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Eulophidae

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaEulophidae

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Hymenoptera
Superfamília: Chalcidoidea
Família: Eulophidae
Subfamília: Eulophinae , Entedoninae , Tetrastichinae

Eulophidae é uma família muito diversa de pequenas vespas parasitas (ordem Hymenoptera), atualmente a maior de Calcidoidea, apresentando cerca de 5,300 espécies descritas distribuídas dentre 324 gêneros[1]. Atualmente consideram-se 5 subfamílias dentro de Eulophidae: Eulophinae, Entedoninae, Tetrastichinae e Euderinae[2]. A maioria destas vespas não passa de 4 mm, e possui coloração negra; algumas espécies apresentam tons iridescentes. Seus ovos são ovalados, podendo ou não conter algum pedúnculo sobre o qual ancoram-se sobre seus hospedeiros[3]. Estimam-se que eulofídeos tenha de 3 a 5 ínstares larvais [4], e, em algumas espécies, um estágio larval pode alimentar-se de um hospedeiro diferente do original [5].

Estão distribuídas por todos os continentes exceto a Antártica, ocorrendo em quase todos habitats terrestres. Caracterizam-se por terem todos os tarsos com 4 segmentos, antenas com 7-9 segmentos, esporões apicais das tíbias anteriores retilíneos e curtos, e o gáster claramente pedunculado formando uma cintura abdominal pronunciada [6].

A maioria das espécies desenvolve-se como larvas endoparasitoides de outros artrópodes, e algumas poucas desenvolvem-se alimentando-se de plantas (como minadoras de folhas)[7]. As espécies mais estudadas atacam lagartas (larvas de Lepidoptera)[8], mas outras espécies atacam diferentes ordens e estágios de vida de outros invertebrados, desde nematóides adultos[9] até ovos de besouros[10] e ácaros[11]. Existem espécies ectoparasitóides idiobiontes, incluindo que atacam pupas de outras vespas, além de hiperparasitóides facultativos ou obrigatórios. Desta forma, a diversidade de hábitos de vida dos Eulophidae resulta no fato de que são animais que exercem profundo impacto nas comunidades de artrópodes onde ocorrem. Diversas espécies são extensivamente estudadas como agentes de Controle Biológico de pragas[12].

Referências

  1. Rasplus, Jean-Yves; Blaimer, Bonnie B.; Brady, Seán G.; Burks, Roger A.; Delvare, Gérard; Fisher, Nicole; Gates, Michael; Gauthier, Nathalie; Gumovsky, Alex V. (18 de março de 2020). «A first phylogenomic hypothesis for Eulophidae (Hymenoptera, Chalcidoidea)». Journal of Natural History (em inglês) (9-12): 597–609. ISSN 0022-2933. doi:10.1080/00222933.2020.1762941. Consultado em 31 de julho de 2023 
  2. Gadallah, Neveen S.; Yefremova, Zoya A.; Yegorenkova, Ekaterina N.; Soliman, Ahmed M.; El-Ghiet, Usama M. Abu; Edmardash, Yusuf A.; Edmardash, Yusuf A. (15 de dezembro de 2015). «A review of the family Eulophidae (Hymenoptera: Chalcidoidea) of Egypt, with thirty three new records». Zootaxa (1). 66 páginas. ISSN 1175-5334. doi:10.11646/zootaxa.4058.1.3. Consultado em 31 de julho de 2023 
  3. «Chalcidoidea». www.nhm.ac.uk. Consultado em 31 de julho de 2023 
  4. Bittencourt, Maria A. L.; Berti Filho, Evoneo (março de 2004). «Desenvolvimento dos estágios imaturos de Palmistichus elaeisis Delvare & LaSalle (Hymenoptera, Eulophidae) em pupas de Lepidoptera». Revista Brasileira de Entomologia: 65–68. ISSN 1806-9665. doi:10.1590/S0085-56262004000100012. Consultado em 31 de julho de 2023 
  5. Rodrigues, Augusto; Pereira, Fabrício F.; Barbosa, Paulo R.R.; Silva-Torres, Christian S.A.; Torres, Jorge B. (1 de maio de 2021). «Parasitism Behavior of Tetrastichus howardi (Hymenoptera: Eulophidae) on Larvae and Pupae of Sugarcane Borers». Journal of Insect Behavior (em inglês) (3): 71–81. ISSN 1572-8889. doi:10.1007/s10905-021-09770-4. Consultado em 31 de julho de 2023 
  6. «Key to the World Genera of Eulophidae Parasitoids (Hymenoptera) of Leafmining Agromyzidae (Diptera)». keys.lucidcentral.org. Consultado em 31 de julho de 2023 
  7. Salvo, A.; Valladares, G. R. (setembro de 1997). «An analysis of leaf-miner and plant host ranges of threeChrysocharis species (Hym.: Eulophidae) from Argentina». BioControl (em inglês) (3): 417–426. ISSN 1386-6141. doi:10.1007/BF02769835. Consultado em 31 de julho de 2023 
  8. Favoreto, Ana Laura; Pavani, Rafaela Freitas; Ribeiro, Murilo Fonseca; Zanuncio, Antonio José Vinha; Soares, Marcus Alvarenga; Zanuncio, José Cola; Wilcken, Carlos Frederico (15 de maio de 2020). «Tetrastichus howardi (Hymenoptera: Eulophidae): first report of parasitism in Oxydia vesulia (Lepidoptera: Geometridae)». Brazilian Journal of Biology (em inglês): 406–410. ISSN 1519-6984. doi:10.1590/1519-6984.228541. Consultado em 31 de julho de 2023 
  9. «How to access research remotely». www.cabdirect.org. Consultado em 31 de julho de 2023 
  10. Meiners, Torsten; Hilker, Monika (1 de setembro de 1997). «Host location in Oomyzus gallerucae (Hymenoptera: Eulophidae), an egg parasitoid of the elm leaf beetle Xanthogaleruca luteola (Coleoptera: Chrysomelidae)». Oecologia (em inglês) (1): 87–93. ISSN 1432-1939. doi:10.1007/s004420050287. Consultado em 31 de julho de 2023 
  11. Kosheleva, O. V.; Kostjukov, V. V. (1 de dezembro de 2014). «Types of parasitism in eulophid wasps (Hymenoptera, Eulophidae)». Entomological Review (em inglês) (9): 1202–1217. ISSN 1555-6689. doi:10.1134/S0013873814090024. Consultado em 31 de julho de 2023 
  12. Pikart, Tiago Georg; Costa, Valmir Antonio; de Castro, Ancidériton Antonio; Zanuncio, José Cola; Serrão, José Eduardo (1 de dezembro de 2015). «Thripastichus gentilei: A New Agent for Biological Control of the Guava Thrips in Brazil (Hymenoptera: Eulophidae)». Entomologia Generalis (em inglês) (3): 151–155. ISSN 0171-8177. doi:10.1127/entomologia/2015/0086. Consultado em 31 de julho de 2023