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{{Maçonaria}}
'''Maçonaria''' refere-se a [[Fraternidade|organizações fraternais]] que têm as suas origens nas [[guilda]]s [[Idade Média|medievais]] de [[Cantaria|canteiros]] que, a partir do final do [[século XIII]], regulamentavam a qualificação da profissão e a sua interação com autoridades e clientes. Devido a equívocos sobre a tradição da maçonaria de não discutir seus rituais com não membros, a fraternidade tornou-se associada a [[Teorias conspiratórias maçônicas|muitas teorias da conspiração]].

A maçonaria moderna consiste em dois grupos principais de reconhecimento. A maçonaria regular insiste em que um volume de um [[livro sagrado]] seja aberto em uma loja de trabalho, que todos os membros professem crer em um [[Deus|Ser Supremo]], que nenhuma mulher seja admitida<ref name=AndersonCharge3/> e que a discussão sobre religião e política seja proibida.<ref name=":0">''UGLE Book of Constitutions'', "Basic Principles for Grand Lodge Recognition", any year since 1930, page numbers may vary.</ref> A maçonaria continental é o termo geral usado para as jurisdições que removeram parte ou todas essas restrições.<ref name=":1">[http://www.godf.org/index.php/pages/details/slug/foire-aux-questions "Faut-il croire en Dieu?"], Foire aux Questions, ''Grand Orient de France'', Acessado em 23 de novemrbo de 2013</ref><ref name="Buta">[http://www.freemasons-freemasonry.com/masonic_foreign_recognitions.html Jack Buta, "The God Conspiracy, The Politics of Grand Lodge Foreign Relations"], ''Pietre-Stones'',Acessado em 23 de novemrbo de 2013</ref>

A unidade organizacional básica local da maçonaria é a [[Loja maçônica|loja]], que geralmente é supervisionada em nível regional (estado, província ou fronteira nacional) por uma [[Obediências Maçônicas|obediência]] ou potência maçônica. Não existe uma Grande Loja internacional que supervisiona toda a maçonaria; cada obediência é independente e não se reconhece necessariamente como legítima.

Os [[graus maçônicos]] mantêm os três níveis das guildas de [[artesanato|artesãos]] medievais: os de "aprendiz", "companheiro" e "mestre". Ao candidato desses três graus são progressivamente ensinados os significados dos símbolos da maçonaria e confiados cumprimentos, sinais e palavras para indicar sua posição a outros membros. Os graus são parte da moral alegórica da organização, cujos membros são conhecidos como '''maçons'''. Existem graus adicionais, que variam de acordo com a localidade e jurisdição, e geralmente são administrados por seus próprios órgãos (separados daqueles que administram os graus de ofício).<ref name=":2">{{citar livro
| título= Revolutionary brotherhood: Freemasonry and the transformation of the American social order, 1730–1840
|primeiro1= Steven C.
|último1= Bullock
|autor2= Institute of Early American History and Culture (Williamsburg, Va.)
|local= Chapel Hill
|publicado= University of North Carolina Press
|ano= 1996
| isbn = 978-0-8078-4750-3
| oclc = 33334015 }}</ref><ref name="UGLEFAQ">[http://www.ugle.org.uk/what-is-freemasonry/frequently-asked-questions "Frequently Asked Questions"] {{webarchive|url=https://web.archive.org/web/20131022154544/http://ugle.org.uk/what-is-freemasonry/frequently-asked-questions |data=22 de outubro de 2013 }} ''United Grand Lodge of England'' acessado em 30 de outubro de 2013</ref><ref name="Johnstone">Michael Johnstone, ''The Freemasons'', Arcturus, 2005, pp. 101–120</ref><ref name="Maconnieke">[http://www.vrijmetselaarsgilde.eu/Maconnieke%20Encyclopedie/RMAP~1/Russmixte/officiers.htm "Les Officiers de Loge"] ''Maconnieke Encyclopedie'', acessado em 31 de outubro de 2013</ref>

== História ==
{{Principal|História da Maçonaria}}
[[Imagem:Grand_Lodge_MS_No_1.jpg|thumb|esquerda|Introdução dos [[Manuscritos Maçônicos]].]]
[[Imagem:Freimaurer Initiation.jpg|thumb|esquerda|Iniciação em uma [[loja maçônica]] de [[Paris]], 1745.]]
Desde meados do século XIX, os historiadores maçônicos buscam as origens do movimento em uma série de documentos semelhantes conhecidos como [[Manuscritos Maçônicos]], que datam desde cerca de 1425<ref>[http://www.freemasons-freemasonry.com/prescott07.html Andrew Prescott, "The Old Charges Revisited"], from Transactions of the Lodge of Research No. 2429 (Leicester), 2006, ''Pietre-Stones Masonic Papers'', retrieved 12 October 2013</ref> até o início do século XVIII. Aludindo ao pertencimento a uma loja de [[pedreiro]]s operativos, eles a relacionam a uma história mitologizada, aos deveres de suas notas e à maneira pela qual os juramentos de fidelidade devem ser tomados ao ingressar.<ref>A. F. A. Woodford, preface to William James Hughan, ''The Old Charges of British Freemasons'', London, 1872</ref> É do século XV também a primeira evidência de rito cerimonial.<ref>{{citar livro|autor = John Yarker |título= The Arcane Schools |local= Manchester |ano= 1909 |páginas= 341–342}}</ref>

Não há um mecanismo claro pelo qual essas organizações profissionais se tornaram as lojas maçônicas de hoje. Os primeiros rituais e senhas conhecidos, que provém de lojas operacionais da virada do século XVII a XVIII, mostram  que houve a continuidade dos rituais desenvolvidos no final do século XVIII por maçons aceitos ou "especulativos", como aqueles membros que não praticavam o ofício físico passaram a ser gradualmente conhecidos.<ref>Robert L.D. Cooper, ''Cracking the Freemason's Code'', Rider 2006, Chapter 4, p 53</ref> As atas da loja de [[Edimburgo]] (Capela de Maria) nº 1, na [[Escócia]], mostram a passagem de uma loja operativa em 1598 para uma loja especulativa moderna.<ref>David Murray Lyon, ''History of the Lodge of Edinburgh (Mary's Chapel) No 1'', Blackwood 1873, Preface</ref>  Ela tem a reputação de ser a loja maçônica mais antiga do mundo.<ref>{{citar livro|último =Stevenson|primeiro =David|título=The Origins of Freemasonry|ano=1988|publicado=Cambridge University Press|isbn=0521396549|páginas=38–44}}</ref>

Alternativamente, [[Thomas De Quincey]], em seu trabalho intitulado ''Rosicrucians and Freemasonry,'' propôs a teoria que sugeria que a maçonaria era possivelmente uma consequência do [[rosacrucianismo]]. A teoria também foi postulada em 1803 pelo professor alemão [[J. G. Buhle]].<ref>{{citar web|url=http://www.masonicdictionary.com/rosicrucian.html|título=Rosicrucians and Freemasonry {{!}} Masonic Dictionary {{!}} www.masonicdictionary.com|último =Dafoe|primeiro =Stephen|website=www.masonicdictionary.com|língua=en|acessodata=14 de junho de 2017}}</ref><ref>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=-ffW5P6NW1kC&pg=PA395&lpg=PA395&dq=Freemasonry+is+an+outgrowth+of+rosicrucians#v=onepage&q=Freemasonry%20is%20an%20outgrowth%20of%20rosicrucians|título=The Secret Teachings of All Ages: An Encyclopedic Outline of Masonic, Hermetic, Qabbalistic and Rosicrucian Symbolical Philosophy|último =Hall|primeiro =Manly P.|data=2010|publicado=Courier Corporation|isbn=9780486471433|língua=en}}</ref>

A primeira Grande Loja, a "Grande Loja de Londres e Westminster" (mais tarde denominada "Grande Loja da Inglaterra"), foi fundada no [[dia de São João]], 24 de junho de 1717,<ref>{{Citar web|URL=https://www.ugle.org.uk/about-freemasonry/history-of-freemasonry |título=History of Freemasonry timeline |publicado=United Grand Lodge of England |acessodata=12 de junho de 2018}}</ref> quando quatro lojas de Londres se reuniram para um jantar conjunto. Muitas lojas inglesas aderiram ao novo órgão regulador, que entrou em um período de autopublicidade e expansão. No entanto, muitas lojas não quiseram endossar as mudanças feitas no ritual pelos chamados "modernos", e algumas delas formaram uma Grande Loja rival, em 17 de julho de 1751, que eles chamaram de "Grande Loja Antiga da Inglaterra". Essas duas Grandes Lojas disputaram a supremacia até que os modernos prometeram voltar ao ritual antigo. Eles se uniram em 27 de dezembro de 1813 para formar a [[Grande Loja Unida da Inglaterra]] (UGLE).<ref>{{citar livro|autor =[[S. Brent Morris]]|título=The Complete Idiot's Guide to Freemasonry|publicado=Alpha/Penguin Books|isbn=1-59257-490-4|página=[https://archive.org/details/completeidiotsgu00morr/page/27 27]|ano=2006|url=https://archive.org/details/completeidiotsgu00morr/page/27}}</ref><ref name="Clarke">[http://freemasonry.bcy.ca/aqc/ancients.html I. R. Clarke, "The Formation of the Grand Lodge of the Antients"], Ars Quatuor Coronatorum, vol 79 (1966), p. 270-73, ''Grand Lodge of British Columbia and Yukon'', retrieved 28 June 2012</ref>

A Grande Loja da Irlanda e a Grande Loja da Escócia foram formadas em 1725 e 1736, respectivamente, embora nenhuma das duas tenha convencido todas as lojas existentes em seus países a se unirem por muitos anos.<ref>[http://www.freemasons-freemasonry.com/uk_grand_lodges.html H. L. Haywood, "Various Grand Lodges"], ''The Builder'', vol X no 5, May 1924, ''Pietre Stones'' website, acessado em 9 de janeiro de 2014</ref><ref>Robert L.D. Cooper, ''Cracking the Freemason's Code'', Rider 2006, Chapter 1, p 17</ref>

== Sociedade ==
[[Imagem:Front View of George Washington Masonic National Memorial.jpg|upright|thumb|[[George Washington Masonic National Memorial]], em [[Washington, DC]], inspirado no [[Farol de Alexandria]].]]
A maçonaria teve influência decisiva em grandes acontecimentos mundiais, tais como a [[Revolução Francesa]] e a [[Independência dos Estados Unidos]]. Tem sido relevante, desde a Revolução Francesa, a participação da maçonaria em levantes, sedições, revoluções e guerras separatistas em muitos países da [[Europa]] e da América. No Brasil, deixou suas marcas, especialmente na independência do Brasil do jugo da metrópole portuguesa e, entre outras, a inconfidência mineira e na denominada "Revolução Farroupilha", no extremo sul do país, tendo legado os [[símbolos maçônicos]] na bandeira do Rio Grande do Sul, estado da Federação brasileira. Vários outros Estados da Federação possuem símbolos maçônicos nas suas bandeiras, como Minas Gerais, por exemplo.

A divulgação dos direitos do homem e da ideia de um [[república|governo republicano]] inspirou a maçonaria no Brasil, em particular depois da Revolução Francesa, quando os cidadãos derrubam a monarquia absolutista secular. As ideias que fermentaram o movimento (século XVIII) havia levedado o espírito dos colonos americanos, que emigraram para a América em busca de liberdade religiosa e política.

A maçonaria é ''caracteristicamente universalista'' por ser uma sociedade que aceita a afiliação de todos os cidadãos que se enquadrarem na qualificação "livres e de bons costumes", qualquer que seja a sua [[raça]], a sua [[nacionalidade]], o seu credo, a sua tendência política ou filosófica, desde que não neguem ao homem o direito à liberdade individual da autodeterminação.<ref name="peters1">[http://mastermason.com/cav-artereal/tp05.htm PETERS, Ambrósio. Loja "Os Templários" – GOB/Paraná – Curitiba – PR]</ref><ref name="peters2">{{Citar web |sobrenome=PETERS |nome=Ambrósio |url=http://www.samauma.biz/site/portal/conteudo/opiniao/ap00209iluminismoii.htm |titulo=Iluminismo e Maçonaria |acessodata=2010-06-23 |publicado=Loja "Os Templários" – GOB |local=Curitiba, PR |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100304173110/http://www.samauma.biz/site/portal/conteudo/opiniao/ap00209iluminismoii.htm |arquivodata=2010-03-04 |urlmorta=yes}}</ref>

Potências e lojas são autônomas somente em sentido administrativo, grão–mestres e mestres das Lojas não podem jamais se pronunciar em nome da ''Maçonaria Universal''. No entanto, se autorizados por suas [[assembleia]]s, podem se pronunciar oficialmente sobre desenvolvimento dos seus trabalhos, na escolha da forma e do direcionamento de suas atividades [[social|sociais]] e [[cultura]]is.<ref name="peters1" />

=== Iluminismo ===
{{Artigo principal|Iluminismo}}
[[Imagem:Voltaire.jpg|thumb|esquerda|upright|[[Voltaire]], retratado por Nicolas de Largillière, 1718.]]
O [[Iluminismo]] é um conceito que sintetiza diversas tradições filosóficas, sociais, políticas, correntes intelectuais e atitudes religiosas. Pode-se falar mesmo em diversos ''micro-iluminismos'', diferenciando especificidades temporais, regionais e de matiz religioso, como nos casos de ''Iluminismo tardio'', ''[[Iluminismo escocês]]'' e ''Iluminismo católico''.<ref name="O Iluminismo Francês">[http://www.freemasons-freemasonry.com/Iluminismo_Franc%C3%A9s.html Review of FreeMassonary -  O Iluminismo Francês]</ref> O ''Iluminismo'' é, para sintetizar, uma atitude geral de pensamento e de ação.<ref name="O Iluminismo Francês" /> Os iluministas admitiam que os seres humanos estão em condição de tornar este mundo um mundo melhor — mediante introspecção, livre exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social.<ref>Reill, Peter Hanns (2004) "Introduction". In: Encyclopedia of the Enlightenment. Editada por Peter Reill and Ellen Wilson. New York: Facts on File, pp. x-xi ISBN 0-8160-5335-9</ref>

Devido a formação intelectual e a [[autonomia]] que cada loja tem para pronunciar-se e decidir em assembleia conforme a deliberação de seus [[associação|associadas]], não podemos falar em influência da Maçonaria Universal sobre determinado aspecto, mas sim de uma ou grupos de lojas. Como aconteceu no [[Brasil]] quando havia lojas ou grupos de Lojas a favor da [[Proclamação da República do Brasil|República]] e outras lojas ou grupos de Lojas a favor de reinos constitucionais durante o [[Segundo reinado|Segundo Império]]. Essas posições, aparentemente divergentes atendem às aspirações da liberdade maçônica porque ambos os mencionados sistemas políticos limitam os poderes de seus governantes máximos, o presidente ou o rei.<ref name="peters2" />

Iluministas se filiaram às [[Loja Maçônica|Lojas Maçônicas]]<ref name="peters2" /> como um lugar seguro e intelectualmente livre e neutro, apropriado para a discussão de suas ideias, principalmente no [[século XVIII]] quando os ideais libertários ainda sofriam sérias restrições por parte dos governos absolutistas na [[Europa]] continental e por isso certamente a Maçonaria teria contribuído para a difusão do [[Iluminismo]] e que este por sua vez também possa ter contribuído para a difusão das lojas maçônicas.<ref name="peters2" />

O lema, ou o símbolo, "[[Liberdade, Igualdade, Fraternidade]]" se constitui de um grupo de palavras que supostamente exprime as aspirações teóricas do povo maçônico<ref name="iluminismo" /> e que, se atingidas, levariam a um alto grau de aperfeiçoamento de toda a Maçonaria,<ref name="iluminismo" /> o que é evidentemente utópico, como a nosso ver o são todos os lemas.<ref name="iluminismo">{{Citar web |url= http://www.samauma.biz/site/portal/conteudo/opiniao/g1214liberdadeigualdadefra.htm |titulo=Portal Maçônico - Liberdade, Igualdade e Fraternidade |acessodata=2010-06-23 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20100428014817/http://www.samauma.biz/site/portal/conteudo/opiniao/g1214liberdadeigualdadefra.htm |arquivodata=2010-04-28 |urlmorta=yes}}</ref> A trilogia seria de origem revolucionaria e que se introduziu na cultura maçônica através do Imperador Napoleão a partir do início do período napoleônico.<ref name="iluminismo" />

== Estrutura e características ==
[[Imagem:Ahmad nami.jpg|thumb|upright|Indumentária utilizada pelos maçons]]
[[Imagem:Freemasons' Hall, London.JPG|thumb|upright|Sede da [[Grande Loja Unida da Inglaterra]].]]

A maçonaria exige, de seus membros, o respeito às leis do país em que cada maçom vive e trabalha.<ref name="objetivo" /> Os [[princípio]]s maçônicos não podem entrar em conflito com os deveres que, como cidadãos, têm os maçons. Na realidade, estes princípios tendem a reforçar o cumprimento de suas responsabilidades públicas e privadas.<ref name="objetivo">A maçonaria exige, de seus membros, respeito às leis do país em que cada maçom vive e trabalha [http://www.maconaria.net/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=162]</ref>

Induz seus membros a uma profunda e sincera reforma de si mesmos, ao contrário de [[ideologia]]s que pretendem transformar a [[sociedade]], com uma sincera esperança de que o progresso individual contribuirá, necessariamente, para a posterior melhora e progresso da [[Humanidade]].<ref name="objetivo" /><ref name="objetivo2" /> E é por isso que os maçons jamais participarão de [[Teorias conspiratórias maçônicas|conspirações]] contra o poder legítimo, escolhido pelos povos.<ref name="objetivo2">Os princípios Maçônicos não podem entrar em conflito com os deveres que, como cidadãos, têm os Maçons. [http://www.academiasuperior.com.br/Organizacao_Maconica.asp] {{Wayback|url=http://www.academiasuperior.com.br/Organizacao_Maconica.asp|date=20100612035353}}</ref>

Para um maçom, as suas obrigações como [[cidadão]] e pai de uma [[família]] devem, necessariamente, prevalecer sobre qualquer outra obrigação e, portanto, não dará nenhuma proteção a quem agir desonestamente ou contra os princípios morais e legais da [[sociedade]].<ref name="objetivo" /><ref name="objetivo2" />

Em função disso, os objetivos perseguidos pela maçonaria são:
* Ajudar os [[homem|homens]] a reforçarem o seu [[caráter]];<ref name="objetivo" /><ref name="objetivo2" />
* Melhorar sua bagagem [[moral]] e [[espiritual]];<ref name="objetivo" /><ref name="objetivo2" /> e
* Aumentar seus horizontes [[cultura]]is.<ref name="objetivo" /><ref name="objetivo2" />

A maçonaria universal utiliza o sistema de [[graus maçônicos|graus]] para transmitir os seus ensinamentos, cujo acesso é obtido por meio de uma [[iniciação]] a cada grau. Os ensinamentos são transmitidos através de representações e [[símbolo]]s.<ref name="grau">{{Citar web |url=http://www.symbolom.com.br/wiki/index.php?title=Os_33_Graus_da_Ma%C3%A7onaria |titulo=Os 33 Graus da Maçonaria |acessodata=2010-06-10 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090124085356/http://symbolom.com.br/wiki/index.php?title=Os_33_Graus_da_Ma%C3%A7onaria |arquivodata=2009-01-24 |urlmorta=yes }}</ref>

=== Obediências ===
{{Principal|Obediências Maçônicas}}

A Maçonaria Simbólica divide-se em [[Obediências Maçônicas]] designadas de [[Grande Loja]], [[Grande Oriente]] ou Ordem, que são unidades administrativas diferentes, que agrupam diversas Lojas, mas que propagam os mesmos ideais.<ref name="simbólica">a Maçonaria Simbólica compõe-se de três Graus universalmente reconhecidos e adotados desde seus primórdios em tempos imemoriais: Aprendiz, Companheiro e Mestre.[http://www.culturabrasil.org/macon.htm] {{Wayback|url=http://www.culturabrasil.org/macon.htm|date=20080513111948}}</ref> Além da Maçonaria Simbólica, e conforme o Rito praticado (sistema de práticas e normas que englobam os Rituais adotados nas Lojas Simbólicas e acrescentam ainda graus para estudos filosóficos), existem os ''[[Graus maçônicos|Altos Graus]]'',<ref name="grau" /> que se subordinam a outras entidades, assim são por exemplo, os ''[[Graus maçônicos|Altos Graus]]'' do [[Rito Escocês Antigo e Aceito]] estão sob a égide tutelar de um ''[[Supremo Conselho]]'', geralmente um por país, sendo comum que os Supremos Conselhos mantenham relações de reconhecimento entre si, bem como celebrem tratados com os corpos da Maçonaria Simbólica, mas limitando-se apenas a administrar os seus ditos graus "superiores", que no caso do R.E.A.A. compreende os graus 4º ao 33º, sendo que o conteúdo de muitos destes graus não possuem qualquer ligação direta com a Lenda tradicional que fundamenta a Maçonaria Universal no mundo (ver ''[[Landmarks]]'' de [[Albert Mackey]]).<ref name="grau" />

=== Regularidade ===
[[Imagem:Anderson'sConstitutions.jpg|thumb|esquerda|[[Constituição de Anderson]] — 1723.]]

São os regulamentos consagrados na [[Constituição de Anderson]], considerados o fundamento e pilar da maçonaria moderna, que obrigam à crença em Deus. Consequentemente, com o não cumprimento deste critério, fica, desde logo, designada a atividade maçônica como ''irregular''. Para ser membro da maçonaria, não basta a autoproclamação, por isso é necessário um convite formal e é obrigatório que o indivíduo seja ''iniciado'' por outros maçons. Mantém o seu estatuto desde que cumpra com os seus juramentos e obrigações, sejam elas [[esoterismo|esotéricas]] ou simbólicas, e esteja integrado numa [[Loja Maçônica|Loja]] ''regular'', numa [[Grande Loja]] ou num [[Grande Oriente]], devidamente consagrados, segundo as terminologias tradicionais, ditadas pelos ''[[Landmarks]]'' da Constituição de Anderson.<ref name="maconaria.net">Maconaria.net - A questão dos Landmarks. Artigo sobre a regularidade maçônica.[http://www.maconaria.net/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=165&Itemid=14]</ref>

Na Maçonaria regular, é exigido que seus membros professem uma [[religião]] ou apenas creiam em um ser supremo, chamado pelos maçons de Grande Arquiteto do Universo, título dado a [[Deus]]. Que está para além de qualquer [[crença religiosa|credo religioso]], respeitando toda a sua pluralidade. A crença num ser supremo é ponto indiscutível nos ''landmarks'' para que se possa ser iniciado na maçonaria. É uma realidade [[filosofia|filosófica]] mas não um ponto [[doutrina]]l.

=== Mulheres ===
[[Imagem:LogeAdoption.jpg|thumb|Recepção de uma jovem numa [[Loja de Adoção|Loja de Adopção]] do [[Primeiro Império Francês|Primeiro Império]] (França).]]
{{Principal|Mulheres e Maçonaria}}

O tema da relação entre mulheres e Maçonaria é complexo e sem uma explicação fácil. Tradicionalmente, só os homens podem ser maçons no âmbito da Maçonaria Regular.<ref name="AndersonCharge3">{{citar livro
|url= http://digitalcommons.unl.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1028&context=libraryscience
|acessodata= 2009-02-12
|título= The Constitutions of the Free-Masons
|primeiro = James
|último = Anderson
|publicado= [[Benjamin Franklin]]
|local= [[Filadélfia|Philadelphia, Pennsylvania]]
|editor= Paul Royster
|edição= Philadelphia
|ano= 1734
|anooriginal= 1723
|página= 49
|citação= As pessoas admitidas como membros de uma Loja devem ser bons homens e verdadeiros, nascidos livres e de idade madura e discreta, sem [[escravidão|escravos]], nem mulheres, nem homens imorais ou escandalosos, mas de boa reputação.
}}</ref> Há evidências, embora o fenômeno fosse raro, que algumas mulheres tomassem o controle de acesso em várias corporações, antes do surgimento da Maçonaria especulativa. Alguns dos estatutos de idade (idade de referência) mostram, por exemplo, o comércio do livro de Paris (1268), os estatutos da ''Guilda dos Carpinteiros'' em Norwich (1375), ou os estatutos das Lojas de York (1693).<ref>Paul Naudon, ''Histoire générale de la franc-maçonnerie'', Editora: Presses universitaires de France, 1981, Pág. 225, ISBN 2-13-037281-3</ref> Na França, o [[Andrew Michael Ramsay|cavaleiro de Ramsay]], em seu famoso discurso maçônico de [[1736]],<ref>Este discurso está disponível na íntegra na [http://fr.wikisource.org/wiki/Discours_de_Ramsay Wikisource Francesa]</ref> contém a mesma proibição, mas é menos uma questão de princípio do que a defesa da "pureza de nossos costumes":

A Maçonaria mista que admite homens e mulheres nasceu em [[4 de abril]] de [[1893]] quando [[Maria Deraismes]], com a ajuda de Georges Martim, cria em [[Paris]] a primeira loja maçónica mista.<ref>{{citar web |url=https://www.ledroithumain-br.com/copia-a-maconaria-mista-1 |titulo=A Maçonaria mista: breve histórico |website=Le Droit Humain - Federação Brasileira}}</ref> A partir desta loja inicial, em [[1901]] é criada a [[Le Droit Humain|Ordem Maçónica Mista Internacional "Le Droit Humain" — O Direito Humano]].<ref>{{citar web |url=https://ledroithumain.international/le-droit-humain-history/?lang=en |titulo=History of Le Droit Humain |website=Le Droit Humain}}</ref>

=== Ritos ===
{{Principal|Ritos Maçônicos}}
[[Imagem:Triple tau.svg|thumb|esquerda|upright|O [[T]] triplo do [[Rito de York]].]]

A maçonaria é composta por [[Graus maçônicos|Graus Simbólicos e Filosóficos]], variando o seu nome e o âmbito de Rito para Rito.<ref name="grau" /> A maçonaria simbólica compreende o seguintes três graus<ref name="grau" /> obrigatórios, previstos nos ''[[landmarks]]'' da Ordem: [[Aprendiz (maçonaria)|Aprendiz]]; [[Companheiro (maçonaria)|Companheiro]] e [[Mestre (maçonaria)|Mestre]]. O trabalho realizado nos graus ditos "superiores" ou filosóficos é optativo e de caráter complementar.<ref name="grau" />

Os ritos, compostos por procedimentos ritualísticos, são métodos utilizados para transmitir os ensinamentos e organizar as cerimônias maçônicas.<ref name="grau" /> Cada rito tem suas características particulares, assemelhando-se ou divergindo do outro em aspectos gerais, em detalhes, mas convergindo em pelo menos um ponto comum: a ''regularidade maçônica'', isto é, o reconhecimento internacional amparado pela [[Constituição de Anderson]]<ref>MINGARDI, Cezar Alberto. Sois maçom? Pág 45. São Paulo. Madras Editora. ISBN 978-85-370-0400-5</ref>

No mundo, já existiram mais de duzentos ritos, e pouco mais de cinquenta são praticados atualmente.<ref name="abrilrito">{{Citar web |url=http://blogs.abril.com.br/delta/2010/03/algumas-palavras-sobre-maconaria.html |titulo=Algumas palavras sobre maçonaria |acessodata=2010-06-21 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100826083753/http://blogs.abril.com.br/delta/2010/03/algumas-palavras-sobre-maconaria.html |arquivodata=2010-08-26 |urlmorta=yes }}</ref> Os mais utilizados são o [[Rito de York]], o [[Rito de Emulação]], o [[Rito Escocês Antigo e Aceito]], [[Rito Adonhiramita|Adonhitamita]] e o [[Rito Moderno]] (também chamado de ''Rito Francês ou Moderno'' na [[Europa]]). Juntos, estes três ritos detêm como seus praticantes mais de 99% dos maçons especulativos.<ref name="abrilrito" />

=== Lojas e templos ===
{{Principal|Loja maçônica|Templo Maçônico}}
[[Imagem:Werkplaats_vrijmetselaars_De_Achterhoek.jpg|thumb|Interior de uma [[loja maçônica]] em [[Achterhoek]], [[Países Baixos]].]]
[[Imagem:House_of_the_Temple.JPG|thumb|[[House of the Temple|Casa do Templo Maçônico]], [[Washington, DC]], inspirado no [[Mausoléu de Halicarnasso]].]]
Na maior parte do mundo, os maçons juntam-se, formando lojas maçônicas<sup> ([[português brasileiro]])</sup> ou maçónicas<sup> ([[português europeu]])</sup> de modo a trabalhar nos graus simbólicos da maçonaria. As Lojas não são os edifícios onde se reúnem, mas a própria organização; podem também ser cedidas pelos maçons a ordens patrocinadas pela maçonaria, como a [[Ordem DeMolay]] e a Ordem dos Escudeiros da Távola Redonda. As diversas maçonarias nacionais estão divididas por "oficinas" que podem ser constituídas por lojas (com mais de seis "maçons perfeitos") ou [[Triângulo maçônico|triângulos maçônicos]] (pelo menos até seis maçons) ou ainda, no [[Rito Escocês]] Antigo e Aceito, com no mínimo sete maçons, dos quais três mestres maçons.

Um Templo Maçónico é um lugar onde se reúnem os Franco-Maçons, a fim de celebrar os seus rituais, que eles chamam de "comportamentos". A sua concepção, disposição e decoração, obedecem a regras simbólicas precisas, que podem variar mais ou menos de acordo com os ritos e [[graus maçônicos]]. Muitas vezes, é bastante extensa a referência feita ao [[Templo de Salomão]], como descreve o primeiro [[livro dos Reis]], na [[Bíblia]] (Capítulos 5, 6 e 7) e o [[II Crônicas]] — (no [[Livro de Crónicas]]) (Capítulos 3 e 4).<ref name="ReferenceA">''Encyclopédie de la franc-maçonnerie'', [[:fr:Le livre de poche]], article "Temple", p.850</ref>

A decoração do templo também é codificada. Uma parte é fixa, mas alguns elementos mudam, dependendo de quem ocupa o lugar, o seu ritual e seu grau maçônico. Há uma corda a nós, o ramalhete serrilhado, ao redor do templo, abaixo do limite das longas paredes do lado leste, norte e sul. Ela simboliza a união da cadeia.<ref name="Chaîne d p.134">''Encyclopédie de la franc-maçonnerie'', [[:fr:Le livre de poche]], article "Chaîne d'union", p.134</ref>

Pelo leste, e na parede, por detrás da plataforma do Venerável, se encontra representado um [[triângulo isósceles]] chamado ''delta luminoso'', um Sol e uma Lua, chamados ''luminárias''. No segundo grau maçônico, situado na parte ocidental, a parede no lado norte da porta, se encontra uma estrela brilhante de cinco estrelas nomeada ''flamboyante'' em forma de ramos. Este é um [[pentagrama]]. Em níveis mais elevados, cortinas pretas ou vermelhas, e raramente, outras cores mais, podem ser colocadas nas paredes. Ao mudar a partir do posto de [[Companheiro (maçonaria)|companheiro]] para o [[Mestre (maçonaria)|mestre]], o Templo se torna sala ambiente ou [[Hekhal]], para os maçons do terceiro grau, onde, de acordo com o mito de [[Hiram Abiff]], os mestres receberam o seu [[salário]]. Segundo a tradição maçônica, o acesso a este "espaço", se dá por uma escada em forma de [[parafuso]], por três séries sucessivas, respetivamente 3, 5 e 7 etapas. Na Bíblia, o Hekhal, ocupa uma posição intermediária entre o [[pórtico]] e o [[santo dos santos]].<ref name="ReferenceB">''Encyclopédie de la franc-maçonnerie'', [[:fr:Le livre de poche]], article "Chambre du milieu", p.134-135</ref>

== Presença mundial ==
{{Anexo|Lista de grandes lojas maçónicas}}
[[Imagem:Mapa mundo maçonaria pt.jpg|thumb|esquerda|upright=1.3|Implantação da maçonaria no mundo.<ref>Segundo o «Les francs-maçons», dans L'Histoire, vol. 256, 2001 {{ISSN|01822411}} fontes da fr-wp</ref>]]
Desde a sua criação, a maçonaria viu o paradoxo de ser universal, enquanto existente em maneiras muito diferentes e em diferentes épocas e países. Estima-se que, ao redor do mundo, haja entre 4 e 6 milhões de pessoas ligadas à maçonaria,<ref name="bbc">{{Citar periódico|data=2018-02-25|titulo=O que é a maçonaria e por que ela está rodeada de mistério e polêmica|url=https://www.bbc.com/portuguese/internacional-43148021|lingua=en-GB}}</ref> contra 7 milhões em [[1950]]. Esta redução de efetivos foi principalmente na maçonaria Anglo-Americana, cujo número quase dobrou nos dez anos seguintes à [[Segunda Guerra Mundial]] e, em seguida, diminuiu gradualmente mais de 60% nos cinquenta anos seguintes.<ref>{{citar web|url=http://bessel.org/masstats.htm|título=''Masonic Service Association of North America''|língua=inglês}}fontes da fr-wp</ref> Na Europa continental, os números diminuíram significativamente após a [[Europa ocupada pela Alemanha Nazista|Ocupação]] e não tinha conhecido um aumento semelhante nos [[Década de 1950|anos 1950]]. Eles são atualmente um pouco mais elevados.

Na maioria dos países da [[América Latina]], predomina a maçonaria dogmática. É tão presente na Europa (é a essência da maçonaria europeia) quanto na América Latina. No Canadá, é bastante marginalizada e é quase inexistente nos Estados Unidos, onde as lojas são pouco "liberais" (no estilo europeu), sendo frequentadas, na sua maioria, por residentes e visitantes. Em todo o restante do mundo, no entanto, a tendência é seguir o "''[[mainstream]]''" das Lojas Anglo-Americanas. Em alguns países, porém, os dois movimentos existem lado a lado, ou em um relacionamento amigável de compreensão mútua (especialmente em certas regiões onde a maçonaria de todas as tendências têm sido particularmente perseguida), ou com relações mais tensas.

=== Brasil ===
[[Imagem:Sede do Grande Oriente do Brasil (loja maçônica).jpg|thumb|Sede do [[Grande Oriente do Brasil]] em [[Brasília]].]]
A primeira loja maçônica brasileira surgiu em [[Pernambuco]] no ano de [[1796]]: o [[Areópago de Itambé]], instalado por [[Manuel Arruda Câmara]]. Arruda Câmara foi um padre carmelita que deixou a batina para estudar medicina na [[Universidade de Montpellier]] na França. Após se especializar em Botânica, ele retornou a Pernambuco, fundando a sociedade filosófica que viria a influenciar, anos mais tarde, a [[Conspiração dos Suassunas]] e a [[Revolução Pernambucana]].<ref>{{citar web|url=https://books.google.com.br/books/about/Jos%C3%A9_Maria_Paranhos_Visconde_do_Rio_Bra.html?id=oyIsAAAAYAAJ&redir_esc=y|título=José Maria Paranhos, Visconde do Rio Branco: ensaio histórico-biográfico|autor=Lídia Besouchet|publicado=Google Livros|acessodata=28-04-2017}}</ref><ref>{{citar web|url=https://books.google.com.br/books/about/1822_Como_um_homem_s%C3%A1bio_uma_princesa_t.html?id=o5txCgAAQBAJ&redir_esc=y|título=1822: Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram dom Pedro a criar o Brasil - um país que tinha tudo para dar errado|página=|autor=Laurentino Gomes|publicado=Google Livros|acessodata=28-04-2017}}</ref>

A maçonaria esteve presente em momentos fundamentais da [[história do Brasil]], como a [[Independência do Brasil|Independência]], a [[Proclamação da República do Brasil|Proclamação da República]] e a [[Lei Áurea|Abolição da Escravatura]]. Enquanto Ordem Maçônica comprometida com os valores éticos do amor à pátria e o [[bem comum]], esteve presente durante o processo de [[redemocratização]] do país, e mesmo recentemente tem lutado juntamente com outras organizações da [[sociedade civil]] para a construção de uma classe política brasileira [[Honra|honesta]] e menos [[Demagogia|demagógica]].<ref>BALLOUK FILHO, Benedito Marques. Reinserção da Maçonaria na política brasileira [http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,reinsercao-da-maconaria-na-politica-brasileira,10000064534 O Estadão, 23 Julho 2016] Acesso 27/1/17</ref>

A maçonaria mista aparece no Brasil em 1918 com a criação da primeira loja no [[Rio de Janeiro]] denominada Anita Garibaldi da ordem maçónica mista [[Le Droit Humain]].<ref>{{citar web |url=https://www.ledroithumain-br.com/copia-le-droit-humain-a-maconaria |titulo=Le Droit Humain: No Brasil |website=Le Droit Humain - Federação Brasileira}}</ref>

== Antimaçonaria ==
{{Artigo principal|Antimaçonaria|Teorias conspiratórias maçônicas}}
[[Antimaçonaria]] foi definida como "oposição à Maçonaria",<ref>"Anti-Masonry" – ''Oxford English Dictionary (Compact Edition)'', Oxford University Press, 1979, p. 369</ref><ref>{{citar web|url=http://www.webster-dictionary.net/d.aspx?w=Antimasonry |título=Antimasonry – Definition of Antimasonry by Webster Dictionary |publicado=Webster-dictionary.net |acessodata=8 de setembro de 2011}}</ref> mas não há movimento antimaçônico homogêneo. A antimaçonaria consiste em críticas amplamente diferentes de diversos grupos (e muitas vezes incompatíveis) que são hostis à maçonaria de alguma forma. Os críticos incluíram grupos religiosos, grupos políticos e [[Teoria da conspiração|teóricos da conspiração]], em particular aqueles que defendiam as [[Teorias conspiratórias maçônicas|teorias da conspiração maçônicas]], como a teoria da [[conspiração judaico-maçônica]] ou a [[conspiração judaico-maçônico-comunista internacional]]. Certos antimaçons de destaque, como [[Nesta Helen Webster]] (1876–1960), criticaram exclusivamente a "Maçonaria Continental" enquanto consideravam a "Maçonaria Regular" uma associação honrosa.<ref>{{citar livro
|primeiro1 = S. Craig
|último1 = Heimbichner
|primeiro2 = Adam
|último2 = Parfrey
|título= Ritual America: Secret Brotherhoods and Their Influence on American Society: A Visual Guide
|local=
|publicado= Feral House
|ano= 2012
|páginas= 187
| isbn = 1936239159
| oclc =
| url =
}}</ref> Houve muitos boatos contra a maçonaria que datam do século XVIII. Eles geralmente não têm contexto,<ref>{{citar livro
|primeiro = S. Brent
|último = Morris
|título= The Complete Idiot's Guide to Freemasonry
|local= New York
|publicado= Alpha Books
|ano= 2006
|páginas= [https://archive.org/details/completeidiotsgu00morr/page/85 85 (also discussed in chapters 13 and 16)]
| isbn = 978-1-59257-490-2
| oclc = 68042376
| url = https://archive.org/details/completeidiotsgu00morr/page/85
}}</ref> podem estar desatualizados por vários motivos,<ref name="changes">{{citar livro
|primeiro = John J.
|último = Robinson
|título= A Pilgrim's Path
|publicado= M. Evans
|local= New York
|ano= 1993
|página= [https://archive.org/details/pilgrimspathfree00robi/page/129 129]
| isbn = 978-0-87131-732-2
| oclc = 27381296
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}}</ref> ou podem ser boatos diretos por parte do autor, como no caso da [[Fraude de Taxil]].<ref name="Anti-mason">[http://dictionary.infoplease.com/anti-mason "Anti-mason"] ''infoplease.com'' acessado em 9 de janeiro de 2014</ref> Esses ''[[hoaxes]]'' frequentemente se tornaram a base para críticas à maçonaria, geralmente de natureza religiosa ou política, ou são baseados na suspeita de alguma forma de conspiração corrupta. A oposição política que surgiu após o "[[Caso Morgan]]", em 1826, deu origem ao termo "antimaçonaria", que ainda hoje é usado nos Estados Unidos, tanto pelos maçons em referência a seus críticos quanto como pelos próprios críticos.<ref name="Anti-mason"/>

=== Religião ===
A maçonaria atraiu críticas de [[Teocracia|Estados teocráticos]] e religiões organizadas por suposta competição com a [[religião]], ou suposta heterodoxia dentro da própria fraternidade e tem sido alvo de [[teorias da conspiração]], que afirmam que a maçonaria é um poder [[Ocultismo|oculto]] e maligno.<ref>Morris, S. Brent; ''The Complete Idiot's Guide to Freemasonry,'' Alpha books, 2006, p. 204.</ref>

==== Cristianismo ====
O estudioso maçônico [[Albert Pike]] é frequentemente citado (em alguns casos mal-citado) por anti-maçons protestantes como uma autoridade para a posição da Maçonaria sobre essas questões.<ref>{{citar livro|autor=Arturo de Hoyos and S. Brent Morris|título=Is it True What They Say About Freemasonry, 2ª edição (revisada), capítulo 1|publicado=M. Evans & Company|ano=2004|url=http://204.3.136.66/web/SRpublications/DeHoyos.htm#i8|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131202094337/http://204.3.136.66/web/SRpublications/DeHoyos.htm#i8|arquivodata=2 de dezembro de 2013}}</ref> No entanto, Pike, embora instruído, não era um porta-voz da Maçonaria e também era controverso entre os maçons em geral. Seus escritos representavam apenas sua opinião pessoal e, além disso, uma opinião fundamentada nas atitudes e entendimentos da Maçonaria do Sul dos EUA no final do século XIX. Notavelmente, seu livro traz no prefácio uma forma de renúncia de sua própria Grande Loja. Nenhuma voz jamais falou por toda a Maçonaria.<ref>{{citar livro|último1= Pike |primeiro1= Albert | author-link1 = Albert Pike |autor2= T. W. Hugo; Scottish Rite (Masonic order). Supreme Council of the Thirty-Third Degree for the Southern Jurisdiction | título= Morals and Dogma of the Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry |local= Washington, DC |publicado= House of the Temple |ano= 1950 |anooriginal= 1871 | oclc = 12870276 |citação= Na preparação deste trabalho [Pike] foi igualmente autor e compilador. (p. iii.) ... Os ensinamentos dessas Leituras não são sacramentais, na medida em que vão além do reino da Moralidade para aqueles de outros domínios do Pensamento e da Verdade. O Rito Escocês Antigo e Aceito usa a palavra "Dogma" em seu verdadeiro sentido de doutrina, ou ensinamento; e não é dogmático no sentido odioso desse termo. Todos são inteiramente livres para rejeitar e discordar de qualquer coisa aqui que possa parecer-lhe falsa ou infundada (p. iv) }}</ref>

O fundador da  [[Igreja Metodista Livre]], B.T. Roberts, foi um oponente vocal da Maçonaria em meados do século 19. Roberts se opôs à sociedade por motivos morais e declarou: "O deus da loja não é o Deus da Bíblia". Roberts acreditava que a Maçonaria era um "[[Religião de mistérios|mistério]]" ou religião "alternativa" e encorajou sua igreja a não apoiar ministros que fossem maçons. A liberdade das sociedades secretas é uma das "liberdades" sobre as quais a Igreja Metodista Livre foi fundada.<ref>{{citar livro|último= Snyder |primeiro= Howard | título= Populist Saints |local= Grand Rapids, Michigan|publicado= William B. Eerdmans Publishing Company |ano= 2006|página = 727}}</ref>

Em [[1933]], a igreja [[Igreja Ortodoxa Oriental|Ortodoxa]], [[Igreja da Grécia]], declarou oficialmente que ser maçom constitui um ato de [[Apostasia no Cristianismo|apostasia]] e assim, até que se arrependa, a pessoa envolvida com A Maçonaria não pode participar da [[Eucaristia]]. Isso tem sido geralmente afirmado em toda a Igreja Ortodoxa Oriental. A crítica ortodoxa da Maçonaria concorda com as versões católica e protestante: "A Maçonaria não pode ser de forma alguma compatível com o cristianismo, na medida em que é uma organização secreta, agindo e ensinando em mistério e segredo e racionalismo deificante".<ref>{{citar web|url=http://www.orthodoxinfo.com/ecumenism/masonry.aspx |título=Freemasonry: Official Statement of the Church of Greece (1933) |publicado=Orthodoxinfo.com |data=12 de outubro de 1933 |acessodata=15 de janeiro de 2011}}</ref>

===== Catolicismo =====
{{Principal|Catolicismo e Maçonaria}}
[[Imagem:Leo XIII.jpg|upright|esquerda|thumb|[[Papa Leão XIII]], foi um adversário ferrenho da maçonaria]]

Embora membros de várias religiões citem objeções, certas denominações cristãs tiveram atitudes negativas em relação à Maçonaria, proibindo ou desencorajando seus membros de serem maçons. A denominação com a mais longa história de objeção à Maçonaria é a [[Igreja Católica]]. As objeções levantadas pela Igreja Católica são baseadas na alegação de que a Maçonaria ensina uma religião naturalista [[deísta]] que está em conflito com a [[doutrina]] da Igreja.<ref>{{citar web| url = https://www.catholicculture.org/culture/library/view.cfm?id=5285 | título= Letter of 19 de abril de 1985 to U.S. Bishops Concerning Masonry |último= Cardinal Law |primeiro= Bernard |autorlink= Bernard Francis Law | acessodata = 9 de julho de 2007 |data= 19 de abril de 1985 |publicado= CatholicCulture.org }}</ref> Vários pronunciamentos papais foram emitidos contra a Maçonaria. O primeiro foi o ''[[In Eminenti|In eminenti apostolatus]],'' do [[Papa Clemente XII]] em 28 de abril de 1738; o mais recente foi o ''[[Ab apostolici]],'' do [[Papa Leão XIII]], em 15 de outubro de 1890. O ''[[Código de Direito Canônico de 1917]]'' declarou explicitamente que ingressar na Maçonaria implicava automaticamente [[excomunhão]], além disso, proibiu a leitura de livros favorecendo a Maçonaria.<ref name="canon2335">Canon 2335, 1917 Code of Canon Law from {{citar web| url = http://freemasonry.bcy.ca/anti-masonry/canon.html | título= Canon Law regarding Freemasonry, 1917–1983 |publicado= Grand Lodge of British Columbia and Yukon }}</ref>

Apesar disso, há acusações sobre [[Paulo VI]] e alguns cardeais da Igreja relacionarem-se a uma loja.<ref name="montfort:joao-xxiii">{{citar web|url=http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=papa&artigo=20051228141726&lang=bra|titulo=João XXIII, Paulo VI e a maçonaria - MONTFORT|autor=Orlando Fedeli|publicado=[[Associação Cultural Montfort]]|acessodata=6 de maio de 2010}}</ref> Entretanto, todas as acusações carecem de provas. A condenação da Igreja é forte e não muda ainda que membros do clero tenham de alguma forma se associado à sociedade secreta. No [[Brasil Império]], havia [[clero|clérigos]] maçons e a tentativa de alguns bispos [[Ultramontanismo|ultramontanos]] de adverti-los causou um importante conflito conhecido como [[Questão Religiosa]].<ref name="uol-educacao:questao-religiosa">{{citar web|url=http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/questao-religiosa.jhtm|titulo=Igreja e Estado entram em conflito|autor=Vitor Amorim de Angelo|publicado=[[Universo Online|UOL Educação]]|acessodata=6 de maio de 2010}}</ref><ref name="oabsp:questao-religiosa">{{citar web |url=http://www.oabsp.org.br/institucional/grandes-causas/a-questao-religiosa |titulo=A Questão Religiosa |data=14 de dezembro de 2006 |acessodata=6 de maio de 2010 |obra=Grandes Advogados, Grandes Julgamentos |publicado=Departamento Editorial da [[Ordem dos Advogados do Brasil|OAB]]-[[São Paulo (estado)|SP]] |autor=Pedro Paulo Filho}}</ref> O principal dos bispos antimaçônicos desta época foi [[Dom Vital]], bispo de Olinda. Recebeu forte apoio popular, mas foi preso pelas autoridades imperiais, notadamente favoráveis à maçonaria. Após ser liberto, foi chamado a Roma onde foi congratulado pelo papa, SS Pio IX, por sua brava resistência, e foi recebido paternalmente e com alegria (o Papa, comovido, só o chamava de "Mio Caro Olinda", "Mio Caro Olinda").

Até [[1983]], a pena para católicos que se associassem a essa sociedade era de [[excomunhão]]. Com a formulação do novo Código de [[Direito Canônico]] que não mais condenava a maçonaria explicitamente, muitos pensaram que a Igreja a houvesse aceitado. No entanto, a [[Congregação para Doutrina da Fé]] tratou de esclarecer o mal entendido e afirmar que permanece imutável o parecer negativo sobre a maçonaria e a pena de excomunhão para os que a ela se associarem.<ref name="vaticano">Site o Vaticano - Congregação para a Doutrina da Fé: declaração sobre a maçonaria. [http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_19831126_declaration-masonic_po.html] of Quaestum Est</ref> A mesma declaração foi, um ano mais tarde, reiterada e explicada em todos os detalhes à luz dos novos tempos.<ref name="vaticano2">Site do Vaticano - Congregação par a Doutrina da Fé: inconciabilidade entre fé cristã e maçonaria. [http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_19850223_declaration-masonic_articolo_po.html]</ref> Em [[2023]], o [[Papa Francisco]] reafirmou a proibição de os católicos se tornarem maçons, afirmando a «[...] inconciliabilidade entre a doutrina católica e a Maçonaria [...]»<ref>''Franciscus'', [https://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_ddf_doc_20231113_richiesta-cortes-massoneria_en.pdf Dicasterium Pro Doctrina Fidei]: Note for the audience with the Holy Father, Vatican City, 13 November 2023.</ref> em resposta a Julito Cortes, Bispo de [[Dumaguete|Dumanguete]], que manifestou preocupação com o número crescente de Maçons nas [[Filipinas]].<ref name=":7">{{citar jornal|url=https://www.vaticannews.va/en/vatican-city/news/2023-11/vatican-catholics-still-forbidden-masonic-lodge.html?utm_source=ground.news&utm_medium=referral|título=Vatican confirms Catholics still forbidden to join Masonic lodges|data=15 de Novembro de 2023|obra=Vatican News|urlmorta= não}}</ref> A proibição renovada citou tanto o [[Código de Direito Canónico de 1983|''Código de Direito Canônico de 1983'']], como as ''Diretrizes'' feitas por uma Conferência Episcopal em 2003.<ref>{{citar jornal|último=Rojas|primeiro=Jose R.|url=https://cbcpnews.net/cbcpnews/pastoral-guidelines-in-dealing-with-individual-catholics-members-of-masonry/|título=Pastoral guidelines in dealing with individual Catholics – members of Masonry|data=20 de Fevereiro de 2020|obra=CBCPNews}}</ref>

A Maçonaria Especulativa surgiu durante o período da reforma protestante e é negada por algumas denominações reformadas. Notadamente, [[James Anderson]], o autor da [[Constituição de Anderson]], era um pastor [[presbiterianismo|presbiteriano]].<ref name="mansonic:constituicao">{{citar web|url=http://www.masonic.com.br/trabalho/anderson.htm|titulo=Constituição de Anderson|autor=Abel Tolentino de O. Junior|publicado=Loja Maçônica Luz no Horizonte|acessodata=6 de maio de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100420022251/http://www.masonic.com.br/trabalho/anderson.htm|arquivodata=2010-04-20|urlmorta=yes}}</ref><ref>[http://www.freemasons-freemasonry.com/galdeano_origens.html freemasons - freemasonry -As origens da Maçoanria]</ref>

==== Islã ====
Muitos argumentos antimaçônicos [[Islã|islâmicos]] estão intimamente ligados ao [[antissemitismo]] e ao [[antissionismo]], embora outras críticas sejam feitas, como a vinculação da maçonaria ao [[Dajjal|Al-Masih ad-Dajjal]] (o falso Messias nas Escrituras Islâmicas).<ref name="freemasonryinSHIraq"/><ref name="SFMNAD">{{citar livro| url = http://www.freemasons-freemasonry.com/prescott03.html|título= The Study of Freemasonry as a New Academic Discipline |páginas= 13–14 |primeiro = Andrew |último = Prescott |acessodata= 18 de dezembro de 2008 }}</ref> Alguns antimaçons muçulmanos argumentam que a maçonaria promove os interesses dos [[judeus]] em todo o mundo e que um de seus objetivos é destruir a [[mesquita de Al-Aqsa]] para reconstruir o [[Templo de Salomão]] em [[Jerusalém]].<ref>[http://wakeupfromyourslumber.com/node/4119 "Can a Muslim be a Freemason"] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20140329180953/http://wakeupfromyourslumber.com/node/4119|data=29-03-2014}} ''Wake up from your slumber'', 2007, acessado em 8 de janeiro de 2014</ref> No artigo 28 de seu Pacto, o [[Hamas]] afirma que a maçonaria, o [[Rotary]] e outros grupos semelhantes "trabalham no interesse do [[sionismo]] e de acordo com suas instruções ...".<ref>{{citar web|url=http://avalon.law.yale.edu/20th_century/hamas.asp |título=Hamas Covenant 1988 |publicado=Avalon.law.yale.edu |data=18 de agosto de 1988 |acessodata=15 de janeiro de 2011}}</ref>

Muitos países de maioria muçulmana não permitem estabelecimentos maçônicos dentro de suas fronteiras. No entanto, países como a [[Turquia]] e o [[Marrocos]] estabeleceram grandes lojas,<ref>Leyiktez, Celil. [http://www.freemasons-freemasonry.com/layiktez1.html "Freemasonry in the Islamic World"], ''Pietre-Stones'' Retrieved 2 October 2007.</ref> enquanto em países como a [[Malásia]]<ref>[http://dglea.org/ "Home Page", ''District Grand Lodge of the Eastern Archipelago''], acessado em 9 de janeiro de 2014</ref><ref>{{citar web|url=http://www.thestar.com.my/Story.aspx/?file=%2F2005%2F4%2F17%2Ffocus%2F10649415&sec=focus |data=17 de abril de 2005 |acessodata=13 de fevereiro de 2014 |título=Mystery unveiled |publicado= The Star Online}}</ref> e o [[Líbano]]<ref>[http://freemasonlb.net/Lodges.html ''Freemasonry in Lebanon''] Lodges linked to the Grand Lodge of Scotland, acessado em 22 de agosto de 2013</ref> existem grandes lojas operando. No [[Paquistão]], em 1972, [[Zulfiqar Ali Bhutto]], então [[primeiro-ministro do Paquistão|primeiro-ministro]], proibiu a maçonaria e os edifícios das lojas maçônicas foram confiscados pelo governo.<ref>[http://www.dawn.com/news/508406/masonic-mystique Peerzada Salman, "Masonic Mystique"], December 2009, ''Dawn.com'' (News site), acessado em 3 de janeiro de 2012</ref>

Lojas maçônicas existiam no [[Iraque]] já em 1917, quando a primeira loja sob a [[Grande Loja Unida da Inglaterra]] (UGLE) foi aberta. Nove lojas sob a UGLE existiam na década de 1950 e uma loja escocesa foi formada em 1923. No entanto, a posição mudou após a revolução, e todas as lojas foram forçadas a fechar em 1965.<ref>[http://www.freemasons-freemasonry.com/freemasonry-islamic-countries.html Kent Henderson, "Freemasonry in Islamic Countries"], 2007 paper, ''Pietre Stones'', acessado em 4 de janeiro de 2014</ref> Esta posição foi posteriormente reforçada sob o regime de [[Saddam Hussein]]; a [[pena de morte]] foi "prescrita" para aqueles que "promovem ou aclamam os princípios sionistas, incluindo a maçonaria, ou que se associam a organizações sionistas".<ref name="freemasonryinSHIraq">{{citar jornal| url = http://washingtontimes.com/world/20040701-120129-6565r.htm |título= Saddam to be formally charged |primeiro = David R |último = Sands |obra= [[The Washington Times]] |data= 1 de julho de 2004 |acessodata= 18 de junho de 2006 }}</ref>

=== Oposição política ===
Em 1799, a maçonaria [[Reino Unido|britânica]] quase parou devido a proclamação do [[Parlamento do Reino Unido|Parlamento]]. Após a [[Revolução Francesa]], a Lei das Sociedades Ilícitas proibiu quaisquer reuniões de grupos que exigissem que seus membros prestassem [[juramento]] ou obrigação.<ref name="USA1799">[http://www.freemasons-freemasonry.com/prescott15.html Andrew Prescott, "The Unlawful Societies Act"], First published in M. D. J. Scanlan, ed., ''The Social Impact of Freemasonry on the Modern Western World'', The Canonbury Papers I (London: Canonbury Masonic Research Centre, 2002), pp. 116–34, ''Pietre-Stones'' website, acessado em 9 de janeiro de 2014</ref> Os Grão-Mestres das Lojas Modernas e Antigas chamaram o primeiro-ministro [[William Pitt, o Novo|William Pitt]] (que não era maçom) e explicaram a ele que a maçonaria era um defensora da lei e constituía legalmente a autoridade e estava muito envolvida em trabalhos de [[caridade]]. Como resultado, a maçonaria foi especificamente isenta dos termos da Lei, desde que o Secretário de cada loja particular colocasse junto ao "Secretário da Paz" local uma lista dos membros de sua loja uma vez por ano. Isso continuou até 1967, quando a obrigação da disposição foi rescindida pelo Parlamento.<ref name="USA1799" />

[[Imagem:Templo masónico histórico, Santa Cruz de Tenerife, España, 2012-12-15, DD 03.jpg|thumb|[[Templo Masónico de Santa Cruz de Tenerife]], um dos poucos [[templos maçônicos]] que sobreviveu ao período da [[Espanha Franquista]].]]

A maçonaria nos [[Estados Unidos]] enfrentou pressão política após o sequestro de [[William Morgan]] em 1826 pelos maçons e seu subsequente desaparecimento. Os relatórios do "[[Caso Morgan]]", juntamente com a oposição à [[democracia jacksoniana]] ([[Andrew Jackson]] era um maçom proeminente), ajudaram a alimentar um movimento antimaçônico. O [[Partido Antimaçônico]], de curta duração, foi formado e apresentou candidatos para as eleições presidenciais de 1828 e 1832.<ref>[http://freemasonry.bcy.ca/texts/morgan_affair.html "The Morgan Affair"], Reprinted from ''The Short Talk Bulletin'' – Vol. XI, March 1933 No. 3, ''Grand Lodge of British Columbia and Yukon'', retrieved 4 January 2014</ref>

Na [[Itália]], a maçonaria se vinculou a um escândalo referente à [[Loja P2, Propaganda Dois|loja Propaganda Due]] (também conhecida como P2). Esta loja foi fretada pelo [[Grande Oriente da Itália]] em 1877, como uma loja para visitar maçons incapazes de frequentar suas próprias lojas. Sob a liderança de [[Licio Gelli]], no final da década de 1970, a P2 se envolveu nos escândalos financeiros que quase quebraram o [[Banco do Vaticano]]. No entanto, a essa altura, a loja estava operando de forma independente e irregular, pois o Grande Oriente havia revogado sua carta e expulso Gelli em 1976.<ref>{{citar web|primeiro = Edward L. |último = King | url = http://www.masonicinfo.com/p2_lodge.htm |título= P2 Lodge |ano= 2007 |acessodata=31 de outubro de 2006 }}</ref>

Os teóricos da conspiração há muito tempo associam a maçonaria à [[Nova Ordem Mundial]] e aos [[Illuminati nas teorias de conspiração|Illuminati]] e afirmam que a maçonaria como organização está empenhada na dominação mundial ou já secretamente no controle da política mundial. Historicamente, a maçonaria atraiu críticas — e repressão — tanto da [[extrema-direita]] política (por exemplo, [[Alemanha nazista]])<ref>{{citar livro|primeiro = James |último = Wilkenson |autor2 = H. Stuart Hughes |título= Contemporary Europe: A History |local= Englewood Cliffs, NJ |publicado= Prentice Hall |ano= 1995 |página= [https://archive.org/details/contemporaryeuro00wilk/page/237 237] | isbn = 978-0-13-291840-4 | oclc = 31009810 | url = https://archive.org/details/contemporaryeuro00wilk/page/237 }}</ref><ref>{{citar livro|primeiro = Otto |último = Zierer |título= Concise History of Great Nations: History of Germany |local= New York |publicado= Leon Amiel Publisher |ano= 1976 |página= [https://archive.org/details/germany0000zier/page/104 104] | isbn = 978-0-8148-0673-9 | oclc = 3250405 | url = https://archive.org/details/germany0000zier/page/104 }}</ref> como da [[extrema-esquerda]] (por exemplo, os antigos [[Bloco Oriental|Estados comunistas]] na [[Europa Oriental]]).<ref>Michael Johnstone, ''The Freemasons'', Arcturus, 2005, pp 73–75</ref> O professor Andrew Prescott, da [[Universidade de Sheffield]], escreve: "Desde pelo menos a época dos Protocolos dos Anciãos de Sião, o antissemitismo andava de mãos dadas com a antimaçonaria, por isso não surpreende que as alegações de que [[Ataques de 11 de setembro de 2001|11 de setembro]] tenham sido uma conspiração sionista foram acompanhados de sugestões de que os ataques foram inspirados por uma ordem mundial maçônica".<ref>Prescott, pp. 13–14, 30, 33.</ref>

Nas democracias modernas, a maçonaria é frequentemente vista com desconfiança.<ref name=Hodapp86>Hodapp, Christopher. ''Freemasons for Dummies''. Indianapolis: Wiley, 2005. p. 86.</ref> No [[Reino Unido]], os maçons que trabalhavam no sistema de justiça, como juízes e policiais, foram obrigados de 1999 a 2009 a divulgar seus membros.<ref name=GuardianMP>Bright, Martin (12 June 2005). "[https://www.theguardian.com/politics/2005/jun/12/uk.freedomofinformation1 MPs told to declare links to Masons]", ''[[The Guardian]]''</ref> Embora uma investigação parlamentar tenha constatado que não houve evidências de irregularidades, o governo acreditava que as lealdades em potencial dos maçons para apoiar outros maçons deveriam ser transparentes para o público.<ref name=Hodapp86 /><ref name=GuardianMP /><ref>Cusick, James (27 December 1996). [https://www.independent.co.uk/news/police-want-judges-and-mps-to-reveal-masonic-links-too-1316095.html Police want judges and MPs to reveal Masonic links too], ''[[The Independent]]''</ref> A política de exigir uma declaração de filiação maçônica pelos candidatos a cargos judiciais (juízes e magistrados) foi encerrada em 2009 pelo secretário de Justiça [[Jack Straw]] (que havia iniciado a exigência nos anos 1990). Straw afirmou que a regra era considerada desproporcional, uma vez que nenhuma impropriedade ou negligência havia sido demonstrada como resultado de juízes serem maçons.<ref>{{citar jornal|url=https://www.theguardian.com/politics/blog/2009/nov/05/jack-straw-judges-masons |título=Jack Straw scraps rule saying judges must declare if they are masons |obra=guardian.co.uk |data=5 de novembro de 2009 |autor =Sparrow, Andrew |acessodata=7 de novembro de 2009}}</ref> A maçonaria é bem-sucedida e controversa na [[França]] e, a partir do início do século XXI, o número de membros passou a aumentar, mas a divulgação na mídia ainda costuma ser negativa.<ref name=Hodapp86 />

==== Holocausto ====
{{Artigo principal|Holocausto#Maçons}}
{{VT|Liberté chérie}}
[[Imagem:Liberté chérie2.jpg|thumb|esquerda|Monumento a [[Liberté chérie]] no [[campos de concentração nazistas|campo de concentração]] de [[Esterwegen]].]]

Os registros preservados do ''[[Reichssicherheitshauptamt]]'' (Escritório Central de Segurança do Reich) mostram a perseguição aos maçons durante o [[Holocausto]].<ref>{{citar web| url = http://mill-valley.freemasonry.biz/persecution.htm |título= World War II Documents showing the persecution of Freemasonry |publicado= Mill Valley Lodge #356 |acessodata=21 de maio de 2006 |urlmorta= sim|arquivourl= https://web.archive.org/web/20121210071945/http://mill-valley.freemasonry.biz/persecution.htm |arquivodata=10 de dezembro de 2012 | df = dmy-all }}</ref> O RSHA Amt VII (registros escritos) foi supervisionado pelo professor [[Franz Six]] e foi responsável por tarefas "ideológicas", com o que se pretendia criar propaganda [[antissemita]] e antimaçônica. Embora o número de vítimas não seja conhecido com precisão, os historiadores estimam que entre 80 000 e 200 000 maçons foram mortos sob o [[Alemanha nazista|regime nazista]].<ref name="holocaust">''Freemasons for Dummies'', by Christopher Hodapp, Wiley Publishing Inc., Indianapolis, 2005, p. 85, sec. "Hitler and the Nazi"</ref> Os presos maçônicos dos [[Campos de concentração nazistas|campos de concentração]] foram classificados como prisioneiros políticos e usavam um triângulo vermelho invertido.<ref>{{citar enciclopédia|enciclopédia= The Encyclopedia of the Holocaust |página= [https://archive.org/details/encyclopediaofho0000unse_l4l4/page/ vol. 2, p. 531] |último = Katz | editor = Israel Gutman |artigo= Jews and Freemasons in Europe | isbn = 978-0-02-897166-7 | oclc = 20594356 | url = https://archive.org/details/encyclopediaofho0000unse_l4l4/page/ }}</ref> [[Hitler]] acreditava que os maçons sucumbiram aos [[judeus]] conspirando contra a Alemanha.<ref>{{citar web|url=https://www.ushmm.org/wlc/en/article.php?ModuleId=10007186|título=Freemasonry|publicado=}}</ref><ref>{{citar web|url=http://freemasonry.bcy.ca/anti-masonry/hitler.html|título=Hitler and Freemasonry|primeiro =Trevor W.|último =McKeown|publicado=}}</ref>

A pequena flor azul do [[miosótis]] foi usada pela primeira vez pela Grande Loja Zur Sonne, em 1926, como emblema maçônico na convenção anual em [[Bremen]], [[Alemanha]]. Em 1938, um distintivo de miosótis — fabricado pela mesma fábrica que o distintivo maçônico — foi escolhido para a campanha anual de caridade do [[Partido Nazista]] em [[Winterhilfswerk]]. Essa coincidência permitiu que os maçons usassem o emblema do miosótis como um sinal secreto de associação.<ref>{{citar web| url = http://www.internetloge.de/arst/forgetd.htm |título= Das Vergißmeinnicht-Abzeichen und die Freimaurerei, Die wahre Geschichte |língua= de |publicado= Internetloge.de |acessodata= 8 de julho de 2006 }}</ref><ref>{{citar web| url = http://www.freemasons-freemasonry.com/bernheim3.html |primeiro = Alain |último = Bernheim |título= The Blue Forget-Me-Not: Another Side Of The Story |obra= Pietre-Stones Review of Freemasonry |publicado= |data= 10 de setembro de 2004 |acessodata= 8 de julho de 2006 }}</ref><ref>{{citar livro|título= Die Freimaurer-Logen Deutschlands und deren Grosslogen 1737–1972 |primeiro = Karl Heinz |último = Francke |autor2 =Ernst-Günther Geppert |local= Bayreuth |publicado= Quatuor Coronati |ano= 1974 |língua= de | isbn = | oclc = |edição= Second rev.}}Also in: {{citar livro|título= Die Freimaurer-Logen Deutschlands und deren Grosslogen 1737–1985 : Matrikel und Stammbuch; Nachschlagewerk über 248 Jahre Geschichte der Freimaurerei in Deutschland |primeiro = Karl Heinz |último = Francke |autor2 =Ernst-Günther Geppert |local= Bayreuth |publicado= Quatuor Coronati |ano= 1988 |língua= de | isbn = 978-3-925749-05-6 | oclc = 75446479 }}</ref>

Após a [[Segunda Guerra Mundial]], a flor do miosótis foi usada novamente como emblema maçônico em 1948 na primeira Convenção Anual das Grandes Lojas Unidas da Alemanha em 1948. O símbolo agora é usado na lapela do casaco pelos maçons ao redor do mundo lembrar todos os que sofreram em nome da maçonaria, especialmente aqueles durante a era nazista.<ref name=Galen_forget-me-not>{{citar jornal|título=The Story Behind Forget Me Not Emblem!|url=http://www.masonicnetwork.org/blog/2009/the-story-behind-forget-me-not-emblem/|jornal=Masonic Network|data=11 de dezembro de 2009}}</ref>

== Ver também ==
* [[Grande Oriente do Brasil]]
*[[Grande Oriente Lusitano]]
* [[Le Droit Humain]]

{{Referências}}

== Bibliografia ==
=== Geral ===
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* PIGEARD, Alain e outros. ''Os Franco-Mações'', 2003 (1.ª Ed.), Editora ''Pregaminho'', ISBN 972-711-429-6 (Traduzido da edição original: ''Les Francs-Maçons'', Éditions Tallandier, Paris, 1998).
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* HUTIN, Serge. "Les Francs-Maçons". Paris: Éditions du Seuil, 1976.
* PALOU, Jean. "A Franco-Maçonaria Simbólica e Iniciática". trad. do Francês. São Paulo: Pensamento, s/d.
* PETERS, Ambrósio. "O Manuscrito Régio e o Livro das Constituições". Londrina: "A TROLHA", 1997.
* RIPA MONTESANO, Domenico Vittorio. "Vademecum di Loggia", Edizione Gran Loggia Phoenix – Roma Italia 2009 ISBN 978-88-905059-0-4
* VAROLI FILHO, Theobaldo. "Curso de Maçonaria Simbólica". 1º Tomo (Aprendiz). São Paulo: "A Gazeta Maçônica", 1976.
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=== Em Portugal ===
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* [[António Arnaut|ARNAUT, António]]. ''Introdução à Maçonaria''. Coimbra: Coimbra Editora, 2000. {{ISBN|978-972-32-1416-1}}
* CARVALHO, António Carlos. ''Para a história da maçonaria em Portugal (1913-1935): alguns subsídios recolhidos por António Carlos Carvalho''. Lisboa: Editorial Veja, 1976.
* DIAS, Maria da Graça Silva; [[José Sebastião da Silva Dias|DIAS, J. S. da Silva]]. ''Os primórdios da maçonaria em Portugal''. Lisboa: Instituto Nacional de Investigação Científica, 1980, 2 volumes, 4 tomos.
* DIAS, Maria da Graça Silva. «[http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223995365B5yIX7es3Wa00LB0.pdf Anglismo na Maçonaria em Portugal no limiar do século XIX]» in ''Análise Social'', vol .XVI (61-62), 1980-1.º-2.º, 399-405
* [[A. H. de Oliveira Marques|MARQUES, A. H. de Oliveira]]. ''A maçonaria em Portugal''. Lisboa: Gradiva, 1998. {{ISBN|978-972-662-644-2}}
* [[A. H. de Oliveira Marques|MARQUES, A. H. de Oliveira]].  ''Dicionário de maçonaria portuguesa''. Lisboa: Editorial Delta, 2 vols., 1986.
* [[A. H. de Oliveira Marques|MARQUES, A. H. de Oliveira]] (apresentação, introdução e anotações). ''Figurinos maçônicos oitocentistas: um «guia» de 1841-42''. Lisboa: Editorial Estampa, 1983.
* [[A. H. de Oliveira Marques|MARQUES, A. H. de Oliveira]]; ''História da maçonaria em Portugal'':
** Volume I: ''Das origens ao triunfo''. Lisboa: Editorial Presença, 1990. {{ISBN|978-972-23-1226-4}}
** Volume II, ''Política e maçonaria: 1820-1869'', 1.ª parte. Lisboa: Editorial Presença, 1996. {{ISBN|978-972-23-2124-2}}
** Volume III, ''Política e maçonaria: 1820-1869'', 2.ª parte. Lisboa: Editorial Presença, 1997. {{ISBN|978-972-23-2163-1}}
* MATOS, Jorge de. ''O pensamento maçônico de Fernando Pessoa''. Lisboa: Hugin, 2.ª ed., 1977. Prefácio de [[José Manuel Anes]]. {{ISBN|978-972-8310-28-8}}
* REIS, A. do Carmo – Maçonaria. In ''Dicionário de História Religiosa de Portugal''. Lisboa: Círculo de Leitores, 2001. 3.º vol. (J-P), p.&nbsp;163-168. {{ISBN|978-972-42-2416-9}}
* [[António Ventura|VENTURA, António]]. ''Uma história da maçonaria em Portugal (1727-1986)''. Lisboa : Círculo de Leitores, 2013. {{ISBN|978-972-42-4939-1}}
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== Ligações externas ==
{{Correlatos
|commonscat= Freemasonry
|wikiquote= Maçonaria
|wiktionary= Maçonaria
|wikisource= Hino da Maçonaria
}}
* {{citar web|url=http://www.bbc.com/portuguese/internacional-43148021|título=''O que é a maçonaria e por que ela está rodeada de mistério e polêmica''|data=25 de fevereiro de 2018|acessodata=27 de fevereiro de 2018|publicado=''[[British Broadcasting Corporation|BBC Brasil]]''|arquivourl=http://archive.is/0qEWU|arquivodata=27 de fevereiro de 2018}}
* [http://www.gremiolusitano.pt/ Grande Oriente Lusitano]
* [https://www.gob.org.br/ Grande Oriente do Brasil]
* [https://www.ledroithumain-br.com/ Ordem Maçônica Mista Internacional Le Droit Humain — Federação Brasileira]
* [http://www.direito-humano.pt/ Ordem Maçónica Mista Internacional Le Droit Humain — Federação Portuguesa]

{{Teorias conspiratórias}}
{{Portal3|Maçonaria}}
{{controle de autoridade}}

[[Categoria:Maçonaria| ]]