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Rinite

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Rinite
Rinite
Os grãos de pólen são um dos principais irritantes que causam rinite.
Especialidade rhinology, alergologia
Frequência -1475—1525%
Classificação e recursos externos
CID-10 J00, J30, J31.0
CID-9 472.0
OMIM 607154
DiseasesDB 26380
MedlinePlus 000813, 001648
eMedicine 834281, 134825, 889259
MeSH D012220
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Rinite é a irritação e inflamação da membrana mucosa no interior da cavidade nasal. Entre os sintomas mais comuns estão a congestão nasal, fluxo nasal abundante, espirros e acumulação de muco na garganta ou parte posterior do nariz.[1] O tipo de rinite mais comum é a rinite alérgica,[2] que é geralmente desencadeada por alergénios presentes no ar, como o pólen ou o pêlo de animais.[3] A rinite alérgica pode causar sintomas adicionais, como coceira no nariz, tosse, dores de cabeça,[4] fadiga, sensação de mal-estar e diminuição das capacidades cognitivas.[5][6][7] Os alergénios podem também afetar os olhos, causando coceira, vermelhidão e lacrimejar.[4]

A inflamação da membrana mucosa na rinite pode ser causada por vírus, bactérias, irritantes ou alergénios. A inflamação faz com que o corpo produza grande quantidade de muco, que se acumula e congestiona o nariz e a garganta. No caso da rinite alérgica, a inflamação é causada pela degranulação dos mastócitos no nariz. Ao degranularem-se, estas células libertam histamina e outras substâncias químicas,[8] o que dá origem a um processo inflamatório que pode causar sintomas fora do nariz, como a fadiga e mal estar.[9] A rinite infecciosa pode por vezes levar a complicações como pneumonia, quer viral quer bacteriana.

A rinite é uma doença muito comum, embora a sua prevalência varie significativamente entre países. A prevalência entre crianças entre os 6 e 7 anos varia entre 0,8% e 14,9%. Entre os 13 e 14 anos varia entre 1,4 e 39,7%. Entre os adultos varia entre 5,9% em França e 29% no Reino Unido.[10]

O ácaro é considerado o principal causador de alergia respiratória nos seres humanos.[11]

A rinite pode ser não-alérgica ou alérgica. A não-alérgica é geralmente causada por inflamação que não decorre de alergia ou por problemas na própria anatomia das vias nasais.[12] Já a rinite alérgica, que é a forma mais comum de rinite, é causada por alérgenos presentes no ar, como o pólen, ácaro e a própria pele ou pelos de animais,[13] mas também pode ser provocada devido a reação alérgica à coceira, produtos químicos, cigarros e remédios.

Os sintomas típicos incluem: Escorrimento de secreção do nariz (coriza), entupimento nasal, coceira no nariz, ardor nos olhos e espirros constantes. Também pode ocorrer tosse, diminuição do olfato, dor de cabeça e falta de ar. [14]

O diagnóstico da rinite é feito pelo médico através da anamnese e do exame clínico, com auxílio de exames complementares, como os testes cutâneo-alérgicos, dosagem de IgE específica, rinomanometria, rinometria acústica, citologia de secreção nasal e prova de provocação nasal.[15]

As práticas mais eficientes no tratamento da rinite alérgica são nebulizações, irrigações e pulverizações nasais com água quente termal sulfurosa. As contraindicações são praticamente inexistentes e os custos associados à realização destes tratamentos são geralmente muito económicos. Sendo um tratamento seguro e livre do uso de farmacologia, embora seja procurado por todas as faixas etárias, tem especial importância no tratamento da rinite aguda ou crónica infantil, evitando que estas iniciem precocemente um processo medicamentoso químico.

São várias as unidades termais em Portugal com água sulfurosa, entre as quais se podem destacar as Termas Sulfurosas de Alcafache e as Termas São Pedro do Sul.

Outros tratamentos consistem em afastar as causas como os alérgenos ambientais, no caso da rinite alérgica, na terapia farmacológica (corticosteróides, anti-histamínicos e descongestionantes) e na dessensibilização[16]

Referências

  1. «Nonallergic rhinitis». Consultado em 28 de maio de 2017. Cópia arquivada em 24 de setembro de 2008 
  2. «Allergic rhinitis» 
  3. Sullivan, Jr., John B.; Krieger, Gary R. (2001). Clinical environmental health and toxic exposures. [S.l.: s.n.] p. 341 
  4. a b «Allergic rhinitis» 
  5. Quillen, DM; Feller, DB (2006). «Diagnosing rhinitis: Allergic vs. Nonallergic». American family physician. 73 (9): 1583–90. PMID 16719251 
  6. Wilken, Jeffrey A.; Berkowitz, Robert; Kane, Robert (2002). «Decrements in vigilance and cognitive functioning associated with ragweed-induced allergic rhinitis». Annals of Allergy, Asthma & Immunology. 89 (4): 372–380. doi:10.1016/S1081-1206(10)62038-8 
  7. Marshall, Paul S.; O'Hara, Christine; Steinberg, Paul (2000). «Effects of seasonal allergic rhinitis on selected cognitive abilities». Annals of Allergy, Asthma & Immunology. 84 (4): 403–410. doi:10.1016/S1081-1206(10)62273-9 
  8. «Inflammatory Nature of Allergic Rhinitis: Pathophysiology» 
  9. «Immunopathogenesis of allergic rhinitis» (PDF) 
  10. «Rhinitis Synopsis». World Allergy Organization. Consultado em 29 de maio de 2017. Arquivado do original em 1 de maio de 2017 
  11. «Alergias respiratórias». Guia SUS. Consultado em 28 de Dezembro de 2007. Arquivado do original em 27 de dezembro de 2007 
  12. Linnea Lundgren. «Princípios básicos da alergia». HowStuffWorks. Consultado em 27 de Dezembro de 2007. Arquivado do original em 4 de fevereiro de 2008 
  13. Linnea Lundgren, Jeff Wald, M.D. «Entendendo a rinite alérgica». HowStuffWorks. Consultado em 27 de Dezembro de 2007. Arquivado do original em 30 de dezembro de 2009 
  14. «Tua Saúde: Rinite alérgica: O que é; Progressão e sintomas.». Consultado em 24 de novembro de 2013 
  15. Olivier CE, Argentão DGP, Lima RP, Silva MD, Santos RAPG. The nasal provocation test combined with spirometry establishes paradoxical vocal fold motion in allergic subjects. Allergy Asthma Proc 2013; 34:453-8. Pubmed
  16. Olivier CE, dos Santos Lima RP, Argentão DGP, da Silva MD, dos Santos RAPG, Pensuti M, Piai-de-Morais TH. Group-specific Multi-allergen Sublingual/Swallow Immunotherapy Improves the Quality of Life of Polysensitized Children and Adults with Allergic Rhinitis. J Allergy Ther 2013 4: 148. doi:10.4172/2155-6121.1000148