as formigas precisam proteger suas colônias de [[Agente patogénico|patógenos]]. As secreções da glândula metapleural, exclusivas das formigas, produzem uma gama complexa de produtos químicos, incluindo vários com propriedades [[antibióticas]].<ref>{{Citar periódico|url=https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1469-185X.2010.00170.x|título=The metapleural gland of ants|data=novembro de 2011|acessodata=2024-01-15|periódico=Biological Reviews|número=4|ultimo=Yek|primeiro=Sze Huei|ultimo2=Mueller|primeiro2=Ulrich G.|paginas=774–791|lingua=en|doi=10.1111/j.1469-185X.2010.00170.x}}</ref> Algumas formigas operárias mantêm a higiene da colônia e suas atividades incluem a realização ou necroforese, a eliminação de companheiras de ninho mortas.<ref>{{Citar periódico|url=https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0003347299911843|título=Undertaking specialization in the desert leaf-cutter ant Acromyrmex versicolor|data=agosto de 1999|acessodata=2024-01-15|periódico=Animal Behaviour|número=2|ultimo=Julian|primeiro=Glennis E.|ultimo2=Cahan|primeiro2=Sara|paginas=437–442|lingua=en|doi=10.1006/anbe.1999.1184}}</ref> O [[ácido oleico]] foi identificado como o composto liberado de formigas mortas que desencadeia comportamento necróforo em ''{{Ill|en|Atta mexicana}}'',<ref>{{Citar periódico|url=https://resjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-3032.2006.00526.x|título=Antennal olfactory sensitivity in response to task related odours of three castes of the ant Atta mexicana (hymenoptera: formicidae)|data=novembro de 2006|acessodata=2024-01-15|periódico=Physiological Entomology|número=4|ultimo=LóPez‐Riquelme|primeiro=GermáN Octavio|ultimo2=Malo|primeiro2=Edi A.|paginas=353–360|lingua=en|doi=10.1111/j.1365-3032.2006.00526.x|issn=0307-6962|ultimo3=Cruz‐LóPez|primeiro3=Leopoldo|ultimo4=Fanjul‐Moles |primeiro4=MARíA LUISA}}</ref> enquanto operárias de ''[[Linepithema humile]]'' reagem à ausência de produtos químicos característicos (dolicodial e [[iridomirmecina]]) presentes na [[cutícula]] de seus companheiros de ninho vivos para desencadear sintomas semelhantes de comportamento.<ref>{{Citar periódico|título=Chemical signals associated with life inhibit necrophoresis in Argentine ants|data=2009-05-19|acessodata=2024-01-15|periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences|número=20|ultimo=Choe|primeiro=Dong-Hwan|ultimo2=Millar|primeiro2=Jocelyn G.|paginas=8251–8255|doi=10.1073/pnas.0901270106|issn=0027-8424|ultimo3=Rust|primeiro3=Michael K.}}</ref>

Os ninhos podem ser protegidos de ameaças físicas, como [[inundações]] e [[superaquecimento]], por meio de uma [[arquitetura]] elaborada de ninhos.<ref>{{Citar periódico|url=https://academic.oup.com/jinsectscience/article-lookup/doi/10.1093/jis/4.1.21|título=The nest architecture of the Florida harvester ant, Pogonomyrmex badius|data=2004|acessodata=2024-01-15|periódico=Journal of Insect Science|número=1|ultimo=Tschinkel|primeiro=Walter R.|lingua=en|doi=10.1093/jis/4.1.21|issn=1536-2442}}</ref><ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1007/BF01240479|título=?Wall-papering? and elaborate nest architecture in the ponerine antHarpegnathos saltator|data=junho de 1994|acessodata=2024-01-15|periódico=Insectes Sociaux|número=2|ultimo=Peeters|primeiro=C.|ultimo2=Hölldobler|primeiro2=B.|paginas=211–218|lingua=en|doi=10.1007/BF01240479|issn=0020-1812|ultimo3=Moffett|primeiro3=M.|ultimo4=Ali |primeiro4=T. M. Musthak}}</ref> As operárias de ''[[Cataulacus muticus]]'', uma espécie [[Arbóreo|arbórea]] que vive em [[ocos]] de plantas, respondem às inundações bebendo água dentro do ninho e excretando-a do lado de fora.<ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1007/s001140050780|título=Communal peeing: a new mode of flood control in ants|data=2000-12-13|acessodata=2024-01-15|periódico=Naturwissenschaften|número=12|ultimo=Maschwitz|primeiro=Ulrich|ultimo2=Moog|primeiro2=J.|paginas=563–565|doi=10.1007/s001140050780|issn=0028-1042}}</ref> ''{{Ill|en|Camponotus anderseni}}'', que nidifica nas cavidades da madeira em habitats de mangue, lida com a submersão na água mudando para a respiração ''[[anaeróbica]]''.<ref>{{Citar periódico|url=https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0022191007000327|título=The mangrove ant, Camponotus anderseni, switches to anaerobic respiration in response to elevated levels|data=maio de 2007|acessodata=2024-01-15|periódico=Journal of Insect Physiology|número=5|ultimo=Nielsen|primeiro=M.G.|ultimo2=Christian|primeiro2=K.A.|paginas=505–508|lingua=en|doi=10.1016/j.jinsphys.2007.02.002}}</ref>

=== Aprendizado ===
Muitos animais podem aprender comportamentos por imitação, mas as formigas podem ser o único grupo, além dos [[mamíferos]], onde foi observado ensino interativo. Uma forrageadora experiente de ''{{Ill|en|Temnothorax albipennis}}'' pode levar um companheiro de ninho ingênuo a alimentos recém-descobertos pelo processo de corrida em tandem. O seguidor obtém conhecimento através de seu tutor líder. O líder é extremamente sensível ao progresso do seguidor e desacelera quando o seguidor fica para trás e acelera quando o seguidor se aproxima demais.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.nature.com/articles/439153a|título=Teaching in tandem-running ants|data=janeiro de 2006|acessodata=2024-01-15|periódico=Nature|número=7073|ultimo=Franks|primeiro=Nigel R.|ultimo2=Richardson|primeiro2=Tom|paginas=153–153|lingua=en|doi=10.1038/439153a|issn=0028-0836}}</ref>

Experimentos controlados com colônias de ''[[Cerapachys biroi]]'' sugerem que um indivíduo pode escolher os papéis do ninho com base em sua experiência anterior. Uma geração inteira de trabalhadores idênticos foi dividida em dois grupos cujo resultado na procura de alimentos foi controlado. Um grupo era continuamente recompensado com presas, enquanto era garantido que o outro falhasse. Como resultado, os membros do grupo bem-sucedido intensificaram suas tentativas de forrageamento, enquanto o grupo malsucedido se aventurou cada vez menos. Um mês depois, as forrageadoras bem-sucedidas continuaram em suas funções, enquanto as outras passaram a se especializar no cuidado das crias.<ref>{{Citar periódico|título=Individual Experience Alone Can Generate Lasting Division of Labor in Ants|data=agosto de 2007|acessodata=2024-01-15|periódico=Current Biology|número=15|ultimo=Ravary|primeiro=Fabien|ultimo2=Lecoutey|primeiro2=Emmanuel|paginas=1308–1312|doi=10.1016/j.cub.2007.06.047|issn=0960-9822|ultimo3=Kaminski|primeiro3=Gwenaël|ultimo4=Châline |primeiro4=Nicolas |ultimo5=Jaisson |primeiro5=Pierre}}</ref>

=== Construção de ninhos ===
Ninhos complexos são construídos por muitas espécies de formigas, mas outras espécies são [[nômades]] e não constroem estruturas permanentes. As formigas podem formar ninhos subterrâneos ou construí-los em [[árvores]]. Esses ninhos podem ser encontrados no solo, embaixo de [[pedras]] ou [[Tronco (órgão vegetal)|troncos]], dentro de troncos, [[caules]] ocos ou mesmo [[bolota]]s. Os materiais utilizados para a construção incluem solo e matéria vegetal,<ref name="Não_nomeado_2-20240324212252"/> e as formigas selecionam cuidadosamente os locais dos seus ninhos; ''Temnothorax albipennis'' evitará locais com formigas mortas, pois podem indicar a presença de pragas ou doenças. Eles abandonam rapidamente os ninhos estabelecidos ao primeiro sinal de ameaça.<ref>{{Citar periódico|url=https://royalsocietypublishing.org/doi/10.1098/rsbl.2005.0302|título=Tomb evaders: house-hunting hygiene in ants|data=2005-06-22|acessodata=2024-01-15|periódico=Biology Letters|número=2|ultimo=Franks|primeiro=Nigel R|ultimo2=Hooper|primeiro2=James|paginas=190–192|lingua=en|doi=10.1098/rsbl.2005.0302|issn=1744-9561|ultimo3=Webb|primeiro3=Catherine|ultimo4=Dornhaus |primeiro4=Anna}}</ref>

As formigas de correição da América do Sul, como a espécie ''[[Eciton burchellii]]'', e as formigas condutoras da África não constroem ninhos permanentes, mas alternam entre o nomadismo e fases em que as operárias formam um ninho temporário (acampamento) a partir de seus próprios corpos, mantendo-se juntos.<ref>{{Citar periódico|doi=10.1007/978-3-662-10306-7_16|título=The Army Ants|data=1990|acessodata=2024-01-15|publicado=Springer Berlin Heidelberg|ultimo=Hölldobler|primeiro=Bert|ultimo2=Wilson|primeiro2=Edward O.|local=Berlin, Heidelberg|paginas=573–595|isbn=978-3-662-10308-1}}</ref>

As operárias das formigas tecelãs (''[[Oecophylla]] spp.'') constroem ninhos nas árvores unindo as folhas, primeiro unindo-as com pontes de operárias e depois induzindo suas larvas a produzir seda à medida que são movidas ao longo das bordas das folhas. Formas semelhantes de construção de ninhos são vistas em algumas espécies de [[Polyrhachis]].<ref>{{Citar periódico|url=https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1440-6055.2005.00462.x|título=Evolution of nest‐weaving behaviour in arboreal nesting ants of the genus Polyrhachis Fr. Smith (Hymenoptera: Formicidae)|data=maio de 2005|acessodata=2024-01-15|periódico=Australian Journal of Entomology|número=2|ultimo=Robson|primeiro=Simon K A|ultimo2=Kohout|primeiro2=Rudolf J|paginas=164–169|lingua=en|doi=10.1111/j.1440-6055.2005.00462.x|issn=1326-6756}}</ref>

''[[Formica polyctena]]'', entre outras espécies de formigas, constrói ninhos que mantêm uma temperatura interior relativamente constante que auxilia no desenvolvimento das larvas. As formigas mantêm a temperatura do ninho escolhendo o local, os materiais do ninho, controlando a ventilação e mantendo o calor da [[radiação solar]], a atividade e o [[metabolismo]] das operárias e, em alguns ninhos úmidos, a atividade microbiana nos materiais do ninho.<ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1007/PL00001708|título=The effect of nest moisture on daily temperature regime in the nests of Formica polyctena wood ants:|data=agosto de 2000|acessodata=2024-01-15|periódico=Insectes Sociaux|número=3|ultimo=Frouz|primeiro=J.|paginas=229–235|lingua=en|doi=10.1007/PL00001708|issn=0020-1812}}</ref><ref>{{Citar periódico|url=https://f1000research.com/articles/2-280/v2|título=Thermoregulation strategies in ants in comparison to other social insects, with a focus on red wood ants (Formica rufa group)|data=2014-03-21|acessodata=2024-01-15|periódico=F1000Research|ultimo=Kadochová|primeiro=Štěpánka|ultimo2=Frouz|primeiro2=Jan|paginas=280|lingua=en|doi=10.12688/f1000research.2-280.v2|issn=2046-1402}}</ref>

Algumas espécies de formigas, como aquelas que utilizam cavidades naturais, podem ser oportunistas e fazer uso do [[microclima]] controlado fornecido dentro das habitações humanas e outras estruturas artificiais para abrigar suas colônias e estruturas de ninhos.<ref>{{Citar periódico|url=https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0006320703001472|título=Impact of human dwellings on the distribution of the exotic Argentine ant: a case study in the Doñana National Park, Spain|data=fevereiro de 2004|acessodata=2024-01-15|periódico=Biological Conservation|número=2|ultimo=Carpintero|primeiro=Soledad|ultimo2=Reyes-López|primeiro2=Joaquı́n|paginas=279–289|lingua=en|doi=10.1016/S0006-3207(03)00147-2|ultimo3=Arias de Reyna|primeiro3=Luis}}</ref><ref>{{Citar periódico|url=https://academic.oup.com/ee/article-lookup/doi/10.1603/022.038.0311|título=Nest-site Limitation and Nesting Resources of Ants (Hymenoptera: Formicidae) in Urban Green Spaces|data=2009-06-01|acessodata=2024-01-15|periódico=Environmental Entomology|número=3|ultimo=Friedrich|primeiro=Russell|ultimo2=Philpott|primeiro2=Stacy M.|paginas=600–607|lingua=en|doi=10.1603/022.038.0311|issn=0046-225X}}</ref>

=== Cultivo de comida ===
[[Ficheiro:HoneyAnt.jpg|miniaturadaimagem|[[Formiga-pote-de-mel|Formigas-pote-de-mel]] armazenam alimento para evitar fome na colônia.]]
A maioria das formigas são predadoras generalistas, necrófagas e [[herbívoros]] indiretos,<ref name=":8"/> mas algumas desenvolveram formas especializadas de obter nutrição. Acredita-se que muitas espécies de formigas que praticam herbivoria indireta dependem de [[simbiose]] especializada com seus [[micróbios]] [[Intestino|intestinais]]<ref>{{Citar periódico|url=https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-294X.2011.05464.x|título=Highly similar microbial communities are shared among related and trophically similar ant species|data=maio de 2012|acessodata=2024-01-15|periódico=Molecular Ecology|número=9|ultimo=Anderson|primeiro=Kirk E.|ultimo2=Russell|primeiro2=Jacob A.|paginas=2282–2296|lingua=en|doi=10.1111/j.1365-294X.2011.05464.x|issn=0962-1083|ultimo3=Moreau|primeiro3=Corrie S.|ultimo4=Kautz |primeiro4=Stefanie |ultimo5=Sullam |primeiro5=Karen E. |ultimo6=Hu |primeiro6=Yi |ultimo7=Basinger |primeiro7=Ursula |ultimo8=Mott |primeiro8=Brendon M. |ultimo9=Buck |primeiro9=Norman}}</ref> para aumentar o valor nutricional dos alimentos que coletam<ref>{{Citar periódico|url=https://bmcbiol.biomedcentral.com/articles/10.1186/1741-7007-5-48|título=Nutritional upgrading for omnivorous carpenter ants by the endosymbiont Blochmannia|data=dezembro de 2007|acessodata=2024-01-15|periódico=BMC Biology|número=1|ultimo=Feldhaar|primeiro=Heike|ultimo2=Straka|primeiro2=Josef|lingua=en|doi=10.1186/1741-7007-5-48|issn=1741-7007|ultimo3=Krischke|primeiro3=Markus|ultimo4=Berthold |primeiro4=Kristina |ultimo5=Stoll |primeiro5=Sascha |ultimo6=Mueller |primeiro6=Martin J |ultimo7=Gross |primeiro7=Roy}}</ref> e permitir que sobrevivam em regiões pobres em [[nitrogênio]], como as copas das [[florestas tropicais]].<ref>{{citar periódico|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2785723/|título="Bacterial gut symbionts are tightly linked with the evolution of herbivory in ants"|data=Dezembro de 2009|acessodata=15 de janeiro de 2023|periódico=National Academy of Sciences of the United States of America|ultimo=Russell|primeiro=JA|ultimo2=Moreau|primeiro2=CS|ultimo3=Goldman-Huertas|primeiro3=B|ultimo4=Fujiwara |primeiro4=M |ultimo5=Lohman |primeiro5=DJ |ultimo6=Pierce |primeiro6=NE}}</ref> As formigas cortadeiras ([[Atta]] e [[Acromyrmex]]) se alimentam exclusivamente de um [[fungo]] que cresce apenas dentro de suas colônias. Eles coletam continuamente folhas que são levadas para a colônia, cortadas em pedacinhos e colocadas em jardins de fungos. Os Ergates são especializados em tarefas relacionadas de acordo com seus tamanhos. As formigas maiores cortam caules, as operárias menores mastigam as folhas e as menores cuidam do fungo. As formigas cortadeiras são sensíveis o suficiente para reconhecer a reação do fungo a diferentes materiais vegetais, aparentemente detectando sinais químicos do fungo. Se um determinado tipo de folha for tóxico para o fungo, a colônia não irá mais coletá-lo. As formigas se alimentam de estruturas produzidas por fungos chamados gongilídios. [[Bactéria]]s simbióticas na superfície externa das formigas produzem antibióticos que matam as bactérias introduzidas no ninho que podem prejudicar os fungos.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.nature.com/articles/19619|título=Ants, plants and antibiotics|data=abril de 1999|acessodata=2024-01-15|periódico=Nature|número=6730|ultimo=Schultz|primeiro=Ted R.|paginas=747–748|lingua=en|doi=10.1038/19619|issn=0028-0836}}</ref>
[[Ficheiro:Ant highway, Shai Hills, Shai-Osudoku (P1100055).jpg|alt=Trilha feita por formigas na terra.|miniaturadaimagem|Uma trilha de formigas]]

=== Navegação ===
As formigas forrageiras viajam distâncias de até 200 metros de seu ninho<ref name=":10">{{Citar periódico|url=https://www.annualreviews.org/doi/10.1146/annurev.es.04.110173.001311|título=Ecology of Foraging by Ants|data=novembro de 1973|acessodata=2024-01-15|periódico=Annual Review of Ecology and Systematics|número=1|ultimo=Carroll|primeiro=C. R.|ultimo2=Janzen|primeiro2=D. H.|paginas=231–257|lingua=en|doi=10.1146/annurev.es.04.110173.001311|issn=0066-4162}}</ref> e trilhas de cheiro permitem que elas encontrem o caminho de volta mesmo no escuro. Em regiões quentes e áridas, as formigas que se alimentam durante o dia enfrentam a morte por [[dessecação]], portanto a capacidade de encontrar o caminho mais curto de volta ao ninho reduz esse risco. As formigas diurnas do deserto do gênero [[Cataglyphis]], como a formiga do deserto do Saara, navegam acompanhando a direção e também a distância percorrida. As distâncias percorridas são medidas por meio de um pedômetro interno que conta os passos dados<ref>{{Citar periódico|url=https://www.science.org/doi/10.1126/science.1126912|título=The Ant Odometer: Stepping on Stilts and Stumps|data=2006-06-30|acessodata=2024-01-15|periódico=Science|número=5782|ultimo=Wittlinger|primeiro=Matthias|ultimo2=Wehner|primeiro2=Rüdiger|paginas=1965–1967|lingua=en|doi=10.1126/science.1126912|issn=0036-8075|ultimo3=Wolf|primeiro3=Harald}}</ref> e também pela avaliação do movimento dos objetos em seu campo visual (fluxo óptico).<ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1007/BF00243395|título=Desert ants Cataglyphis fortis use self-induced optic flow to measure distances travelled|data=julho de 1995|acessodata=2024-01-15|periódico=Journal of Comparative Physiology A|número=1|ultimo=Ronacher|primeiro=B.|ultimo2=Wehner|primeiro2=R.|lingua=en|doi=10.1007/BF00243395|issn=0340-7594}}</ref> As direções são medidas usando a posição do sol.<ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1007/s00359-003-0431-1|título=Desert ant navigation: how miniature brains solve complex tasks|data=2003-08-01|acessodata=2024-01-15|periódico=Journal of Comparative Physiology A: Sensory, Neural, and Behavioral Physiology|número=8|ultimo=Wehner|primeiro=R.|paginas=579–588|doi=10.1007/s00359-003-0431-1|issn=0340-7594}}</ref>

Eles integram essas informações para encontrar o caminho mais curto de volta ao ninho.<ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1007/s00359-003-0465-4|título=The ant?s estimation of distance travelled: experiments with desert ants, Cataglyphis fortis|data=2004-01-01|acessodata=2024-01-15|periódico=Journal of Comparative Physiology A: Sensory, Neural, and Behavioral Physiology|número=1|ultimo=Sommer|primeiro=S.|ultimo2=Wehner|primeiro2=R.|paginas=1–6|doi=10.1007/s00359-003-0465-4|issn=0340-7594}}</ref> Como todas as formigas, elas também podem fazer uso de pontos de referência visuais quando disponíveis,<ref>{{Citar periódico|url=https://journals.biologists.com/jeb/article/205/14/1971/9035/Visual-navigation-in-desert-ants-Cataglyphis|título=Visual navigation in desert ants Cataglyphis fortis : are snapshots coupled to a celestial system of reference?|data=2002-07-15|acessodata=2024-01-15|periódico=Journal of Experimental Biology|número=14|ultimo=Åkesson|primeiro=Susanne|ultimo2=Wehner|primeiro2=Rüdiger|paginas=1971–1978|lingua=en|doi=10.1242/jeb.205.14.1971|issn=1477-9145}}</ref> bem como pistas olfativas e táteis para navegar.<ref>{{Citar periódico|url=https://frontiersinzoology.biomedcentral.com/articles/10.1186/1742-9994-6-5|título=Smells like home: Desert ants, Cataglyphis fortis, use olfactory landmarks to pinpoint the nest|data=dezembro de 2009|acessodata=2024-01-15|periódico=Frontiers in Zoology|número=1|ultimo=Steck|primeiro=Kathrin|ultimo2=Hansson|primeiro2=Bill S|lingua=en|doi=10.1186/1742-9994-6-5|issn=1742-9994|ultimo3=Knaden|primeiro3=Markus}}</ref><ref>{{Citar periódico|url=https://journals.biologists.com/jeb/article/209/17/3336/16263/Visual-and-tactile-learning-of-ground-structures|título=Visual and tactile learning of ground structures in desert ants|data=2006-09-01|acessodata=2024-01-15|periódico=Journal of Experimental Biology|número=17|ultimo=Seidl|primeiro=Tobias|ultimo2=Wehner|primeiro2=Rüdiger|paginas=3336–3344|lingua=en|doi=10.1242/jeb.02364|issn=1477-9145}}</ref> Algumas espécies de formigas são capazes de usar o campo magnético da Terra para navegação.<ref>{{Citar periódico|url=https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1046/j.0179-1613.2003.00927.x|título=Orientation by magnetic field in leaf‐cutter ants, Atta colombica (Hymenoptera: Formicidae)|data=outubro de 2003|acessodata=2024-01-15|periódico=Ethology|número=10|ultimo=Banks|primeiro=Alexander N.|ultimo2=Srygley|primeiro2=Robert B.|paginas=835–846|lingua=en|doi=10.1046/j.0179-1613.2003.00927.x|issn=0179-1613}}</ref> Os olhos compostos das formigas possuem células especializadas que detectam a [[luz polarizada]] do Sol, que é usada para determinar a direção.<ref>{{Citar periódico|url=https://journals.biologists.com/jeb/article/204/12/2063/32759/Homing-in-wood-ants-Formica-japonica-use-of-the|título=Homing in wood ants, Formica japonica : use of the skyline panorama|data=2001-06-15|acessodata=2024-01-15|periódico=Journal of Experimental Biology|número=12|ultimo=Fukushi|primeiro=Tsukasa|paginas=2063–2072|lingua=en|doi=10.1242/jeb.204.12.2063|issn=1477-9145}}</ref><ref>{{Citar periódico|url=https://www.science.org/doi/10.1126/science.164.3876.192|título=Homing in the Ant Cataglyphis bicolor|data=1969-04-11|acessodata=2024-01-15|periódico=Science|número=3876|ultimo=Wehner|primeiro=Rudiger|ultimo2=Menzel|primeiro2=Randolf|paginas=192–194|lingua=en|doi=10.1126/science.164.3876.192|issn=0036-8075}}</ref> Esses detectores de polarização são sensíveis na região ultravioleta do [[Espectro visível|espectro de luz]].<ref>{{Citar livro|título=The insects: structure and function|ultimo=Chapman|primeiro=Reginald F.|data=2007|editora=Cambridge Univ. Press|edicao=4. , [Nachdr.]|local=Cambridge}}</ref> Em algumas espécies de formigas de correição, um grupo de forrageadoras que se separa da coluna principal pode, às vezes, virar-se sobre si mesmo e formar um formigueiro circular. Os trabalhadores podem então correr continuamente até morrerem de exaustão.<ref>{{Citar periódico|url=https://dx.plos.org/10.1371/journal.pbio.0000037|título=Army Ants Trapped by Their Evolutionary History|data=2003-11-17|acessodata=2024-01-15|periódico=PLoS Biology|número=2|ultimo=Delsuc|primeiro=Frédéric|paginas=e37|lingua=en|doi=10.1371/journal.pbio.0000037|issn=1545-7885}}</ref>

=== Locomoção ===
As formigas operárias não possuem asas e as fêmeas reprodutivas perdem as asas após os voos de [[acasalamento]] para iniciar suas colônias. Portanto, ao contrário de suas ancestrais vespas, a maioria das formigas viaja caminhando. Algumas espécies são capazes de saltar. Por exemplo, a formiga saltadora de Jerdon (''[[Harpegnathos saltator]]'') é capaz de pular sincronizando a ação de seus pares de pernas médio e traseiro.<ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1007/BF01992052|título=A novel mechanism for jumping in the indian antHarpegnathos saltator (Jerdon) (Formicidae, Ponerinae)|data=fevereiro de 1994|acessodata=2024-01-15|periódico=Experientia|número=S1|ultimo=Urbani|primeiro=C. Baroni|ultimo2=Boyan|primeiro2=G. S.|paginas=63–71|lingua=en|doi=10.1007/BF01992052|issn=0014-4754|ultimo3=Blarer|primeiro3=A.|ultimo4=Billen |primeiro4=J. |ultimo5=Musthak Ali |primeiro5=T. M.}}</ref> Existem várias espécies de formigas planadoras, incluindo ''[[Cephalotes atratus]]''; esta pode ser uma característica comum entre formigas arbóreas com colônias pequenas. As formigas com essa habilidade são capazes de controlar seu movimento horizontal para pegar os troncos das árvores quando caem do topo da copa da floresta.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.nature.com/articles/nature03254|título=Directed aerial descent in canopy ants|data=fevereiro de 2005|acessodata=2024-01-15|periódico=Nature|número=7026|ultimo=Yanoviak|primeiro=Stephen. P.|ultimo2=Dudley|primeiro2=Robert|paginas=624–626|lingua=en|doi=10.1038/nature03254|issn=0028-0836|ultimo3=Kaspari|primeiro3=Michael}}</ref>

Outras espécies de formigas podem formar cadeias para preencher lacunas na água, no subsolo ou através de espaços na vegetação. Algumas espécies também formam jangadas flutuantes que as ajudam a sobreviver às [[inundações]].<ref>{{Citar periódico|url=https://pnas.org/doi/full/10.1073/pnas.1016658108|título=Fire ants self-assemble into waterproof rafts to survive floods|data=2011-05-10|acessodata=2024-01-15|periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences|número=19|ultimo=Mlot|primeiro=Nathan J.|ultimo2=Tovey|primeiro2=Craig A.|paginas=7669–7673|lingua=en|doi=10.1073/pnas.1016658108|issn=0027-8424|ultimo3=Hu|primeiro3=David L.}}</ref> Essas jangadas também podem ter um papel em permitir que as formigas colonizem as ilhas.<ref>{{Citar periódico|url=https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1046/j.1365-2699.1998.2530561.x|título=A review of Bahamian ant (Hymenoptera: Formicidae) biogeography|data=maio de 1998|acessodata=2024-01-15|periódico=Journal of Biogeography|número=3|ultimo=Morrison|primeiro=Lloyd W.|paginas=561–571|lingua=en|doi=10.1046/j.1365-2699.1998.2530561.x|issn=0305-0270}}</ref> ''[[Polyrhachis sokolova]]'', uma espécie de formiga encontrada nos [[manguezais]] australianos, pode nadar e viver em ninhos subaquáticos. Como não possuem [[guelras]], eles vão para bolsas de ar presas nos ninhos submersos para respirar.<ref>{{Citar periódico|url=http://www.publish.csiro.au/?paper=ZO9960521|título=Ant Fauna of a Mangrove Community in the Australian Seasonal Tropics, With Particular Reference to Zonation|data=1996|acessodata=2024-01-15|periódico=Australian Journal of Zoology|número=5|ultimo=Clay|primeiro=Re|ultimo2=Andersen|primeiro2=An|paginas=521|lingua=en|doi=10.1071/ZO9960521|issn=0004-959X}}</ref>

=== Cooperação e competição ===
Nem todas as formigas têm o mesmo tipo de sociedade. As formigas bulldog [[Austrália|australianas]] estão entre as maiores e mais básicas das formigas. Como praticamente todas as formigas, são eussociais, mas seu comportamento social é pouco desenvolvido em comparação com outras espécies. Cada indivíduo caça sozinho, usando seus grandes olhos em vez de sentidos químicos para encontrar a presa.<ref>{{Citar periódico|url=https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1440-6055.1988.tb01179.x|título=ASPECTS OF THE BIOLOGY OF THE PRIMITIVE ANT GENUS MYRMECIA F. (HYMENOPTERA: FORMICIDAE)|data=novembro de 1988|acessodata=2024-01-15|periódico=Australian Journal of Entomology|número=4|ultimo=Crosland|primeiro=M. W. J.|ultimo2=Crozier|primeiro2=R. H.|paginas=305–309|lingua=en|doi=10.1111/j.1440-6055.1988.tb01179.x|issn=1326-6756|ultimo3=Jefferson|primeiro3=E.}}</ref>
[[Ficheiro:Harpegnathos saltator fight.jpg|alt=Duas formigas brigando, uma está em cima da outra.|miniaturadaimagem|Uma operária ''[[Harpegnathos saltator]]'' (uma formiga saltadora) envolvida em uma batalha com a rainha de uma colônia rival (no topo)]]
Algumas espécies atacam e dominam colônias de formigas vizinhas. Especialistas extremos entre essas formigas invasoras de escravos, como as formigas [[Amazônia|amazônicas]], são incapazes de se alimentar e precisam de trabalhadores capturados para sobreviver.<ref>{{Citar periódico|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-69842005000300008&lng=en&tlng=en|título=Ant and termite mound coinhabitants in the wetlands of Santo Antonio da Patrulha, Rio Grande do Sul, Brazil|data=agosto de 2005|acessodata=2024-01-15|periódico=Brazilian Journal of Biology|número=3|ultimo=Diehl|primeiro=E.|ultimo2=Junqueira|primeiro2=L. K.|paginas=431–437|doi=10.1590/S1519-69842005000300008|issn=1519-6984|ultimo3=Berti-Filho|primeiro3=E.}}</ref> Trabalhadores capturados de espécies escravizadas de [[Temnothorax]] desenvolveram uma contra-estratégia, destruindo apenas as pupas fêmeas do ''{{Ill|en|Temnothorax americanus}}'' escravista, mas poupando os machos (que não participam da invasão de escravos quando adultos).<ref>{{Citar periódico|url=https://academic.oup.com/evolut/article/63/4/1068/6854704|título=First evidence for slave rebellion: enslaved ant workers systematically kill the brood of their social parasite Protomognathus Americanus|data=abril de 2009|acessodata=2024-01-15|periódico=Evolution|número=4|ultimo=Achenbach|primeiro=Alexandra|ultimo2=Foitzik|primeiro2=Susanne|paginas=1068–1075|lingua=en|doi=10.1111/j.1558-5646.2009.00591.x}}</ref>

As formigas identificam parentes e companheiras de ninho através de seu cheiro, que vem de secreções misturadas com [[hidrocarbonetos]] que revestem seus exoesqueletos. Se uma formiga for separada da sua colónia original, acabará por perder o cheiro da colónia. Qualquer formiga que entrar em uma colônia sem cheiro correspondente será atacada.<ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1007/BF01026932|título=Internest aggression and identification of possible nestmate discrimination pheromones in polygynous antFormica montana|data=julho de 1990|acessodata=2024-01-16|periódico=Journal of Chemical Ecology|número=7|ultimo=Henderson|primeiro=Gregg|ultimo2=Andersen|primeiro2=John F.|paginas=2217–2228|lingua=en|doi=10.1007/BF01026932|issn=0098-0331|ultimo3=Phillips|primeiro3=Joel K.|ultimo4=Jeanne |primeiro4=Robert L.}}</ref>
[[Ficheiro:Ants eating cicada, jjron 22.11.2009.jpg|alt=Uma pedra com várias formigas em cima comendo os restos de uma cigarra.|esquerda|miniaturadaimagem|Formigas carnívoras alimentando-se de uma [[cigarra]].]]
Espécies de formigas parasitas entram nas colônias de formigas hospedeiras e se estabelecem como parasitas sociais; espécies como ''[[Strumigenys xenos]]'' são totalmente [[parasitas]] e não possuem operárias, mas, em vez disso, dependem da comida coletada por seus hospedeiros ''[[Strumigenys perplexa]]''.<ref>{{Citar periódico|url=https://resjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1046/j.1365-3113.1996.d01-12.x|título=A new workerless social parasite in the ant genus Pseudomyrmex (Hymenoptera: Formicidae), with a discussion of the origin of social parasitism in ants|data=julho de 1996|acessodata=2024-01-16|periódico=Systematic Entomology|número=3|ultimo=Ward|primeiro=S.|paginas=253–263|lingua=en|doi=10.1046/j.1365-3113.1996.d01-12.x|issn=0307-6970}}</ref><ref>{{Citar periódico|url=http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/00779962.1968.9722888|título=THE AUSTRALIAN WORKERLESS INQUILINE ANT STRUMIGENYS XENOS BROWN (HYMENOPTERA-FORMICIDAE) RECORDED FROM NEW ZEALAND|data=janeiro de 1968|acessodata=2024-01-16|periódico=New Zealand Entomologist|número=1|ultimo=Taylor|primeiro=R. W.|paginas=47–49|lingua=en|doi=10.1080/00779962.1968.9722888|issn=0077-9962}}</ref> Essa forma de parasitismo é observada em muitos gêneros de formigas, mas a formiga parasita geralmente é uma espécie intimamente relacionada ao seu hospedeiro. Uma variedade de métodos são empregados para entrar no ninho da formiga hospedeira. Uma rainha parasita pode entrar no ninho hospedeiro antes da primeira [[ninhada]] eclodir, estabelecendo-se antes do desenvolvimento do cheiro da colônia. Outras espécies usam feromônios para confundir as formigas hospedeiras ou para induzi-las a carregar a rainha parasita para o ninho. Alguns simplesmente lutam para chegar ao ninho.<ref>{{Citar periódico|doi=10.1007/978-3-662-10306-7_12|título=Symbioses among Ant Species|data=1990|acessodata=2024-01-16|publicado=Springer Berlin Heidelberg|ultimo=Hölldobler|primeiro=Bert|ultimo2=Wilson|primeiro2=Edward O.|local=Berlin, Heidelberg|paginas=436–470|isbn=978-3-662-10308-1}}</ref>

Um conflito entre os sexos de uma espécie é observado em algumas espécies de formigas, com esses reprodutores aparentemente competindo para produzir descendentes que sejam tão intimamente relacionados com eles quanto possível. A forma mais extrema envolve a produção de descendentes clonais. Um extremo do [[conflito sexual]] é visto em ''[[Wasmannia auropunctata]]'', onde as rainhas produzem filhas [[diplóides]] por partenogênese {{Ill|en|Thelytokous}} e os machos produzem clones por um processo pelo qual um ovo diplóide perde sua contribuição materna para produzir machos [[haplóides]] que são clones do pai.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.nature.com/articles/nature03705|título=Clonal reproduction by males and females in the little fire ant|data=junho de 2005|acessodata=2024-01-16|periódico=Nature|número=7046|ultimo=Fournier|primeiro=Denis|ultimo2=Estoup|primeiro2=Arnaud|paginas=1230–1234|lingua=en|doi=10.1038/nature03705|issn=0028-0836|ultimo3=Orivel|primeiro3=Jérôme|ultimo4=Foucaud |primeiro4=Julien |ultimo5=Jourdan |primeiro5=Hervé |ultimo6=Breton |primeiro6=Julien Le |ultimo7=Keller |primeiro7=Laurent}}</ref>

=== Organização social ===
{{Artigo principal|formiga-rainha|formiga-alada|4=formiga-soldado|5=formiga-pote-de-mel}}
Embora nem todas as [[espécie]]s de formigas construam [[formigueiro]]s, muitas fazem formigueiros complexos normalmente subterrâneos, com um sistema de túneis e câmaras com funções especiais – para o armazenamento de alimentos, para a rainha, o “berçário”, onde são tratadas as larvas, etc.<ref>{{Citar web|url=https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-e-o-interior-de-um-formigueiro/|titulo=Como é o interior de um formigueiro?|acessodata=2023-12-12|website=Super|lingua=pt-BR}}</ref> As [[sociedade]]s das formigas são organizadas por divisão de tarefas, muitas vezes chamadas [[casta]]s.<ref>{{Citar web|ultimo=desenvolvedor|url=https://insectcontrol.com.br/a-enciclopedia-das-pragas/formigas/como-funciona-a-sociedade-das-formigas/|titulo=Como funciona a sociedade das formigas?|data=2017-07-01|acessodata=2023-12-12|website=InsectControl I A dedetizadora mais bem avaliada do Rio de Janeiro|lingua=pt-BR}}</ref> A função da [[reprodução]] é realizada pela rainha e pelos machos. A reprodução é feita durante o voo nupcial.<ref name=":3">{{Citar web|url=https://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/formigas-divisao-de-tarefas-e-cooperacao-fazem-parte-da-vida-de-insetos.htm|titulo=Formigas: Divisão de tarefas e cooperação fazem parte da vida de insetos|acessodata=2023-12-12|website=educacao.uol.com.br|lingua=pt-br}}</ref> A rainha vive dentro do formigueiro, é maior que as restantes formigas,<ref>{{Citar web|ultimo=G1|primeiro=Do|ultimo2=Paulo|primeiro2=em São|url=https://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/01/estudo-encontra-diferencas-no-torax-de-formiga-rainha-e-formiga-operaria.html|titulo=Estudo encontra diferenças no tórax de formiga-rainha e formiga-operária|data=2014-01-08|acessodata=2023-12-12|website=Natureza|lingua=pt-br}}</ref> perde as asas depois de [[fecundação|fecundada]] e o macho morre rapidamente.<ref>{{Citar web|ultimo=inhuWu815EDRF825adm|url=https://ddjlle.com.br/conheca-o-comportamento-das-formigas/|titulo=Conheça o comportamento das formigas {{!}} Dedetização de formigas {{!}} Joinville|data=2018-01-18|acessodata=2023-12-12|website=Dedetizadora JoinVille|lingua=pt-BR}}</ref>

As restantes funções – procura de alimentos, construção e manutenção do formigueiro e sua defesa – são realizadas por fêmeas (que não possuem asas, para maior mobilidade no formigueiro) [[estéril|estéreis]], as obreiras, que sempre estão em maior numero em espécies que cultivam fungos, elas trabalham na criação de [[fungo]]s, das larvas, [[pupa]]s e cuidam da rainha em câmaras especiais.<ref>{{Citar web|url=https://www.dedetizacao-consulte.com.br/formigas-biologia.asp|titulo=Biologia das Formigas {{!}} Dedetização|acessodata=2023-12-12|website=www.dedetizacao-consulte.com.br}}</ref>
=== Relações com outros organismos ===
{{AP|Relação ecológica}}
{{AP|vt=s|Comensalismo|Inquilinismo|Mutualismo (biologia)}}
[[Imagem:XN AntMilkAphid.gif|thumb|direita|Formiga ordenhando [[afídeo]]]]

As formigas formam associações simbióticas com uma variedade de espécies, incluindo outras espécies de formigas, outros insetos, plantas e fungos. Eles também são predados por muitos animais e até mesmo por certos fungos. Algumas espécies de [[artrópodes]] passam parte de suas vidas dentro de formigueiros, seja atacando formigas, suas larvas e ovos, consumindo os estoques de alimentos das formigas ou evitando predadores. Esses [[Inquilinismo|inquilinos]] podem ter uma grande semelhança com as formigas. A natureza desse [[mimetismo]] de formiga ({{Ill|en|mirmecomorfia|myrmecomorphy}}) varia, com alguns casos envolvendo mimetismo batesiano, onde o mimetismo reduz o risco de predação. Outros mostram o mimetismo wasmanniano, uma forma de mimetismo vista apenas em inquilinos.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.jstor.org/stable/2387854?origin=crossref|título=Ant-Mimicry in Panamanian Clubionid and Salticid Spiders (Araneae: Clubionidae, Salticidae)|data=março de 1977|acessodata=2024-01-15|periódico=Biotropica|número=1|ultimo=Reiskind|primeiro=Jonathan|paginas=1|doi=10.2307/2387854}}</ref><ref>{{Citar periódico|url=https://www.jstor.org/stable/3495552?origin=crossref|título=Myrmecomorphy and Myrmecophily in Spiders: A Review|data=junho de 1997|acessodata=2024-01-15|periódico=The Florida Entomologist|número=2|ultimo=Cushing|primeiro=Paula E.|paginas=165|doi=10.2307/3495552}}</ref>

[[Pulgões]] e outros insetos [[hemípteros]] secretam um líquido doce chamado [[melada]], quando se alimentam da [[seiva]] das plantas. Os [[açúcares]] da melada são uma fonte alimentar de alta energia, que muitas espécies de formigas coletam.<ref>{{Citar periódico|url=https://royalsocietypublishing.org/doi/10.1098/rspb.2006.3701|título=Ecological consequences of interactions between ants and honeydew-producing insects|data=2007-01-22|acessodata=2024-01-15|periódico=Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences|número=1607|ultimo=Styrsky|primeiro=John D|ultimo2=Eubanks|primeiro2=Micky D|paginas=151–164|lingua=en|doi=10.1098/rspb.2006.3701|issn=0962-8452}}</ref> Em alguns casos, os pulgões secretam a melada em resposta às formigas que os batem com as antenas. As formigas, por sua vez, mantêm os predadores longe dos pulgões e os movem de um local de alimentação para outro. Ao migrar para uma nova área, muitas colônias levam consigo os pulgões, para garantir um fornecimento contínuo de melada. As formigas também cuidam das [[Cochonilha-farinhenta|cochonilhas]] para colher sua melada. As cochonilhas podem se tornar uma [[praga]] séria do [[abacaxi]] se houver formigas presentes para protegê-las de seus inimigos naturais.<ref>{{Citar periódico|url=http://academic.oup.com/jee/article/89/5/1124/791236/Effects-of-Pheidole-megacephala-Hymenoptera|título=Effects of Pheidole megacephala (Hymenoptera: Formicidae) on Survival and Dispersal of Dysmicoccus neobrevipes (Homoptera: Pseudococcidae)|data=1996-10-01|acessodata=2024-01-15|periódico=Journal of Economic Entomology|número=5|ultimo=Jahn|primeiro=Gary C.|ultimo2=Beardsley|primeiro2=John W.|paginas=1124–1129|lingua=en|doi=10.1093/jee/89.5.1124|issn=1938-291X}}</ref>

[[Lagartas]] [[Mirmecofilia|mirmecófilas]] (amantes de formigas) da família das [[borboletas]] [[Lycaenidae]] (por exemplo, azuis, cobres ou listras de cabelo) são pastoreadas pelas formigas, levadas para áreas de alimentação durante o dia e trazidas para dentro do formigueiro à noite. As lagartas possuem uma glândula que secreta melada quando as formigas as massageiam. Algumas lagartas produzem vibrações e sons que são percebidos pelas formigas.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.scientificamerican.com/article/singing-caterpillars-ants-and-symbi|título=Singing Caterpillars, Ants and Symbiosis|data=outubro de 1992|acessodata=2024-01-15|periódico=Scientific American|número=4|ultimo=DeVries|primeiro=Philip J.|paginas=76–82|doi=10.1038/scientificamerican1092-76|issn=0036-8733}}</ref> Uma adaptação semelhante pode ser vista nas borboletas capitães grisalhas que emitem vibrações ao expandir suas asas para se comunicarem com as formigas, que são predadoras naturais dessas borboletas.<ref>{{Citar periódico|título=European and North West African Lycaenidae (Lepidoptera) and their associations with ants|data=1991-09-15|acessodata=2024-01-15|periódico=The Journal of Research on the Lepidoptera|número=4|ultimo=Fiedler|primeiro=Konrad|paginas=239–257|doi=10.5962/p.332216|issn=0022-4324}}</ref> Outras lagartas evoluíram de amantes de formigas para comedoras de formigas: essas lagartas mirmecófagas secretam um feromônio que faz as formigas agirem como se a lagarta fosse uma de suas próprias larvas. A lagarta é então levada para o formigueiro, onde se alimenta das larvas das formigas.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.annualreviews.org/doi/10.1146/annurev.ento.47.091201.145257|título=The Ecology and Evolution of Ant Association in the Lycaenidae (Lepidoptera)|data=janeiro de 2002|acessodata=2024-01-15|periódico=Annual Review of Entomology|número=1|ultimo=Pierce|primeiro=Naomi E.|ultimo2=Braby|primeiro2=Michael F.|paginas=733–771|lingua=en|doi=10.1146/annurev.ento.47.091201.145257|issn=0066-4170|ultimo3=Heath|primeiro3=Alan|ultimo4=Lohman |primeiro4=David J. |ultimo5=Mathew |primeiro5=John |ultimo6=Rand |primeiro6=Douglas B. |ultimo7=Travassos |primeiro7=Mark A.}}</ref> Várias [[bactéria]]s especializadas foram encontradas como [[endossimbionte]]s em intestinos de formigas. Algumas das bactérias dominantes pertencem à ordem {{Ill|en|Hyphomicrobiales}}, cujos membros são conhecidos por serem simbiontes fixadores de nitrogênio em leguminosas, mas as espécies encontradas em formigas não têm a capacidade de fixar nitrogênio.<ref>{{Citar periódico|url=https://journals.asm.org/doi/10.1128/AEM.03107-12|título=Surveying the Microbiome of Ants: Comparing 454 Pyrosequencing with Traditional Methods To Uncover Bacterial Diversity|data=2013-01-15|acessodata=2024-01-15|periódico=Applied and Environmental Microbiology|número=2|ultimo=Kautz|primeiro=Stefanie|ultimo2=Rubin|primeiro2=Benjamin E. R.|paginas=525–534|lingua=en|doi=10.1128/AEM.03107-12|issn=0099-2240|ultimo3=Russell|primeiro3=Jacob A.|ultimo4=Moreau |primeiro4=Corrie S.}}</ref><ref>{{Citar periódico|url=https://www.nature.com/articles/srep39197|título=The genome of Rhizobiales bacteria in predatory ants reveals urease gene functions but no genes for nitrogen fixation|data=2016-12-15|acessodata=2024-01-15|periódico=Scientific Reports|número=1|ultimo=Neuvonen|primeiro=Minna-Maria|ultimo2=Tamarit|primeiro2=Daniel|lingua=en|doi=10.1038/srep39197|issn=2045-2322|ultimo3=Näslund|primeiro3=Kristina|ultimo4=Liebig |primeiro4=Juergen |ultimo5=Feldhaar |primeiro5=Heike |ultimo6=Moran |primeiro6=Nancy A. |ultimo7=Guy |primeiro7=Lionel |ultimo8=Andersson |primeiro8=Siv G. E.}}</ref> As formigas produtoras de fungos que compõem a tribo Attini, incluindo as formigas cortadeiras, cultivam certas espécies de fungos dos gêneros {{Ill|en|Leucoagaricus}} ou {{Ill|en|Leucocoprinus}} da família [[Agaricaceae]]. Neste [[Mutualismo (biologia)|mutualismo]] formiga-fungo, ambas as espécies dependem uma da outra para sobreviver. A formiga ''[[Allomerus decemarticulatus]]'' desenvolveu uma associação de três vias com a planta hospedeira, ''{{Ill|en|Hirtella physophora}}'' ([[Chrysobalanaceae]]), e um fungo pegajoso que é usado para capturar suas presas de insetos.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.nature.com/articles/434973a|título=Arboreal ants build traps to capture prey|data=abril de 2005|acessodata=2024-01-15|periódico=Nature|número=7036|ultimo=Dejean|primeiro=Alain|ultimo2=Solano|primeiro2=Pascal Jean|paginas=973–973|lingua=en|doi=10.1038/434973a|issn=0028-0836|ultimo3=Ayroles|primeiro3=Julien|ultimo4=Corbara |primeiro4=Bruno |ultimo5=Orivel |primeiro5=Jérôme}}</ref>

As formigas-limão fazem jardins do diabo matando as plantas vizinhas com suas picadas e deixando uma mancha pura de limoeiros (''{{Ill|en|Duroia hirsuta}}''). Essa modificação da floresta proporciona às formigas mais locais de nidificação dentro dos caules das árvores Duroia.<ref>{{Citar periódico|url=https://royalsocietypublishing.org/doi/10.1098/rspb.2006.0415|título=The devil to pay: a cost of mutualism with Myrmelachista schumanni ants in ‘devil's gardens’ is increased herbivory on Duroia hirsuta trees|data=2007-04-22|acessodata=2024-01-17|periódico=Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences|número=1613|ultimo=Frederickson|primeiro=Megan E|ultimo2=Gordon|primeiro2=Deborah M|paginas=1117–1123|lingua=en|doi=10.1098/rspb.2006.0415|issn=0962-8452}}</ref> Embora algumas formigas obtenham néctar das flores, a polinização por formigas é um tanto rara, sendo um exemplo a [[polinização]] da orquídea ''[[Leporella fimbriata]]'' que induz os machos de ''{{Ill|en|Myrmecia urens}}'' a pseudocopular com as flores, transferindo [[pólen]] no processo.<ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1007/BF00379410|título=Pseudocopulation of an orchid by male ants: a test of two hypotheses accounting for the rarity of ant pollination|data=outubro de 1987|acessodata=2024-01-17|periódico=Oecologia|número=4|ultimo=Peakall|primeiro=R.|ultimo2=Beattie|primeiro2=A. J.|paginas=522–524|lingua=en|doi=10.1007/BF00379410|issn=0029-8549|ultimo3=James|primeiro3=S. H.}}</ref> Uma teoria proposta para a raridade da polinização é que as secreções da glândula metapleural inativam e reduzem a viabilidade do pólen.<ref>{{Citar periódico|url=http://doi.wiley.com/10.1002/j.1537-2197.1984.tb12527.x|título=Ant Inhibition of Pollen Function: A Possible Reason Why Ant Pollination is Rare|data=março de 1984|acessodata=2024-01-17|periódico=American Journal of Botany|número=3|ultimo=Beattie|primeiro=Andrew J.|ultimo2=Turnbull|primeiro2=Christine|paginas=421|doi=10.2307/2443499|ultimo3=Knox|primeiro3=R. B.|ultimo4=Williams |primeiro4=E. G.}}</ref><ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1007/978-3-319-58292-4_4|título=Classic Themes: Ants, Plants and Fungi|data=2017|acessodata=2024-01-17|publicado=Springer International Publishing|ultimo=New|primeiro=Tim R.|local=Cham|paginas=63–103|lingua=en|isbn=978-3-319-58291-7}}</ref> Algumas plantas têm estruturas especiais de [[exsudação]] de néctar, nectários extraflorais, que fornecem alimento para formigas, que por sua vez protegem a planta de insetos herbívoros mais prejudiciais.<ref>{{Citar periódico|url=https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1479-8298.2004.00057.x|título=Role of extrafloral nectaries of Vicia faba in attraction of ants and herbivore exclusion by ants|data=junho de 2004|acessodata=2024-01-17|periódico=Entomological Science|número=2|ultimo=Katayama|primeiro=Noboru|ultimo2=Suzuki|primeiro2=Nobuhiko|paginas=119–124|lingua=en|doi=10.1111/j.1479-8298.2004.00057.x|issn=1343-8786}}</ref> Espécies como a acácia megafone (''[[Acacia cornigera]]'') na [[América Central]] têm espinhos ocos que abrigam colônias de formigas picantes ([[Pseudomyrmex ferrugineus]]) que defendem a árvore contra insetos, mamíferos pastadores e trepadeiras epífitas. Estudos de marcação isotópica sugerem que as plantas também obtêm nitrogênio das formigas.<ref>{{Citar periódico|url=https://besjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1046/j.1365-2745.2003.00747.x|título=Do ants feed plants? A 15 N labelling study of nitrogen fluxes from ants to plants in the mutualism of Pheidole and Piper|data=fevereiro de 2003|acessodata=2024-01-17|periódico=Journal of Ecology|número=1|ultimo=Fischer|primeiro=Renate C.|ultimo2=Wanek|primeiro2=Wolfgang|paginas=126–134|lingua=en|doi=10.1046/j.1365-2745.2003.00747.x|issn=0022-0477|ultimo3=Richter|primeiro3=Andreas|ultimo4=Mayer |primeiro4=Veronika}}</ref> Em troca, as formigas obtêm alimento de corpos Beltianos ricos em proteínas e lipídios. Em [[Fiji]], ''{{Ill|en|Philidris nagasau}}'' ([[Dolichoderinae]]) é conhecido por cultivar seletivamente espécies de ''[[Squamellaria epífita]]'' ([[Rubiaceae]]) que produzem grandes [[domácia]]s dentro das quais as colônias de formigas se aninham. As formigas plantam as sementes e a domácia das mudas jovens é imediatamente ocupada e as [[fezes]] das formigas nelas contidas contribuem para o rápido crescimento.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.nature.com/articles/nplants2016181|título=Obligate plant farming by a specialized ant|data=2016-11-21|acessodata=2024-01-17|periódico=Nature Plants|número=12|ultimo=Chomicki|primeiro=Guillaume|ultimo2=Renner|primeiro2=Susanne S.|lingua=en|issn=2055-0278}}</ref> Associações de dispersão semelhantes também são encontradas com outras dolicoderinas na região.<ref>{{Citar periódico|url=https://royalsocietypublishing.org/doi/10.1098/rspb.2016.1759|título=The assembly of ant-farmed gardens: mutualism specialization following host broadening|data=2017-03-15|acessodata=2024-01-17|periódico=Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences|número=1850|ultimo=Chomicki|primeiro=Guillaume|ultimo2=Janda|primeiro2=Milan|paginas=20161759|lingua=en|doi=10.1098/rspb.2016.1759|issn=0962-8452|ultimo3=Renner|primeiro3=Susanne S.}}</ref> Outro exemplo desse tipo de ectossimbiose vem da árvore [[Macaranga]], que possui caules adaptados para abrigar colônias de formigas [[Crematogaster]].<ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1007/BF00378662|título=Studies of a South East Asian ant-plant association: protection of Macaranga trees by Crematogaster borneensis|data=junho de 1989|acessodata=2024-01-17|periódico=Oecologia|número=4|ultimo=Fiala|primeiro=Brigitte|ultimo2=Maschwitz|primeiro2=Ulrich|paginas=463–470|lingua=en|doi=10.1007/BF00378662|issn=0029-8549|ultimo3=Pong|primeiro3=Tho Yow|ultimo4=Helbig |primeiro4=Andreas J.}}</ref>

Muitas espécies de plantas possuem sementes adaptadas para dispersão por formigas.<ref name=":11">{{Citar periódico|url=https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1433831909000365|título=Convergent evolution of seed dispersal by ants, and phylogeny and biogeography in flowering plants: A global survey|data=fevereiro de 2010|acessodata=2024-01-17|periódico=Perspectives in Plant Ecology, Evolution and Systematics|número=1|ultimo=Lengyel|primeiro=Szabolcs|ultimo2=Gove|primeiro2=Aaron D.|paginas=43–55|lingua=en|doi=10.1016/j.ppees.2009.08.001|ultimo3=Latimer|primeiro3=Andrew M.|ultimo4=Majer |primeiro4=Jonathan D. |ultimo5=Dunn |primeiro5=Robert R.}}</ref> A dispersão de sementes por formigas ou [[mirmecocoria]] é generalizada, e novas estimativas sugerem que quase 9% de todas as espécies de plantas podem ter tais associações com formigas.<ref>{{Citar periódico|url=https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.0030-1299.2006.14258.x|título=Choosing benefits or partners: a review of the evidence for the evolution of myrmecochory|data=março de 2006|acessodata=2024-01-17|periódico=Oikos|número=3|ultimo=Giladi|primeiro=Itamar|paginas=481–492|lingua=en|doi=10.1111/j.0030-1299.2006.14258.x|issn=0030-1299}}</ref><ref name=":11"/> Frequentemente, as formigas dispersoras de sementes realizam a dispersão direcionada, depositando as sementes em locais que aumentam a probabilidade de sobrevivência das sementes até a reprodução.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.journals.uchicago.edu/doi/10.1086/284769|título=Directed Dispersal: Demographic Analysis of an Ant-Seed Mutualism|data=janeiro de 1988|acessodata=2024-01-17|periódico=The American Naturalist|número=1|ultimo=Hanzawa|primeiro=Frances M.|ultimo2=Beattie|primeiro2=Andrew J.|paginas=1–13|lingua=en|doi=10.1086/284769|issn=0003-0147|ultimo3=Culver|primeiro3=David C.}}</ref> Algumas plantas em sistemas áridos e propensos ao fogo são particularmente dependentes das formigas para a sua sobrevivência e dispersão, à medida que as sementes são transportadas para um local seguro abaixo do solo.<ref>{{Citar periódico|título=Patterns of Predispersal Seed Predators in the Fabaceae of the Sydney Region, South-Eastern Australia|data=1991|acessodata=2024-01-17|periódico=Australian Journal of Zoology|número=5|ultimo=Auld|primeiro=TD|paginas=519|doi=10.1071/zo9910519|issn=0004-959X}}</ref> Muitas sementes dispersas por formigas têm estruturas externas especiais, [[elaiossoma]]s, que são procuradas pelas formigas como alimento.<ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1007/s00040-004-0773-x|título=The fate of Corydalis cava elaiosomes within an ant colony of Myrmica rubra: elaiosomes are preferentially fed to larvae|data=fevereiro de 2005|acessodata=2024-01-17|periódico=Insectes Sociaux|número=1|ultimo=Fischer|primeiro=R. C.|ultimo2=Ölzant|primeiro2=S. M.|paginas=55–62|lingua=en|doi=10.1007/s00040-004-0773-x|issn=0020-1812|ultimo3=Wanek|primeiro3=W.|ultimo4=Mayer |primeiro4=V.}}</ref> As formigas podem alterar substancialmente a taxa de decomposição e a ciclagem de nutrientes em seu ninho.<ref>{{Citar periódico|título=Aggression in wood ants (Formica polyctena Foerst., Hymenoptera, Formicidae)|data=1984|acessodata=2024-01-17|periódico=Aggressive Behavior|número=1|ultimo=Mabelis|primeiro=A.|paginas=47–53|doi=10.1002/1098-2337(1984)10:1<47::aid-ab2480100107>3.0.co;2-n|issn=0096-140X}}</ref><ref>{{Citar periódico|título=The effect of Lasius niger (Hymenoptera, Formicidae) ant nest on selected soil chemical properties|data=janeiro de 2003|acessodata=2024-01-17|periódico=Pedobiologia|número=3|ultimo=Frouz|primeiro=Jan|ultimo2=Holec|primeiro2=Michal|paginas=205–212|doi=10.1078/0031-4056-00184|issn=0031-4056|ultimo3=Kalčík|primeiro3=Jiří}}</ref> Pela mirmecocoria e pela modificação das condições do solo, eles alteram substancialmente a [[vegetação]] e a ciclagem de nutrientes no ecossistema circundante.<ref>{{Citar livro|título=Wood ant ecology and conservation|ultimo=Stockan|primeiro=Jenni A.|ultimo2=Robinson|primeiro2=Elva J. H.|data=2016|editora=Cambridge university press|series=Ecology, biodiversity and conservation|local=New York}}</ref>

Uma convergência, possivelmente uma forma de [[mimetismo]], é observada nos ovos dos [[Bicho-pau|bichos-pau]]. Eles têm uma estrutura comestível semelhante a um elaiossoma e são levados para o formigueiro onde os filhotes eclodem.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.jstor.org/stable/2389958?origin=crossref|título=Capitula on Stick Insect Eggs and Elaiosomes on Seeds: Convergent Adaptations for Burial by Ants|data=1992|acessodata=2024-01-17|periódico=Functional Ecology|número=6|paginas=642|doi=10.2307/2389958}}</ref>

A maioria das formigas são predadoras e algumas atacam e obtêm alimento de outros insetos sociais, incluindo outras formigas. Algumas espécies se especializam em predar [[cupins]] ({{Ill|en|Megaponera}} e {{Ill|en|Termitopone}}), enquanto alguns [[Cerapachyinae]] atacam outras formigas. Alguns cupins, incluindo ''{{Ill|en|Nasutitermes corniger}}'', formam associações com certas espécies de formigas para afastar espécies de formigas predadoras.<ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1007/s10905-005-9343-y|título=Behavioural Interactions Between Crematogaster brevispinosa rochai Forel (Hymenoptera: Formicidae) and Two Nasutitermes Species (Isoptera: Termitidae)|data=janeiro de 2005|acessodata=2024-01-17|periódico=Journal of Insect Behavior|número=1|ultimo=Quinet|primeiro=Y.|ultimo2=Tekule|primeiro2=N.|paginas=1–17|lingua=en|doi=10.1007/s10905-005-9343-y|issn=0892-7553|ultimo3=de Biseau|primeiro3=J. C.}}</ref> A vespa tropical ''{{Ill|en|Mischocyttarus drawseni}}'' reveste o [[pedicelo]] de seu ninho com um produto químico repelente de formigas.<ref>{{Citar periódico|título=Nest Structure of the Neotropical Social Wasp Mischocyttarus baconi (Hymenoptera: Vespidae)|data=2014-10-22|acessodata=2024-01-17|periódico=Sociobiology|número=1|ultimo=Scobie|primeiro=Andrea A.|ultimo2=Starr|primeiro2=Christopher K|paginas=235|doi=10.13102/sociobiology.v59i1.680|issn=2447-8067}}</ref> Sugere-se que muitas vespas tropicais possam construir seus ninhos em árvores e cobri-las para se protegerem das formigas. Outras vespas, como [[Agelaia multipicta]], defendem-se contra as formigas, expulsando-as do ninho com rajadas de [[zumbido]] de asas.<ref>{{Citar periódico|título=Biological Notes On Three Species of Giant Australian Mason Wasps, Abispa (Hymenoptera: Vespidae: Eumeninae)|data=outubro de 2004|acessodata=2024-01-17|periódico=Journal of the Kansas Entomological Society|número=4|ultimo=Matthews|primeiro=Robert W.|ultimo2=Matthews|primeiro2=Janice R.|paginas=573–583|doi=10.2317/e20.1|issn=0022-8567}}</ref> As abelhas sem ferrão ([[Trigona]] e [[Melipona]]) usam defesas químicas contra formigas.<ref name=":10"/>

As moscas do gênero {{Ill|en|Bengalia}} ([[Calliphoridae]]) do Velho Mundo atacam formigas e são [[Cleptoparasitismo|cleptoparasitas]], arrebatando presas ou crias das mandíbulas de formigas adultas. Fêmeas sem asas e sem pernas da mosca forídeo da [[Malásia]] (Vestigipoda myrmolarvoidea) vivem em ninhos de formigas do gênero [[Aenictus]] e são cuidadas pelas formigas.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.jstor.org/stable/3496570?origin=crossref|título=Kleptoparasitism and Phoresy in the Diptera|data=junho de 1999|acessodata=2024-01-17|periódico=The Florida Entomologist|número=2|ultimo=Sivinski|primeiro=John|ultimo2=Marshall|primeiro2=Steve|paginas=179|doi=10.2307/3496570|ultimo3=Petersson|primeiro3=Erik}}</ref>
[[Ficheiro:Oecophylla fungus.jpg|alt=Uma formiga morta por um fungo em uma folha.|esquerda|miniaturadaimagem|''[[Oecophylla smaragdina]]'' morta por um [[fungo]].]]
Fungos dos gêneros [[Cordyceps]] e {{Ill|en|Ophiocordyceps}} infectam formigas. As formigas reagem à [[infecção]] subindo nas plantas e afundando suas mandíbulas nos tecidos vegetais. O fungo mata as formigas, cresce em seus restos mortais e produz um corpo frutífero. Parece que o fungo altera o comportamento da formiga para ajudar a dispersar seus esporos<ref>{{Citar periódico|url=http://dx.doi.org/10.2307/j.ctt1cg4jr4.16|título=The Biblical Heavens Today|data=2015-04-30|acessodata=2024-01-17|publicado=The Lutterworth Press|paginas=180–196}}</ref> em um micro-habitat que melhor se adapte ao fungo.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.journals.uchicago.edu/doi/10.1086/603640|título=The Life of a Dead Ant: The Expression of an Adaptive Extended Phenotype|data=setembro de 2009|acessodata=2024-01-17|periódico=The American Naturalist|número=3|ultimo=Andersen|primeiro=Sandra B.|ultimo2=Gerritsma|primeiro2=Sylvia|paginas=424–433|lingua=en|doi=10.1086/603640|issn=0003-0147|ultimo3=Yusah|primeiro3=Kalsum M.|ultimo4=Mayntz |primeiro4=David |ultimo5=Hywel‐Jones |primeiro5=Nigel L. |ultimo6=Billen |primeiro6=Johan |ultimo7=Boomsma |primeiro7=Jacobus J. |ultimo8=Hughes |primeiro8=David P.}}</ref> Os parasitas [[Strepsiptera]] também manipulam suas formigas hospedeiras para escalar caules de grama, para ajudar o parasita a encontrar parceiros.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.jstor.org/stable/3494966?origin=crossref|título=Behavioral Interactions between Ants and Their Parasites|data=março de 1989|acessodata=2024-01-17|periódico=The Florida Entomologist|número=1|ultimo=Wojcik|primeiro=Daniel P.|paginas=43|doi=10.2307/3494966}}</ref>

Um [[nematóide]] (''{{Ill|en|Myrmeconema neotropicum}}'') que infecta formigas do [[dossel]] (''[[Cephalotes atratus]]'') faz com que os gasters pretos das operárias fiquem vermelhos. O parasita também altera o comportamento da formiga, fazendo com que ela carregue seus gasters para cima. Os conspícuos gasters vermelhos são confundidos pelos [[pássaros]] com frutas maduras, como ''[[Hyeronima alchorneoides]]'', e comidos. Os excrementos da ave são coletados por outras formigas e dados aos seus filhotes, levando a uma maior disseminação do nematóide.<ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1007/s11230-007-9125-3|título=Myrmeconema neotropicum n. g., n. sp., a new tetradonematid nematode parasitising South American populations of Cephalotes atratus (Hymenoptera: Formicidae), with the discovery of an apparent parasite-induced host morph|data=fevereiro de 2008|acessodata=2024-01-17|periódico=Systematic Parasitology|número=2|ultimo=Poinar|primeiro=George|ultimo2=Yanoviak|primeiro2=Stephen P.|paginas=145–153|lingua=en|doi=10.1007/s11230-007-9125-3|issn=0165-5752}}</ref>

Um estudo das colônias de ''{{Ill|en|Temnothorax nylanderi}}'' na Alemanha descobriu que as operárias parasitadas pela [[tênia]] ''{{Ill|en|Anomotaenia brevis}}'' (as formigas são hospedeiras intermediárias, os hospedeiros definitivos são os [[pica-pau]]s) viviam muito mais do que as operárias não parasitadas e tinham uma taxa de mortalidade reduzida, comparável à das rainhas da mesma espécie, que vive até duas décadas.<ref>{{Citar periódico|url=https://royalsocietypublishing.org/doi/10.1098/rsos.202118|título=Extreme lifespan extension in tapeworm-infected ant workers|data=maio de 2021|acessodata=2024-01-17|periódico=Royal Society Open Science|número=5|ultimo=Beros|primeiro=Sara|ultimo2=Lenhart|primeiro2=Anna|paginas=202118|lingua=en|doi=10.1098/rsos.202118|issn=2054-5703|ultimo3=Scharf|primeiro3=Inon|ultimo4=Negroni |primeiro4=Matteo Antoine |ultimo5=Menzel |primeiro5=Florian |ultimo6=Foitzik |primeiro6=Susanne}}</ref>

As [[rãs]] venenosas da América do Sul, do gênero [[Dendrobates]], se alimentam principalmente de formigas, e as [[toxinas]] em sua pele podem vir das formigas.<ref>{{Citar periódico|url=https://zslpublications.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1469-7998.1996.tb05487.x|título=The evolution of myrmecophagy and its correlates in poison frogs (Family Dendrobatidae)|data=setembro de 1996|acessodata=2024-01-17|periódico=Journal of Zoology|número=1|ultimo=Caldwell|primeiro=Janalee P.|paginas=75–101|lingua=en|doi=10.1111/j.1469-7998.1996.tb05487.x|issn=0952-8369}}</ref>

As formigas correição forrageiam em uma ampla coluna itinerante, atacando qualquer animal naquele caminho que não consiga escapar. Na América Central e do Sul, ''[[Eciton burchellii]]'' é a formiga que enxameia mais comumente frequentada por pássaros "seguidores de formigas", como formigueiros e [[arapaçu]]s.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.annualreviews.org/doi/10.1146/annurev.es.09.110178.001331|título=Birds and Army Ants|data=novembro de 1978|acessodata=2024-01-17|periódico=Annual Review of Ecology and Systematics|número=1|ultimo=Willis|primeiro=Edwin O.|ultimo2=Oniki|primeiro2=Yoshika|paginas=243–263|lingua=en|doi=10.1146/annurev.es.09.110178.001331|issn=0066-4162}}</ref><ref>{{Citar periódico|url=http://dx.doi.org/10.1017/s0266467407004270|título=Fragmentation and elevation effects on bird–army ant interactions in neotropical montane forest of Costa Rica|data=2007-08-16|acessodata=2024-01-17|periódico=Journal of Tropical Ecology|número=5|ultimo=Kumar|primeiro=Anjali|ultimo2=O'Donnell|primeiro2=Sean|paginas=581–590|doi=10.1017/s0266467407004270|issn=0266-4674}}</ref> Esse comportamento já foi considerado mutualístico, mas estudos posteriores descobriram que as aves eram parasitas. O cleptoparasitismo direto (pássaros que roubam comida das formigas) é raro e foi observado em [[pombas]] incas que coletam sementes na entrada dos ninhos enquanto são transportadas por espécies de [[Pogonomyrmex]].<ref>{{Citar periódico|url=http://www.bioone.org/doi/10.1894/MSH-03.1|título=Doves kleptoparasitize ants|data=março de 2015|acessodata=2024-01-17|periódico=The Southwestern Naturalist|número=1|ultimo=Inzunza|primeiro=Ernesto Ruelas|ultimo2=Martínez-Leyva|primeiro2=J. Eduardo|paginas=103–106|lingua=en|doi=10.1894/MSH-03.1|issn=0038-4909|ultimo3=Valenzuela-González|primeiro3=Jorge E.}}</ref> Os pássaros que seguem as formigas comem muitas presas de insetos e, assim, diminuem o sucesso de forrageamento das formigas.<ref>{{Citar periódico|url=http://doi.wiley.com/10.1890/04-1133|título=ANTBIRDS PARASITIZE FORAGING ARMY ANTS|data=março de 2005|acessodata=2024-01-17|periódico=Ecology|número=3|ultimo=Wrege|primeiro=Peter H.|ultimo2=Wikelski|primeiro2=Martin|paginas=555–559|lingua=en|doi=10.1890/04-1133|issn=0012-9658|ultimo3=Mandel|primeiro3=James T.|ultimo4=Rassweiler |primeiro4=Thomas |ultimo5=Couzin |primeiro5=Iain D.}}</ref>

[[Mirmecofagídeos|Tamanduás]], [[Porco-formigueiro|porcos-da-terra]], [[Pangolim|pangolins]], equidnas e [[Mirmecóbio|numbats]] têm adaptações especiais para viver com uma dieta de formigas. Essas adaptações incluem [[língua]]s longas e pegajosas para capturar formigas e [[garras]] fortes para invadir formigueiros. Descobriu-se que ursos pardos ([[Ursus arctos]]) se alimentam de formigas. Cerca de 12%, 16% e 4% do seu volume fecal na [[primavera]], [[verão]] e [[outono]], respectivamente, é composto por formigas.<ref>{{Citar periódico|url=http://www.nrcresearchpress.com/doi/10.1139/z99-004|título=Bears and ants: myrmecophagy by brown bears in central Scandinavia|data=1999-09-15|acessodata=2024-01-17|periódico=Canadian Journal of Zoology|número=4|ultimo=Swenson|primeiro=Jon E|ultimo2=Jansson|primeiro2=Anna|paginas=551–561|lingua=en|doi=10.1139/z99-004|issn=0008-4301|ultimo3=Riig|primeiro3=Raili|ultimo4=Sandegren |primeiro4=Finn}}</ref>

== Relações com seres humanos ==
As formigas desempenham muitas funções ecológicas que são benéficas para os humanos, incluindo a supressão de populações de [[pragas]] e a [[aeração]] do solo. O uso de formigas tecelãs no cultivo de [[frutas cítricas]] no [[sul da China]] é considerado uma das mais antigas aplicações conhecidas de controle biológico.<ref>{{Citar periódico|url=http://dx.doi.org/10.1007/978-3-662-10306-7_19|título=Weaver Ants|data=1990|acessodata=2024-01-15|publicado=Springer Berlin Heidelberg|ultimo=Hölldobler|primeiro=Bert|ultimo2=Wilson|primeiro2=Edward O.|local=Berlin, Heidelberg|paginas=618–629|isbn=978-3-662-10308-1}}</ref>

Em algumas partes do mundo (principalmente na [[África]] e na [[América do Sul]]), formigas grandes, especialmente formigas de correição, são usadas como [[sutura]]s [[Cirurgia|cirúrgicas]]. A [[ferida]] é pressionada e formigas são aplicadas ao longo dela. A formiga agarra as bordas do ferimento com suas mandíbulas e trava no lugar. O corpo é então cortado e a cabeça e as mandíbulas permanecem no lugar para fechar a ferida.<ref>{{Citar periódico|url=http://dx.doi.org/10.5005/jp/books/10459_15|título=Wound Debridement|data=2007|acessodata=2024-01-15|publicado=Jaypee Brothers Medical Publishers (P) Ltd.|ultimo=Gottrup|primeiro=Finn|paginas=107–107}}</ref><ref>{{Citar periódico|url=http://jama.jamanetwork.com/article.aspx?doi=10.1001/jama.1925.02660500069048|título=Miscellany|data=1925-06-13|acessodata=2024-01-15|periódico=JAMA: The Journal of the American Medical Association|número=24|paginas=1861|lingua=en|doi=10.1001/jama.1925.02660500069048|issn=0098-7484}}</ref><ref>{{citar livro|url=https://archive.org/details/primatesmemoir00robe|título=A Primate's Memoir: A Neuroscientist's Unconventional Life Among the Baboons|ultimo=RM|primeiro=Sapolsky|ano=2001|isbn=978-0-7432-0241-1}}</ref> As grandes cabeças dos dinergates (soldados) da formiga cortadeira ''[[Atta cefalotes]]'' também são usadas por cirurgiões nativos no fechamento de feridas.<ref>{{Citar livro|url=http://www.biodiversitylibrary.org/bibliography/1937|título=Ants; their structure, development and behavior, by William Morton Wheeler ...|ultimo=Wheeler|primeiro=William Morton|data=1910|editora=Columbia university press,|local=New York,}}</ref>

Algumas formigas possuem [[veneno]] [[tóxico]] e são de importância médica. As espécies incluem ''[[Paraponera clavata]]'' ([[tocandira]]) e ''[[Dinoponera]] spp''. (falsas tocandiras) da América do Sul<ref>{{Citar periódico|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0036-46652005000400012&lng=en&tlng=en|título=Description of an injury in a human caused by a false tocandira (Dinoponera gigantea, Perty, 1833) with a revision on folkloric, pharmacological and clinical aspects of the giant ants of the genera Paraponera and Dinoponera (sub-family Ponerinae)|data=agosto de 2005|acessodata=2024-01-15|periódico=Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo|número=4|ultimo=Haddad Junior|primeiro=Vidal|ultimo2=Cardoso|primeiro2=João Luiz Costa|paginas=235–238|doi=10.1590/S0036-46652005000400012|issn=0036-4665|ultimo3=Moraes|primeiro3=Roberto Henrique Pinto}}</ref> e as formigas ''[[Myrmecia]]'' da Austrália.<ref>{{Citar periódico|url=https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0041010102000971|título=Ant sting mortality in Australia|data=agosto de 2002|acessodata=2024-01-15|periódico=Toxicon|número=8|ultimo=McGain|primeiro=Forbes|ultimo2=Winkel|primeiro2=Kenneth D.|paginas=1095–1100|lingua=en|doi=10.1016/S0041-0101(02)00097-1}}</ref>

Na [[África do Sul]], as formigas são usadas para ajudar na colheita das [[sementes]] de rooibos (''[[Aspalathus linearis]]''), planta usada para fazer [[chá]] de [[ervas]]. A planta dispersa amplamente suas sementes, dificultando a coleta manual. As formigas pretas coletam e armazenam essas e outras sementes em seus ninhos, onde os humanos podem colhê-las em massa. Até 200 [[gramas]] de sementes podem ser coletadas de um formigueiro.<ref>{{Citar periódico|url=http://dx.doi.org/10.3360/dis.2008.26|título=PDF constraints from CDF|data=2008|acessodata=2024-01-15|publicado=Science Wise Publishing|ultimo=Malik|primeiro=Sarah|local=Amsterdam|doi=10.3360/dis.2008.26}}</ref><ref>{{Citar periódico|url=http://dx.doi.org/10.1007/bf02859435|título=Rooibos tea, a South African contribution to world beverages|data=julho de 1963|acessodata=2024-01-15|periódico=Economic Botany|número=3|ultimo=Cheney|primeiro=Ralph Holt|ultimo2=Scholtz|primeiro2=Elizabeth|paginas=186–194|doi=10.1007/bf02859435|issn=0013-0001}}</ref>

Embora a maioria das formigas sobreviva às tentativas humanas de erradicá-las, algumas estão altamente ameaçadas. Estas tendem a ser espécies [[insular]]es que desenvolveram características especializadas e correm o risco de serem substituídas por espécies de formigas introduzidas. Os exemplos incluem a formiga relíquia do [[Sri Lanka]] (''[[Aneuretus simoni]]''), criticamente ameaçada, e a ''{{Ill|en|Adetomyrma venatrix}}'' de [[Madagascar]].<ref>{{Citar periódico|título=The influence of sociality on the conservation biology of social insects|data=2001-11-04|acessodata=2024-01-15|periódico=Ecology Letters|número=6|ultimo=Chapman|primeiro=Roselle E.|ultimo2=Bourke|primeiro2=Andrew F. G.|paginas=650–662|lingua=en|doi=10.1046/j.1461-0248.2001.00253.x|issn=1461-023X}}</ref>

=== Como comida ===
{{AP|Antropoentomofagia}}
[[Ficheiro:Ants Eggs Market Thailand.jpg|alt=12 pratos de larvas de formiga em cima de pano verde.|esquerda|miniaturadaimagem|Larvas de formiga em [[mercado]] na [[Tailândia]].]]As formigas e suas larvas são consumidas em diferentes partes do mundo. Os ovos de duas espécies de formigas são usados em escamoles [[mexicanos]]. Eles são considerados uma forma de [[caviar]] de inseto e podem ser vendidos por até 50 [[dólares]] por [[quilo]], chegando a 200 dólares por quilo (em 2006) porque são sazonais e difíceis de encontrar.<ref>{{Citar periódico|url=http://dx.doi.org/10.47163/agrociencia.v55i6.2558|título=DETERMINATION OF THE CONSERVATION STATUS OF THE “ESCAMOLERA” ANT (Liometopum apiculatum MAYR) IN MEXICO BY THE SPECIES RISK ASSESSEMENT METHODOLOGY – MER|data=2021-09-30|acessodata=2024-01-15|periódico=Agrociencia|número=6|ultimo=Berumen Jiménez|primeiro=Mauricio|ultimo2=Valdez Cepeda|primeiro2=Ricardo David|paginas=539–555|doi=10.47163/agrociencia.v55i6.2558|issn=2521-9766|ultimo3=Méndez Gallegos|primeiro3=Santiago de Jesús|ultimo4=Cadena Íñiguez |primeiro4=Jorge |ultimo5=Esparza Orozco |primeiro5=Alfredo |ultimo6=Tarango Arámbula |primeiro6=Luis Antonio}}</ref> No [[Departamento (subdivisão do país)|departamento]] [[Colômbia|colombiano]] de [[Santander (departamento)|Santander]], ''hormigas culonas'' (interpretadas aproximadamente como "formigas de fundo grande")  Atta laevigata são torradas vivas e comidas.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.annualreviews.org/doi/10.1146/annurev.ento.44.1.21|título=INSECTS AS FOOD: Why the Western Attitude Is Important|data=janeiro de 1999|acessodata=2024-01-15|periódico=Annual Review of Entomology|número=1|ultimo=DeFoliart|primeiro=Gene R.|paginas=21–50|lingua=en|doi=10.1146/annurev.ento.44.1.21|issn=0066-4170}}</ref> Em áreas da [[Índia]] e em todo o [[Myanmar]] e [[Tailândia]], uma pasta da formiga-tecelã verde ([[Oecophylla smaragdina]]) é servida como [[condimento]] com [[curry]].<ref>{{Citar periódico|url=http://dx.doi.org/10.1038/068220a0|título=The Fauna of British India, including Ceylon and Burma|data=julho de 1903|acessodata=2024-01-15|periódico=Nature|número=1758|paginas=220–220|doi=10.1038/068220a0|issn=0028-0836}}</ref> Ovos e larvas de formigas tecelãs, assim como as formigas, podem ser usados em uma [[salada]] tailandesa, [[inhame]] (tailandês: ''ยำ''), em um prato chamado ''inhame'' ''khai mot daeng'' (tailandês: ''ยำไข่มดแดง'') ou salada de ovo de formiga vermelha, um prato que vem de ''Issan'' ou região nordeste da Tailândia. Saville-Kent, no ''Naturalist in Australia'' escreveu "A beleza, no caso da formiga verde, é mais do que superficial. Sua translucidez atraente, quase semelhante a um doce, possivelmente convidou os primeiros ensaios sobre seu consumo pela espécie humana". Amassadas em água, à maneira da [[abóbora]], “essas formigas formam uma agradável bebida ácida que é muito apreciada pelos nativos do norte de [[Queensland]] e até apreciada por muitos [[paladar]]es [[Europa|europeus]]”.<ref name=":12">{{Citar periódico|url=http://dx.doi.org/10.1353/aca.2017.0011|título=Times Have Changed: Recent Writings on the History of Christianity in Canada|data=2017|acessodata=2024-01-15|periódico=Acadiensis: Journal of the History of the Atlantic Region / Revue d’histoire de la region atlantique|número=1|ultimo=Mckim|primeiro=Denis|paginas=191–200|doi=10.1353/aca.2017.0011|issn=1712-7432}}</ref>

Em seu primeiro verão na Sierra, [[John Muir]] observa que os índios Digger da [[Califórnia]] comiam os gases ácidos e cócegas das grandes formigas carpinteiras pretas. Os índios [[mexicanos]] comem os repletos, ou potes de mel vivos, da formiga melífera ([[Myrmecocystus]]).<ref name=":12"/>

No [[Brasil]], principalmente na [[Comida caipira|culinária caipira]] do [[Vale do Paraíba]], consome-se a [[Farofa de içá]], feita da formiga [[tanajura]].<ref>Anna Luiza Hauke Almeida, Daniela Mazzei de Almeida, Maria Luiza Rocha Ribeiro, Murilo Augusto de Melo Pereira, Paula de Oliveira Feliciano, Roseli de Sousa Neto (outubro de 2017). [https://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2017/anais/arquivos/RE_0909_0764_01.pdf «IÇÁ-IGUARIA NO PASSADO, NECESSIDADE NO FUTURO.»] (PDF). [[Univap]]. Consultado em 17 de setembro de 2024</ref>

=== Como pragas ===
Algumas espécies de formigas são consideradas [[pragas]], principalmente aquelas que ocorrem em habitações humanas, onde a sua presença é frequentemente problemática. Por exemplo, a presença de formigas seria indesejável em locais estéreis como [[hospitais]] ou [[cozinha]]s. Algumas espécies ou gêneros comumente categorizados como pragas incluem a [[formiga argentina]], a formiga imigrante, a formiga louca amarela, a [[Formiga-cuiabana|formiga açucareira]], a [[formiga faraó]], a [[formiga vermelha]], a formiga carpinteira preta, a formiga doméstica odorífera, a formiga vermelha importada e a formiga europeia. Algumas formigas atacam os alimentos armazenados, algumas procuram fontes de água, outras podem danificar estruturas interiores, algumas podem danificar culturas agrícolas diretamente ou ajudando pragas sugadoras, algumas picarão ou morderão.<ref name="Não_nomeado_3-20240324212252">{{Citar periódico|url=http://dx.doi.org/10.1002/ps.5333|título=Efficacy and nontarget impact of zinc phosphide‐coated cabbage as a ground squirrel management tool|data=2019-02-27|acessodata=2024-01-15|periódico=Pest Management Science|número=7|ultimo=Baldwin|primeiro=Roger A|ultimo2=Halbritter|primeiro2=Heather|paginas=1847–1854|doi=10.1002/ps.5333|issn=1526-498X|ultimo3=Meinerz|primeiro3=Ryan|ultimo4=Snell |primeiro4=Laura K |ultimo5=Orloff |primeiro5=Steve B}}</ref> A natureza adaptativa das colônias de formigas torna quase impossível eliminar colônias inteiras e a maioria das práticas de gestão de pragas visam controlar as populações locais e tendem a ser soluções temporárias. As populações de formigas são gerenciadas por uma combinação de abordagens que utilizam métodos químicos, biológicos e físicos. Os métodos químicos incluem o uso de isca inseticida que é recolhida pelas formigas como alimento e trazida de volta ao ninho, onde o veneno é inadvertidamente espalhado para outros membros da colônia através da [[trofalaxia]]. O manejo é baseado nas espécies e as técnicas podem variar de acordo com o local e as circunstâncias.<ref name="Não_nomeado_3-20240324212252"/>

=== Na ciência e tecnologia ===
Observado pelos humanos desde os primórdios da [[história]], o comportamento das formigas foi documentado e o tema dos primeiros escritos e [[fábulas]] passou de um século para outro. Aqueles que utilizam métodos científicos, os mirmecologistas, estudam formigas em [[laboratório]] e em suas condições naturais. Suas estruturas sociais complexas e variáveis fizeram das formigas organismos modelo ideais. A visão [[ultravioleta]] foi descoberta pela primeira vez em formigas por [[John Lubbock]] em 1881.<ref>{{Citar periódico|url=https://academic.oup.com/zoolinnean/article-lookup/doi/10.1111/j.1096-3642.1882.tb02275.x|título=Observations on Ants, Bees, and Wasps.-Part IX.|data=janeiro de 1882|acessodata=2024-01-15|periódico=Journal of the Linnean Society of London, Zoology|número=90|ultimo=Lubbock|primeiro=John|paginas=110–121|lingua=en|doi=10.1111/j.1096-3642.1882.tb02275.x}}</ref> Estudos sobre formigas testaram hipóteses em ecologia e [[sociobiologia]] e foram particularmente importantes no exame das previsões das teorias de seleção de parentesco e de estratégias evolutivamente estáveis.<ref>{{Citar livro|título=Mutualism: ants and their insect partners|ultimo=Stadler|primeiro=Bernhard|ultimo2=Dixon|primeiro2=Anthony F. G.|data=2008|editora=Cambridge Univ. Press|edicao=1. publ|local=Cambridge New York}}</ref> As colônias de formigas podem ser estudadas criando-as ou mantendo-as temporariamente em formicárias, recintos com moldura de vidro especialmente construídos.<ref>{{Citar livro|url=http://dx.doi.org/10.5962/bhl.title.110736|título=Collecting corn earworm pupae from rearing containers|ultimo=Harrell|primeiro=E. A.|data=1969|editora=[s.n.]|local=[Washington]}}</ref> Os indivíduos podem ser rastreados para estudo marcando-os com pontos coloridos.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.jstor.org/stable/3496231?origin=crossref|título=An Improved and Quantified Technique for Marking Individual Fire Ants (Hymenoptera: Formicidae)|data=março de 2000|acessodata=2024-01-15|periódico=The Florida Entomologist|número=1|ultimo=Wojcik|primeiro=Daniel P.|ultimo2=Burges|primeiro2=Richard J.|paginas=74|doi=10.2307/3496231|ultimo3=Blanton|primeiro3=Chantal M.|ultimo4=Focks |primeiro4=Dana A.}}</ref>

As técnicas bem-sucedidas usadas por colônias de formigas foram estudadas em [[ciência da computação]] e [[robótica]] para produzir sistemas distribuídos e tolerantes a falhas para resolver problemas, por exemplo, otimização de colônias de formigas e robótica de formigas. Esta área da [[biomimética]] levou a estudos de locomoção de formigas, mecanismos de busca que fazem uso de "trilhas de forrageamento", armazenamento tolerante a falhas e algoritmos de rede.<ref>{{Citar periódico|doi=10.1007/978-3-540-27835-1_27|título=An Ant Inspired Technique for Storage Area Network Design|data=2004|acessodata=2024-01-15|publicado=Springer Berlin Heidelberg|ultimo=Dicke|primeiro=Elizabeth|ultimo2=Byde|primeiro2=Andrew|local=Berlin, Heidelberg|paginas=364–379|isbn=978-3-540-23339-8|ultimo3=Cliff|primeiro3=Dave|ultimo4=Layzell |primeiro4=Paul}}</ref>

=== Como animais de estimação ===
Do final da década de 1950 até o final da década de 1970, as fazendas de formigas eram brinquedos educativos infantis populares nos Estados Unidos. Algumas versões comerciais posteriores usam gel transparente em vez de solo, permitindo maior visibilidade ao custo de estressar as formigas com luz não natural.<ref>{{Citar periódico|url=http://dx.doi.org/10.2172/768898|título=The Consortium for Plant Biotechnology Research, Inc. Semi-Annual Technical Report for April 1, 2000 - September 30, 2000|data=2000-10-02|acessodata=2024-01-18}}</ref>

=== Na cultura popular ===
[[Imagem:The Ant and the Grasshopper by Charles H. Bennett.jpg|thumb|250px|direita|''[[A Cigarra e a Formiga]]'', uma das [[Fábulas de Esopo]].]]
Formigas [[Antropomorfismo|antropomorfizadas]] têm sido frequentemente usadas em [[fábulas]] e [[Estória|histórias]] [[Criança|infantis]] para representar [[Diligência (virtude)|diligência]] e esforço [[Cooperação|cooperativo]].<ref>{{Citar web|url=https://www.turminha.com.br/blog/fabula-formiga-e-pomba|titulo=Fábula - A Formiga e a Pomba {{!}} Turminha|acessodata=2023-12-12|website=www.turminha.com.br}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.turminha.com.br/blog/fabula-cigarra-e-formiga|titulo=Fábula: "A Cigarra e a Formiga" {{!}} Turminha|acessodata=2023-12-12|website=www.turminha.com.br}}</ref> Eles também são mencionados em [[Livro sagrado|textos religiosos]].<ref>{{Citar periódico|url=http://dx.doi.org/10.15408/jti.v15i2.25842|título=Hacking as a Cyber Crime, Reviewed from the Perspective of Quran Surah An-Nur  Verse 27|data=2022-12-23|acessodata=2024-01-17|periódico=JURNAL TEKNIK INFORMATIKA|número=2|ultimo=Warsino|primeiro=Warsino|paginas=129–136|doi=10.15408/jti.v15i2.25842|issn=2549-7901}}</ref><ref>{{Citar periódico|url=http://dx.doi.org/10.1163/9789004494145_005|título=Creation: “In the Beginning…”|data=2000-01-01|acessodata=2024-01-17|publicado=BRILL|ultimo=Neusner|primeiro=Jacob|paginas=21–48|isbn=978-90-04-49414-5}}</ref> No Livro de [[Provérbios]] da [[Bíblia]], as formigas são apresentadas como um bom exemplo de trabalho árduo e cooperação.<ref>{{Citar periódico|url=http://dx.doi.org/10.1515/9783110881974.11|título=Chapter 2 Proverbs in texts and interactions|data=1985-12-31|acessodata=2024-01-17|publicado=DE GRUYTER MOUTON|paginas=11–30|isbn=978-3-11-010196-6}}</ref> [[Esopo]] fez o mesmo em sua fábula [[A Cigarra e a Formiga]]. No [[Alcorão]], Sulayman teria ouvido e entendido uma formiga alertando outras formigas para voltarem para casa para evitar serem acidentalmente esmagadas por Sulayman e seu [[exército]] em marcha.<ref>{{Citar periódico|url=http://dx.doi.org/10.1002/9781118257951.ch71|título=Congratulations! You Got the Job (Even When No One Was Hiring)|data=junho de 2009|acessodata=2024-01-17|periódico=Get the Job You Want, Even When No One's Hiring|paginas=170–170|doi=10.1002/9781118257951.ch71}}</ref><ref>{{Citar periódico|url=http://dx.doi.org/10.1016/0959-3780(91)90048-x|título=Ethics of environment and development: Global challenge and international response edited by J. Ronald Engel and Joan Gibb Engel University of Arizona Press, Tucson, AZ, 1990, 265 pp, $29.95|data=junho de 1991|acessodata=2024-01-17|periódico=Global Environmental Change|número=3|ultimo=YAPA|primeiro=L|paginas=259–260|doi=10.1016/0959-3780(91)90048-x|issn=0959-3780}}</ref> Em partes da África, as formigas são consideradas mensageiras das [[divindade]]s. Algumas [[mitologia]]s nativas americanas, como a mitologia Hopi, consideram as formigas os primeiros animais. Costuma-se dizer que as picadas de formiga têm propriedades curativas. Alega-se que a picada de algumas espécies de Pseudomyrmex alivia a [[febre]].<ref>{{Citar periódico|url=https://read.dukeupress.edu/ethnohistory/article/47/2/399/8188/Antiquity-of-Traditional-Ethnobiological-Knowledge|título=Antiquity of Traditional Ethnobiological Knowledge in Amazonia: The Tupí-Guaraní Family and Time|data=2000-04-01|acessodata=2024-01-17|periódico=Ethnohistory|número=2|ultimo=Balée|primeiro=William|paginas=399–422|lingua=en|doi=10.1215/00141801-47-2-399|issn=0014-1801}}</ref> Picadas de formigas são usadas nas cerimônias de iniciação de algumas culturas [[indígenas]] [[Amazônia|amazônicas]] como um teste de resistência.<ref>{{Citar periódico|url=http://dx.doi.org/10.4000/books.pufr.25442|título=Les insectes aphrodisiaques, entre mets délicats et remèdes|data=2016|acessodata=2024-01-17|publicado=Presses universitaires François-Rabelais|ultimo=Motte-Florac|primeiro=Élisabeth|paginas=149–196|isbn=978-2-7535-5142-8}}</ref><ref>{{Citar periódico|url=https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-4362.1985.tb05760.x|título=The Super‐nettles: A Dermatologist's Guide to Ants in the Plants|data=maio de 1985|acessodata=2024-01-17|periódico=International Journal of Dermatology|número=4|ultimo=Schmidt|primeiro=Richard J.|paginas=204–210|lingua=en|doi=10.1111/j.1365-4362.1985.tb05760.x|issn=0011-9059}}</ref> Na [[mitologia grega]], a deusa [[Atena]] transformou a donzela Myrmex em uma formiga quando esta afirmou ter inventado o arado, quando na verdade foi uma invenção da própria Atena.<ref>{{Citar periódico|url=http://dx.doi.org/10.23943/9781400889754-003|título=Virgil's Double Cross: Chiasmus and the Aeneid|data=2018-12-31|acessodata=2024-01-17|publicado=Princeton University Press|local=Princeton|paginas=1–27}}</ref>

A sociedade das formigas sempre fascinou os humanos e foi escrita sobre ela de maneira [[Comédia|humorística]] e séria. [[Mark Twain]] escreveu sobre formigas em seu livro de 1880, "A Tramp Abroad".<ref>{{Citar livro|título=A tramp abroad|ultimo=Twain|primeiro=Mark|ultimo2=Twain|primeiro2=Mark|data=1996|editora=Oxford Univ. Press|edicao=[Nachdr. der Ausg.] American Publ. Comp., Hartford, Conn., 1880|series=The Oxford Mark Twain / Shelley Fisher Fishkin, ed|local=New York Oxford}}</ref> Alguns autores modernos usaram o exemplo das formigas para comentar a relação entre a sociedade e o indivíduo. Exemplos são [[Robert Frost]] em seu [[poema]] "Departmental" e [[T. H. White]] em seu [[romance]] de [[Fantasia (gênero)|fantasia]] "The Once and Future King". O [[enredo]] da [[trilogia]] de [[ficção científica]] "Les Fourmis", do entomologista e [[escritor]] [[Franceses|francês]] {{Ill|en|Bernard Werber}}, é dividido entre os mundos das formigas e dos humanos; formigas e seu comportamento são descritos usando o conhecimento científico contemporâneo. [[H. G. Wells]] escreveu sobre formigas inteligentes destruindo assentamentos humanos no Brasil e ameaçando a civilização humana em seu conto de ficção científica de 1905, "O Império das Formigas". Em tempos mais recentes, [[desenhos animados]] e filmes de animação [[Espaço tridimensional|3D]] com formigas foram produzidos, incluindo "[[Formiguinhaz]]", "[[Vida de Inseto]]", "[[The Ant Bully]]", "[[The Ant and the Aardvark]]", "[[Ferdy the Ant]]" e "[[Atom Ant]]". O renomado mirmecologista E. O. Wilson escreveu um conto, "Trailhead" em 2010 para a revista [[The New Yorker]], que descreve a vida e a morte de uma formiga rainha e a ascensão e queda de sua colônia, do ponto de vista das formigas.<ref>{{Citar periódico|url=http://dx.doi.org/10.2307/j.ctt22p7j53.37|título=Fallout|acessodata=2024-01-17|publicado=The University Press of Kentucky|paginas=313–326}}</ref> O [[Neuroanatomia|neuroanatomista]], [[psiquiatra]] e [[eugenista]] francês [[Auguste Forel]] acreditava que as sociedades de formigas eram modelos para a sociedade humana. Ele publicou um trabalho de cinco volumes de 1921 a 1923 que examinou a biologia e a sociedade das formigas.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.cambridge.org/core/product/identifier/S0317167100002754/type/journal_article|título=Auguste Forel on Ants and Neurology|data=agosto de 2003|acessodata=2024-01-17|periódico=Canadian Journal of Neurological Sciences / Journal Canadien des Sciences Neurologiques|número=3|ultimo=Parent|primeiro=André|paginas=284–291|lingua=en|doi=10.1017/S0317167100002754|issn=0317-1671}}</ref>

No início da década de 1990, o [[videogame]] [[SimAnt]], que [[Simulação|simulava]] uma colônia de formigas, ganhou o {{Ill|en|prêmio CODiE|CODiE_Awards}} de 1992 de "Melhor Programa de Simulação".<ref>{{Citar periódico|título=Pump Industry Awards: the 2008 winners|data=fevereiro de 2009|acessodata=2024-01-17|periódico=World Pumps|número=509|paginas=8–9|doi=10.1016/s0262-1762(09)70047-1|issn=0262-1762}}</ref>

As formigas também são uma inspiração bastante popular para muitos [[Insectoide|insectóides]] de ficção científica, como os Formics do [[Ender's Game]], os Bugs das [[Starship Troopers]], as formigas gigantes dos filmes "Them!" e "Império das Formigas", o [[super-herói]] da [[Marvel Comics]], [[Homem-Formiga]], e as formigas se transformaram em superinteligência na Fase IV. Em [[Jogo eletrônico de estratégia|jogos de estratégia de computador]], as espécies baseadas em formigas muitas vezes se beneficiam do aumento das taxas de produção devido ao seu foco obstinado, como os Klackons na série de jogos [[Master of Orion]] ou o ChCht em "Deadlock II". Esses personagens são frequentemente creditados com uma mente coletiva, um equívoco comum sobre [[colônia (biologia)|colônia]]s de formigas.<ref>{{Citar periódico|url=http://link.springer.com/10.1007/s10462-007-9057-y|título=Robots, insects and swarm intelligence|data=dezembro de 2006|acessodata=2024-01-17|periódico=Artificial Intelligence Review|número=4|ultimo=Sharkey|primeiro=Amanda J. C.|paginas=255–268|lingua=en|doi=10.1007/s10462-007-9057-y|issn=0269-2821}}</ref>

{{Referências}}

== Ligações externas ==
{{Correlatos|commonscat=Formicidae|wikispecies=Formicidae}}
* {{Link|en|2=http://www.antweb.org/ |3=Antweb}}
* {{Link|en|2=https://www.amnh.org/research/invertebrate-zoology |3=Invertebrate Zoology}}

{{Castas de formigas}}
{{Hymenoptera}}
{{Controle de autoridade|colapsar}}
{{Portal3|Zoologia|Entomologia}}
{{artigo destacado}}

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[[Categoria:Famílias de insetos]]