Mostrar código-fonte de Gaza

{{ver desambig|se procura o território|Faixa de Gaza|outros significados|Gaza (desambiguação)}}
{{Info/Assentamento
| nome_oficial = Gaza
| assentamento_tipo = [[Lista de cidades na Cisjordânia e Faixa de Gaza|Cidade]]
| imagem_horizonte = Gaza_City.JPG
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| imagem_legenda    = Panorama de Gaza em 2011
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| área_total = {{Fmtn|45}} km²<ref>{{citar web| url=http://www.mogaza.org/gazacity.htm |título=Gaza City|publicado=Gaza Municipality|acessodata=2009-02-16|arquivourl= https://web.archive.org/web/20080620101738/http://www.mogaza.org/gazacity.htm |arquivodata= 20 de junho de 2008|urlmorta=dead}}</ref>
| população_obs =Censo de 2017<ref name="pop2017">{{citar web |url=http://www.pcbs.gov.ps/Downloads/book2364-1.pdf |título=Main Indicators by Type of Locality - Population, Housing and Establishments Census 2017 |acessodata=2021-01-19 |publicado=Palestinian Central Bureau of Statistics (PCBS)}}</ref>
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'''Gaza''' ({{Lang-ar|غَزَّة}} ''{{Transl|ar|DIN|Ġazzah}}'', {{IPA-ar|ɣaz.zah|IPA}}; {{Nome hebraico|עַזָּה|Aza|ʿAzzā}}) é uma [[Territórios palestinos|cidade palestina]] na [[Faixa de Gaza]], com uma população de 590 481 habitantes (em 2017), o que a torna a maior cidade da região.

Habitada desde pelo menos o {{-séc|XV}},<ref name = DicHistPl>{{citar enciclopédia|título=Gaza (Gaza Strip) |enciclopédia= International Dictionary of Historic Places |volume=4 |páginas= 87–290 |publicado=Fitzroy Dearborn Publishers |ano=1996}}</ref> Gaza foi dominada por vários povos e impérios diferentes ao longo de sua história. Os [[filisteus]] a ornaram parte de sua [[Filisteia|pentápolis]] depois que os [[Antigo Egito|antigos egípcios]] a governaram por quase 350 anos. Sob os [[Império Romano|romanos]] - em sua forma pagã, bem como após a [[cristianização]] de seu império, para o qual os historiadores usam o termo [[Império Bizantino]] - Gaza experimentou uma paz relativa e seu porto floresceu. No ano 635, ela se tornou a primeira cidade da [[Palestina (região)|Palestina]] a ser conquistada pelo exército muçulmano do [[Califado Ortodoxo]] e rapidamente se tornou um centro da [[Fiqh|lei islâmica]]. No entanto, quando os [[Primeira Cruzada|cruzados]] invadiram a região a partir de 1099, Gaza ficou em ruínas. Nos séculos posteriores, Gaza passou por várias dificuldades - de [[Império Mongol|ataques mongóis]] a enchentes e pragas de gafanhotos, reduzindo-a a uma vila no {{séc|XVI}}, quando foi incorporada ao [[Império Otomano]]. Durante a primeira metade do domínio otomano, a dinastia de Riduão controlou Gaza e sob eles a cidade passou por uma época de grande comércio e paz. O município de Gaza foi estabelecido em 1893.

Gaza caiu nas mãos das [[Império Britânico|forças britânicas]] durante a [[Primeira Guerra Mundial]], tornando-se parte do [[Mandato Britânico da Palestina]]. Como resultado da [[Guerra árabe-israelense de 1948|Guerra Árabe-Israelense de 1948]], o [[Egito]] administrou o território recém-formado da Faixa de Gaza e várias melhorias foram realizadas na cidade. Gaza foi capturada por [[Israel]] na [[Guerra dos Seis Dias]] em 1967, mas em 1993, a cidade foi transferida para a recém-criada [[Autoridade Nacional Palestiniana|Autoridade Nacional Palestina]]. Nos meses que se seguiram às eleições de 2006, um [[Conflito entre Hamas e Fatah|conflito armado]] eclodiu entre as facções políticas palestinas do [[Fatah]] e do [[Hamas]], resultando na [[Batalha de Gaza (2007)|tomada do poder em Gaza]] por este último em 2007. Consequentemente, o Egito e Israel impuseram um [[bloqueio à Faixa de Gaza]]. Israel aliviou as restrições que permitia bens de consumo em junho de 2010 e o Egito reabriu a passagem de fronteira de [[Rafa]] em 2011 para pedestres.<ref name="IBRAHIM BARZAK 07/ 5/11 08:34 AM ET">[http://www.huffingtonpost.com/2011/07/05/gaza-economy-benefits-fro_n_890181.html Gaza Benefiting From Israel Easing Economic Blockade]. ''[[HuffPost]]''. Acessado em 1 de junho de 2021.</ref><ref name="IBRAHIM BARZAK 06/21/11 08:13 AM ET">[http://www.huffingtonpost.com/2011/06/21/gaza-border-opening-bring_n_881127.html Gaza Border Opening Brings Little Relief]. ''[[HuffPost]]''. Acessado em 1 de junho de 2021.</ref>

As principais atividades econômicas de Gaza são as indústrias de pequena escala e a agricultura. No entanto, o bloqueio e os conflitos recorrentes colocaram a economia local sob forte pressão.<ref name="Oxfam">{{Citar web |url=http://mediciconafrica.altervista.org/newsletter/gaza.pdf |titulo=The Gaza Strip: A Humanitarian Implosion |acessodata=2009-01-19 |publicado=[[Oxfam]] |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131224105507/http://mediciconafrica.altervista.org/newsletter/gaza.pdf |arquivodata=2013-12-24}}</ref> A maioria dos habitantes de Gaza é [[Muçulmano|muçulmana]], embora haja também uma pequena minoria [[cristã]]. Gaza tem uma população muito jovem, com cerca de 75% com menos de 25 anos. A cidade é atualmente administrada por um conselho municipal de 14 membros.

== Etimologia ==
O nome "Gaza" surge pela primeira vez nos registros militares de {{lknb|Tutemés|III}} do [[Império Novo]] do [[Antigo Egito]], no {{séc|XV}}.<ref>{{Citar periódico |titulo=Gaza in the Egyptian Texts of the New Kingdom |ultimo=H. Jacob Katzenstein |ano=1982 |paginas=111–113 |doi=10.2307/601117 |jstor=601117 |volume=102 |periódico=Journal of the American Oriental Society}}</ref> Nas [[línguas semíticas]], o significado do nome da cidade é "feroz, forte". O nome hebraico da cidade é ''Aza'' (עזה) - o [[ayin]] no início da palavra representava uma [[Fricativa velar sonora|fricativa velar expressa]] em [[hebraico bíblico]], mas em hebraico moderno, é silenciosa.<ref name="Masalha">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=Cb2rDwAAQBAJ&pg=PT81|título=Palestine: A Four Thousand Year History|ultimo=Masalha|primeiro=Nur|data=2018|editora=Zed Books Ltd.|isbn=9781786992758|autorlink1=Nur Masalha}}</ref>

De acordo com Shahin, os [[Antigo Egito|antigos egípcios]] a chamavam de "Gazate" ("cidade valiosa") e os muçulmanos costumavam se referir a ela como "Gazate Haxim", em homenagem a [[Haxim ibne Abde Manafe|Haxim]], o bisavô de [[Maomé]] que, de acordo com a tradição islâmica, está enterrado na cidade.<ref name="Shahinp414">Shahin, 2005, p. 414.</ref>

== História ==
A história de Gaza remonta a 5 mil anos, tornando-a uma das cidades mais antigas do mundo.<ref name="Dumper">Dumper et al., 2007, p. 155.</ref> Localizada na [[Via Maris|rota costeira]] do [[Mediterrâneo]] entre o [[Norte da África]] e o [[Levante (Mediterrâneo)|Levante]], a cidade, durante a maior parte de sua história, serviu como um importante entreposto do sul da Palestina e uma parada importante na [[Rota das especiarias|rota de comércio de especiarias]] que atravessa o [[Mar Vermelho]].<ref name="BBC">{{Citar jornal |ultimo=Alan Johnston |url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/middle_east/4365440.stm |titulo=Gaza's ancient history uncovered |data=2005-10-22 |acessodata=2009-02-16 |website=BBC news}}</ref>

=== Idade do bronze ===

O assentamento na região de Gaza remonta à fortaleza do Antigo Egito construída no território [[Canaã|cananeu]] em [[Telel Sacã]], ao sul da atual Gaza. O local entrou em declínio durante o [[Antigo Oriente Próximo|início da Idade do Bronze]], à medida que seu comércio com o Egito diminuía drasticamente.<ref name="Filfil"/> Outro centro urbano conhecido como {{ilc|Telel Ajul|Tell el-Ajjul}} começou a crescer ao longo do leito do rio Uádi Gaza. Durante meados da [[Idade do Bronze]], Telel Sacã ressurgiu e tornou-se a localidade mais ao sul da Palestina, servindo como um forte. Em {{AC|1650|x}}, quando os cananeus [[hicsos]] ocuparam o Egito, uma segunda cidade se desenvolveu nas ruínas de Telel Sacã. No entanto, ela também foi abandonada por volta do {{-séc|XIV}}, no final da Idade do Bronze.<ref name="Filfil" />

Durante o reinado de {{lknb|Tutemés|III}} {{-nwrap|r.|1479|1425}}, a cidade se tornou uma parada na [[Rota de comércio|rota de caravanas]] sírio-egípcias e foi mencionada nas [[Cartas de Amarna]] como "Azzati". Mais tarde, Gaza serviu como capital administrativa do Egito em [[Canaã]].<ref>Michael G. Hasel (1998) Domination and Resistance: Egyptian Military Activity in the Southern Levant, Ca. 1300–1185 B.C. BRILL, {{ISBN|90-04-10984-6}} p 258</ref> A cidade permaneceu sob controle egípcio por 350 anos, até ser conquistada pelos [[filisteus]] no {{-séc|XII}}.<ref name="STF-J">{{Citar web |url=http://www.christusrex.org/www1/ofm/mad/discussion/123discuss.html |titulo=Gaza – (Gaza, al -'Azzah) |data=2000-12-19 |acessodata=2009-02-16 |publicado=Studium Biblicum Franciscanum&nbsp;– Jerusalem |arquivourl=https://archive.today/20120728115614/http://www.christusrex.org/www1/ofm/mad/discussion/123discuss.html |arquivodata=2012-07-28}}</ref> No {{-séc|XII}}, Gaza tornou-se parte da [[Filisteia|pentápole]] dos filisteus. De acordo com o [[Livro dos Juízes|Livro dos Juízes da]] [[Tanakh|Bíblia Hebraica]], Gaza foi o lugar onde [[Sansão]] foi preso pelos filisteus e morreu.<ref name="STF-J">{{Citar web |url=http://www.christusrex.org/www1/ofm/mad/discussion/123discuss.html |titulo=Gaza – (Gaza, al -'Azzah) |data=2000-12-19 |acessodata=2009-02-16 |publicado=Studium Biblicum Franciscanum&nbsp;– Jerusalem |arquivourl=https://archive.today/20120728115614/http://www.christusrex.org/www1/ofm/mad/discussion/123discuss.html |arquivodata=2012-07-28}}</ref>

=== Período helenístico ===

Depois de ser governada pelos [[israelitas]], [[Império Neoassírio|assírios]] e depois pelos egípcios, Gaza alcançou relativa independência e prosperidade sob o [[Império Aquemênida]]. [[Alexandre, o Grande]] [[Cerco de Gaza|sitiou Gaza]], a última cidade a resistir à sua conquista em seu caminho para o Egito, por cinco meses antes de finalmente capturá-la em {{AC|332|x}}; os habitantes foram mortos ou levados cativos. Alexandre trouxe [[beduínos]] locais para povoar Gaza e organizou a cidade em uma [[pólis]] (ou "[[cidade-Estado]]").<ref name="STF-J">{{Citar web |url=http://www.christusrex.org/www1/ofm/mad/discussion/123discuss.html |titulo=Gaza – (Gaza, al -'Azzah) |data=2000-12-19 |acessodata=2009-02-16 |publicado=Studium Biblicum Franciscanum&nbsp;– Jerusalem |arquivourl=https://archive.today/20120728115614/http://www.christusrex.org/www1/ofm/mad/discussion/123discuss.html |arquivodata=2012-07-28}}</ref>

No período dos [[Império Selêucida|selêucidas]], [[Seleuco I Nicátor]], ou um de seus sucessores renomeou Gaza para Selêucia com o intuito de controlar a área circundante contra os [[Ptolomeus|ptolemaicos]]. A [[Cultura da Grécia|cultura grega,]] consequentemente, criou raízes e Gaza ganhou a reputação de um próspero centro [[helenístico]] de aprendizagem e filosofia.<ref name="Ring and Salkin">Ring and Salkin, 1994, p.287.</ref> Durante a [[Guerras dos Diádocos|Terceira Guerra do Diádocos]], [[Ptolemeu I Sóter]] derrotou [[Demétrio I da Macedónia|Demétrio I da Macedônia]] em uma batalha perto de Gaza em {{AC|312|x}}. Em {{AC|277|X}}, após a campanha bem-sucedida de [[Ptolemeu II Filadelfo|Ptolomeu II]] contra os [[nabateus]], a fortaleza ptolomaica de Gaza assumiu o controle do comércio de especiarias com [[Gerra (Arábia)|Gerra]] e o sul da [[Arábia]]. Gaza experimentou outro cerco em {{AC|96|x}} pelo rei [[Asmoneus|asmoneu]] [[Alexandre Janeu]], que "derrubou totalmente" a cidade, matando 500 senadores que fugiram para o templo de [[Apolo]] em busca de segurança.<ref name="Pataip149">Patai, 1999, p. 149.</ref>

=== Período romano ===
[[Imagem:4551_-_Istanbul_-_Museo_archeol._-_Zeus_-_sec._II_d.C._-_da_Gaza_-_Foto_G._Dall'Orto_28-5-2006.jpg|thumb|upright|Estátua romana de [[Zeus]] do {{séc|II}} encontrada em Gaza]]
[[Flávio Josefo|Josefo]] observa que Gaza foi reassentada sob o governo de [[Antípatro (pai de Herodes)|Antípatro]], que cultivou relações amigáveis com os habitantes de Gaza, de [[Ascalão]] e cidades vizinhas após ser nomeado governador de [[Edom]] por Janeu.<ref name="Shatzmanp79">Shatzman, 1991, p. 79.</ref> Reconstruída depois de ter sido incorporada ao [[Império Romano]] em {{AC|63|X}} sob o comando de [[Pompeu]], Gaza tornou-se então uma parte da [[Judeia (província romana)|província romana da Judeia]].<ref name="STF-J">{{Citar web |url=http://www.christusrex.org/www1/ofm/mad/discussion/123discuss.html |titulo=Gaza – (Gaza, al -'Azzah) |data=2000-12-19 |acessodata=2009-02-16 |publicado=Studium Biblicum Franciscanum&nbsp;– Jerusalem |arquivourl=https://archive.today/20120728115614/http://www.christusrex.org/www1/ofm/mad/discussion/123discuss.html |arquivodata=2012-07-28}}</ref> Foi alvo de forças judaicas durante a rebelião contra o domínio romano em {{AC|66|x}} e foi parcialmente destruída.<ref name="Pataip142">Patai, 1999, p. 142.</ref> No entanto, continuou sendo uma cidade importante, ainda mais após a destruição de [[Jerusalém]].<ref name="Dowling1">Dowling, 1913, p. [https://archive.org/stream/gazacityofmanyba00dowlrich#page/33/mode/1up 33]</ref>

Durante o período romano, Gaza foi uma cidade próspera e recebeu doações e atenção de vários imperadores.<ref name="STF-J">{{Citar web |url=http://www.christusrex.org/www1/ofm/mad/discussion/123discuss.html |titulo=Gaza – (Gaza, al -'Azzah) |data=2000-12-19 |acessodata=2009-02-16 |publicado=Studium Biblicum Franciscanum&nbsp;– Jerusalem |arquivourl=https://archive.today/20120728115614/http://www.christusrex.org/www1/ofm/mad/discussion/123discuss.html |arquivodata=2012-07-28}}</ref> Um senado de 500 membros governava Gaza e uma grande variedade de [[Período helenístico|gregos]], romanos, [[Fenícia|fenícios]], [[judeus]], [[egípcios]], [[persas]] e [[beduínos]] povoavam a cidade. A casa da [[Casa da moeda|moeda]] de Gaza emitia [[Moeda (peça)|moedas]] adornadas com bustos de [[Panteão (Roma)|deuses]] e [[Imperador romano|imperadores]].<ref name="Doughty">{{Citar web |ultimo=Doughty |primeiro=Dick |url=http://www.thisweekinpalestine.com/details.php?id=1958&ed=133&edid=133 |titulo=Gaza: Contested Crossroads |data=Novembro de 2006 |acessodata=2009-01-30 |publicado=This Week in Palestine |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110907165624/http://www.thisweekinpalestine.com/details.php?id=1958&ed=133&edid=133 |arquivodata=2011-09-07}}</ref> Durante sua visita no ano 130 d.C.,<ref name="mah">{{Citar web |ultimo=Remondino |url=http://www.ville-ge.ch/mah/expos/pdf/212/Gaza_timeline.pdf |titulo=Gaza at the crossroads of civilisations |data=5 de junho de 2007 |acessodata=2008-01-23 |website=Exhibition: Gaza at the crossroads of civilisations |publicado=Art and History Museum |local=[[Genebra]], Suíça}}</ref> o imperador Adriano inaugurou pessoalmente competições de [[Luta|luta livre]], [[boxe]] e [[oratória]] no [[Teatro romano|novo anfiteatro]] de Gaza, que se tornou famoso de [[Alexandria]] até [[Damasco]]. A cidade era adornada com muitos templos pagãos; o culto principal era ao deus [[Dagom]]. Outros templos eram dedicados a [[Zeus]], [[Hélio (mitologia)|Hélio]], [[Afrodite]], [[Apolo]], [[Atena]] e [[Tique (mitologia)|Tique]]. O [[cristianismo]] começou a se espalhar por Gaza por volta do ano 250, inclusive no porto de Maiuma.<ref>Jennifer Lee Hevelone-Harper (1997) Disciples of the Desert: Monks, Laity, and Spiritual Authority in Sixth-century Gaza (JHU Press) {{ISBN|0-8018-8110-2}} pp 11- 12</ref><ref>Hagith Sivan (2008) ''Palestine in late antiquity'' Oxford University Press, {{ISBN|0-19-928417-2}} p 337</ref><ref>Andrea Sterk (2004) ''Renouncing the World Yet Leading the Church: The Monk-bishop in Late Antiquity'' Harvard University Press, {{ISBN|0-674-01189-9}} p 207</ref><ref>Gerald Butt (1995) ''Life at the crossroads: a history of Gaza'' Rimal Publications, {{ISBN|1-900269-03-1}} p 70</ref>

=== Período bizantino ===
Após a divisão do Império Romano no {{séc|III}}, Gaza permaneceu sob o controle do [[Império Bizantino|Império Romano do Oriente]]. A cidade prosperou e foi um importante centro para o sul da Palestina.<ref name="Kaegi">Kaegi, W. ''Byzantium and the early Islamic conquests'', p.&nbsp;95</ref> Um [[Diocese|bispado]] cristão foi estabelecido em Gaza . A conversão ao cristianismo em Gaza foi acelerada sob [[Porfírio de Gaza|Santo Porfírio]] entre 396 e 420. Em 402, [[Teodósio II]] ordenou a destruição de todos os oito templos pagãos da cidade,<ref name="STF-J">{{Citar web |url=http://www.christusrex.org/www1/ofm/mad/discussion/123discuss.html |titulo=Gaza – (Gaza, al -'Azzah) |data=2000-12-19 |acessodata=2009-02-16 |publicado=Studium Biblicum Franciscanum&nbsp;– Jerusalem |arquivourl=https://archive.today/20120728115614/http://www.christusrex.org/www1/ofm/mad/discussion/123discuss.html |arquivodata=2012-07-28}}</ref> e quatro anos depois a Imperatriz [[Élia Eudócia]] encomendou a construção de uma igreja no topo das ruínas do Templo de Marnas.<ref name="Pringle">Pringle, 1993, p. [https://books.google.com/books?id=BgQ6AAAAIAAJ&pg=PA208 208]</ref> Foi nessa época que o filósofo cristão [[Enéas de Gaza]] chamou Gaza, sua cidade natal, de "a [[Atenas]] da Ásia".<ref>J.S. Tunison: "Dramatic Traditions of the Dark Ages", Burt Franklin, Nova Iorque, p.11 </ref> Uma grande [[Antiga Sinagoga de Gaza|sinagoga]] existia em Gaza no {{séc|VI}}, de acordo com escavações.<ref>{{Citar web |url=http://www.english.imjnet.org.il/popup?c0=13127 |titulo=King David playing the lyre |acessodata=28 de abril de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170517032359/http://www.english.imjnet.org.il/popup?c0=13127 |arquivodata=2017-05-17}}</ref>

=== Período islâmico inicial ===
Em 634, Gaza foi sitiada pelo exército muçulmano [[Califado Ortodoxo]] sob o general [[Anre ibne Alas]], após a [[Batalha de Ajenadaim]] entre o [[Império Bizantino]] e o [[Califado Ortodoxo]] na Palestina central. Foi capturado pelas forças de Anre cerca de três anos depois. Acredita-se que seja o local onde o bisavô de [[Maomé]], [[Haxim ibne Abde Manafe]], foi enterrado. Gaza não foi destruída e seus habitantes não foram atacados pelo exército de Anre, apesar da dura e longa resistência da cidade, embora sua guarnição bizantina tenha sido massacrada.<ref name="Filiu18-19">Filiu, 2014, pp. 18–19.</ref>

A chegada dos [[árabes]] [[muçulmanos]] trouxe mudanças significativas para Gaza; a princípio, algumas de suas igrejas foram transformadas em [[mesquita]]s, incluindo a atual [[Grande Mesquita de Gaza]] (a mais antiga da cidade), que mais tarde foi reconstruída pelo sultão [[Baibars]], que a dotaram de uma enorme biblioteca que continha mais de 20 mil [[manuscrito]]s no {{séc|XII}}.<ref name="Filiu18-19">Filiu, 2014, pp. 18–19.</ref> Um grande segmento da população rapidamente adotou o [[Islã]]<ref name="Filiu23">Filiu, 2014, pp. 23.</ref><ref name="Ring and Salkin2">Ring and Salkin, 1994, p. 289.</ref> e o [[Língua árabe|árabe]] tornou-se a [[língua oficial]]. Em 767, [[Axafii|Maomé ibne Idris Axafii]] nasceu em Gaza e viveu ali sua primeira infância; ele fundou o código religioso do [[xafeísmo]], uma das quatro principais escolas de direito muçulmano [[sunita]] ''([[fiqh]]'').<ref name="Gil">Gil, 1992, p.292.</ref> A segurança, que foi bem mantida durante o início do domínio muçulmano, foi a chave para a prosperidade de Gaza. Embora o [[Bebida alcoólica|álcool]] tenha sido proibido no Islã, as comunidades judaica e cristã tiveram permissão para manter a [[Viticultura|produção]] de [[vinho]] e as [[uva]]s, uma das principais safras comerciais da cidade, eram exportadas principalmente para o [[Egito]].<ref name="Sharon17-18">Sharon, 2009, pp. [https://books.google.com/books?id=P2LtyFVNJmcC&pg=PA17 17]-18</ref>

Por fazer fronteira com o [[deserto]], Gaza era vulnerável a grupos [[Nomadismo|nômades em guerra]].<ref name="Sharon17-18">Sharon, 2009, pp. [https://books.google.com/books?id=P2LtyFVNJmcC&pg=PA17 17]-18</ref> Em 796, ela foi destruída durante uma guerra civil entre as tribos [[árabes]] da região.<ref name="Dowling2">Dowling, 1913, p. [https://archive.org/stream/gazacityofmanyba00dowlrich#page/37/mode/1up 37]</ref> No entanto, por volta do {{séc|X}}, a cidade foi reconstruída pelos [[Califado Abássida|abássidas]]; durante o governo abássida, o [[geógrafo]] [[Mocadaci]], de [[Jerusalém]], descreveu Gaza como "uma grande cidade situada na estrada para o Egito, na fronteira do deserto".<ref>[[Mocadaci]] citado em le Strange, 1890, p. [https://archive.org/stream/palestineundermo00lestuoft#page/442/mode/1up 442]</ref> Em 978, os [[Califado Fatímida|fatímidas]] estabeleceram um acordo com o [[Alpetequim de Damasco|Alpetequim]], o governante turco de [[Damasco]], por meio do qual os fatímidas controlariam Gaza e as terras ao sul dela, incluindo o Egito, enquanto Alpetequim controlaria a região ao norte da cidade.<ref>Gil, 1992, p.349.</ref>

=== Períodos cruzado e aiúbida ===
Os [[Primeira Cruzada|cruzados]] conquistaram Gaza em 1100 e o rei {{lknb|Balduíno|III|de Jerusalém}} construiu um castelo na cidade para os [[Ordem dos Templários|Cavaleiros Templários]] em 1149.<ref name="Pringle">Pringle, 1993, p. [https://books.google.com/books?id=BgQ6AAAAIAAJ&pg=PA208 208]</ref> Ele também fez com que a Grande Mesquita voltasse a ser uma igreja, a Catedral de São João.<ref name="mah"/> Em 1154, o viajante árabe [[Dreses]] escreveu que Gaza "é hoje muito populosa e está nas mãos dos cruzados".<ref>[[Yaqut al-Hamawi]] quoted in le Strange, 1890, p. [https://archive.org/stream/palestineundermo00lestuoft#page/442/mode/1up 442]</ref> Em 1187 os [[aiúbidas]], liderados pelo sultão [[Saladino]], capturaram Gaza e em 1191 destruíram as fortificações da cidade. [[Ricardo I de Inglaterra|Ricardo Coração de Leão]] aparentemente refortificou a cidade em 1192, mas as paredes foram desmontadas novamente como resultado do [[Tratado de Jafa|Tratado de Ramla]] acordado meses depois em 1193. O governo aiúbida terminou em 1260, depois que os [[Império Mongol|mongóis]] sob o comando de [[Hulagu Cã]] destruíram completamente Gaza, que se tornou sua conquista mais meridional.<ref name="Ring and Salkin2">Ring and Salkin, 1994, p. 289.</ref>

=== Período mameluco ===
[[Imagem:Gold_Market,_Gaza_City.jpg|thumb|esquerda|upright|O Mercado Dourado de Gaza data do período mameluco]]
Após a destruição de Gaza pelos mongóis, soldados escravos muçulmanos baseados no Egito, conhecidos como [[Dinastia Bahri|mamelucos,]] começaram a administrar a área. Em 1277, os mamelucos fizeram de Gaza a capital de uma província que leva seu nome'', Mamlakat Ghazzah'' (governo de Gaza). Este distrito se estendia ao longo da planície costeira da Palestina de [[Rafa]]h, no sul, até o norte de [[Cesareia (Israel)|Cesareia]], e para o leste, até os [[Samaria|planaltos da Samaria]] e o [[Monte Hebrom]]. Outras cidades importantes da província incluíam [[Qaqun]], [[Lida]] e [[Ramla]].<ref name="Ring and Salkin2">Ring and Salkin, 1994, p. 289.</ref><ref name="Sharon">Sharon, 1997, pp.XII-XIII.</ref> Gaza, que entrou em um período de tranquilidade sob o domínio dos mamelucos, foi usada por eles como um posto avançado em suas ofensivas contra os cruzados que terminaram em 1290.<ref>Sharon, 2009, p. [https://books.google.com/books?id=P2LtyFVNJmcC&pg=PA26 26]</ref> Em 1294, um terremoto devastou Gaza e, cinco anos depois, os mongóis destruíram novamente tudo o que havia sido restaurado pelos mamelucos. O geógrafo sírio [[Aldimasqui (geógrafo)|Aldimasqui]] descreveu Gaza em 1300 como uma "cidade tão rica em árvores que parece um tecido de brocado estendido sobre a terra".<ref name="Doughty">{{Citar web |ultimo=Doughty |primeiro=Dick |url=http://www.thisweekinpalestine.com/details.php?id=1958&ed=133&edid=133 |titulo=Gaza: Contested Crossroads |data=Novembro de 2006 |acessodata=2009-01-30 |publicado=This Week in Palestine |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110907165624/http://www.thisweekinpalestine.com/details.php?id=1958&ed=133&edid=133 |arquivodata=2011-09-07}}</ref> Sob o governo do emir [[Sanjar Aljauli]], Gaza foi transformada em uma cidade próspera e grande parte da arquitetura da era mameluca remonta ao seu reinado entre 1311 e 1320 e novamente em 1342.<ref>Sharon, 2009, p. [https://books.google.com/books?id=P2LtyFVNJmcC&pg=PA87 87]</ref><ref>Meyer, 1907, p. [https://archive.org/stream/historyofcityofg00meyeuoft#page/83/mode/1up 83]</ref> Em 1348, a [[peste bubônica]] se espalhou pela cidade, matando a maioria de seus habitantes e, em 1352, Gaza sofreu uma inundação destrutiva, que era rara naquela parte árida da Palestina.<ref name="Ring and Salkin3">Ring and Salkin, 1994, p.290.</ref> No entanto, quando o viajante e escritor árabe [[ibne Batuta]] visitou a cidade em 1355, ele observou que ela era "grande e populosa e tem muitas mesquitas".<ref>[[ibne Batuta]] citado em le Strange, 1890, p. [https://archive.org/stream/palestineundermo00lestuoft#page/442/mode/1up 442]</ref> Os mamelucos contribuíram para a arquitetura de Gaza construindo mesquitas, [[Madraça|faculdades islâmicas]], hospitais, [[caravançarai]]s e [[Banho público|banhos públicos]].<ref name="Filfil"/>

Os mamelucos permitiram que os [[judeus]] retornassem à cidade, depois de serem expulsos pelos cruzados, e a comunidade judaica prosperou durante o governo mameluco. No final desse período, a comunidade judaica em Gaza era a terceira maior da Palestina, depois das comunidades em Safad e Jerusalém. Em 1481, um viajante judeu italiano, [[Mesulão de Volterra]], escreveu:
{{quote|Gazza é designada Gaza pelos muçulmanos. É um lugar fino e renomado e suas frutas são muito renomadas e boas. [[Pão]] e bom vinho podem ser encontrados lá, mas só os judeus fazem vinho. Gaza tem uma circunferência de quatro milhas e não tem paredes. Fica a cerca de seis milhas do mar e situada em um vale e em uma colina. Tem uma população tão numerosa quanto as areias do mar e há cerca de cinquenta (ou sessenta) chefes de família judeus, artesãos. Eles têm uma sinagoga pequena, mas bonita, e [[vinha]]s, campos e casas. Eles já haviam começado a fazer o vinho novo. ... Os judeus moram no topo da colina. Que Deus os exalte. Também há quatro chefes de família [[samaritanos]] que moram na encosta.<ref>{{Citar livro|url=https://archive.org/details/jewishtravellers00elka|título=Jewish Travellers in the Middle Ages|ultimo=Elkan Nathan Adler|editora=Dover|ano=1987|páginas=[https://archive.org/details/jewishtravellers00elka/page/180 180–181]|anooriginal=1930}}</ref>}}

=== Período otomano ===
[[imagem:1840–41_Royal_Engineers_map_of_Gaza.jpg|esquerda|upright|miniaturadaimagem|Gaza em 1841, conforme mapeada pelos Engenheiros Reais Britânicos após a [[Crise Oriental de 1840]]]]

Em 1516, Gaza - na época uma pequena cidade com um porto inativo, edifícios em ruínas e comércio reduzido - foi incorporada ao [[Império Otomano]].<ref name="Ring and Salkin3">Ring and Salkin, 1994, p.290.</ref> O exército otomano esmagou com rapidez e eficiência um levante de pequena escala<ref>Ze'evi, 1996, p.2.</ref> e a população local geralmente os recebia como companheiros muçulmanos sunitas. A cidade foi então nomeada capital do [[sanjaco de Gaza]], parte da maior [[Síria otomana|província de Damasco]].<ref>Doumani, 1995, p.35.</ref> A [[Dinastia de Riduão|família de Riduão]], em homenagem ao governador [[Riduão Paxá]], foi a primeira dinastia a governar Gaza e continuaria a governar a cidade por mais de um século.<ref name="Ze'evi">Ze'evi, 1996, p.40.</ref> Sob [[Amade ibne Riduão]], a cidade se tornou um centro cultural e religioso como resultado da parceria entre o governador e o proeminente jurista islâmico [[Cairadim Arramli]], que morava na cidade vizinha de [[Ramla]].<ref>Ze'evi, 1996, p.53.</ref>

Durante o governo de [[Huceine Paxá]], os conflitos entre a população assentada e as [[Beduínos|tribos beduínas]] vizinhas foram drasticamente reduzidos, permitindo que Gaza prosperasse pacificamente. O período dos Riduões é descrito como uma [[Era dourada|era de ouro]] para Gaza, uma época em que ela serviu como virtual "capital da Palestina".<ref>Dowling, 1913, pp. [https://archive.org/stream/gazacityofmanyba00dowlrich#page/70/mode/1up 70]-71</ref><ref>Meyer, 1907, p. [https://archive.org/stream/historyofcityofg00meyeuoft#page/98/mode/1up 98]</ref> A Grande Mesquita foi restaurada e outras seis mesquitas construídas, enquanto os [[Hamame|banhos turcos]] e as bancas do mercado proliferavam.<ref name="Ring and Salkin3">Ring and Salkin, 1994, p.290.</ref>

[[imagem:Gaza_(1881-1884)_(A).jpg|miniaturadaimagem| Muçulmanos estudando o [[Alcorão]] com Gaza ao fundo, pintura de [[Harry Fenn]]]]
[[imagem:The_Old_Town,_Gaza_(1862-1863).jpg|miniaturadaimagem| A Cidade Velha, Gaza (1862-1863). Foto de [[Francis Frith|Frances Frith]]]]

Após a morte de [[Muça Paxá ibne Haçane|Muça Paxá]], o sucessor de Huceine, oficiais otomanos foram nomeados para governar no lugar dos Riduões. O período dos Riduões foi a última era de ouro de Gaza durante o domínio otomano. Depois que a família foi removida do cargo, a cidade gradualmente entrou em declínio.<ref name="Ze'evi2">Ze'evi, 1996, p.41.</ref>

A partir do início do {{séc|XIX}}, Gaza havia sido culturalmente dominada pelo vizinho, o [[Egito]]; [[Maomé Ali]] conquistou Gaza em 1832.<ref name="mah"/> O estudioso estadunidense [[Edward Robinson (acadêmico)|Edward Robinson]] visitou a cidade em 1838, descrevendo-a como uma cidade "densamente povoada" maior do que Jerusalém, com sua Cidade Velha situada no topo de uma colina, enquanto seus subúrbios ficavam na planície próxima.<ref name="Robinson1">Robinson, 1841, vol 2, pp. [https://archive.org/stream/biblicalresearc00smitgoog#page/n396/mode/1up 374]-375</ref> A cidade se beneficiava do comércio por causa de sua posição estratégica na rota de caravanas entre o Egito e o norte da Síria, bem como pela produção de sabão e algodão para o comércio com o governo, tribos árabes locais e os beduínos de [[Arava|Uádi Araba]] e [[Ma'an]].<ref name="Robinson2">Robinson, 1841, vol 2, pp. [https://archive.org/stream/biblicalresearc00smitgoog#page/n399/mode/1up 377–378]</ref> Os [[bazar]]es de Gaza eram bem abastecidos e eram considerados por Robinson como "bem melhores" do que os de Jerusalém.<ref>Robinson, 1841, vol 2, p. [https://archive.org/stream/biblicalresearc00smitgoog#page/n400/mode/1up 378]</ref> Robinson observou que virtualmente todos os vestígios de história antiga e antiguidade de Gaza desapareceram devido ao conflito e ocupação constantes.<ref>Robinson, 1841, p.38.</ref> Em meados do {{séc|XIX}}, o porto de Gaza foi eclipsado pelos portos de [[Jafa]] e [[Haifa]], mas a cidade manteve sua frota pesqueira.<ref name="Abu-Lughod">Dumper and Abu-Lughod, 2007, p.155.</ref>

A [[peste bubônica]] atingiu Gaza novamente em 1839 e a cidade, sem estabilidade política e econômica, entrou em estado de estagnação. Em 1840, tropas egípcias e otomanas lutaram fora de Gaza. Os otomanos conquistaram o controle do território, encerrando efetivamente o domínio egípcio sobre a Palestina. No entanto, as batalhas causaram mais mortes e destruição em Gaza, enquanto a cidade ainda se recuperava dos efeitos da peste.<ref name="Ring and Salkin3">Ring and Salkin, 1994, p.290.</ref>

=== Primeira Guerra Mundial e Mandato Britânico ===
[[imagem:Gaza_after_WWI_2.jpg|miniaturadaimagem| Gaza após rendição às forças britânicas, 1918]]
Enquanto liderava a [[Aliados da Primeira Guerra Mundial|Forças Aliadas]] durante a [[Primeira Guerra Mundial]], os [[britânicos]] ganharam o controle da cidade durante a [[Terceira batalha de Gaza|Terceira Batalha de Gaza]] em 1917.<ref name="Ring and Salkin3">Ring and Salkin, 1994, p.290.</ref> Após a guerra, Gaza foi incluída na [[Mandato Britânico da Palestina]].<ref>{{Citar web |url=http://www.merip.org/palestine-israel_primer/brit-mandate-pal-isr-prime.html |titulo=Palestine, Israel and the Arab-Israeli Conflict A Primer |acessodata=2009-01-19 |publicado=Middle East Research Information Project |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090122095032/http://merip.org/palestine-israel_primer/brit-mandate-pal-isr-prime.html |arquivodata=2009-01-22}}</ref> Nas décadas de 1930 e 1940, Gaza passou por uma grande expansão. Novos bairros foram construídos ao longo da costa e nas planícies do sul e do leste. Organizações internacionais e grupos missionários financiaram a maior parte desta construção.<ref name="Abu-Lughod">Dumper and Abu-Lughod, 2007, p.155.</ref>

=== Domínio egípcio e israelense ===
[[imagem:Flickr - Government Press Office (GPO) - The newly appointed mayor of gaza.jpg|thumb|O então recém-nomeado prefeito de Gaza, [[Rushdi al-Shawwa]], falando na cerimônia de inauguração do conselho municipal de Gaza, em 26 de novembro de 1956]]
No [[Plano da ONU para a partilha da Palestina de 1947|Plano de Partição da Palestina de 1947]], proposta pelas [[Nações Unidas]], Gaza era designada para fazer parte de um Estado de maioria árabe na Palestina, mas foi [[Ocupação da Faixa de Gaza pelo Egito|ocupada pelo Egito]] após a [[Guerra Árabe-Israelense de 1948]]. A crescente população de Gaza foi aumentada por um fluxo de [[Refugiados palestinos|refugiados]] que fugiram ou foram expulsos de cidades próximas, vilas e aldeias que foram capturadas por Israel. Em 1957, o presidente egípcio [[Gamal Abdel Nasser]] fez uma série de reformas em Gaza, que incluíram expandir as oportunidades educacionais e os serviços civis, fornecer moradia e estabelecer forças de segurança locais.<ref name="Feldman">Feldman, 2008, pp.8–9.</ref>

Gaza foi ocupada por Israel durante a [[Guerra dos Seis Dias]] em 1967, após a derrota do [[Exército Egípcio|exército egípcio]]. Conflitos frequentes surgiram entre palestinos e as autoridades israelenses na cidade desde os anos 1970. As tensões levaram à [[Primeira Intifada]] em 1987. Gaza foi um centro de confronto durante este levante<ref name="Ring and Salkin3">Ring and Salkin, 1994, p.290.</ref> e as condições econômicas na cidade pioraram.<ref>{{Citar web |ultimo=Roy |primeiro=Sara |url=http://www.counterpunch.org/roy10042006.html |titulo=The Economy of Gaza |acessodata=2009-01-19 |publicado=Counter Punch |arquivourl=https://web.archive.org/web/20081229125329/http://www.counterpunch.org/roy10042006.html |arquivodata=2008-12-29}}</ref>

=== Controle palestino ===
Em setembro de 1993, os líderes de [[Israel]] e da [[Organização para a Libertação da Palestina]] (OLP) assinaram os [[Acordos de paz de Oslo|Acordos de Oslo]] . O acordo previa a administração palestina da Faixa de Gaza e da cidade de [[Jericó]], na [[Cisjordânia]], o que foi implementado em maio de 1994. As forças israelenses retiraram-se de Gaza, deixando a [[Autoridade Nacional Palestiniana|Autoridade Nacional Palestina]] (ANP) para administrar e policiar a cidade.<ref name="Ring and Salkin">Ring and Salkin, 1994, p.287.</ref> A ANP, liderada por [[Yasser Arafat]], escolheu Gaza como sua primeira sede provincial. O recém-criado [[Conselho Nacional Palestino]] realizou sua sessão inaugural em Gaza em março de 1996. A [[Segunda Intifada]] também foi um grande divisor de águas para Gaza.<ref name="Abu-Lughod">Dumper and Abu-Lughod, 2007, p.155.</ref>
[[imagem:Day_18_of_War_on_Gaza.PNG|miniaturadaimagem|esquerda|Residentes em um bairro de Gaza durante a [[Operação Chumbo Fundido|Guerra de Gaza de 2008-09]]]]
[[imagem:Operation Guardian of the Walls, May 2021. XXIII.webm|miniaturadaimagem|esquerda|Bombardeio israelense contra a Faixa de Gaza durante o [[Conflito israelo-palestino de 2021|crise israelo-palestina de 2021]]]]

Em 2005, Israel retirou suas tropas da Faixa de Gaza e removeu os milhares de israelenses que haviam se estabelecido no território.<ref name="BBCProfile">{{Citar jornal |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/5122404.stm |titulo=Gaza crisis: key maps and timeline |data=2009-01-06 |acessodata=2009-06-16 |website=[[BBC News]]}}</ref> (''Ver:'' [[Plano de retirada unilateral de Israel|plano de retirada unilateral de Israel em 2004]].) Desde a retirada israelense, o [[Hamas]] tem se engajado em uma luta, às vezes violenta, pelo poder com sua rival organização palestina [[Fatah]]. Em 25 de janeiro de 2006, o [[Hamas]] obteve uma vitória surpreendente nas [[Eleições parlamentares na Palestina em 2006|eleições]] para o [[Conselho Legislativo da Palestina|Conselho Legislativo Palestino]], a legislatura da [[Autoridade Nacional Palestiniana|Autoridade Nacional Palestina]]. Em 2007, o [[Batalha de Gaza (2007)|Hamas derrubou as forças do Fatah]] na Faixa de Gaza e os membros do Hamas foram demitidos do governo da ANP na Cisjordânia como resposta. Atualmente, o Hamas, reconhecido como uma [[organização terrorista]] pela maioria dos [[países ocidentais]], tem o controle ''[[de facto]]'' da cidade e da Faixa.<ref name="BBC07">{{Citar jornal |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/6754499.stm |titulo=Abbas sacks Hamas-led government |data=2007-07-15 |acessodata=2009-01-19 |website=[[BBC News]]}}</ref>

Em março de 2008, uma coalizão de grupos de direitos humanos acusou que o [[Bloqueio à Faixa de Gaza|bloqueio israelense à cidade]] havia feito com que a situação humanitária em Gaza atingisse seu pior ponto desde que Israel ocupou o território na Guerra dos Seis Dias de 1967<ref>{{Citar jornal |url=http://edition.cnn.com/2008/WORLD/meast/03/05/israel.gaza.crisis.ap/index.html |titulo=Human rights coalition: Gaza at worst since 1967 |data=2008-03-06 |acessodata=2009-01-19 |publicado=[[CNN]] |arquivourl=https://web.archive.org/web/20080506111500/http://edition.cnn.com/2008/WORLD/meast/03/05/israel.gaza.crisis.ap/index.html |arquivodata=6 de maio de 2008}}</ref> e que os ataques aéreos israelenses contra militantes em áreas densamente povoadas também mataram transeuntes civis.<ref name="BBCProfile">{{Citar jornal |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/5122404.stm |titulo=Gaza crisis: key maps and timeline |data=2009-01-06 |acessodata=2009-06-16 |website=[[BBC News]]}}</ref> Em 2008, Israel iniciou um [[Operação Chumbo Fundido|ataque contra Gaza]]<ref>{{Citar jornal |ultimo=Sharp |primeiro=Heather |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/7811386.stm |titulo=Gaza conflict: Who is a civilian? |data=2009-01-05 |acessodata=2009-01-19 |website=[[BBC News]]}}</ref> e afirmou que fez isso como resposta aos repetitivos lançamentos de foguetes e morteiros da Faixa de Gaza contra Israel desde 2005, enquanto os palestinos declararam que estavam respondendo às incursões militares de Israel e ao [[bloqueio à Faixa de Gaza]]. Em janeiro de 2009, pelo menos 1 300 palestinos foram mortos no conflito.<ref name="idf_updated_death_toll">{{Citar jornal |ultimo=Lappin |primeiro=Yaakov |url=http://www.jpost.com/Israel/Article.aspx?id=137286 |titulo=IDF releases Cast Lead casualty numbers |data=26 de março de 2009 |acessodata=6 de junho de 2012 |website=The Jerusalem Post}}</ref><ref>{{Citar jornal |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/7835981.stm |titulo=Rocket salvo tests Gaza ceasefire |data=2009-01-16 |acessodata=2009-01-19 |website=[[BBC News]]}}</ref>

Em novembro de 2012, após [[Operação Pilar Defensivo|uma semana de conflito]] entre Israel e grupos militantes palestinos, um cessar-fogo intermediado pelo Egito foi anunciado em 21 de novembro.<ref>Najjar, Nasser and Lynch, Sarah. [https://www.usatoday.com/story/news/world/2012/11/21/cease-fire-gaza-resident-hope-reaction/1719997/ Cease-fire brings hope to weary residents of Gaza]. ''[[USA Today]]''. 2012-11-21.</ref> No [[conflito Israel-Gaza de 2014]], 2 205 palestinos (incluindo pelo menos 1 483 civis) e 71 israelenses (incluindo 66 soldados) e um cidadão estrangeiro em Israel foram mortos, de acordo com o [[Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários|UN OCHA]].<ref>{{Citar web |url=http://www.ochaopt.org/content.aspx?id=1010361 |titulo=Occupied Palestinian territory, Gaza Crisis |data=15 de outubro de 2014 |website=[[Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários]] |arquivourl=https://web.archive.org/web/20150725191044/http://www.ochaopt.org/content.aspx?id=1010361 |arquivodata=25 de julho de 2015}}</ref> De acordo com uma análise do ''[[The New York Times]]'', homens com idades entre 20 e 29 anos, que provavelmente são militantes, são os mais representados no número de mortos.<ref>{{Citar web |ultimo=Rudoren |primeiro=Jodi |url=https://www.nytimes.com/2014/08/06/world/middleeast/civilian-or-not-new-fight-in-tallying-the-dead-from-the-gaza-conflict.html |titulo=Civilian or Not? New Fight in Tallying the Dead From the Gaza Conflict |data=5 de agosto de 2014 |acessodata=28 de abril de 2017 |via=NYTimes.com}}</ref> Um bloco de torres foi bombardeado durante a [[Conflito israelo-palestino de 2021|crise israelo-palestina de 2021]].<ref>{{Citar jornal |url=https://www.bbc.com/news/world-middle-east-57066275 |titulo=Rockets target Tel Aviv after Gaza tower destroyed |data=2021-05-11 |acessodata=2021-05-12 |website=BBC News |lingua=en-GB}}</ref>

==== Conflito de 2023-24 ====
[[Imagem:SoI-War_23-11-01_IDF_13-04.jpg|thumb|Gaza em ruínas durante a [[Guerra Israel-Hamas]]]]
{{excerto|Guerra Israel-Hamas}}

== Geografia ==
[[imagem:Gaza_Beach.jpg|miniaturadaimagem| Praia na cidade de Gaza]]
[[imagem:Gaza_port.jpg|direita|miniaturadaimagem| Vista de Gaza a partir do porto]]

O centro de Gaza está situado em uma colina baixa e redonda com uma altitude de 14 metros [[Metro acima do nível do mar|acima do nível do mar]].<ref name="GS">{{Citar web |url=http://www.globalsecurity.org/military/world/palestine/gaza.htm |titulo=Gaza |acessodata=2009-01-25 |publicado=Global Security}}</ref> Grande parte da cidade moderna é construída ao longo da planície abaixo da colina, especialmente ao norte e ao leste, formando os subúrbios de Gaza. A praia e o porto de Gaza estão localizados a 3 quilômetros a oeste do núcleo da cidade e o espaço intermediário é inteiramente construído em colinas baixas.<ref name="Robinson1">Robinson, 1841, vol 2, pp. [https://archive.org/stream/biblicalresearc00smitgoog#page/n396/mode/1up 374]-375</ref>

A jurisdição municipal da cidade hoje constitui cerca de 45 quilômetros quadrados.<ref name="GazaMunicipality">{{Citar web |url=http://www.mogaza.org/gazacity.htm |titulo=Gaza City |acessodata=2009-02-16 |publicado=Gaza Municipality |arquivourl=https://web.archive.org/web/20080620101738/http://www.mogaza.org/gazacity.htm |arquivodata=20 de junho de 2008}}</ref> Gaza está localizada a 78 km a sudoeste de [[Jerusalém]], 71 km ao sul de [[Tel Aviv]]<ref>[http://www.timeanddate.com/worldclock/distanceresult.html?p1=702&p2=676 Distance from Gaza to Tel Aviv] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20110611204838/http://www.timeanddate.com/worldclock/distanceresult.html?p1=702&p2=676|data=2011-06-11}} and [http://www.timeanddate.com/worldclock/distanceresult.html?p1=702&p2=110 Distance from Gaza to Jerusalem] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20110611204928/http://www.timeanddate.com/worldclock/distanceresult.html?p1=702&p2=110|data=2011-06-11}} Time and Date AS.</ref> e 30 km ao norte de [[Rafa]].<ref>[http://www.palestineremembered.com/GeoPoints/Rafah_1500/index.html Welcome to Rafah] Palestine Remembered.</ref> As localidades vizinhas incluem [[Beit Lahia]], [[Beit Hanoun]] e [[Jabalia]] ao norte, e a vila de [[Abu Middein]], o [[campo de refugiados]] [[Bureij]] e a cidade de [[Deir al-Balah]] ao sul.<ref name="PR">{{Citar web |url=http://www.palestineremembered.com/GeoPoints/Gaza_526/SatelliteView.html |titulo=Satellite View of Gaza |acessodata=2009-01-19 |publicado=Palestine Remembered}}</ref>

A população de Gaza depende da [[água subterrânea]] como única fonte de [[água potável]], uso agrícola e abastecimento doméstico. O [[Uádi|riacho]] mais próximo é Uádi Gaza ao sul, proveniente de Abu Middein ao longo da costa. Tem pouca água durante o inverno e praticamente nenhuma água durante o verão. A maior parte de seu abastecimento de água é desviada para Israel.<ref>Lipchin, 2007, p.109.</ref> O Aquífero de Gaza ao longo da costa é o principal [[aquífero]] da Faixa de Gaza e consiste principalmente de [[arenitos]] do [[Pleistoceno]]. Como a maior parte da Faixa de Gaza, Gaza é coberta por solo quaternário; minerais de [[argila]] no solo absorvem muitos produtos químicos orgânicos e inorgânicos que aliviaram parcialmente a extensão da contaminação das águas subterrâneas.<ref name="Chilton">Chilton, 1999, p.77.Trecho do relatório de Mohammad R. Al-Agha da Universidade Islâmica de Gaza.</ref>

Uma colina proeminente a sudeste de Gaza, conhecida como Tel Almuntar, tem uma altitude de 82 metros [[Metro acima do nível do mar|acima do nível do mar]]. Durante séculos, foi reivindicado como o lugar para onde [[Sansão]] trouxe os portões da cidade dos filisteus. A colina é coroada por um santuário muçulmano (''maqam'') dedicado a Ali Almuntar ("Ali da Torre de Vigia"). Existem antigas sepulturas muçulmanas ao redor das árvores da área<ref name="Briggs1">Briggs, 1918, p.258.</ref> e o lintel da entrada do ''maqam'' tem duas escrituras árabes medievais.<ref name="STF-J">{{Citar web |url=http://www.christusrex.org/www1/ofm/mad/discussion/123discuss.html |titulo=Gaza – (Gaza, al -'Azzah) |data=2000-12-19 |acessodata=2009-02-16 |publicado=Studium Biblicum Franciscanum&nbsp;– Jerusalem |arquivourl=https://archive.today/20120728115614/http://www.christusrex.org/www1/ofm/mad/discussion/123discuss.html |arquivodata=2012-07-28}}</ref>

=== Cidade Velha ===
[[imagem:Great_Mosque_of_Gaza_-_Alafrangi.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|A [[Grande Mesquita de Gaza]]]]
A Cidade Velha forma a parte principal do núcleo de Gaza. É aproximadamente dividido em dois quartos; o bairro Daraje ao norte (também conhecido como bairro muçulmano) e o bairro Zaitum ao sul (que continha os bairros judaico e cristão). A maioria das estruturas data das eras mameluca e otomana e algumas foram construídas sobre estruturas anteriores. A parte antiga da Cidade Velha tem cerca de 1,6 km².<ref name="Abu-Lughod">Dumper and Abu-Lughod, 2007, p.155.</ref>

Existem sete portões históricos para a Cidade Velha: Babe Ascalã (Portão de Ascalão), Babe Adarum (Portão de Deir Albala), Babe Albar (Portão do Mar), Babe Marnas (Portão de Marnas), Babe Baladia (Portão da Cidade), Babe Alcalil (Portão de Hebrom) e Babe Almuntar (Portão de Tel Almuntar).<ref>Pringle, 1993, p. [https://books.google.com/books?id=BgQ6AAAAIAAJ&pg=PA209 209]</ref> Alguns dos edifícios mais antigos usam o estilo ''[[ablaq]]'' de decoração, que apresenta camadas alternadas de alvenaria vermelha e branca, predominante na era mameluca. Daraje contém o [[Mercado de Ouro]] (Quissaria), bem como a [[Grande Mesquita de Gaza]] (a mesquita mais antiga de Gaza) <ref name="Sheehan">Sheehan, 2000, p. 429.</ref> e a [[Mesquita de Saíde Haxim]].<ref name="Sharon31">Sharon, 2009, p. [https://books.google.com/books?id=P2LtyFVNJmcC&pg=PA31 31]</ref> Em Zaytun fica a [[Igreja de São Porfrírio]], a [[Mesquita Katib al-Wilaya]] e [[Hamame Assamara]] ("a casa de banhos do Samaritano".)<ref name="TWP">{{Citar web |ultimo=El-Haddad |primeiro=Laila |url=http://www.thisweekinpalestine.com/details.php?id=1985&ed=134&edid=134 |titulo=Hammat al-Sammara/Hammam es-Samara/Sammara Public Baths |data=Dezembro de 2006 |acessodata=2009-02-16 |website=This Week in Palestine |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110907170107/http://www.thisweekinpalestine.com/details.php?id=1985&ed=134&edid=134 |arquivodata=2011-09-07}}</ref>

=== Distritos ===
[[imagem:غزة.jpg|miniaturadaimagem| Zona Oriental de Gaza]]
[[imagem:WMC_Gaza_City.jpg|miniaturadaimagem|Cidade de Gaza em 2009]]
Gaza é composta por treze distritos (''feno'') fora da Cidade Velha.<ref name="OCHA">{{Citar mapa|titulo=Gaza Strip: Communities and Neighborhoods Map|edição=2009|url=http://www.ochaopt.org/documents/ocha_opt_gaza_crisis_neighbourhoods_map_2009_01_26.pdf|arquivodata=2009-02-19|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090219092947/http://www.ochaopt.org/documents/ocha_opt_gaza_crisis_neighbourhoods_map_2009_01_26.pdf}}</ref> A primeira extensão de Gaza além do centro da cidade foi o distrito de [[Shuja'iyya]], construído em uma colina a leste e sudeste da Cidade Velha durante o período [[aiúbida]].<ref name="Sharon30">Sharon, 2009, p. [https://books.google.com/books?id=P2LtyFVNJmcC&pg=PA30 30]</ref> No nordeste está o distrito de [[Tuffah]],<ref name="Butt">Butt, 1995, p. 9.</ref> que é dividido em metades leste e oeste e estava originalmente localizado dentro das muralhas da Cidade Velha.<ref name="Sheehan">Sheehan, 2000, p. 429.</ref>

Durante as décadas de 1930 e 1940, um novo distrito residencial, [[Rimal]] (atualmente dividido nos distritos de Rimal do Norte e Rimal do Sul),<ref name="OCHA"/> foi construído nas dunas de areia a oeste do centro da cidade e o distrito de [[Zeitoun, Gaza|Zeitoun]] foi construído ao longo de Gaza fronteiras sul e sudoeste, enquanto os bairros Judeide ("o Novo") e Turukman de Shuja'iyya se expandiram em distritos separados no nordeste e sudeste, respectivamente.<ref name="Abu-Lughod">Dumper and Abu-Lughod, 2007, p.155.</ref><ref name="MET">{{Citar web |url=http://www.mideasttravelling.net/palestine/gaza/gaza_culture.htm |titulo=Travel in Gaza |acessodata=2009-02-16 |publicado=MidEastTravelling |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130823050026/http://www.mideasttravelling.net/palestine/gaza/gaza_culture.htm |arquivodata=23 de agosto de 2013}}</ref> [[Judeide]] (também conhecido como Shuja'iyyat al-Akrad) foi nomeado após as [[Curdos|unidades militares curdas]] que se estabeleceram lá durante a era mameluca, enquanto Turukman foi nomeado após as [[Oguzes|unidades militares turcomanas]] que se estabeleceram lá.<ref name="Sharon30">Sharon, 2009, p. [https://books.google.com/books?id=P2LtyFVNJmcC&pg=PA30 30]</ref>

As áreas entre Rimal e a Cidade Velha tornaram-se os distritos de [[Sabra, Gaza|Sabra]] e Daraj.<ref name="Butt">Butt, 1995, p. 9.</ref> No noroeste fica o distrito de [[Nasser, Gaza|Nasser]], construído no início dos anos 1950 e batizado em homenagem ao presidente egípcio [[Gamal Abdel Nasser]].<ref name="Husseini">Husseini and Barnea, 2002, p.136.</ref> O distrito de [[Sheikh Radwan]], desenvolvido na década de 1970, está a 3 km ao norte da Cidade Velha e tem o nome de Sheikh Radwan - cuja tumba está localizada dentro do distrito.<ref>Bitton-Ashkelony, 2004, p. 75.</ref> Gaza absorveu a aldeia de al-Qubbah perto da [[Linha Verde (Israel)|fronteira com Israel]], bem como o campo de refugiados palestinos de Axati ao longo da costa,<ref name="PR">{{Citar web |url=http://www.palestineremembered.com/GeoPoints/Gaza_526/SatelliteView.html |titulo=Satellite View of Gaza |acessodata=2009-01-19 |publicado=Palestine Remembered}}</ref> embora este último não esteja sob a jurisdição municipal da cidade. No final da década de 1990, a ANP construiu o bairro mais rico de [[Tel al-Hawa]] ao longo da borda sul de Rimal.<ref>{{Citar web |url=http://www.maannews.net/en/index.php?opr=ShowDetails&ID=35061 |titulo=Tel Al-Hawa: The invasion and then after |data=2009-01-17 |acessodata=2009-02-16 |publicado=Ma'an News Agency |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130822045032/http://www.maannews.net/en/index.php?opr=ShowDetails&ID=35061 |arquivodata=2013-08-22}}</ref> Ao longo da costa sul da cidade fica o bairro de [[Sheikh Ijlin]].<ref name="OCHA"/>
{{panorama|Gaza by Mujaddara - panoramio (1495).jpg|800px|Panorama da cidade de Gaza em abril de 2011}}

=== Clima ===
Gaza tem um [[Clima semiárido|clima semiárido quente]] ([[Classificação climática de Köppen-Geiger|Köppen]]: ''BSh''), com características mediterrâneas, com invernos amenos e chuvosos e verões quentes e secos.<ref name="GS">{{Citar web |url=http://www.globalsecurity.org/military/world/palestine/gaza.htm |titulo=Gaza |acessodata=2009-01-25 |publicado=Global Security}}</ref> A primavera chega por volta de março ou abril e o mês mais quente é agosto, com alta média de 31,7 ºC. O mês mais frio é janeiro, com temperaturas geralmente chegando a 18,3 ºC. A chuva é escassa e cai quase exclusivamente entre novembro e março, com uma precipitação anual de aproximadamente 395 mm.<ref name="MSN">{{Citar web |url=http://weather.msn.com/monthly_averages.aspx?&wealocations=wc%3a11884&q=Gaza%2c+Gaza+Strip&setunit=C |titulo=Monthly Averages for Gaza, Gaza Strip |acessodata=2009-01-15 |publicado=MSN Weather |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090210101355/http://weather.msn.com/monthly_averages.aspx |arquivodata=2009-02-10}}</ref>
{{Weather box
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|source 1 = Arab Meteorology Book<ref name=climate>{{citar web
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}}</ref>
|date=Agosto de 2010
}}

== Demografia ==

=== População ===
[[imagem:Natives_of_Gaza._Palestine.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Homens de Gaza, {{séc|XIX}}]]

De acordo com os registros fiscais otomanos em 1557, Gaza tinha 2 477 contribuintes do sexo masculino.<ref name="Cohen">Cohen and Lewis, 1978.</ref> As estatísticas de 1596 mostram que a população muçulmana de Gaza consistia em 456 famílias, 115 solteiros, 59 pessoas religiosas e 19 pessoas deficientes. Além da figura muçulmana, havia 141 ''jundiyan'' ou "soldados" no exército otomano. Dos cristãos, havia 294 famílias e sete solteiros, enquanto havia 73 famílias judias e oito famílias [[Samaritanos|samaritanas]]. No total, cerca de 6 mil pessoas viviam em Gaza, tornando-a a terceira maior cidade da Palestina otomana depois de [[Jerusalém]] e [[Safed|Safad]].<ref name="Hut">Hütteroth and Abdulfattah, 1977, p.52.</ref>

Em 1838, havia cerca de 4 mil contribuintes muçulmanos e 100 cristãos, o que implica uma população de cerca de 15 mil ou 16 mil - o que a torna maior do que Jerusalém na época. O número total de famílias cristãs era 57.<ref name="Robinson2">Robinson, 1841, vol 2, pp. [https://archive.org/stream/biblicalresearc00smitgoog#page/n399/mode/1up 377–378]</ref>
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!Ano
! População
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| 1922
| style="text-align:center;" | 17 480<ref name="Report and General Abstracts of the census of 1922">Barron, 1923, p. [https://archive.org/stream/PalestineCensus1922/Palestine%20Census%20%281922%29#page/n8/mode/1up 6]</ref>
|- style="background:#add8e6;"
| 1931
| style="text-align:center;" | 17 046<ref name="Census of Palestine 1931">{{Citar web |url=https://archive.org/details/CensusOfPalestine1931.PopulationOfVillagesTownsAndAdministrativeAreas |titulo=Census of Palestine 1931. Population of villages, towns and administrative areas |acessodata=2014-11-12 |website=1931 Census of Palestine |publicado=British Mandate survey in 1931}}</ref>
|- style="background:#add8e6;"
| 1945
| style="text-align:center;" | 34 250<ref name="Hadawi">Government of Palestine, Department of Statistics. ''Village Statistics, April, 1945.'' Quoted in Hadawi, 1970, p. [http://www.palestineremembered.com/download/VillageStatistics/Table%20I/Gaza/Page-045.jpg 45]</ref><ref name="1945p31">Department of Statistics, 1945, p. [http://cs.anu.edu.au/~bdm/yabber/census/VSpages/VS1945_p31.jpg 31]{{ligação inativa|data=julho de 2021|bot=InternetArchiveBot}}</ref>
|- style="background:#add8e6;"
| 1982
| style="text-align:center;" | 100 272<ref>Censo do Escritório Israelense de Estatísticas</ref>
|- style="background:#add8e6;"
| 1997
| style="text-align:center;" | 306 113<ref name="PCBSCensus">{{Citar web |url=http://www.pcbs.gov.ps/Portals/_pcbs/phc_97/gaz_t1.aspx |titulo=Gaza Governorate: Palestinian Population by Locality, Subspace and Age Groups in Years |acessodata=2009-01-19 |publicado=Escritório Palestino de Estatísticas |ano=1997 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120130075440/http://www.pcbs.gov.ps/Portals/_pcbs/phc_97/gaz_t1.aspx |arquivodata=2012-01-30}}</ref>
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| 2007
| style="text-align:center;" | 449 221
|- style="background:#add8e6;"
| 2012
| style="text-align:center;" | 590 481
|}

Antes da eclosão da [[Primeira Guerra Mundial]], a população de Gaza havia chegado a 42 mil; no entanto, as ferozes batalhas entre as Forças Aliadas e os [[otomanos]] e seus aliados [[Império Alemão|alemães]] em 1917 em Gaza resultaram em uma diminuição massiva da população.<ref name="IIPA">IIPA, 1966, p. 44.</ref> O censo seguinte, realizado em 1922 pelas autoridades do [[Mandato Britânico da Palestina|Mandato Britânico]], mostra uma queda acentuada da população, que era de 17 480 residentes, composta por 16 722 muçulmanos, 54 judeus e 701 cristãos.<ref name="Report and General Abstracts of the census of 1922">Barron, 1923, p. [https://archive.org/stream/PalestineCensus1922/Palestine%20Census%20%281922%29#page/n8/mode/1up 6]</ref>

De acordo com um censo de 1997 do Departamento Central de Estatísticas Palestino (DCEP), Gaza e o campo de refugiados adjacente de Axati tinham uma população de 353 115 pessoas, dos quais 50,9% eram homens e 49,1% mulheres. Gaza tinha uma população esmagadoramente jovem, com mais da metade entre os primeiros 19 anos (60,8%). Cerca de 28,8% tinham entre 20 e 44 anos, 7,7% entre 45 e 64 anos e 3,9% tinham mais de 64 anos.<ref name="PCBSCensus"/>

Um influxo maciço de [[refugiados palestinos]] aumentou a população de Gaza após a [[Guerra árabe-israelense de 1948|Guerra Árabe-Israelense de 1948]]. Em 1967, a população havia crescido cerca de seis vezes o tamanho de 1948.<ref name="Abu-Lughod">Dumper and Abu-Lughod, 2007, p.155.</ref> Em 1997, 51,8% dos habitantes de Gaza eram refugiados ou descendentes deles. A população da cidade continuou a aumentar desde então para 590 481 em 2017, tornando-a a maior cidade dos [[Territórios palestinianos|territórios palestinos]].<ref>{{Citar web |url=http://www.pcbs.gov.ps/site/617/default.aspx |titulo=FAQ |acessodata=2013-10-20 |publicado=Escritório Israelense de Estatísticas |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131020215833/http://www.pcbs.gov.ps/site/617/default.aspx |arquivodata=2013-10-20}}</ref> A Cidade de Gaza tem uma das maiores taxas de crescimento geral do mundo. Sua [[densidade populacional]] é 9 982,69/km<sup>2</sup> comparável à cidade de [[Nova Iorque]] (10 725,4/km<sup>2</sup>) e metade da densidade de [[Paris]] (21 000/km<sup>2</sup>). Em 2007, a [[pobreza]], o [[desemprego]] e as más [[condições de vida]] eram problemas generalizados e muitos residentes recebiam [[Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente|ajuda das Nações Unidas]] para se alimentar.<ref>{{Citar jornal |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/7266326.stm |titulo=Five militants die in Gaza strike |data=2008-02-27 |acessodata=2009-01-19 |website=[[BBC News]]}}</ref>

=== Religião ===
[[Imagem:أحد مساجد غزة ( الخالدي ).jpg|thumb|esquerda|Mesquita Khalidi em Gaza]]
A população de Gaza é predominantemente composta de muçulmanos, que em sua maioria seguem o [[Sunismo|islamismo sunita]].<ref name="Abu-Lughod">Dumper and Abu-Lughod, 2007, p.155.</ref> Durante o período [[fatímida]], o [[Xiismo|islamismo xiita]] era dominante em Gaza, mas depois que [[Saladino]] conquistou a cidade em 1187, ele promoveu uma política religiosa e educacional estritamente sunita, que na época foi fundamental para unir seus soldados [[Turcos (nacionalidade)|árabes e turcos]].<ref name="Filfil">{{Citar web |ultimo=Filfil |primeiro=Rania |ultimo2=Louton |primeiro2=Barbara |url=http://www.thisweekinpalestine.com/details.php?id=2564&ed=157&edid=157 |titulo=The Other Face of Gaza: The Gaza Continuum |data=Setembro de 2008 |acessodata=2009-01-30 |website=This Week in Palestine |publicado=This Week in Palestine |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090207121431/http://www.thisweekinpalestine.com/details.php?id=2564&ed=157&edid=157 |arquivodata=2009-02-07}}</ref>

Gaza é o lar de uma pequena minoria [[cristã]] palestina de cerca de 3,5 mil pessoas.<ref>{{Citar jornal |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/7246454.stm |titulo=Militants bomb Gaza YMCA library |data=2008-02-15 |acessodata=2009-01-19 |website=[[BBC News]]}}</ref> A maioria vive no bairro Zaytun da Cidade Velha e pertence às denominações [[Igreja Ortodoxa de Jerusalém|ortodoxa grega]], [[Igreja Católica|católica romana]] e [[Igreja Batista|batista]].<ref>{{Citar web |ultimo=Omer |primeiro=Mohammed |url=http://imeu.net/news/article007836.shtml |titulo=Gaza's Christian community&nbsp;– serenity, solidarity and soulfulness |data=2008-02-09 |acessodata=2009-01-19 |publicado=Institute for Middle East Understanding |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090122185050/http://imeu.net/news/article007836.shtml |arquivodata=2009-01-22}}</ref> Em 1906, havia cerca de 750 cristãos, dos quais 700 eram ortodoxos e 50 católicos romanos.<ref name="Meyer">Meyer, 1907, p.[https://archive.org/stream/historyofcityofg00meyeuoft#page/108/mode/1up 108]</ref>

A comunidade judaica de Gaza tinha cerca de 3 mil anos<ref name="Abu-Lughod">Dumper and Abu-Lughod, 2007, p.155.</ref> e em 1481 havia 60 famílias judias.<ref>[http://www.jewishencyclopedia.com/view.jsp?artid=91&letter=G&search=gaza Gaza], ''[[Jewish Encyclopedia]]''</ref> A maioria deles fugiu de Gaza após os [[tumultos palestinos de 1929]], quando eles consistiam em cinquenta famílias. Na pesquisa populacional de [[Sami Hadawi]], Gaza tinha uma população de 34 250, incluindo 80 judeus em 1945.<ref name="Hadawi">Government of Palestine, Department of Statistics. ''Village Statistics, April, 1945.'' Quoted in Hadawi, 1970, p. [http://www.palestineremembered.com/download/VillageStatistics/Table%20I/Gaza/Page-045.jpg 45]</ref> A maioria deles deixou a cidade após a Guerra de 1948, devido à desconfiança mútua entre eles e a maioria árabe.<ref name="JVL">{{Citar enciclopédia |url=https://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Peace/gaza_settlements |titulo=A Brief History of the Gaza Settlements |acessodata=2009-02-16 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071016201938/https://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Peace/gaza_settlements |arquivodata=16 de outubro de 2007 |enciclopédia=Jewish Virtual Library}}</ref> Hoje, não há judeus morando em Gaza.<ref>{{Citar web |url=http://www.mfa.gov.il/MFA/ForeignPolicy/Peace/MFADocuments/Pages/Disengagement%20Plan%20-%20General%20Outline.aspx |titulo=The Disengagement Plan-General Outline<!-- Bot generated title --> |acessodata=28 de abril de 2017}}</ref>

== Governo ==
[[Imagem:PalestinianLegislativeCouncilGazaCity.jpg|thumb|Prédio do [[Conselho Legislativo da Palestina]], que foi destruído por [[Israel]] durante a [[Operação Chumbo Fundido]] em 2008]]
Hoje, Gaza é a capital administrativa do Governatorato de Gaza.<ref>[http://www.gaza.gov.ps/englishVersion/default.asp Gaza Governorate Home Page] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20050309160721/http://www.gaza.gov.ps/englishVersion/default.asp|data=2005-03-09}} Governorate of Gaza Official Website.</ref> Ela contém o edifício do [[Conselho Legislativo Palestino]], bem como a sede da maioria dos ministérios da [[Autoridade Palestina]]. O primeiro conselho municipal de Gaza foi formado em 1893 sob a presidência de Ali Khalil Shawa. A prefeitura moderna, no entanto, começou em 1906 com seu filho [[Disse al-Shawa|Said al-Shawa]], que foi nomeado prefeito pelas autoridades [[Império Otomano|otomanas]].<ref name="Mayors">[https://translate.google.com/translate?hl=en&sl=ar&u=http://www.mogaza.org/&sa=X&oi=translate&resnum=1&ct=result&prev=/search%3Fq%3DGaza%2BMunicipality%26hl%3Den%26client%3Dfirefox-a%26rls%3Dorg.mozilla:en-US:official%26hs%3DE5j%26pwst%3D1 Former Presidents of the Municipality of Gaza]. Municipality of Gaza.</ref> Al-Shawa supervisionou a construção do primeiro hospital de Gaza, várias novas mesquitas e escolas, a restauração da Grande Mesquita e a introdução do arado moderno na cidade.<ref>[http://74.125.45.113/translate_c?hl=en&sl=ar&u=http://www.mogaza.org/ex-mayors-1.htm&prev=/search%3Fq%3DGaza%2BMunicipality%26hl%3Den%26client%3Dfirefox-a%26rls%3Dorg.mozilla:en-US:official%26hs%3DE5j%26pwst%3D1&usg=ALkJrhh8sFQSMFpVW1ggNf5j7ikrGkFWzQ Said al-Shawa, 1906]{{ligação inativa|data=julho de 2021|bot=InternetArchiveBot}} Gaza Municipality.</ref> Em 1922, o secretário colonial britânico [[Winston Churchill]] solicitou que Gaza desenvolvesse sua própria [[constituição]] durante o [[Mandato Britânico da Palestina]]. No entanto, isso foi rejeitado pelos palestinos.<ref>{{Citar livro|título=A History of the Israeli-Palestinian Conflict|ultimo=Tessler M|ano=1994|capitulo=Ch. 3: The Conflict Takes Shape|isbn=0253208734}}</ref>

Em 24 de julho de 1994, a ANP proclamou Gaza como a primeira câmara municipal dos [[Territórios palestinianos|territórios palestinos]]. As eleições municipais palestinas de 2005 não foram realizadas em Gaza, nem em [[Khan Yunis]] ou Rafa. Em vez disso, os dirigentes do partido [[Fatah]] selecionaram as cidades menores, vilas e aldeias para realizar eleições, presumindo que se sairiam melhor em áreas menos urbanas. No entanto, o partido rival, o [[Hamas]], conquistou a maioria das cadeiras em sete dos dez municípios selecionados para o primeiro turno, com a participação eleitoral em torno de 80%.<ref>Anderson, John. [https://www.washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A44058-2005Jan28.html Hamas Dominates Local Vote in Gaza] [[Washington Post]]. 2005-01-29.</ref> Em 2007, [[Batalha de Gaza (2007)|confrontos violentos]] entre os dois partidos que deixaram mais de 100 mortos, resultando na tomada da cidade pelo Hamas.<ref>[http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/6748621.stm How Hamas took over the Gaza Strip] ''[[BBC News]]''.</ref> Normalmente, os municípios palestinos com população superior a 20 mil pessoas e que servem como centros administrativos têm conselhos municipais compostos por quinze membros, incluindo o prefeito. O atual conselho municipal de Gaza, no entanto, é composto por quatorze membros, incluindo o prefeito, Nizar Hijazi.<ref>[http://www.maannews.net/eng/ViewDetails.aspx?ID=688460 New Gaza City mayor to start job Sunday] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20140408220243/http://www.maannews.net/eng/ViewDetails.aspx?ID=688460|data=2014-04-08}}. ''Maan News Agency''. 2014-04-09.</ref>

=== Cidades-irmãs ===
Gaza é uma [[cidade-irmã]] de:
{| class="wikitable"
|- valign="top"
|
*{{flagicon|ISR}} '''[[Tel Aviv]]''' (1998)<ref>{{citar web|url=http://www.haaretz.com/news/tel-aviv-decides-to-retain-contract-with-gaza-city-as-twin-city-1.238958|título=Tel Aviv Decides to Retain Contract With Gaza City as Twin City'|data=10 de fevereiro de 2008|acessodata=28 de abril de 2017|via=Haaretz}}</ref>
*{{flagicon|FRA}} '''[[Dunquerque]]''' (1996)<ref name="dq-fr">{{citar web|url=http://www.ville-dunkerque.fr/fr/entreprendrea-dunkerque/l-economie/dunkerque-internationale/index.html |título=La Communauté Urbaine de Dunkerque a signé des accords de coopération avec |publicado=Hôtel de ville de Dunkerque&nbsp;– Place Charles Valentin – 59140 Dunkerque |acessodata=2008-01-28|arquivourl= https://web.archive.org/web/20071109212344/http://www.ville-dunkerque.fr/fr/entreprendrea-dunkerque/l-economie/dunkerque-internationale/index.html |arquivodata= 9 de novembro de 2007}}</ref>
*{{flagicon|ITA}} '''[[Turim]]''' (1997)<ref name="Turin twinnings">{{citar web|url=http://www.comune.torino.it/relint/inglese/gemellaggieaccordi/index.shtml|título=International Affairs – Twinnings and Agreements|acessodata=2013-08-06|último =Pessotto|primeiro =Lorenzo|obra=International Affairs Service in cooperation with Servizio Telematico Pubblico|publicado=City of Torino|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130618182559/http://www.comune.torino.it/relint/inglese/gemellaggieaccordi/index.shtml|arquivodata=2013-06-18}}</ref>
*{{flagicon|IRN}} '''[[Tabriz]]'''<ref>{{citar web|url=http://www5.irna.ir|título=خبرگزاری جمهوری اسلامی|publicado=.irna.ir|acessodata=2013-03-26|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130326014735/http://www3.irna.ir/|arquivodata=2013-03-26}}</ref>
{{col-2}}
*{{flagicon|NOR}} '''[[Tromsø]]''' (2001)<ref name="tc-sc">{{citar web| url=http://www.tromso.kommune.no/index.gan?id=478&subid=0 |título=Vennskapsbyer |publicado=Tromsø kommune, Postmottak, Rådhuset, 9299 Tromsø |acessodata=2008-01-28 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071027130749/http://www.tromso.kommune.no/index.gan?id=478&subid=0 |arquivodata=2007-10-27 }}</ref>
*{{flagicon|POR}} '''[[Cascais]]''', Portugal<ref name="cc-sc">{{citar web| url=http://www.cm-cascais.pt/Cascais/Cascais/Relacoes_internacionais/Cidades_Geminadas/ |título=Cidades Geminadas |publicado=Câmara Municipal de Cascais |acessodata=2008-01-28 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071111073847/http://www.cm-cascais.pt/Cascais/Cascais/Relacoes_internacionais/Cidades_Geminadas/ <!--Added by H3llBot--> |arquivodata=2007-11-11}}</ref>
*{{flagicon|ESP}} '''[[Barcelona]]''' (1998)<ref name="Barcelona">{{citar web|url=http://w3.bcn.es/XMLServeis/XMLHomeLinkPl/0,4022,229724149_257215678_1,00.html |título=Barcelona internacional&nbsp;– Ciutats agermanades |publicado=Ajuntament de Barcelona |língua=es |acessodata=2009-07-13 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090216085914/http://w3.bcn.es/XMLServeis/XMLHomeLinkPl/0%2C4022%2C229724149_257215678_1%2C00.html |arquivodata=16 de fevereiro de 2009 }}</ref>
*{{flagicon|ESP}} '''[[Cáceres (Espanha)|Cáceres]]''' (2010)<ref name="Cáceres">{{citar web|url=http://www.elperiodicoextremadura.com/noticias/noticia.asp?pkid=529644|título=Cáceres prepara su hermanamiento con la palestina Gaza|publicado=© 2010 El Periódico de Extremadura|língua=es|acessodata=2010-09-01|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100912024546/http://www.elperiodicoextremadura.com/noticias/noticia.asp?pkid=529644|arquivodata=2010-09-12}}</ref>
|}

== Economia ==
[[imagem:Flickr - Israel Defense Forces - Gaza Buildings (1).jpg|thumb|esquerda|Centro de Gaza em 2012]]
[[imagem:GazaPort.JPG|thumb|esquerda|Panorama do porto de Gaza]]
[[imagem:منتجع_الشاليهات.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Um [[resort]] de praia na cidade de Gaza]]
Os principais produtos agrícolas são [[morangos]], [[frutas cítricas]], [[Tamareira|tâmaras]], [[azeitonas]], flores e vários vegetais. A poluição e a alta demanda por água reduziram a capacidade produtiva das fazendas na Faixa de Gaza.<ref name="Abu-Lughod">Dumper and Abu-Lughod, 2007, p.155.</ref> As indústrias de pequena escala incluem a produção de plásticos, materiais de construção, têxteis, móveis, cerâmica, azulejos, artigos de cobre e tapetes. Desde os acordos de Oslo, milhares de residentes foram empregados em ministérios do governo e serviços de segurança, na [[Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente|UNRWA]] e em outras organizações internacionais. Indústrias menores incluem [[têxteis]] e [[processamento de alimentos]]. Uma variedade de mercadorias é vendida nos bazares de rua de Gaza, incluindo tapetes, cerâmica, móveis de vime e roupas de algodão. O luxuoso [[Gaza Mall]] foi inaugurado em julho de 2010.<ref name="Mcintyre">[https://www.independent.co.uk/news/world/middle-east/as-the-israeli-blockade-eases-gaza-goes-shopping-2035432.html "As the Israeli blockade eases, Gaza goes shopping"], Donald Macintyre, 26 July 2010, ''The Independent''</ref><ref name="Waked">[http://www.ynet.co.il/english/articles/0,7340,L-3922441,00.html "1st Gaza mall attracts thousands; Despite siege, new shopping center in Strip opened its doors last Saturday to enthusiastic crowds, offering international brands, much-needed air-conditioning. Mall's manager promises affordable prices tailored for local residents"], Ali Waked, 07.20.10, [[Ynet]].</ref>

Um relatório de grupos de direitos humanos e desenvolvimento publicado em 2008 afirmou que Gaza sofreu um padrão de longo prazo de [[estagnação econômica]] e indicadores de desenvolvimento terríveis, a gravidade que foi aumentada exponencialmente pelos bloqueios israelense e egípcio. O relatório citou uma série de indicadores econômicos para ilustrar o ponto: em 2008, 95% das operações industriais de Gaza foram suspensas devido à falta de acesso a [[insumos]] para produção e problemas de [[exportação]]. Em 2009, o [[desemprego]] em Gaza estava perto de 40%. O [[setor privado]], que gera 53% de todos os empregos em Gaza, foi devastado e as empresas faliram. Em junho de 2005, 3,9 mil fábricas em Gaza empregavam 35 mil pessoas, em dezembro de 2007, apenas 1,7 mil pessoas ainda estavam empregadas. A indústria da construção estava paralisada com dezenas de milhares de trabalhadores desempregados. O setor agrícola foi duramente atingido, afetando quase 40 mil trabalhadores dependentes de safras comerciais.<ref name="Oxfam"/>

Os preços dos alimentos em Gaza subiram durante o bloqueio, com a farinha de trigo subindo 34%, o arroz 21% e o talco para bebês 30% mais caro. Em 2007, as famílias gastaram em média 62% de sua renda total com alimentos, em comparação com 37% em 2004. Em menos de uma década, o número de famílias dependentes da ajuda alimentar da [[UNRWA]] aumentou dez vezes.<ref name="Oxfam"/> Em 2008, 80% da população dependia de [[ajuda humanitária]] em 2008, em comparação com 63% em 2006. De acordo com um relatório da [[Oxfam|OXFAM]] em 2009, Gaza sofria de uma grave escassez de moradias, instalações educacionais, instalações de saúde e infraestrutura, além de um sistema de esgoto inadequado que contribuía para problemas de higiene e [[saúde pública]].<ref name="Oxfam" />

Após um abrandamento significativo da política de fechamento em 2010, a economia de Gaza começou a ver uma recuperação substancial dos níveis anêmicos durante o auge do bloqueio.<ref name="NYToverview">{{Citar jornal |url=http://topics.nytimes.com/top/news/international/countriesandterritories/gaza_strip/index.html |titulo=Gaza Strip |data=28 de agosto de 2012 |acessodata=2012-10-18 |website=[[New York Times]]}}</ref> A economia de Gaza cresceu 8% nos primeiros 11 meses de 2010.<ref name="businessweek.com">{{Citar web |url=http://www.businessweek.com/news/2010-12-08/palestinians-lure-banks-with-first-sukuk-bills-islamic-finance.html |titulo=Archived copy |acessodata=2010-12-08 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20101212090617/http://www.businessweek.com/news/2010-12-08/palestinians-lure-banks-with-first-sukuk-bills-islamic-finance.html |arquivodata=2010-12-12}}</ref> A atividade econômica é amplamente apoiada por doações de ajuda externa. Existem vários hotéis em Gaza, incluindo o Palestine, Grand Palace, Adam, al-Amal, al-Quds, Cliff, al-Deira e Marna House. Todos, exceto o Palestine Hotel, estão localizados ao longo do distrito costeiro de Rimal. A [[Organização das Nações Unidas]] (ONU) tem um clube de praia na mesma rua. Gaza não é um destino frequente para turistas e a maioria dos estrangeiros que se hospedam em hotéis são jornalistas, trabalhadores humanitários, pessoal da ONU e da [[Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho|Cruz Vermelha]]. Os hotéis de luxo incluem o al-Quds e o al-Deira Hotel.<ref>Jacobs, 1994, p.454</ref> Em 2012, o desemprego caiu para 25%.<ref name="uk.reuters.com">{{Citar web |ultimo=Editorial |primeiro=Reuters |url=http://uk.reuters.com/article/2012/10/18/palestinians-gaza-deaf-idUKL5E8LGAAO20121018 |titulo=Gaza deaf restaurant a chance to change perceptions |acessodata=28 de abril de 2017}}</ref>

== Infraestrutura ==

=== Educação ===
[[imagem:Girls_lining_up_for_class_-_Flickr_-_Al_Jazeera_English.jpg|miniaturadaimagem|Meninas em Gaza fazendo fila para as aulas, 2009]]
[[imagem:Islamic_Uni_Gaza.jpg|miniaturadaimagem|A principal sala de conferências da [[Universidade Islâmica de Gaza]]]]
De acordo com a ANP, em 1997, aproximadamente mais de 90% da população de Gaza com mais de 10 anos era alfabetizada. Da população da cidade, 140 848 estavam matriculados em escolas (39,8% no ensino fundamental, 33,8% no ensino médio e 26,4% no ensino médio). Cerca de 11 134 pessoas receberam diplomas de bacharelado ou diplomas superiores.<ref>[http://www.pcbs.gov.ps/Portals/_pcbs/phc_97/gaz_t3.aspx Palestinian Population (10 Years and Over) by Locality, Sex and Educational Attainment] {{webarchive|url=https://web.archive.org/web/20081119062953/http://www.pcbs.gov.ps/Portals/_pcbs/phc_97/gaz_t3.aspx |data=2008-11-19 }} Escritório Israelense de Estatísticas.</ref>

Em 2006, havia 210 escolas em Gaza; 151 eram administradas pelo Ministério da Educação da Autoridade Nacional Palestina, 46 eram administrados pela [[Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente|UNRWA]] e 13 eram escolas particulares. Um total de 154 251 alunos estavam matriculados e 5 877 professores estavam empregados.<ref>{{Citar web |url=http://www.mohe.gov.ps/downloads/pdffiles/statisticE.pdf |titulo=Statistics About General Education in Palestine |acessodata=2008-04-24 |publicado=Ministério da Educação da Autoridade Nacional Palestina |arquivourl=https://web.archive.org/web/20080529042912/http://www.mohe.gov.ps/downloads/pdffiles/statisticE.pdf |arquivodata=29 de maio de 2008}}</ref> A economia atualmente oprimida afetou severamente a educação na Faixa de Gaza. Em setembro de 2007, uma pesquisa da UNRWA na Faixa de Gaza revelou que havia uma taxa de reprovação de quase 80% nas escolas de 4ª a 9ª série, com taxas de reprovação de até 90% em matemática. Em janeiro de 2008, o [[Fundo das Nações Unidas para a Infância]] informou que as escolas em Gaza vinham cancelando aulas com alto consumo de energia, como [[tecnologia da informação]], laboratórios de ciências e atividades extracurriculares.<ref name="Oxfam"/>

Gaza tem muitas [[universidades]]. As quatro principais universidades da cidade são a [[Universidade Al-Azhar - Gaza|Universidade al-Azhar - Gaza]], a [[Al-Quds Open University|Universidade Aberta al-Quds]], a [[Universidade Al-Aqsa|Universidade al-Aqsa]] e a [[Universidade Islâmica de Gaza]]. A Universidade Islâmica, composta por dez instalações, foi fundada por um grupo de empresários em 1978, tornando-se a primeira universidade em Gaza. Teve uma matrícula de 20 639 alunos. A al-Azhar é geralmente [[Secularismo|secular]] e foi fundada em 1992. A Universidade al-Aqsa foi fundada em 1991. A Universidade Aberta al-Quds estabeleceu seu campus na Região Educacional de Gaza em 1992 em um prédio alugado no centro da cidade, originalmente com 730 alunos. Devido ao rápido aumento do número de alunos, construiu o primeiro prédio de propriedade da universidade no distrito de Nasser. Em 2006–07, 3 778 alunos estavam matriculados na instituição de ensino.<ref>[http://www.qou.edu/homePage/english/index.jsp?pageId=176 Gaza Educational Region] {{webarchive|url=https://web.archive.org/web/20090703235239/http://www.qou.edu/homePage/english/index.jsp?pageId=176|data=2009-07-03}} [[Al-Quds Open University]].</ref>

A Biblioteca Pública de Gaza está localizada perto da Rua Wehda e possui uma coleção de quase 10 mil livros em árabe, inglês e francês. Uma área total de cerca de 1 410 metros quadrados, o edifício é constituído por dois pisos e um porão. A biblioteca foi inaugurada em 1999 após a cooperação desde 1996 com Gaza, sob o prefeito Aoun Shawa, o município de [[Dunquerque|Dunkerque]] e o [[Banco Mundial]]. Os principais objetivos da biblioteca são fornecer fontes de informação que atendam às necessidades dos beneficiários, fornecer instalações necessárias para acesso às fontes de informação disponíveis e organizar vários programas culturais, como eventos culturais, seminários, palestras, apresentações de filmes, vídeos, arte e livro exposições.<ref>{{Citar web |url=http://74.125.45.101/translate_c?hl=en&sl=ar&u=http://www.mogaza.org/centers-library.htm&prev=/search%3Fq%3DGaza%2BMunicipality%26hl%3Den%26client%3Dfirefox-a%26rls%3Dorg.mozilla:en-US:official%26hs%3DE5j%26pwst%3D1&usg=ALkJrhjTkA9I7j9liOYc90GIppOKptX9cg |titulo=The municipal public library |publicado=Gaza Municipality|datali=julho de 2021}}</ref>

=== Marcos arquitetônicos ===
[[imagem:Gaza_War_Cemetery_3.jpg|esquerda|miniaturadaimagem| Cemitério da [[Primeira Guerra Mundial]] em Gaza]]
Os marcos em Gaza incluem a [[Grande Mesquita de Gaza|Grande Mesquita]] na Cidade Velha. Originalmente um templo pagão, foi consagrada uma [[Igreja Ortodoxa Grega|igreja ortodoxa grega]] pelos [[bizantinos]],<ref>Jacobs, 1998, p.451</ref> depois como uma [[mesquita]] no {{séc|VIII}} pelos [[árabes]]. Os [[cruzados]] a transformaram em [[igreja]], mas ela foi restabelecida como mesquita novamente logo após a reconquista de Gaza pelos muçulmanos.<ref name="Sheehan">Sheehan, 2000, p. 429.</ref> É a maior e mais antiga da Faixa de Gaza.<ref>Porter and Murray, 1868, p.250.</ref>

Outras mesquitas na Cidade Velha incluem a mesquita de Saíde Haxém da era mameluca, que se acredita abrigar o túmulo de Haxém ibne Abde Manafe em sua cúpula.<ref>[http://www.webgaza.net/gaza_strip/tour/Sayyed_Hashem_Mosque.htm Sayyed Hashem Mosque] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20081224122300/http://www.webgaza.net/gaza_strip/tour/Sayyed_Hashem_Mosque.htm|data=2008-12-24}} Web Gaza.</ref> Há também a mesquita Kateb al-Welaya, que data de 1334, nas proximidades. Em Xujaia está a Mesquita de ibne Otomão, que foi construída pelo nativo de Nablus Amade ibne otomão em 1402 e a Mesquita Mahkamah, construída pelo [[Mordomo|majordomo]] mameluco Birdibaque Axerafi em 1455. Em Tuffah está a Mesquita de ibne Maruane,<ref name="Sharon31">Sharon, 2009, p. [https://books.google.com/books?id=P2LtyFVNJmcC&pg=PA31 31]</ref> que foi construída em 1324 e abriga o túmulo de Ali ibne Maruane, um homem santo.<ref name="MET">{{Citar web |url=http://www.mideasttravelling.net/palestine/gaza/gaza_culture.htm |titulo=Travel in Gaza |acessodata=2009-02-16 |publicado=MidEastTravelling |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130823050026/http://www.mideasttravelling.net/palestine/gaza/gaza_culture.htm |arquivodata=23 de agosto de 2013}}</ref>

A Praça do Soldado Desconhecido, localizada em Rimal, é um monumento dedicado a um lutador palestino desconhecido que morreu na [[Guerra árabe-israelense de 1948|Guerra de 1948]]. Em 1967, o monumento foi demolido pelas forças israelenses e permaneceu como um pedaço de areia,<ref>Jacobs, 1998, p.455.</ref> até que um jardim público foi construído lá com financiamento da [[Noruega]]. [[Qasr al-Basha]], originalmente uma vila da era mameluca que foi usada por [[Napoleão]] durante sua breve estada em Gaza, está localizada na Cidade Velha e hoje é uma escola para meninas. O Cemitério de Guerra de Gaza da Comunidade Britânica, frequentemente referido como Cemitério de Guerra Britânico, que contém os túmulos de soldados aliados mortos na [[Primeira Guerra Mundial]] está a 1,5 km a nordeste do centro da cidade, no distrito de Tuffah, perto da Rodovia Saladino.<ref name="Sheehan">Sheehan, 2000, p. 429.</ref><ref>[http://www.cwgc.org/find-a-cemetery/cemetery/71701 Gaza War Cemetery] at the Commonwealth War Graves Commission</ref>

=== Abastecimento de água, saneamento e rede elétrica ===
[[Imagem:Crazy water in Gaza.jpg|thumb|upright|Crazy Water Park, fechado pelo [[Hamas]] em 2010]]
De acordo com o censo de 1997 do Escritório Central de Estatísticas da Palestina, 98,1% dos residentes de Gaza estavam conectados ao abastecimento público de água, enquanto o restante usava sistema privado. Cerca de 87,6% tinham rede pública de esgoto e 11,8% [[fossa séptica]]. O [[Bloqueio à Faixa de Gaza|bloqueio em Gaza]] restringiu severamente o abastecimento de água da cidade. Os seis principais poços de água potável não funcionaram e cerca de 50% da população não tinha água regularmente. O município afirmou que foi forçado a bombear água por "poços de sal" por causa da indisponibilidade de eletricidade. Cerca de 20 milhões de litros de esgoto bruto e 40 milhões de litros de água parcialmente tratada por dia fluíam para o Mar Mediterrâneo e o esgoto não tratado atraia insetos e ratos.<ref>[https://translate.google.com/translate?hl=en&sl=ar&u=http://www.mogaza.org/&sa=X&oi=translate&resnum=1&ct=result&prev=/search%3Fq%3DGaza%2BMunicipality%26hl%3Den%26client%3Dfirefox-a%26rls%3Dorg.mozilla:en-US:official%26hs%3DE5j%26pwst%3D1 The outcome of the unjust embargo on the work of the municipal] Gaza Municipality.</ref> Como um país "pobre em água", Gaza é altamente dependente da água de Uádi Gaza. O [[aquífero]] de Gaza é usado como o principal recurso de Gaza para a obtenção de água de qualidade. No entanto, a maior parte da água de Uádi Gaza é transportada para Jerusalém.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=7rgHmpppZ-wC&pg=PA109|título=Integrated Water Resources Management and Security in the Middle East|ultimo=Lipchin|primeiro=Clive|ultimo2=Pallant|primeiro2=Eric|ultimo3=Saranga|primeiro3=Danielle|ultimo4=Amster|primeiro4=Allyson|editora=Springer Science & Business Media|ano=2007|isbn=978-1-4020-5986-5}}</ref>

Em 2002, Gaza começou a operar sua própria usina de energia, construída pela [[Enron]].<ref>{{Citar web |ultimo=Published: March 09, 2002 |url=https://www.nytimes.com/2002/03/09/business/enron-sought-to-raise-cash-two-years-ago.html?pagewanted=2&src=pm |titulo=Enron Sought To Raise Cash Two Years Ago – Page 2 – New York Times |data=2002-03-09 |acessodata=2013-03-26 |website=Nytimes.com}}</ref> No entanto, a usina foi bombardeada e destruída pelas [[Forças de Defesa de Israel]] em 2006. Antes da destruição da usina, Israel fornecia eletricidade adicional a Gaza por meio da [[Israel Electric Corporation]]. A planta foi reconstruída em dezembro de 2007.<ref>{{Citar web |url=http://www.gisha.org/map-item.asp?lang_id=en&p_id=886 |titulo=Gaza Power Plant |data=2010-02-03 |acessodata=2013-03-26 |publicado=Gisha.org |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130511000924/http://www.gisha.org/map-item.asp?lang_id=en&p_id=886 |arquivodata=2013-05-11}}</ref> Em [[Jerusalém]], a eletricidade continuou a ser vendida para Gaza, de acordo com fontes de notícias<ref>{{Citar web |url=https://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5hrxNb6LCkzfJ1ZmMR9zdWnRRCQRg?docId=CNG.a82fa1d6f82deea024bea54c40646347.2b1 |titulo=AFP: Cut Gaza power supply to boost Israel grid: minister |data=2012-05-13 |acessodata=2013-03-26}}</ref> Atualmente, o [[Egito]] está em negociações para combinar a rede de energia de Gaza com a sua própria.<ref>{{Citar web |url=http://www.jpost.com/MiddleEast/Article.aspx?id=259156 |titulo='Egypt, Hamas agree to link electricity grids' &#124; JPost &#124; Israel News |data=2012-02-23 |acessodata=2013-03-26 |publicado=JPost}}</ref>

=== Gestão de resíduos sólidos ===
[[Imagem:Gaza beach.jpg|thumb|esquerda|Entulhos gerados a partir de destruição causadas por bombardeios israelenses]]
A gestão de resíduos sólidos é um dos principais problemas que os habitantes de Gaza enfrentam hoje. Esses desafios são atribuídos a vários fatores, como a falta de investimento em sistemas ambientais, falta de atenção a projetos ambientais e a ausência de aplicação da lei e tendência para a gestão de crises. Um dos principais aspectos desse problema são as enormes quantidades de entulho e entulho gerados como resultado dos bombardeios israelenses.<ref>{{Citar periódico |titulo=Gaza's Challenge |data=2013 |ultimo=Salemdeeb |primeiro=Ramy |periódico=CIWM}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://zerowastemena.blogspot.co.uk/2013/04/gazas-challenge.html |titulo=Gaza's Challenge |data=2013-04-25 |acessodata=2015-04-18 |publicado=CIWM journal}}</ref>

Por exemplo, a escala de danos resultantes da [[Operação Margem Protetora|Operção Margem Protetora]] não teve precedentes. Todas as províncias da Faixa de Gaza testemunharam extensos bombardeios aéreos, bombardeios navais e fogo de artilharia, resultando em uma quantidade considerável de entulho. De acordo com estatísticas recentes, mais de 2 milhões de toneladas de entulho foram gerados. Aproximadamente 10 mil casas foram niveladas ao solo, incluindo dois edifícios residenciais de 13 andares. Uma enorme quantidade de destroços permanece espalhada em Gaza. Esforços sérios e um alto orçamento são necessários para lidar com este desafio. Mais importante, e com base em um estudo do [[PNUMA]] após a guerra de 2008, os destroços têm grande probabilidade de estar contaminados com [[Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos|HAPs]] e provavelmente com [[bifenilas policloradas]] (PCBs), [[dioxinas]] e compostos de [[furano]].<ref>{{Citar web |url=https://www.linkedin.com/pulse/gaza-toil-rubble-rami-salem?trk=prof-post |titulo=Gaza: Toil & Rubble |data=2014-12-16 |acessodata=2015-04-18 |publicado=CIWM journal}}</ref>

=== Assistência médica ===
[[imagem:Al-Quds_hospital,_Gaza_City,_following_Israeli_shelling.jpg|miniaturadaimagem| [[Hospital Al-Quds]], cidade de Gaza, após bombardeio israelense]]
[[imagem:E.M.S worker hurries up to get out the injured citizen from the ambulance to put him in the ER. 782014.jpg|thumb|O trabalhador E.M.S se apressa para tirar o cidadão ferido da ambulância e levá-lo ao Hospital al-Shifa durante a [[Operação Margem Protetora]] em 2014]]

O [[Hospital Al-Shifa|Hospital al-Shifa]] ("a cura") foi fundado no distrito de Rimal pelo governo do Mandato Britânico na década de 1940. Instalado em um quartel do exército, originalmente fornecia quarentena e tratamento para doenças [[Febre|febris]]. Quando o Egito administrou Gaza, este departamento original foi realocado e al-Shifa tornou-se o hospital central da cidade.<ref>Husseini and Barnea, 2002, p.135.</ref> Quando Israel se retirou da Faixa de Gaza após ocupá-la na [[Crise de Suez|Crise de Suez de 1956]], o presidente egípcio [[Gamal Abdel Nasser]] fez com que o hospital Al-Shifa fosse ampliado e melhorado. Ele também ordenou o estabelecimento de um segundo hospital no distrito de Nasser com o mesmo nome. Em 1957, o hospital de quarentena e doenças febris foi reconstruído e denominado Hospital Nasser.<ref name="Husseini">Husseini and Barnea, 2002, p.136.</ref> Hoje, o al-Shifa continua sendo o maior complexo médico de Gaza.<ref>{{Citar web |url=http://www.dci-pal.org/english/display.cfm?DocId=526&CategoryId=23 |titulo=Al-Shifa Hospital and Israel's Gaza Siege |data=2006-07-16 |acessodata=2009-02-16 |publicado=Defence For Children International, Palestine Section |arquivourl=https://web.archive.org/web/20091021083834/http://www.dci-pal.org/english/display.cfm?DocId=526&CategoryId=23 |arquivodata=2009-10-21}}</ref>

Ao longo do final da década de 1950, uma nova administração de saúde, Bandar Gaza ("Região de Gaza"), foi estabelecida e chefiada por [[Haidar Abdel-Shafi]]. Bandar Gaza alugou vários quartos em toda a cidade para instalar clínicas governamentais que forneciam cuidados médicos essenciais.<ref name="Husseini">Husseini and Barnea, 2002, p.136.</ref>

O Hospital Ahli Arab, fundado em 1907 pela [[Church Missionary Society]] (CMS), foi destruído na [[Primeira Guerra Mundial]].<ref name="AAH">{{Citar web |url=http://www.biblelands.org.uk/project_partners/by_location/isr_pal/al_ahli_hospital/index.htm |titulo=Al Ahli Arab Hospital |publicado=Bible Lands |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070202232549/http://www.biblelands.org.uk/project_partners/by_location/isr_pal/al_ahli_hospital/index.htm |arquivodata=2007-02-02}}</ref> Foi reconstruído após a guerra pela CMS e em 1955 tornou-se o Southern Baptist Hospital.<ref>{{Citar web |url=http://www.ampltd.co.uk/digital_guides/cms_section_IX_part_1/Publishers-Note.aspx |titulo=CHURCH MISSIONARY SOCIETY ARCHIVE Section IX: Middle East Missions |acessodata=2020-06-04 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200604212509/http://www.ampltd.co.uk/digital_guides/cms_section_IX_part_1/Publishers-Note.aspx |arquivodata=2020-06-04}}</ref><ref>Husseini and Barnea, 2002, p.34.</ref> Em 1982, a Diocese Episcopal de Jerusalém assumiu a liderança e o nome original foi restaurado. O Hospital Al-Quds, localizado no bairro de [[Tel al-Hawa]] e administrado pelo [[Sociedade Palestina do Crescente Vermelho|Crescente Vermelho Palestino]], é o segundo maior hospital de Gaza.<ref>{{Citar jornal |ultimo=Frenkel |primeiro=Sheera |url=http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/middle_east/article5521925.ece |titulo=UN headquarters in Gaza hit by Israeli 'white phosphorus' shells |data=2009-01-15 |acessodata=2009-05-24 |website=Times Online |local=Londres}}</ref>

Em 2007, os hospitais sofreram cortes de energia com duração de 8 a 12 horas diárias e o [[diesel]] necessário para geradores de energia estava em falta. De acordo com a [[Organização Mundial da Saúde]] (OMS), a proporção de pacientes que receberam permissão para sair de Gaza para cuidados médicos diminuiu de 89,3% em janeiro de 2007 para 64,3% em dezembro de 2007.<ref name="Oxfam"/>

Em 2010, uma equipe de médicos do Hospital al-Durrah em Gaza passou um ano treinando na clínica de [[fibrose cística]] do [[Hospital Hadassah Ein Kerem|Hospital Hadassah]] em [[Jerusalém]]. Após seu retorno a Gaza, um centro de fibrose cística foi estabelecido em al-Durrah, embora os casos mais graves sejam encaminhados para o Hadassah.<ref>{{Citar web |url=http://www.haaretz.com/jewish-world/hadassah-at-100-where-no-man-has-gone-before/secret-medical-service.premium-1.469151 |titulo=Secret medical service |website=[[Haaretz]]}}</ref>

=== Transportes ===
[[imagem:Gaza_airport_03.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Ruínas do [[Aeroporto Internacional Yasser Arafat]] no sul da Faixa de Gaza]]

A Rodovia Costeira Rasheed percorre o litoral de Gaza e a conecta com o resto da costa da Faixa de Gaza ao norte e ao sul. A principal rodovia da Faixa de Gaza, [[Estrada Salah al-Din|Rodovia Salah al-Din]] (a [[Via Maris]]) passa pelo meio da cidade de Gaza, conectando-a com Deir Albala, [[Khan Yunis]] e Rafa no sul e [[Jabalia]] e [[Beit Hanoun]] no norte.<ref name="autogenerated1">Sheehan, 2000, p.428.</ref> O cruzamento ao norte da rua Salah ad-Din em direção a Israel é a [[passagem de Erez]]<ref name=gisha_erez>[http://gisha.org/graph/2392 ''Exits of Palestinians to Israel and the West Bank via Erez Crossing'']. Gisha, janeiro de 2016</ref> e o cruzamento para o Egito é a passagem de Rafa.<ref>[http://english.aawsat.com/2008/02/article55259957/the-rafah-crossing-a-gateway-to-hope ''The Rafah Crossing: A Gateway to Hope?'']. Asharq Al-Awsat, Asharq Al Awsat, 9 de fevereiro de 2008</ref>

A Rua Omar Mukhtar é a estrada principal da cidade de Gaza que segue de norte a sul, ramificando-se na Rua Salah ad-Din, que se estende desde a costa de Rimal até a Cidade Velha, onde termina no Mercado de Ouro.<ref name="Sheehan">Sheehan, 2000, p. 429.</ref> Antes do [[Bloqueio à Faixa de Gaza|bloqueio da Faixa de Gaza]], existiam linhas regulares de táxis coletivos para [[Ramala]] e [[Hebrom]] na [[Cisjordânia]]. Exceto para carros particulares, a Cidade de Gaza é servida por táxis e ônibus.<ref name="MOG">[http://www.mogaza.org/gazacity.htm About Gaza City] Gaza Municipality. {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20080620101738/http://www.mogaza.org/gazacity.htm|data=20 de junho de 2008}}</ref>

O [[Aeroporto Internacional Yasser Arafat]] perto de [[Rafa]] foi inaugurado em 1998 com 40 km ao sul de Gaza. Suas pistas e instalações foram danificadas pelas [[Forças de Defesa de Israel]] em 2001 e 2002, tornando o aeroporto inutilizável. Em agosto de 2010, a pista de asfalto foi destruída por palestinos em busca de pedras e materiais de construção reciclados.<ref>{{Citar web |url=http://english.aljazeera.net/video/middleeast/2010/08/2010815112013994444.html |titulo=Gazans rip apart airport tarmac |acessodata=28 de abril de 2017}}</ref> O [[Aeroporto Internacional Ben Gurion]] em Israel está localizado a cerca de 75 km a nordeste da cidade.<ref name="MOG"/>

== Cultura ==

=== Centros culturais e museus ===
[[imagem:جامعة الازهر مبني الكليات الادبية.jpg|miniaturadaimagem|Biblioteca e Centro Cultural de Nehru na Universidade Al-Azhar em Gaza]]
O [[Centro Cultural Rashad Shawa]], localizado em Rimal, foi concluído em 1988 e recebeu o nome de seu fundador, o ex-prefeito [[Rashad al-Shawa]].<ref name="RSCC">[https://translate.google.com/translate?hl=en&sl=ar&u=http://www.mogaza.org/&sa=X&oi=translate&resnum=1&ct=result&prev=/search%3Fq%3DGaza%2BMunicipality%26hl%3Den%26client%3Dfirefox-a%26rls%3Dorg.mozilla:en-US:official%26hs%3DE5j%26pwst%3D1 Rashad Shawa Cultural Center] Gaza Municipality.</ref> Um edifício de dois andares e planta triangular, o centro cultural desempenha três funções principais: ponto dpara grandes encontros durante os festivais anuais, local de realização de exposições e biblioteca.<ref name="ADL">[http://www.archnet.org/library/sites/one-site.jsp?site_id=1013 Rashad Shawa Cultural Center] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20090802011556/http://www.archnet.org/library/sites/one-site.jsp?site_id=1013|data=2009-08-02}} Archnet Digital Library.</ref> O Centro Cultural Francês é um símbolo da parceria e cooperação francesa em Gaza. Abriga exposições de arte, concertos, exibição de filmes e outras atividades. Sempre que possível, artistas franceses são convidados a expor suas obras e, com mais frequência, artistas palestinos da Faixa de Gaza e da Cisjordânia são convidados a participar de competições de arte.<ref>Abdel-Shafi, Sami. [http://imeu.net/news/article007595.shtml Promoting culture and hope in Gaza] Institute for Middle East Understanding republishing of ''This Week in Palestine''. {{webarchive |url=https://web.archive.org/web/20130824001616/http://imeu.net/news/article007595.shtml |data=24 de agosto de 2013 }}</ref>

Fundada em 1998, a Vila de Artes e Ofícios é um centro cultural infantil com o objetivo de promover a documentação abrangente, regular e periódica da arte criativa em todas as suas formas. O projeto interagiu em grande escala com uma turma de artistas de diversas nacionalidades e organizou cerca de 100 exposições de arte criativa, cerâmica, gráfica, talha, entre outros. Quase 10 mil crianças de toda a Faixa de Gaza se beneficiaram com a iniciativa.<ref>{{Citar web |ultimo=Thomas |primeiro=Amelia |url=http://www.thisweekinpalestine.com/details.php?id=1888&ed=130&edid=130 |titulo=Arts and Crafts Village |data=Setembro de 2006 |acessodata=2009-02-16 |publicado=This Week in Palestine |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110720234837/http://www.thisweekinpalestine.com/details.php?id=1888&ed=130&edid=130 |arquivodata=2011-07-20}}</ref>

O Teatro de Gaza, financiado por contribuições da Noruega, foi inaugurado em 2004.<ref>{{Citar web |ultimo=Edwards |primeiro=Bob |url=https://www.npr.org/programs/morning/transcripts/2004/feb/040210.kenyon.html |titulo=Analasis: New Cinema Opening up in Gaza City |data=2004-02-14 |acessodata=2009-02-16 |publicado=NPR}}</ref> O teatro não recebe muito financiamento do PNA, dependendo principalmente de doações de agências de ajuda externa. A [[Fundação AM Qattan]], uma instituição de caridade artística palestina, oferece vários [[workshops]] em Gaza para desenvolver jovens talentos artísticos e transmitir habilidades dramáticas aos professores. O Festival de Teatro de Gaza foi inaugurado em 2005.<ref>{{Citar web |ultimo=Thomas |primeiro=Amelia |url=http://www.csmonitor.com/2005/0722/p11s02-wome.html |titulo=Theater thrives in Gaza, despite restrictions |data=2005-01-22 |acessodata=2009-02-16 |website=The Christian Science Monitor}}</ref>

O [[Museu de Arqueologia de Gaza]], fundado por Jawdat N. Khoudary, foi inaugurado no verão de 2008. A coleção do museu apresenta milhares de itens, incluindo uma estátua de [[Afrodite]] em um vestido diáfano, imagens de outras divindades antigas e lâmpadas de óleo com [[menorá]].<ref>Bronner, Ethan. [https://www.nytimes.com/2008/07/25/world/middleeast/25gaza.html?_r=3&scp=2&sq=archaeology&st=cse&oref=slogin Museum Offers Gray Gaza a View of Its Dazzling Past]. ''[[New York Times]]'', 2008-07-25.</ref>

=== Culinária ===
A culinária de Gaza é caracterizada pelo uso generoso de [[especiarias]] e [[pimentas]]. Outros sabores e ingredientes importantes incluem [[endro]], [[acelga]], [[alho]], [[cominho]], [[lentilha]], [[grão de bico]], [[romã]], [[ameixa]] azeda e [[Tamarindus|tamarindo]]. Muitos dos pratos tradicionais dependem do cozimento em panela de barro, que preserva o sabor e a textura dos vegetais e resulta em uma carne tenra no garfo. Tradicionalmente, a maioria dos pratos de Gaza são sazonais e dependem de ingredientes nativos da área e das aldeias vizinhas. A pobreza também desempenhou um papel importante na determinação de muitos dos pratos e guisados simples sem carne da cidade, como ''saliq wa adas'' ("acelga e lentilhas") e ''bisara'' (feijão fava sem pele amassado com folhas secas de mulukhiya e pimentões).<ref name="Haddad">[[Laila el-Haddad|El-Haddad, Laila]]. [http://www.thisweekinpalestine.com/details.php?id=1726&ed=115&edid=115 The Foods of Gaza] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20110724171358/http://www.thisweekinpalestine.com/details.php?id=1726&ed=115&edid=115|data=2011-07-24}} ''This Week in Palestine''. Junho de 2006.</ref>
[[Imagem:Sumaghiyyeh.jpg|thumb|esquerda|''[[Sumaghiyyeh]]'', prato típico de Gaza e que mistura de [[sumagre]], [[tahina]] e água combinada com [[acelga]], pedaços de carne e grão de bico]]

[[Frutos do mar]] são um aspecto-chave da vida de Gaza e um alimento básico local. Alguns pratos de frutos do mar bem conhecidos incluem ''zibdiyit gambari'', literalmente, "[[Camarão|camarões]] em uma panela de barro" e ''shatta,'' que são [[caranguejos]] recheados com molho de [[pimenta malagueta]] vermelha, então assado no forno. O peixe é frito ou grelhado depois de recheado com [[coentro]], alho, pimenta e cominho e marinado com temperos diversos. É também um ingrediente-chave em ''sayyadiya'', arroz cozido com cebola caramelizada, uma quantidade generosa de dentes de alho inteiros, grandes pedaços de peixe frito bem marinado e especiarias como açafrão, canela e cominho. Muitos dos refugiados da era de 1948 eram ''[[Felá|fellahin]]'' ("camponeses") que comiam alimentos sazonais. ''[[Sumaghiyyeh]]'', popular em Gaza não apenas no [[Ramadã]], mas durante todo o ano, é uma mistura de [[sumagre]], [[tahina]] e água combinada com [[acelga]], pedaços de carne e grão de bico. O prato é coberto com sementes de endro trituradas, pimenta e alho frito e servido em tigelas. ''Maftool'' é um prato à base de trigo aromatizado com ameixas azedas secas que é servido como [[cuscuz]] ou moldado em pequenas bolas e cozido no vapor sobre um ensopado ou sopa.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=NTo6c_PJWRgC&q=gaza+levantine+food&pg=PA285|título=Food Cultures of the World Encyclopedia|ultimo=Albala|primeiro=Ken|data=1 de janeiro de 2011|editora=ABC-CLIO|isbn=9780313376269|acessodata=28 de abril de 2017|via=Google Books}}</ref>

A maioria dos restaurantes de Gaza estão localizados no distrito de [[Rimal]]. O al-Andalus, especializado em peixes e frutos do mar, é popular entre os turistas, assim como al-Sammak e o sofisticado Roots Club.<ref name="CBS">{{Citar jornal |url=http://www.cbsnews.com/stories/2010/05/28/world/main6526479.shtml |titulo=Israel's Gaza Blockade Baffles Both Sides |data=28 de maio de 2010 |acessodata=10 de agosto de 2010 |website=[[CBS News]]}}</ref> O Atfaluna é um restaurante estiloso perto do porto de Gaza, administrado por [[surdos]] e com o objetivo de construir uma sociedade que aceite mais as pessoas com deficiência.<ref name="uk.reuters.com">{{Citar web |ultimo=Editorial |primeiro=Reuters |url=http://uk.reuters.com/article/2012/10/18/palestinians-gaza-deaf-idUKL5E8LGAAO20121018 |titulo=Gaza deaf restaurant a chance to change perceptions |acessodata=28 de abril de 2017}}</ref>

Em toda a Cidade Velha, há barracas de rua que vendem feijão cozido, [[homus]], [[batata-doce]] assada, [[faláfel]] e espetadas. Os [[Café árabe|cafés]] (''qahwa'') servem café e chá árabes. As lojas de doces bem conhecidas de Gaza, Saqqala e Arafat, vendem doces árabes comuns e estão localizadas perto da Rua Wehda. O álcool é uma raridade, encontrada apenas no Clube de Praia das [[Nações Unidas]].<ref>Jacobs, 1994, p.456</ref>

=== Trajes e bordados ===
[[imagem:Gaza_rug.jpg|miniaturadaimagem| Tapete de lã gazeu]]
Acredita- se que a [[Gaze (medicina)|gaze]] tenha se originado em Gaza. O pano para o ''thob de'' Gaza era frequentemente tecido nas proximidades de Majdal ([[Ascalão]]). Algodão preto ou azul ou tecido listrado rosa e verde que foram feitos em Majdal continuaram a ser tecidos em toda a [[Faixa de Gaza]] por refugiados das vilas da planície costeira até a década de 1960. ''Thobs'' tinha mangas estreitas, justas e retas. O bordado era muito menos denso do que o aplicado em Hebrom. Os motivos mais populares incluem: tesouras (''muqass''), pentes (''mushut'') e triângulos (hijabe), muitas vezes dispostos em grupos de cincos, setes e três, já que o uso de números ímpares é considerado no [[folclore]] árabe como eficaz contra o [[mau-olhado]].<ref name="PCA2">{{Citar web |url=http://www.palestinecostumearchive.org/regional.htm |titulo=Palestine costume before 1948: by region |acessodata=2008-08-01 |publicado=Palestine Costume Archive |arquivourl=http://webarchive.loc.gov/all/20020913101705/http%3A//www%2Epalestinecostumearchive%2Eorg/regional%2Ehtm |arquivodata=13 de setembro de 2002}}</ref>

Por volta de 1990, o [[Hamas]] e outros movimentos islâmicos procuraram aumentar o uso do [[hijabe]] ("lenço de cabeça") entre as mulheres de Gaza, especialmente mulheres urbanas e educadas, e os ''estilos de hijabe'' desde então introduzidos variaram de acordo com a classe e a identidade de grupo.<ref name="Hammami">Rema Hammami. "Women, the Hijab and the Intifada" in ''[[Relatório do Oriente Médio]]'', No. 164/165, May–Aug., 1990. {{JSTOR|3012687}}</ref>

=== Esportes ===
O Estádio Palestina, o estádio nacional palestino, está localizado em Gaza e tem capacidade para 10 mil pessoas. É a casa da [[Seleção Palestina de Futebol]], mas os jogos em casa foram disputados em [[Doha]], no [[Catar]].<ref>Starmer, Mark. [http://www.worldstadia.com/stadium/gaza_strip/palestine_stadium/7298.php Details for Palestine Stadium, Gaza City] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20110808231311/http://www.worldstadia.com/stadium/gaza_strip/palestine_stadium/7298.php|data=2011-08-08}} World Stadia.</ref> Gaza tem vários times de futebol locais que participam da [[Campeonato da Faixa de Gaza de Futebol|Liga da Faixa de Gaza]]. Eles incluem Khidmat al-Shatia (acampamento de Axati), Ittihad al-Shuja'iyya (bairro de Shuja'iyya), Clube de Esportes de Gaza e al-Zeitoun (bairro de Zeitoun).{{carece de fontes|data=setembro de 2022}}

== Ver também ==
* [[Reconhecimento internacional do Estado da Palestina]]
* [[Colônias israelenses]]
* [[Territórios ocupados por Israel]]
* [[Lista de cidades na Cisjordânia e Faixa de Gaza]]
* [[Declaração de Independência da Palestina]]

== Notas ==
*{{Tradução/ref|en|Gaza City}}

{{referências}}

== Bibliografia ==
{{dividir em colunas}}
{{Refbegin|30em}}
*{{citar livro|título=Cities of the Middle East and North Africa: A Historical Encyclopedia
|url=https://books.google.com/books?id=3SapTk5iGDkC&q=Cities+of+the+Middle+East|primeiro1 =J.|último1 =Abu-Lughod|primeiro2 =Michael|último2 =Dumper|ano=2007|publicado=ABC-CLIO|isbn=978-1-57607-919-5}}
*{{citar livro|editor =Barron, J.B.|título= Palestine: Report and General Abstracts of the Census of 1922|url=https://archive.org/details/PalestineCensus1922 |publicado= Government of Palestine |ano= 1923}}
*{{citar livro|título=Christian Gaza In Late Antiquity
|url=https://books.google.com/books?id=lA9VwVwoyiAC|primeiro1 =Bruria|último1 =Bitton-Askeloni|primeiro2 =Arieh|último2 =Kofsky|ano=2004|publicado=BRILL|isbn=978-90-04-13868-1}}
*{{citar livro|título=Life at the crossroads: a history of Gaza|url=https://books.google.com/books?id=WnttAAAAMAAJ&q=Butt+Radwan+Daraj|primeiro1 =Gerald|último1 =Butt|ano=1995|publicado=Rimal Publications|isbn=1-900269-03-1}}
*{{citar livro|título=Groundwater in the Urban Environment: Proceedings of the XXVII IAH Congress on Groundwater in the Urban Environment, Nottingham UK, 21–27 September 1997|url=https://books.google.com/books?id=53IPHH32OgYC|primeiro1 =John|último1 =Chilton|ano=1999|publicado=Taylor and Francis|isbn=978-90-5410-924-2|autor2 =Hydrogeologists, International Association of}}
*{{citar periódico|título=Population and Revenue in the Towns of Palestine in the Sixteenth Century|primeiro1 =Amnon|último1 =Cohen|primeiro2 =B.|último2 =Lewis|author-link2=Bernard Lewis|ano=1978|publicado=Princeton University Press }}
*{{citar livro|título=Village Statistics, April, 1945 |url=http://web.nli.org.il/sites/nli/Hebrew/library/Pages/BookReader.aspx?pid=856390|autor =Department of Statistics|ano=1945|publicado=Government of Palestine}}
*{{citar livro|título=Rediscovering Palestine: Merchants and Peasants in Jabal Nablus, 1700–1900|url=https://books.google.com/books?id=zry-tpH3rz8C|primeiro =B.|último =Doumani|ano=1995|publicado=University of California Press|isbn=0-520-20370-4 }}
*{{citar periódico|título=Gaza: A City of Many Battles (from the family of Noah to the Present Day)|url=https://archive.org/details/gazacityofmanyba00dowlrich |primeiro =T.E.|último =Dowling|publicado=S.P.C.K|ano=1913}}
*{{citar livro|título=Cities of the Middle East and North Africa: A Historical Encyclopedia|primeiro1 =Michael|último1 =Dumper|primeiro2 =Bruce E.|último2 =Stanley|primeiro3 =Janet L.|último3 =Abu-Lughod|publicado=ABC-CLIO|ano=2007|isbn= 978-1-57607-919-5}}
*{{citar livro|título=Governing Gaza: Bureaucracy, Authority, and the Work of Rule, 1917–1967|url=https://books.google.com/books?id=D0bEoa0a_YsC&q=Governing+Gaza|primeiro1 =Ilana|último1 =Feldman|ano=2008|publicado=Duke University Press|isbn=978-0-8223-4240-3}}
*{{citar livro|título=Gaza: A History |url=https://books.google.com/books?id=4fhzBAAAQBAJ&q=hussein+pasha+gaza&pg=PA27 |último =Filiu |primeiro =J.-P. |ano=2014 |publicado=Oxford University Press|isbn=978-0-19-020189-0}}
* {{citar livro|título=Village Statistics of 1945: A Classification of Land and Area ownership in Palestine|url=http://www.palestineremembered.com/Articles/General-2/Story3150.html|primeiro =S.|último =Hadawi|autorlink =Sami Hadawi|ano=1970|publicado=Palestine Liberation Organization Research Center}}
*{{citar livro|título=Separate and Cooperate, Cooperate and Separate: The Disengagement of the Palestine Health Care System from Israel and Its Emergence as an Independent System
|url=https://books.google.com/books?id=7AMWP3oI5IUC&q=Rafiq+Husseini&pg=PR3|primeiro1 =Rafiq|último1 =Husseini|primeiro2 =Tamara|último2 =Barnea|ano=2002|publicado=Greenwood Publishing Group|isbn=0-275-97583-5}}
*{{citar livro|último1 = Hütteroth |primeiro1 =Wolf-Dieter |primeiro2 =Kamal |último2 =Abdulfattah |título= Historical Geography of Palestine, Transjordan and Southern Syria in the Late 16th Century |url= https://books.google.com/books?id=wqULAAAAIAAJ |ano= 1977 |publicado= Erlanger Geographische Arbeiten, Sonderband 5. Erlangen, Germany: Vorstand der Fränkischen Geographischen Gesellschaft|isbn= 3-920405-41-2}}
*{{citar periódico|último =be-Yiśraʼel|título=Public Administration in Israel and Abroad|primeiro =Makhon le-minhal tsiburi|publicado=Israel Institute of Public Administration|ano=1966}}
*{{citar livro|título=Israel and the Palestinian territories|url=https://books.google.com/books?id=JXoY2vCZ5AEC&q=Israel+and+the+Palestinian+territories|primeiro1 =Daniel|último1 =Jacobs|ano=1998|publicado=Rough Guides|isbn=978-1-85828-248-0|autor2 =Eber, Shirley|autor3 =Silvani, Francesca}}
*{{citar livro|título=Integrated Water Resources Management and Security in the Middle East|url=https://books.google.com/books?id=7rgHmpppZ-wC|primeiro1 =Clive|último1 =Lipchin|ano=2007|publicado=Springer|isbn=978-1-4020-5984-1|autor2 =Pallant, Eric|autor3 =Saranga, Danielle }}
*{{citar livro|título=History of the city of Gaza: from the earliest times to the present day|url=https://archive.org/details/historyofcityofg00meyeuoft |primeiro1 =Martin Abraham|último1 =Meyer|ano=1907|publicado=Columbia University Press}}
*{{citar livro|título=The Children of Noah: Jewish Seafaring in Ancient Times|primeiro =R.|último =Patai|edição=3rd, illustrated|publicado=Princeton University Press|ano=1999|isbn= 978-0-691-00968-1}}
*{{citar livro|título= The Churches of the Crusader Kingdom of Jerusalem: Volume I A-K (excluding Acre and Jerusalem)|url=https://books.google.com/books?id=BgQ6AAAAIAAJ|primeiro =Denys|último =Pringle|ano=1993|isbn=0-521-39036-2 |publicado=[[Cambridge University Press]]}}
*{{citar livro|título=International Dictionary of Historic Places|primeiro1 =Trudy|último1 =Ring|primeiro2 =Robert M.|último2 =Salkin|primeiro3 =Paul E.|último3 =Schellinger|publicado=Taylor & Francis|ano=1994|url=https://books.google.com/books?id=2aOpeBnbxvsC&q=Great+Mosque+of+Gaza&pg=PA289|isbn= 978-1-884964-03-9 }}
*{{citar livro|último1 =Robinson|primeiro1 =E.|último2 =Smith|primeiro2 =E.|ano=1841|url=https://archive.org/details/biblicalresearc00smitgoog |título=Biblical Researches in Palestine, Mount Sinai and Arabia Petraea: A Journal of Travels in the year 1838 |local=Boston|publicado=Crocker & Brewster|volume=2}}
*{{citar livro|título= Palestine: History of a Lost Nation|url=https://books.google.com/books?id=Q0suiJ7Gj1QC&q=Great+Mosque+of+Gaza+Mamluk&pg=PA429|primeiro =K.|último =Sabbagh|ano=2008|publicado=Grove Press|isbn=978-1-900949-48-4}}
*{{citar livro|título=Palestine: A Guide|primeiro1 =Mariam|último1 =Shahin|publicado=Interlink Books|ano=2005|isbn=1-56656-557-X|url=https://archive.org/details/palestine00mari}}
*{{citar livro|título=Corpus Inscriptionum Arabicarum Palaestinae, G |url= https://books.google.com/books?id=P2LtyFVNJmcC |primeiro =M.|último =Sharon|ano=2009|volume =4|publicado=BRILL|isbn=978-90-04-17085-8}}
*{{citar livro|título=The armies of the Hasmonaeans and Herod: from Hellenistic to Roman frameworks|primeiro1 =Israel|último1 =Shatzman|publicado=Mohr Siebeck|ano=1991|isbn= 978-3-16-145617-6 }}
*{{citar livro|título=Israel Handbook: With the Palestinian Authority Areas|url=https://books.google.com/books?id=Q0suiJ7Gj1QC&q=Great+Mosque+of+Gaza+Mamluk&pg=PA429|primeiro1 =Sean|último1 =Sheehan|ano=2000|publicado=Footprint Travel Guides|isbn=978-1-900949-48-4 }}
*{{citar livro|título=Palestine Under the Moslems: A Description of Syria and the Holy Land from A.D. 650 to 1500|url=https://archive.org/details/palestineundermo00lestuoft|primeiro =G.|último = Strange, Le|ano=1890|publicado=Committee of the Palestine Exploration Fund}}
*{{citar livro|título=An Ottoman Century: The District of Jerusalem in the 1600s|url=https://books.google.com/books?id=EN-Pd-JLybUC&q=Lajjun&pg=PA42 |primeiro1 =Dror|último1 =Ze'evi|ano=1996|publicado=SUNY Press|isbn=0-7914-2915-6}}
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== Ligações externas ==
{{Commonscat|Gaza city}}
*[http://www.mogaza.org/ Município de Gaza]
*[https://web.archive.org/web/20140104034826/http://unifpaz.org/ Peace Unification Method]

{{controle de autoridade}}
{{Portal3|Palestina}}

[[Categoria:Gaza]]

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