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Envira

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Envira (desambiguação).

Envira
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Envira
Bandeira
Hino
Lema Juntos Somos Mais
Gentílico envirense
Localização
Localização de Envira no Amazonas
Localização de Envira no Amazonas
Localização de Envira no Amazonas
Envira está localizado em: Brasil
Envira
Localização de Envira no Brasil
Mapa
Mapa de Envira
Coordenadas 7° 25′ 58″ S, 70° 01′ 22″ O
País Brasil
Unidade federativa Amazonas
Municípios limítrofes Eirunepé, Pauini, e com os municípios do Acre de Feijó e Tarauacá.
Distância até a capital (Linha Reta) 1,216 km
História
Fundação 19 de dezembro de 1955 (68 anos)
Administração
Prefeito(a) Ivon Rates da Silva (PROS, 2017–2020)
Características geográficas
Área total [1] 13 369,291 km²
População total (estimativa populacional - IBGE/2016[2]) 19 143 hab.
 • Posição AM: 40º
Densidade 1,4 hab./km²
Clima Quente-úmido
Altitude 150 m
Fuso horário Hora do Acre (UTC-5)
Indicadores
IDH (PNUD/2010 [3]) 0,509 baixo
PIB (IBGE/2013[4]) R$ 117 568 mil
PIB per capita (IBGE/2013[4]) R$ 6 513,12

Envira é um município brasileiro localizado no interior do estado do Amazonas. Pertencente à Microrregião de Juruá e Mesorregião do Sudoeste Amazonense, situa-se a sudoeste de Manaus, capital do estado. Sua população estimada em 2016 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) era de 19 143 habitantes.[2] sendo então o 44º mais populoso do estado e o quarto de sua microrregião.

Na vegetação do município predomina o bioma amazônico.

Em 2010, a taxa de urbanização de sua população era de 64,63%. [5] O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do município era de 0,509, considerado médio em relação ao estado.[3] Situada em uma área de Floresta Amazônica, não há acesso rodoviário a Envira. A ligação do município à capital e a municípios vizinhos é feita por via fluvial ou aérea.

O povoamento da região se deu no início do século XIX, com a chegada de nordestinos. O desenvolvimento do município ocorreu durante um grande período dado pelo Ciclo da Borracha.[6]

Na área cultural, destaca-se principalmente pelo turismo, existindo diversos atrativos, como igrejas e praças, além de suas praias de água doce, ilhas, igarapés e lagos que formam a geografia municipal. Registram-se eventos culturais e tradicionais, como a festa do aniversário do município.

História

A história do município de Envira, local onde era situado a antiga comunidade Pacatuba, pode ser descrita com a trajetória social e política de um povo de raízes nordestinas, com a participação de remanescentes indígenas e de alguns imigrantes de outros locais determinantes da cultura popular, condicionante de muitos hábitos e costumes típicos das atividades de exploração do látex e do "status" que no regime de arrendamento predominava nos seringais.

Datam de meados do século XIX, as penetrações pelo rio Juruá acima, chegando até a região onde se encontra a atual cidade de Envira. Em 13 de março de 1953, promovidas pelos desbravadores dos primeiros seringais nativos do ciclo da borracha, entre eles encontravam-se, Luiz Liberato de França designado na época pelo então prefeito nomeado Renê Fernandes Levi para escolha do local onde viria a ser a atual cidade de Envira, os antigos moradores locais podem ser lembrados pelo nome de Francisco das Chagas Mattos e José Geraldo Bernardo localizados na então Comunidade de Pacatuba . Desta época até o final da Segunda Guerra Mundial, quando cessou a vinda da última grande leva migratória dos conhecidos "soldados da borracha", os nordestinos representaram a principal força de trabalho e ocupação territorial da região, enquanto as populações indígenas foram gradativamente diminuindo, às margens do rio Tarauacá, afluente do Juruá. Nessa época a literatura registra referências aos índios Kulina, Canamaris, Cuaná, Curiqueares, Marauás, Catuquinas, Catauaixis e outros.

Primórdios

Casa de caboclo na beira do rio.

O período de povoação da Amazônia inicia-se entre os anos de 1580 a 1640,[7] época em que Portugal e Espanha permaneceram sob uma só coroa, tendo os portugueses penetrado no vale amazônico, sem desrespeito oficial aos interesses espanhóis. A ocupação do lugar onde se encontra hoje o município de Manaus foi demorada, devido aos interesses comerciais portugueses, que não viam na região a facilidade em obter grandes lucros a curto prazo, pois era de difícil acesso e era desconhecida a existência de riquezas (ouro e prata).[7]

A Cabanagem

Ver artigo principal: Cabanagem

A Cabanagem foi um movimento político e um conflito social ocorrido entre 1835 e 1840 no Pará, envolvendo homens livres e pobres, sobretudo indígenas e mestiços que se insurgiram contra a elite política e tomaram o poder.[8] A entrada da Comarca do Alto Amazonas (hoje Manaus, a qual foi o berço do manifesto na Amazônia Ocidental) na Cabanagem foi fundamental para o nascimento do atual estado do Amazonas.[8] Durante o período da revolução, os cabanos da Comarca do Alto Amazonas desbravaram todo o espaço do estado onde houvesse um povoado, para assim conseguir um número maior de adeptos ao movimento, ocorrendo com isso uma integração das populações circunvizinhas e formando assim o estado.[8]

O período áureo da borracha

Ver artigo principal: Ciclo da borracha
Extração de látex da seringueira.

O Ciclo da borracha constituiu uma parte importante da história econômica e social do Brasil e de Envira, estando relacionado com a extração e comercialização da borracha. Este ciclo teve o seu centro na região amazônica, proporcionando grande expansão da colonização, atraindo riqueza e causando transformações culturais e sociais, além de dar grande impulso às cidades de Manaus, Porto Velho e Belém, até hoje maiores centros e capitais de seus Estados, Amazonas, Rondônia e Pará, respectivamente. No mesmo período foi criado o Território Federal do Acre, atual Estado do Acre, cuja área foi adquirida da Bolívia por meio de uma compra por 2 milhões de libras esterlinas em 1903. O ciclo da borracha viveu seu auge entre 1879 a 1912, tendo depois experimentado uma sobrevida entre 1942 e 1945 durante a II Guerra Mundial (1939-1945).

Após a Segunda Guerra Mundial, a Amazônia passou a integrar o processo de desenvolvimento nacional. A criação do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA) em 1952, a implantação das agências de desenvolvimento regional como a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) em 1966 e a Zona Franca de Manaus, em 1967, passaram a contribuir no povoamento da região e na execução de projetos voltados para a região. Foi o extrativismo da borracha que impulsionou o grande crescimento da cidade de envira.

População

Crescimento populacional: 2002 a 2009
Ano Habitantes
2002 19.797
2003 20.100
2004 13.312
2005 13.548
2006 13.746
2007 16.438
2008 17.850
2014 18.422

IDH

De acordo com o PNDU, em 2000 o IDH do município era de 0,513.

Geografia

Localiza-se na microrregião de Juruá, mesorregião do Sudoeste Amazonense. A população do município em 2016 estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) era de 19 143 habitantes.[2] sendo então o 40º mais populoso do estado e o quarto de sua microrregião. e 13.381 km².Limita-se com as cidades de Eirunepé,[9] Pauini,[9] e com os municípios do Acre[9] de Feijó[9] e Tarauacá.[9]

Vegetação

A onça-pintada é um mamífero típico da Amazônia brasileira.
A Vitória-Régia.

Como em todo o Amazonas, sobressaem matas de terra firme, várzea e igapós. Toda essa vegetação faz parte da extensa e maior floresta tropical úmida do mundo: a Hileia Amazônica. Os solos são de terra firme - do tipo lateríticos: solos vermelhos das zonas úmidas e quentes, cujos elementos químicos principais são hidróxido de alumínio e ferro, propícios à formação de bauxita e, portanto, pobres para agricultura. Solos de várzea são os mais férteis da região. São solos jovens, que periodicamente são enriquecidos de material orgânico e inorgânico, depositados durante a cheia dos rios. A flora do estado apresenta uma grande variedade de vegetais medicinais, dos quais se destacam andiroba, copaíba e aroeira. São inúmeras as frutas regionais e entre as mais consumidas e comercializadas estão: guaraná, açaí, cupuaçu, castanha-do-brasil (castanha-do-pará), camu-camu, pupunha, tucumã, buriti e taperebá.

Vegetação típica da Amazônia.

O Amazonas tem 98% da sua área florestal intacta, pois sua vocação econômica foi desviada para outras atividades a partir da reorganização e ampliação da Zona Franca de Manaus em 1967. Os governos têm procurado incentivar o chamado desenvolvimento sustentável, voltando-se para a preservação do legado ecológico. Existe um esforço para manter os projetos agropecuários dentro dos limites da preservação ambiental, enquanto que a valorização do manejo da floresta como fonte de renda contribuiu para que o Amazonas enfrentasse o desafio de reduzir o desmatamento em 21% em 2003, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE.

Recursos naturais

São bem importantes a flora e a fauna do município, principalmente a primeira, na qual sobressaem a seringueira e madeiras, como o aguano (Swietenia macrophylla) e o cedro. Na segunda citam-se, por exemplo: onça, maracajá, queixada e capivara.

Hidrografia

Os rios que passam por Envira são:

Rio Juruá.
  • Rio Juruá é um rio de águas barrentas, navegáveis e piscosas. Seu nome Juruá, de origem indígena, é uma derivação do nome "Yurá", usado pelos indígenas que habitavam suas margens. O Juruá nasce no Peru e, com mais de 3 mil quilômetros de extensão, está entre os 10 maiores do planeta. É considerado um rio novo e rico em sais minerais. Suas margens, após as vazantes, são utilizadas pelos ribeirinhos ou "barranqueiros" para o plantio de produtos agrícolas, como feijão, milho, batata, melancia e outros. Os afluentes do Juruá são o

Tarauacá, o Gregório e o Tejo. Suas águas caudalosas e barrentas têm dois períodos distintos: o inverno, especialmente de dezembro a maio, que é a época das enchentes, quando o rio invade todas as terras baixas; e o período de verão, de junho a novembro, quando suas águas baixam de tal maneira que os barcos e balsas de maior porte não conseguem chegar a Envira.

Há uma grande quantidade de lagos espalhados pelo município, localizados, quase sempre, próximos ao Rio Juruá ou a seus afluentes. O aspecto e a largura que apresentam são semelhantes aos dos cursos d'água que passam nas proximidades. Medem, aproximadamente, 6 km de extensão e são, geralmente, piscosos.

Formação Administrativa

  • Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1920, entre os distritos do município de Eirunepé, figura o da Foz do Embira (Envira).Posteriormente esse distrito com os demais daquele município, com exceção do distrito sede, foram extintos.
  • Pela Lei Estadual nº 096 de 19 de Dezembro de 1955, foi criado o Município Autônomo de Envira, desmembrado do Município de Eirunepé e parte do Município de Carauarí, constituído de seus distritos denominados Foz do Murú, Foz do Envira, parte da Foz Taraucá e Foz do Cujubim.[10]

Economia

Composição econômica [11]
Serviços

77,3 %

Agropecuária

12,3 %

Indústria

10,4 %

A economia é baseada na agricultura e pecuária, sendo autossuficiente em ambas. Observa-se também um razoável crescimento nos serviços.[12]

Ano PIB (R$ 1000) PIB per capita (R$)
2003 41 343 2 057
2004 37 686 2 831
2005 37 724 2 785
2006 48 978 3 563
2007 52 304 3 182
Fonte: IBGE.

Setor Primário

  • Agricultura: destaque para a cultura temporária de mandioca, arroz, milho, cana-de-açúcar, feijão e batata-doce. Culturas permanentes: banana, cupuaçu, café, citros, abacaxi, etc. Com potencial agrícola acentuado, pelas suas terras férteis, o município já exporta excedentes de arroz, milho farinha e banana.[13]
  • Pecuária: em franco desenvolvimento nas áreas adjacentes às principais estradas vicinais do município. A produção leiteira é crescente, com produção de derivados do leite.[13]
  • Pesca: com representatividade econômica limitada pela forma artesanal da pesca e infra-estrutura de apoio. No entanto, além de garantir, em conjunto com a farinha, a dieta alimentar da maioria absoluta da população, gera excedentes para os municípios vizinhos de Tarauacá (AC) e Feijó (AC). Tende a um incremento sensível a partir da implantação de nova infra-estrutura frigorífica e geleira.
  • Extrativismo Vegetal: voltado para extração de madeira, com atendimento da demanda local e pequena exportação. Em menor escala, atividades remanescentes da exploração do látex, coleta de cacau nativo, plantas medicinais e aproveitamento do açaí, buriti, abacaba, andiroba, copaíba, e outros produtos naturais com fins de consumo familiar e do mercado da sede municipal.
  • Avicultura: com bases domésticas para o consumo familiar, em fase de expansão com fins de abastecimento da sede através da implantação de módulos de criação intensiva.
  • Piscicultura: cerca de 30 pequenos açudes, construídos no período de 1990 a 1995, representam o início promissor da piscicultura local, ainda com pouca representatividade econômica.[13]

Setor Secundário

  • Indústrias: usinas de beneficiamento de arroz, serrarias, olarias, marcenaria e sorveteria.[13]

Setor Terciário

  • Comércio: varejista e atacadista.
  • Serviços: serviços públicos, hotéis, pensões, restaurantes, pensão alimentícia, lanchonetes, clubes dançantes, bares, mercados, feiras e borracharias.

O município tem quatro escolas estaduais, sendo que só uma oferece ensino médio.

Turismo

Beleza cênica

O município possui igarapés e lagos, além do próprio rio que banha a sede do município, em cujas águas podem ser encontrados os mais belos matupás, salientando-se a vitória-régia.[13]

Folclore
Personagens da Festa Junina.

O calendário de comemorações de festas de Envira prevê:


Culinária envirense
Cupuaçu, fruta típica da Amazônia.

A culinária envirense tem forte influência indígena. Entre as frutas, destacam-se: açaí, bacaba, cupuaçu, castanha-do-pará, bacuri, pupunha, tucumã, muruci, piquiá e taperebá.[14] Cerca de 14% de sua população consome proteína animal (peixe) por dia.[14] A culinária envirense é caracterizada pela utilização de uma grande variedade de peixes provenientes da própria bacia do rio Juruá. Entre os destaques, podemos encontrar o "pirarucu de casaca"[15] feito com pirarucu e banana pacovã, o tambaqui grelhado, ou a famosa caldeirada de tambaqui, muito popular entre os habitantes.[16] Outros peixes, como pacu, matrinchã, curimatá e jaraqui, também são de grande apreço da população. Dentre as cidades acreanas, Envira é uma das que apresentam maior consumo de proteína animal (peixe).[14] Cerca de 14% de sua população consome peixe todos os dias.[14]

Transportes

Em todo o Estado do Acre, o transporte é basicamente fluvial. Os principais rios do Acre (Juruá, Tarauacá, Envira, Purus, Iaco e Acre) são navegáveis, sobretudo nas cheias.[17]

O município de Envira é ligado por uma estrada improvisada à comunidade Vila União, no município vizinho de Eirunepé.[9] De lá se faz o trajeto de barco que dura mais ou menos 2 horas.[18]

Comunicações

A cidade de Envira dispõe de três rádios locais - Radio Interativa FM, Envira FM e Boas Novas FM. Dipõe também de duas emissoras de televisão: TV Amazonas (Tv Globo), operando no canal 8 UHF, e TV Boas Novas, no canal 6 UHF.

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. a b c «Estimativas da população residente no Brasil e Unidades da Federação com data de referência em 1º de julho de 2016» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 12 de setembro de 2016. Consultado em 12 de setembro de 2016 
  3. a b «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 09 de setembro de 2013  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2010-2013». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 19 de dezembro de 2015 
  5. Censo 2010: Habitantes por zona rural e urbana em cada município: Amazonas
  6. Ferias Tur. «Envira no FériasTur». Consultado em 21 de janeiro de 2011 
  7. a b «A Povoação das Américas». História do Mundo 
  8. a b c «Cabanagem». Portal Amazônia 
  9. a b c d e f Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome IBGE_DTB_2008
  10. «Histórico de Envira». Cidades@. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 14 de agosto de 2009. Consultado em 16 de agosto de 2009 
  11. Seplan Secretária de Planejamento do Amazonas (09 de Março de 2010). «Produto Interno municipal do Estado do Amazonas» (PDF). Consultado em 15 de outubro de 2010  Verifique data em: |data= (ajuda)
  12. «Anuario Estatistico do estado do Amazonas» (PDF). Seplan. 14 de agosto de 2009. Consultado em 16 de agosto de 2009 
  13. a b c d e f g h i j k «Caracteristicas de Envira». Portal Envira. Consultado em 15 de outubro de 2010 
  14. a b c d «Culinária Nortista». Consultado em 5 de maio de 2010  Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "Ache tudo" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  15. «Pirarucu à Casaca». Governo do Acre. Consultado em 5 de maio de 2010 
  16. «Caldeirada de Tambaqui». Governo do Acre. Consultado em 5 de maio de 2010 
  17. Sobre o estado do Acre
  18. «Anuario Estatistico do estado do Amazonas». PMERN. Consultado em 16 de agosto de 2009 

Predefinição:Mesorregião do Sudoeste Amazonense