Pena
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A pena é uma das estruturas epidérmicas que formam o revestimento externo distintivo ou plumagem, nas Aves. Elas são consideradas as mais complexas estruturas tegumentárias encontradas nos vertebrados[1]. Estão entre as características que distinguem as Aves dos outros grupos vivos. As penas também foram encontradas nos Theropoda (designação dos dinossauros com penas). Embora as penas aparentem cobrir todo o corpo das aves, elas surgem apenas em determinados sectores bem definidos da pele. Os auxílios em voo, o isolamento térmico, a impermeabilização e a cor, ajudam na comunicação e na Proteção das aves[2].
Estrutura e características
As penas estão presentes unicamente nas aves. Sua presença é um dos aspectos que distinguem as aves dos outros animais. Outras criaturas podem voar, cantar, fazer ninhos, migrar e até colocar ovos, mas apenas as aves têm penas. Um típico pássaro que canta tem entre 2 000 e 4 000 penas no total, 30 ou 40% das quais são encontradas na cabeça e no pescoço. Pássaros que vivem em climas frios podem ter mais do que isso, e algumas espécies como o cisne-da-tundra têm mais de 25 000 penas no total.
As penas evoluíram de escamas encontradas em répteis e dinossauros. As aves têm vários tipos de penas, cada uma com sua estrutura especializada dependendo de sua função. Elas dependem destas penas especializadas para propósitos cruciais. Sua habilidade de voar, em particular, depende das penas de contorno e de voo. As penas de contorno são encontradas na superfície do corpo e ajudam a fazer com que a ave fique aerodinâmica e plana, e reduz a turbulência. As penas grandes de voo nas asas e cauda atuam como um leme no voo, dando controle aerodinâmico.
Penas macias oferecem calor às aves mantendo ar perto do corpo, isolando e prevenindo que eles percam calor para o meio ambiente - uma característica que os humanos vêm utilizando durante anos para se manter aquecidos em roupas de inverno e cobertores. As penas têm uma estrutura própria, com coluna central e protuberâncias cobertas de penugem que ajudam a manter o ar. A maioria dos filhotes é coberta de penas macias, mas, quando o animal chega à idade adulta, elas ficam escondidas atrás das penas de contorno.
As penas são muito importantes no comportamento das aves. Os machos de muitas espécies têm penas coloridas e vibrantes elaboradas em cristas e nas caudas, sendo usadas como sinais durante o acasalamento. O pavão é um dos exemplos mais conhecidos, graças à sua cauda colorida. Em contraste, as penas das fêmeas são frequentemente de cores apagadas, provavelmente para ajudar na camuflagem, evitando chamar a atenção de predadores para os seus ninhos e sua prole.
As penas são estruturas epidérmicas peculiares, constituídas por um revestimento do corpo leve e flexível, mas resistente com inúmeros espaços aéreos úteis como isolante.
Protegem a pele contra o desgaste e as penas finas, achatadas e sobrepostas das asas e da cauda formam superfícies para sustentar a ave durante o voo.
O crescimento de uma pena começa com uma papila dérmica local forçando, para cima, a epiderme sobreposta. A base deste primórdio de pena aprofunda-se em uma depressão circular, o futuro folículo, que manterá a pena na pele.
As células epidérmicas mais externas do primórdio formam uma bainha lisa cornificada, chamada eperiderme, dentro da qual outras câmaras epidérmicas dispõem-se em costelas paralelas, uma maior mediana formando a futura ráquis e as outras produzindo as barbas.
O pigmento para a coloração é depositado nas células epidérmicas durante o crescimento no folículo, porém não depois. Quando o crescimento termina, rompe-se a bainha, a qual é retida por alisamento com o bico. Aí, a pena distende-se em sua forma completa.
Coloração variadas das penas
A coloração variada das penas resulta principalmente de pigmentos depositados durante o crescimento e características estruturais que causam reflexão e refração de certos comprimentos de onda, cores estruturais.
Normalmente, as cores apresentam funções de camuflagem ou reprodutiva, uma vez que em algumas espécies, as fêmeas sentem-se atraídas pelos machos dotados de penas mais coloridas.
Plumagem
O conjunto de todas as penas de uma ave é chamado de plumagem e o processo de substituição das penas é conhecido como muda. As penas das aves que vivem na água são impermeabilizadas através de um óleo lubrificante que elas próprias produzem e espalham com o bico, em uma glândula especial chamada uropigiana, próxima da região da cauda.
As tectrizes ou coberturas são pequenas e revestem o corpo, enquanto que a penugem, por baixo, forma uma camada que fornece isolamento térmico adicional. As penas destinadas ao voo são longas e rijas, existindo dois tipos: penas de cauda ou rectrizes, que são frequentemente simétricas, e penas da asa ou rêmiges, que têm um formato irregular.
Arranque das penas
Não é normal que as aves arranquem as penas das outras aves, as suas próprias ou até mesmo as dos filhos quando estes se encontram nos ninhos. Se tal acontece, é porque algum desequilíbrio existe na manutenção e sobretudo na parte alimentar. Efetivamente, esse procedimento nunca aconteceria se as aves estivessem em liberdade, tendo à sua disposição tudo o que necessitam. Em cativeiro, o facto é por demais conhecido não só nas aves (veja-se o caso das galinhas) como até nos próprios mamíferos. O que se passa é que a ave procura nas penas (tal como os mamíferos o fazem nos pelos) o alimento de origem animal que lhe falta na dieta diária fornecida pelo criador. É esse o único recurso que têm à sua disposição. Por vezes, é claro, isso torna-se um vício, mesmo depois de restabelecido o equilíbrio. No entanto, o vício pode ser revertido.
Alimentação
No capítulo referente à alimentação, falamos detalhadamente da necessidade da inclusão de proteínas de origem animal na dieta das aves. Ovo cozido, insectos e até mesmo um pouco de presunto não muito salgado são precisamente alimentos que devem ser administrados quando as aves denotam um estranho apetite pelas penas: as suas ou as das outras aves.
Por vezes, um ambiente demasiado seco também pode desencadear o mesmo procedimento, assim como uma falta de vitaminas ou sais minerais. Como é evidente, é necessário então fazer pulverizações frequentes de água tépida e não esquecer os alimentos que forneçam vitaminas e sais minerais.[3]
Partes
As penas são estruturas mortas, de queratina, originadas a partir de papilas vivas da derme (origem mesodérmica). As penas ou plumas das aves são formadas de:
- Cálamo - É a ponta oca que fica enterrada na pele da ave;
- Raque - É a parte central o "eixo da pena";
- Barbas - São os "raminhos" das penas, que estão presos à raque;
- Bárbulas - São as pequeninas ramificações das barbas.
Penas em Dinossauros
Foram descobertas penas em certas espécies de dinossauros. Os dinossauro adquiriram penas de seus ancestrais répteis que tinham escamas. Ver Archeopteryx.
Referências
- Notas
- ↑ Prum, Richard O. & AH Brush (2002). «The evolutionary origin and diversification of feathers». The Quarterly Review of Biology. 77 (3): 261–295. doi:10.1086/341993
- ↑ Pettingill, OS Jr. (1970). Ornithology in Laboratory and Field. Fourth edition. [S.l.]: Burgess Publishing Company. pp. 29–58. ISBN 808716093 Verifique
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(ajuda) - ↑ www.avespt.com
- Bibliografia
Ver também
Ligações externas
- McGraw, K. J. 2005. Polly want a pigment? Cracking the chemical code to red coloration in parrots. Australian Birdkeeper Magazine 18:608-611.
- DeMeo, Antonia M. Access to Eagles and Eagle Parts: Environmental Protection v. Native American Free Exercise of Religion (1995) [1]
- Electronic Code of Federal Regulations (e-CFR), Title 50: Wildlife and Fisheries PART 22—EAGLE PERMITS [2]
- U.S. v. Thirty Eight Golden Eagles (1986) [3]
- Mechanical structure of feathers
- Lecture notes on the avian integument
- U.S. National Fish and Wildlife Forensics Laboratory's Feather Atlas