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Tema da Sicília

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Região do Mediterrâneo por volta de 717, mostrando o Thema da Sicília (nº 5).

O Thema da Sicília (em grego: θέμα Σικελίας) foi um thema (província civil-militar) bizantino que existiu do final do século VII até o século X e que abrangia a ilha da Sicília e regiões da Calábria na península Itálica. Após a conquista muçulmana da Sicília em 902, o thema se limitou à Calábria, mas manteve seu nome original até meados do século X.

História

Desde a reconquista frente aos ostrogodos por Belisário em 535-536, a Sicília formava uma província sob um praetor enquanto que o exército local respondia a um dux[1][2]. Um strategos (governador militar)aparece na ilha em fontes árabes pela primeira vez entre 687 e 695 e é por volta desta época que a ilha provavelmente se tornou um thema[3].

A capital do thema era Siracusa, tradicionalmente a cidade mais importante da Sicília. O território era dividido em distritos chamados de tourmai e abarcava também o Ducado da Calábria (em grego: δουκᾶτον Καλαυρίας, doukaton Kalavrias), na península, que se estendia até o rio Crati[3][4][5]. Além disso, o strategos da Sicília exercia alguma autoridade - que variava de acordo com a facção política prevalecente - sobre os ducados autônomos de Nápoles, Gaeta e Amalfi[6].

A conquista muçulmana da ilha começou em 826. Após a queda de Siracusa em 878 e a conquista de Taormina em 902, o strategos se mudou para Rhegion, a capital da Calábria. Na primeira metade do século X, os bizantinos enviaram diversas expedições fracassadas à região para tentar retomar o controle e defenderam uns poucos fortes isolados em Messina até 965, quando Rametta, o último deles, caiu. O posto de "strategos da Sicília" permaneceu, contudo, até meados do século X, quando "strategos da Calábria" começou a aparecer nas listas[7].

Ver também

Referências

  1. Kazhdan 1991, p. 1891.
  2. Nesbitt & Oikonomides 1994, p. 22.
  3. a b Oikonomides 1972, p. 351.
  4. Nesbitt & Oikonomides 1994, pp. 19, 22.
  5. Pertusi 1952, p. 179.
  6. Brown 2008, pp. 457–459.
  7. Kazhdan 1991, p. 1892; Oikonomides 1972, pp. 351, 356; Pertusi 1952, pp. 178–180.

Bibliografia