Paraíso Tropical
Paraíso Tropical | |
---|---|
Informação geral | |
Formato | Telenovela |
Gênero | melodrama[2] |
Duração | 60 minutos |
Criador(es) | Gilberto Braga Ricardo Linhares |
Elenco | |
País de origem | Brasil |
Idioma original | português |
Episódios | 179 |
Produção | |
Diretor(es) | Dennis Carvalho |
Tema de abertura | "Sábado em Copacabana", Maria Bethânia |
Exibição | |
Emissora original | Rede Globo |
Formato de exibição | 1080i (HDTV) (arquivo) 480i (SDTV) (exibição) |
Transmissão original | 5 de março – 28 de setembro de 2007 |
Ligações externas | |
Site oficial |
Paraíso Tropical é uma telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo no horário das 21 horas de 5 de março a 28 de setembro de 2007, em 179 capítulos,[3] substituindo Páginas da Vida, e sendo substituída por Duas Caras.[4] Foi a 69ª "novela das oito" exibida pela emissora. Escrita por Gilberto Braga e Ricardo Linhares com a colaboração de Ângela Carneiro, João Ximenes Braga, Maria Helena Nascimento, Nelson Nadotti, Sérgio Marques e Marília Garcia, e dirigida por Amora Mautner, Roberto Vaz, Maria de Médicis e Cristiano Marques, com direção geral de José Luiz Villamarim e Dennis Carvalho, e direção de núcleo de Dennis Carvalho.
Contou com as participações de Alessandra Negrini, Fábio Assunção, Tony Ramos, Glória Pires, Wagner Moura, Camila Pitanga, Marcello Antony e Vera Holtz.[1]
A trama foi indicada ao Emmy Internacional 2008 na nova categoria de melhor telenovela.[5]
Enredo
Antenor Cavalcanti é um empresário poderoso, frio, filho de um ex-presidiário trambiqueiro, Belisário, de quem quer distância. Perdeu seu único filho, Marcelo, quando este tinha dezesseis anos. Vê no filho de seu caseiro Nereu, o jovem Daniel Bastos, o possível herdeiro de suas empresas. Casado com Ana Luísa, Antenor tem uma amante, a bela Fabiana, advogada do Grupo Cavalcanti. Ele ainda se envolve com outras mulheres. Antenor decide expandir seus negócios. Ele agora pretende também atuar no ramo de resorts. O ambicioso Olavo, resolve lutar pelo posto de herdeiro do patrão e conquistar tal posição a qualquer preço. Seu principal obstáculo está em Daniel, rapaz de excelente caráter, que, além de bonito e charmoso, é inteligente e competente. Numa viagem à Bahia, para fechar a compra de um belíssimo terreno à beira-mar para o primeiro resort do Grupo, Daniel conhece e se apaixona por Paula Viana, gerente de uma pequena e charmosa pousada. O casal planejará ser feliz em alguma pousada do Nordeste,[6] trabalhando sem se estressar muito, mas eis que surge Olavo, disposto a qualquer coisa para não deixar que o poder no Grupo Cavalcanti caia nas mãos do filho de um empregado. E, assim, seus golpes levarão à separação de Daniel e Paula.
Paula é filha da cafetina Amélia. Esta comanda um bordel no resort baiano, onde trabalham várias 'meninas', como Bebel. Com um certo desvio de caráter, mas sempre exuberante, ela se diz com muita "catiguria". Levada para o calçadão de Copacabana pelo cafetão Jáder, Bebel conhecerá o homem de sua vida: Olavo, e, juntos, os dois serão capazes de qualquer coisa. Apesar disso, Bebel tem bom coração, e fará tudo por Olavo porque realmente ama ele, mesmo ele sendo mau-caráter, muito cruel e perverso.
Até as vésperas da morte de Amélia, Paula acreditava ser sua filha com um cliente desconhecido de sua mãe, porém descobre que tem outra filiação. Já separada de Daniel, Paula parte para o Rio de Janeiro em busca de suas raízes, mais precisamente de Isidoro, o avô que desconhecia ter. Ela ainda não sabe, mas tem uma irmã gêmea idêntica; e uma não sabe da existência da outra. Antes de reencontrar sua amada, Daniel vai se deparar com Taís Grimaldi, idêntica a Paula. Carreirista e tão ambiciosa quanto Olavo, Taís vive na periferia da sociedade carioca, mendigando convites e notinhas com seu nome em colunas sociais e aplicando golpes no high society. E será ela o principal algoz da própria irmã. Taís é uma mulher fútil, mau-caráter, mentirosa e é capaz de tudo por dinheiro. Paula, sua irmã, é o total oposto.
Já os moradores de Copacabana estão, de alguma forma, ligados à rede hoteleira de Antenor. Entre eles, o quase quarentão Cássio, um tipo bem carioca, sempre de bem com a vida, mas que nunca quis um relacionamento sério com Lúcia, com quem teve um filho no passado que ele nem conhecia, Mateus. Lúcia é filha do jornalista Clemente e da professora Hermínia, seus maiores conselheiros. Sua personalidade forte e determinada, vai conquistar o frio Antenor, que se apaixonará de verdade por ela.
Outra ilustre moradora de Copacabana é Marion Novaes, mãe de Olavo e Ivan, um bad-boy desajustado. Promoter fútil, cínica, divertida, chique e esnobe, ambiciona fazer parte do glamouroso mundo da alta sociedade carioca. Para chegar lá, encontrou um atalho: produz eventos nos melhores hotéis da cidade. Marion procura as amizades necessárias para que as portas se abram. Bajula do jeito que pode as mulheres ricas e famosas, como a frágil Ana Luísa.
O Edifício Copamar agita o bairro. É lá que mora a família de Heitor Schneider. Sua mulher, a frívola Neli, deseja muito trocar o Copamar por um apartamento em um endereço mais nobre, num bairro como o Leblon, por exemplo. Despreza Umberto, namorado de sua filha mais velha, Joana, porque é garçom, mas investe pesado no romance da mais nova, Camila, com Fred, um jovem executivo paulistano que veio trabalhar no Grupo Cavalcanti, mais precisamente, no lugar de Heitor.
Mas o que agita o Copamar são as homéricas brigas entre Virgínia Batista e Iracema Brandão, a síndica moralista do prédio, que ela muito se orgulha de ter "posto nos eixos". Com seu espírito de liderança e valores bastante convencionais, Iracema valorizou o edifício, outrora parcialmente mal frequentado. Virgínia é madrasta de Antenor, e apesar de já ter passado dos 60, tem o corpo em plena forma, sendo invejada por muitas mulheres da sociedade. Ninguém sabe porque se odeiam. As duas vão bater de frente a partir do momento em que Virgínia for morar no prédio.
Após Taís e Olavo armarem muitas ciladas para separar Paula e Daniel, os dois se casam e a gêmea má sequestra a irmã no dia do matrimônio. Taís e seu amante e cúmplice, Ivan, atiram Paula no oceano, forjam um acidente no mar, e Taís se coloca no lugar de Paula.[7] Porém, a gêmea boa é resgatada por Olavo, que a interna num hospício, e tenta mantê-la sempre dopada. O vilão descobre a farsa de Taís, e passa a chantageá-la para que ela faça Daniel assinar documentos, que podem ser usados para que Olavo abra uma conta no exterior com o nome do rival, e para lá, desvia dinheiro da empresa de Antenor. Daniel é acusado do crime, e ainda descobre que está morando com Taís. Ele resgata Paula, que volta ao Rio de Janeiro fingindo ser a irmã.
Desmascarada, Taís chega a ser abandonada e agredida por Ivan. A vilã planeja fugir do Brasil, mas acaba assassinada misteriosamente na casa de Daniel e Paula, que chega a ser presa, acusada da morte de Taís. Olavo e Bebel planejam um golpe contra Antenor. A prostituta engravida do amante, seduz Antenor e mente que está grávida do empresário. Ele se casa com ela, e se afasta de Lúcia, sem saber que ela espera um filho dele. No último capítulo, Olavo é desmascarado por Daniel e morre após levar um tiro de Ivan, ao confessar que matou Taís, afinal, a vilã lhe chantageara: ou Olavo lhe dava dinheiro, ou ela revelava que Ivan era filho de Antenor, e que ele pretendia matar todos os herdeiros do milionário.
Fim da trama
Ivan leva um tiro de Olavo também, e morre nos braços do pai. Marion torna-se camelô; Antenor e Lúcia fazem as pazes e Paula e Daniel têm duas filhas gêmeas. Bebel é presa e condenada a um ano de prisão pela falsificação do DNA, e ao sofrer e se prostituir na cadeia, ela sai de lá e, após cumprir pena, conhece um deputado federal. Bebel casa-se com ele por interesse no dinheiro e vai para Brasília. Lá ela vira assessora parlamentar, roubando muitos euros, dólares e reais, além de se tornar amante de diversos políticos milionários e ela passa a ter vida de rainha e posa nua para várias revistas, sem jamais esquecer de Olavo e do aborto que sofreu na cadeia.[8][9][10]
Produção
A obra teve título provisório de Copacabana.[11] Ambientada no Rio de Janeiro, no bairro de Copacabana,[12] a telenovela é a quarta colaboração entre o ator Fábio Assunção e o roteirista Gilberto Braga e apresenta a atriz Alessandra Negrini, pela primeira vez, como protagonista de uma telenovela do horário nobre. Vale salientar que Alessandra já fez uma protagonista, mas não no horário nobre; foi na novela Meu Bem Querer, do mesmo autor (Ricardo Linhares). Durante boa parte do início de sua produção, a telenovela foi conhecida como Folhetim, em referência à música homônima de Chico Buarque que fala sutilmente sobre prostituição, e Copacabana, citando o bairro homônimo, cenário da vindoura produção. O título acabou sendo modificado para Paraíso Tropical. O esporte windsurf, utilizado por Gilberto Braga em Água Viva, voltou a ser explorado nesta novela.
Apesar de tratar de um tema forte, a prostituição no Rio de Janeiro, o autor Gilberto Braga minimizou a expectativa: "Cabe a nós, os criadores, encontrar um equilíbrio entre o que precisamos mostrar para contar a história e o que o telespectador médio está preparado para ver sem se chocar", disse ele.[13] Gilberto Braga e Ricardo Linhares — dois cinéfilos que estão em seu quinto trabalho juntos — dizem que não houve uma inspiração literária direta para a criação de Paraíso Tropical, mas em geral sempre bebem na fonte de Balzac e dos filmes americanos dos anos 1940 a 60. Marca registrada em quase todas as suas tramas, o autor Gilberto Braga também usou o mistério "Quem matou?" em Paraíso Tropical. No capítulo de 30 de agosto de 2007, a vilã Taís é misteriosamente assassinada[14]. O mistério durou quase 1 mês e no fim se descobre que o assassino foi Olavo (Wagner Moura).[15] A primeira novela a ser inteiramente gravada e masterizada em alta definição foi Paraíso Tropical e não Duas Caras. A diferença é que Duas Caras foi a primeira novela a ser transmitida em HD. Paraíso Tropical foi preparada para o sinal digital em filmagem, cenário, maquiagem, iluminação, edição, mas o sinal foi adiado em 3 meses e só entrou no ar 2 dias depois do término da novela. Paraíso Tropical nunca foi exibida, mas está arquivada inteiramente em HD e no formato Widescreen na Rede Globo.[3]
Escolha do elenco
Malu Mader e Gilberto Braga iriam trabalhar pela oitava vez nessa telenovela, mas isso acabou não acontecendo. O autor declarou que essa foi uma das novelas que ele criou a trama sem pensar nos seus atores favoritos, o contrário do que ele fez com outras de suas novelas, e não viu nenhum papel que se adequasse a Malu.[16] A atriz Cláudia Abreu iria interpretar as gêmeas Paula e Taís, mas, devido ao fato de ter ficado grávida pouco após o convite, teve de abdicar do papel[17]. Várias atrizes foram cotadas para substituí-la porém, o papel acabou ficando com Alessandra Negrini. Com a escolha da atriz, as personagens tiveram seus nomes mudados para "Paula" e "Taís".[18] Quando o nome de Alessandra Negrini foi apresentado a Gilberto Braga como sugestão para substituir Cláudia Abreu, o autor afirmou não ter dúvidas quanto a competência da atriz para os papéis. Chegou a afirmar que não tinha escrito para ela, mas que as personagens foram feitas para ela, tamanha sua satisfação com o desempenho da atriz. Dennis Carvalho, o diretor da novela, também era só elogios à moça. Gilberto confessou que preferia vê-la como Paula.[3]
Em entrevista ao jornal O Globo, o autor Gilberto Braga declarou que o ator Selton Mello foi a primeira opção para o vilão Olavo, só que Selton preferiu fazer cinema e o diretor, Dennis Carvalho, escalou Wagner Moura. Gilberto também disse que Antônio Fagundes foi a primeira opção para o personagem Antenor, mas devido à sua participação em Carga Pesada, Antônio não chegou a ser cotado para o papel. A prostituta Bebel seria vivida por Mariana Ximenes, que recusou o papel, alegando estar cansada de emendar trabalhos na TV. Camila Pitanga assumiu a personagem.[19] No entanto, a atriz fez uma participação na trama durante os últimos capítulos.[20] A atriz Joana Fomm viveria a personagem Marion Novais, mãe de Olavo e Ivan, porém a atriz teve que deixar o elenco por problemas de saúde, sendo então substituída por Vera Holtz, a convite do autor Gilberto Braga.[21] Carmem Verônica fez uma participação em Paraíso Tropical como Mary Montilla, mesma personagem que interpretou em Belíssima. É a primeira vez que uma personagem aparece em duas novelas de autores diferentes. Trata-se de uma homenagem de Gilberto Braga ao grande amigo Sílvio de Abreu.[22] Paraíso Tropical marcava o retorno de Daisy Lúcidi as novelas depois de 31 anos longe da televisão, quando fez parte do elenco de O Casarão, em 1976.
Gravações
O cenário nordestino foi bem explorado nos primeiros momentos da trama. Gravadas nas cidade baianas de Itacaré, Porto Seguro, Trancoso, Arraial D'Ajuda e Ilhéus, além de Porto de Galinhas, em Pernambuco, as cenas ocupam os onze capítulos iniciais e retratam a fictícia cidade de Marapuã, na Bahia.[23] Diferente de Celebridade, em que o núcleo popular morava no bairro do Andaraí, na zona norte carioca, Paraíso Tropical reúne os personagens, independente da condição financeira, em Copacabana, no Rio.
A Globo recriou em cidade cenográfica um trecho da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, principal cenário de Paraíso Tropical, que explorou o turismo sexual. Na verdade, a Globo criou uma praia virtual. Segundo Dennis Carvalho, diretor-geral da novela, foram construídos no Projac a fachada do hotel do personagem de Tony Ramos, uma calçada igual à da avenida Atlântica e uma pista da via. Inúmeras ações da novela se deram nessa calçada. A grande novidade é que a Globo inseriu o restante da paisagem de Copacabana (a outra pista, o calçadão, a areia e o mar) em computador. Ou seja, cenas de Paraíso Tropical foram gravadas em cidade cenográfica, mas tiveram ao fundo a paisagem verdadeira de Copacabana, como se tudo estivesse realmente ocorrendo na badalada praia carioca. "A novela terá muitas cenas em Copacabana e não dá para gravar na praia toda semana e parar o trânsito. A solução foi recriar a praia em cidade cenográfica e inserir parte dela virtualmente", disse Carvalho na época.
Elenco
Ator[12][24] | Personagem |
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Alessandra Negrini | Paula Viana |
Taís Viana / Taís Grimaldi | |
Fábio Assunção | Daniel Bastos |
Wagner Moura | Olavo Novaes |
Camila Pitanga | Francisbel dos Santos Batista (Bebel) |
Bruno Gagliasso | Ivan Novaes |
Guilhermina Guinle | Alice Sampaio |
Chico Diaz | Jader |
Tony Ramos | Antenor Calvacanti |
Glória Pires | Lúcia Vilela |
Marcello Antony | Cássio Gouvêia |
Fernanda Machado | Joana Veloso Schneider |
Vera Holtz | Marion Novaes |
Renée de Vielmond | Ana Luísa Cavalcanti |
Rodrigo Veronese | Lucas Aboim |
Gustavo Leão | Mateus Vilela Gouveia[25] |
Patrícia Werneck | Camila Veloso Schneider |
Paulo Vilhena | Frederico Navarro (Fred)[26] |
Juliana Didone | Fernanda Navarro |
Eduardo Galvão | Urbano Monteiro |
Hugo Carvana | Belisário Cavalcanti |
Yoná Magalhães | Virgínia Batista |
Carlos Casagrande | Rodrigo Sampaio Batista |
Sérgio Abreu | Tiago Batista Sampaio |
Beth Goulart | Neli Veloso Schneider[27] |
Daniel Dantas | Heitor Veloso Schneider[28] |
Isabela Garcia | Dinorá Brandão Martelli[29][30] |
Marco Ricca | Gustavo Martelli[31] |
Othon Bastos | Isidoro Grimaldi |
Débora Duarte | Hermínia Vilela[32] |
Reginaldo Faria | Clemente Vilela[33] |
Luli Miller | Gilda Batista |
Lidi Lisboa | Tatiana |
Otávio Müller | Cupertino Vidal (Vidal) |
Marcelo Valle | Sérgio Otávio |
Roberta Rodrigues | Eloísa |
Flávio Bauraqui | Evaldo |
José Augusto Branco | Nereu Bastos |
Daisy Lúcidi | Iracema Brandão |
Edwin Luisi | Lutero Sampaio |
Jonathan Haagensen | Cláudio Ferreira |
Roberto Maya | Dr. Xavier |
Erika Mader | Susana Vidal (Susaninha) |
Patrícia Naves | Sheyla |
Larissa Queiroz | Rita |
Raquel Parpnelli | Úrsula |
Maria Eduarda de Carvalho | Odete |
Antônia Fontenelle | Laura |
Ildi Silva | Yvone |
Francisco Nagem | Cerqueira |
Thaís Garayp | Zoraide |
Yaçanã Martins | Otília |
Nildo Parente | Pacífico |
Flávia Pyramo | Wilma |
Vitor Novello | José Luís Grimaldi (Zé Luís) |
Thávyne Ferrari | Márcia Maria Brandão Martelli |
Dudu Cury | Eduardo |
Participações especiais
Classificação etária e críticas
A classificação da novela era inicialmente para maiores de 14 anos, devido às inúmeras cenas de sexo exibidas nos primeiros capítulos, que na maioria das vezes se passavam no prostíbulo. Depois de uma pesquisa, concluiu-se que o público não estava gostando de tanto erotismo na novela e o autor da trama resolveu suavizá-la mas, mesmo assim, a novela continuou classificada como imprópria para menores de 14 anos. A trama mostrou diversas cenas de seminudez feminina: Camila Pitanga, Isis Valverde, Lidi Lisboa, Juliana Didone, Fernanda Machado, Deborah Secco e Alessandra Negrini (como Taís) apareceram diversas vezes só com a roupa de baixo, mas a Globo não recorreu da decisão e a classificação não alterou o horário, podendo a novela ser reexibida no Vale a Pena Ver de Novo, desde que a emissora adapte a classificação indicativa para "não recomendada para menores de 10 anos".
Audiência
Seu primeiro capítulo marcou 41 pontos, medidos pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE).[37] Em um mês de exibição, Paraíso Tropical marcava médias de menos da meta de 40 pontos, o que fez com que a emissora iniciasse muito antes do previsto uma pesquisa entre as donas-de-casa para avaliar a telenovela.[38] No capítulo 154, exibido em 30 de agosto de 2007, a trama marcou 46 pontos e picos de 50, com 70% de participação. No capítulo, a personagem Taís aparece morta, e criando um mistério que duraria até o fim da trama.[39] Seu último capítulo registou média de 56 pontos, picos de 61 e participação de 80%, superando Páginas da Vida, que finalizou com 53.[40] Teve média geral de 42,8 pontos.[41][42]
Repercussão
O Casseta & Planeta, Urgente!, satirizava a novela como Abismo Tropical pelos baixos índices de audiência nos primeiros meses da novela. A Globo reclamou e o título acabou sendo mudado para Paraíso do Bilau. Durante uma semana, a sátira foi rebatizada de PANraíso Tropical, devido aos Jogos Pan-Americanos de 2007, sediados no Rio de Janeiro.
Prêmios
A trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares foi indicada a receber vários prêmios. Eles estão listados abaixo:
Prêmio Tudo de Bom - Jornal "O Dia"[45]
Prêmio Qualidade Brasil SP[46]
II Prêmio Extra de Televisão[47][48]
Top Of Business[49]
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Troféu APCA (2007)[52]
Personalidade do Ano - ISTOÉ Gente
Prêmio QUEM
Pop Tevê - UOL
Melhores do Ano - Domingão do Faustão
Troféu Internet
Prêmio Master - Jornal dos Clubes Minha Novela
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Músicas
O tema de abertura inicialmente seria Sábado em Copacabana, entoado por Maria Bethânia especialmente para a vinheta da novela, mas a Globo, em certo momento, chegou a cogitar ter como tema de abertura a música "Olha", na voz de Chico Buarque e Erasmo Carlos, num ritmo de bossa nova. No fim, o tema de abertura acabou sendo mesmo "Sábado em Copacabana" e "Olha" tornou-se o principal tema romântico da produção, servido de fundo para o casal Paula e Daniel.
"Não Enche", na voz de Caetano Veloso, já havia sido utilizado por Gilberto Braga em outra trama, a minissérie Labirinto, em 1998. Em Paraíso Tropical, a mesma serve como tema da personagem Bebel.
Trilha sonora nacional
Capa: Alessandra Negrini e Fábio Assunção
- "Carvão" - Ana Carolina (tema de Lucas e Ana Luísa)
- "Impossível Acreditar Que Perdi Você" - Toni Platão (tema de Joana)
- "Ruas de Outono" - Gal Costa (tema de Lúcia)
- "Samba do Avião" - Milton Nascimento (tema de locação: Copacabana)
- "Você Não Sabe Amar" - Nana Caymmi (tema de Cássio)
- "Você Vai Ver" - Miúcha (tema de Dinorá e Gustavo)
- "Sábado Em Copacabana" - Maria Bethânia (tema de abertura)
- "Olha" - Erasmo Carlos e Chico Buarque (tema de Paula e Daniel)
- "Cabide" - Mart'nália (tema de Ivan)
- "Não Enche" - Caetano Veloso (tema de Bebel)
- "Difícil" - Marina Lima (tema de Bebel e Olavo)
- "Espatódea" - Nando Reis (tema de Camila e Fred)
- "Existe Um Céu" - Simone (tema de Fabiana)
- "Preciso Dizer Que Te Amo" - Cazuza e Bebel Gilberto (tema de Camila e Mateus)
- "É Com Esse Que Eu Vou" - Elis Regina (tema de locação: Copamar), (tema de chamadas e vinhetas de intervalo)
- "Vatapá" - Danilo Caymmi (tema de locação: Marapuã)
- "Alcazar" (Instrumental) - Roger Henri
Trilha sonora internacional
Capa: Camila Pitanga
- "You Give Me Something" - James Morrison
- "Last Request" - Paolo Nuttini (tema geral)
- "P.D.A. (We Just Don't Care)" - John Legend (tema de locação: Copacabana)
- "Have You Ever Seen The Rain?" - Rod Stewart (tema de Dinorá e Gustavo)
- "Without You" - Harry Nilsson (tema de Paula e Daniel)
- "Me And Mrs. Jones" - Michael Bublé (tema de Camila e Mateus)
- "Since I Fell For You" - Gladys Knight (tema geral)
- "You Go To My Head" - Michael Bolton (tema de Lúcia e Cássio)
- "Summerwind" - Madeleine Peyroux
- "Mon Manége à Moi (Tu Me Fais Tourner La Tête)" - Etienne Daho (tema de Bebel e Olavo)
- "Chaya Chaya" - Nukleouz & DJ Seduction
- "The Thrill Is Gone" - B.B. King (tema de Taís)
- "'Breezin' " - George Benson & Al Jarreau (tema de locação: Copacabana)
- "The Man I Love" - Caetano Veloso (tema de Joana)
- "So Many Stars" - Sérgio Mendes & Brasil '66
- "Dream Dancing" - Ella Fitzgerald
- "I'm Sorry" - Brenda Lee (tema de Heitor)
- "Vida Mía" - Nora Rocca
Notas e referências
Notas
Referências
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- ↑ Redação Contigo! Online (2008). «10º Prêmio Contigo! - Vencedores». Revista Contigo!. Arquivado do original em 31 de janeiro de 2012
- ↑ Redação APCA (2007). «Os Melhores da APCA: Premiados de 2007». Associação Paulista de Críticos de Artes [ligação inativa]
- ↑ Honor, Rosangela (17 de dezembro de 2007). «Gilberto no paraíso». Revista IstoÉ Gente Online
- ↑ Honor, Rosangela (17 de dezembro de 2007). «Glória Pires, um gênio na TV». Revista IstoÉ Gente Online
Ligações externas
- Telenovelas ambientadas na cidade do Rio de Janeiro
- Programas de televisão do Brasil que estrearam em 2007
- Programas de televisão do Brasil encerrados em 2007
- Prêmio Contigo! de TV para melhor novela
- Telenovelas com temática LGBT
- Telenovelas com temática LGBT do Brasil
- Telenovelas premiadas com o Troféu Imprensa
- Telenovelas premiadas com o Extra de televisão
- Telenovelas premiadas com o Troféu APCA
- Telenovelas em português
- Telenovelas da Rede Globo da década de 2000