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Paquitas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Este artigo é sobre as assistentes de palco dos programas da Xuxa. Para outros significados, veja Paquita.
Paquitas
Paquitas
A segunda geração em 1991.
Informação geral
Origem Rio de Janeiro
País Brasil
Gênero(s)
Período em atividade 1984–2002
Gravadora(s) RGE (1989–94)
Som Livre (1995–02)
Afiliação(ões)
Integrantes Primeira geração
Segunda geração
New Generation
Geração 2000

As Paquitas foram um grupo de assistentes de palco que acompanhou a apresentadora Xuxa Meneghel em diversos programas de televisão, destacando-se principalmente no Xou da Xuxa (1986–1992), transmitido pela TV Globo. Identificadas por seus uniformes icônicos inspirados em trajes de balizas — com jaquetas azuis ou vermelhas, franjas douradas nos ombros, chapéus decorados, shorts e botas brancas —, as Paquitas se tornaram símbolos da cultura pop brasileira nas décadas de 1980 e 1990[1]. Mais do que assistentes de palco, elas representaram um fenômeno cultural e tornaram-se referências de moda e comportamento para o público jovem da época[2].

Além de suas atividades no palco, onde animavam a plateia e auxiliavam Xuxa nas dinâmicas do programa, o grupo alcançou grande popularidade e expandiu-se para o cenário musical em 1989, lançando álbuns que deram origem a turnês de sucesso pelo Brasil[3]. Ao longo dos anos, o grupo passou por diferentes gerações, com novas integrantes assumindo os papéis e recebendo apelidos carinhosos dados pela própria Xuxa, como Pituxa, Catuxa e Xiquita Sorvetão. Entre as ex-integrantes que seguiram carreira artística destacam-se Letícia Spiller, Bianca Rinaldi e Juliana Baroni, que consolidaram-se na televisão e no teatro brasileiro[4][5].

O grupo original das Paquitas foi encerrado em 2002, após o rompimento da parceria profissional entre Xuxa e sua diretora Marlene Mattos[6]. Apesar disso, o legado das Paquitas permanece vivo na memória cultural brasileira, sendo reconhecido como um marco na história da televisão infantojuvenil no Brasil[4][7].

História

Origens (1984–1986)

A formação das Paquitas teve início em 1984, durante o período em que Xuxa Meneghel apresentava o programa Clube da Criança, exibido pela Rede Manchete. Nesse ano, durante uma viagem a Nova Iorque, Xuxa visitou um consultório dentário onde conheceu um papagaio chamado Paquito, que era mantido no banheiro, pois a esposa do dentista não permitia que ele circulasse pela casa. Encantada com o papagaio, Xuxa inspirou a equipe do programa a criar um fantoche com as características de Paquito, que passou a ser usado nas atrações infantis como uma espécie de mascote e recebeu o mesmo nome, em homenagem ao papagaio nova-iorquino[8].

Com o crescente sucesso do Clube da Criança e o aumento do público infantil presente nas gravações, a diretora do programa, Marlene Mattos, identificou a necessidade de uma assistente de palco para organizar a plateia e auxiliar nas interações com as crianças. A primeira escolha foi Andréa Veiga[9][10], uma jovem de 14 anos, que tinha uma aparência jovial e a autoridade necessária para lidar com o público infantil. No contexto do programa, o fantoche Paquito “interpretava” uma paixão por Andréa, e dessa interação surgiu o apelido “Paquita”, que Xuxa passou a usar para se referir a Andréa[8]. Rapidamente, o apelido se popularizou, e com o tempo, passou a designar todas as assistentes de palco de Xuxa.

À medida que a demanda do programa aumentava, Marlene Mattos decidiu expandir o grupo de assistentes. No final de 1984, foi contratada uma segunda assistente de palco, Heloísa Morgado[11], conhecida no programa como "Paquita 2"[10][12]. Em 1985, com a introdução de um novo cenário e uma plateia ainda maior, Marlene contratou uma terceira assistente, Andréa Rosa, apelidada de Xiquita. No entanto, sua passagem pelo programa foi breve, encerrando-se no final do mesmo ano.

Primeira Geração (1986–1990)

Em 1986, após ser contratada pela TV Globo, Xuxa Meneghel estreou no programa Xou da Xuxa[13], o que trouxe mudanças significativas para o grupo de assistentes de palco. A assistente Heloísa Morgado, que atuara no Clube da Criança, não foi contratada pela nova emissora e foi substituída por Andréa Faria, que recebeu o apelido de "Xiquita Sorvetão"[10]. O apelido "Sorvetão" foi dado por Xuxa em referência ao gosto de Andréa por sorvete e sua personalidade distraída. "Sorvetão surgiu porque, além de atrapalhada, eu tomava muito sorvete. E o apelido pegou porque a minha ficha demorava para cair, eu não entendia de primeira. A Xu falava que eu era muito 'sorvetão'", relembrou Andréa em entrevista à revista Quem em 2013[14].

Outra integrante marcante da primeira geração foi Luise Wischermann, conhecida como "Pituxa Alemã"[15], devido à sua ascendência germânica e seu visual loiro característico. Luise se destacou como a primeira Paquita a usar o uniforme vermelho[16], diferenciado das tradicionais jaquetas azuis do grupo. Sua entrada para o time aconteceu de forma curiosa e inesperada: em relato ao jornal O Globo, Luise contou que conheceu Xuxa após o papagaio de estimação da apresentadora voar para dentro de sua cozinha no primeiro andar do prédio onde ambas moravam. Ao retornar da escola, Luise foi informada de que o papagaio havia fugido, mas Xuxa não estava em casa. Naquela noite, enquanto se preparava para dormir, sua mãe disse: “O Pelé está na sala”, explicando que Xuxa estava no apartamento brincando com o papagaio na cozinha. Esse encontro levou ao convite para que Luise fosse Paquita, feito alguns dias depois por Marlene Mattos, diretora do programa, quando a encontrou no elevador. “Comecei a rir e perguntei: ‘O que é Paquita?’”, relembrou Luise. Marlene explicou que Xuxa estava saindo da TV Manchete e indo para a Globo, e que as Paquitas seriam suas assistentes de palco. Luise aceitou o convite e estreou oficialmente em 30 de junho de 1986, na estreia do Xou da Xuxa, tornando-se uma das integrantes mais lembradas do programa, onde permaneceu por três anos e meio[17].

Com o sucesso estrondoso do programa, Marlene Mattos organizou, em 1987, o primeiro concurso para selecionar novas Paquitas. A vencedora foi Ana Paula Guimarães, que recebeu o apelido de "Catuxa"[18] e também vestia o uniforme vermelho. A disputa foi acirrada e gerou polêmica, especialmente pela participação de Luciana Vendramini, uma concorrente popular entre o público[11][19]. A vitória de Ana Paula consolidou seu lugar no grupo, que já era um fenômeno nacional.

Ainda em 1987, Monique Siqueira, conhecida como "Miúxa", integrou o grupo informalmente, vestindo o uniforme vermelho, e participou de ensaios, campanhas publicitárias e da turnê do Xegundo Xou da Xuxa[20]. Monique, por ser mais jovem que as demais Paquitas, fazia dupla com Amanda Elwis, apelidada de "Picurruxa", que vestia a farda azul[21]. Ambas participaram de apresentações, mas não possuíam contratos formais com a emissora, e suas atividades foram encerradas após um incidente durante a gravação de um especial de Natal, em que Monique pegou um brinquedo destinado ao público infantil, levando à sua dispensa e à de Amanda[20].

A popularidade das Paquitas crescia rapidamente, e o grupo foi expandido em 1987 com a inclusão de assistentes mais jovens, que atuariam como substitutas em caso de afastamento das integrantes principais. Roberta Cipriani, conhecida como "Xiquitita Surfista", entrou para o grupo nesse ano e recebeu seu apelido em referência ao seu amor pelo sol e pela praia[22]. Roberta chegou ao programa de forma inesperada: frequentadora assídua das gravações, ela ia ao Xou da Xuxa apenas para se divertir, sem qualquer pretensão de integrar o grupo. Ao mencionar para Xuxa que estava prestes a se mudar para Curitiba devido à transferência de seu pai, foi surpreendida com um convite para ser Paquita, algo que nunca havia imaginado, considerando-se "pequena demais" para o papel. Após uma conversa entre Xuxa, Marlene Mattos e seu pai, a mudança foi cancelada e Roberta iniciou sua trajetória como Paquita[23]. Embora enfrentasse desafios iniciais e, por vezes, sentisse a diferença de idade em relação às colegas mais experientes, Roberta superou as dificuldades e firmou-se como uma das integrantes mais duradouras do grupo.

A primeira geração das Paquitas, composta por Andréa Veiga (Paquita), Andréa Faria (Xiquita Sorvetão), Luise Wischermann (Pituxa Alemã), Ana Paula Guimarães (Catuxa) e Roberta Cipriani (Xiquitita Surfista), firmou-se como o grupo principal do Xou da Xuxa. Com figurinos icônicos e ampla presença na mídia, essa geração estabeleceu o grupo como parte essencial do programa e um marco no entretenimento infantil brasileiro.

Segunda Geração (1987–1995)

Com o sucesso crescente do Xou da Xuxa e o fortalecimento das Paquitas como ícones culturais no Brasil, uma renovação no grupo tornou-se essencial para acompanhar o entusiasmo do público e manter o programa dinâmico. Em dezembro de 1987, Tatiana Maranhão, conhecida como "Paquitita Loura", foi a primeira integrante a fazer parte dessa nova fase[24]. Tatiana foi convidada por Marlene Mattos após acompanhar sua irmã, Patrícia Maranhão — vocalista do trio Afrodite Se Quiser — em uma visita ao programa[25]. Após dois meses de testes rigorosos, Tatiana foi oficialmente coroada no especial de Ano Novo, consolidando seu lugar no grupo. Originalmente morena, ela clareou os cabelos gradualmente[26] para alinhar-se ao visual tradicional das Paquitas e destacou-se por sua habilidade vocal, sendo uma das mais notáveis durante as apresentações musicais[25].

Outro nome de destaque nessa fase foi Priscilla Couto, apelidada de "Catuxita Top Model". Priscilla chamou a atenção de Xuxa e Marlene Mattos ao se destacar em competições de desfile promovidas pelo programa, cativando o público com sua elegância e postura[27]. Após dois meses de seletivas, Priscilla foi oficialmente coroada ao lado de Tatiana. Inicialmente, recebeu o título de "Pituxita" em homenagem à Paquita Luise Wischermann, que a coroou pessoalmente. Mais tarde, adotou o apelido definitivo "Catuxita Top Model", refletindo sua experiência como modelo da loja O Bicho Comeu[28]. Priscilla tornou-se uma das integrantes mais duradouras do grupo, participando de projetos como discos, filmes, shows e campanhas publicitárias.

Em março de 1988, com o grupo já consolidado, Andréa Veiga, a primeira Paquita, decidiu deixar o Xou da Xuxa para seguir carreira solo como apresentadora. Ela assumiu o programa infantil Pintando o Sete, transmitido pela TV Record de São Paulo[29]. A saída de Andréa encerrou uma fase importante na história das Paquitas, abrindo espaço para novas integrantes e dando continuidade ao legado que o grupo já havia construído.

Logo após essa mudança, em abril do mesmo ano, Ana Paula Almeida foi escolhida para integrar o grupo das Paquitas[30]. Sua trajetória começou de forma inesperada: aos nove anos, enquanto se preparava para ir à escola, recebeu uma ligação da produção do programa da Xuxa, convidando-a para os testes. Sem saber, sua irmã mais velha havia enviado uma carta à Globo, e entre mais de duas mil candidatas, Ana Paula foi selecionada. Vinda de uma família modesta do bairro de Vista Alegre, no subúrbio do Rio, Ana Paula nutria o simples sonho de ver Xuxa passando de carro por sua rua, mas acabou vivendo algo muito maior ao ser coroada Paquita. Durante a cerimônia de coroação, emocionada, recebeu o carinhoso apelido de "Pituxita Bonequinha" da própria Xuxa, que ao observá-la comentou: “Olha só como ela é linda até chorando, parece uma bonequinha”[31].

Em 1989, com o grupo das Paquitas em plena atividade e prestes a gravar seu primeiro álbum, duas integrantes decidiram seguir novos rumos: Ana Paula Guimarães, a "Catuxa", e Luise Wischermann, a "Pituxa Alemã". Ambas receberam um convite para apresentar o programa de variedades Clip Shop na TV Rio, uma oportunidade que as levou a deixar o Xou da Xuxa, mesmo contra a vontade de Marlene Mattos e Xuxa. Embora o Clip Shop não tenha alcançado o sucesso esperado, essa experiência marcou a primeira tentativa de ambas em construir uma carreira fora do universo das Paquitas.

Para preencher as vagas deixadas por Ana Paula Guimarães e Luise Wischermann, a produção do Xou da Xuxa organizou o concurso "Paquitonas 89", onde candidatas competiram por um lugar no renomado grupo das Paquitas[32]. Entre as participantes, Letícia Spiller destacou-se, sendo coroada como a nova "Pituxa" após indicação de Andréa Faria, a "Xiquita Sorvetão", e passando por um rigoroso processo seletivo que durou um mês. Durante a seleção, Letícia competiu com Cátia Paganote, que mais tarde se tornaria a "Miúxa". Letícia, desde o anúncio das inscrições, revelou sua confiança em ser escolhida, comentando: “Sou eu”[33].

Com seu comportamento estabanado[34], Letícia logo conquistou o apelido de "Pituxa Pastel" e protagonizou momentos marcantes no programa, como a famosa queda do queijo do Paradão dos Baixinhos[35] e o dia em que, distraída, esqueceu a colega Paquitita Tatiana Maranhão no colégio no dia da gravação do programa. Letícia se tornaria uma das ex-Paquitas mais bem-sucedidas, construindo uma carreira sólida como atriz[34], permanecendo na memória dos fãs como uma das integrantes mais queridas dessa geração.

Outra adição marcante à segunda geração das Paquitas foi Cátia Paganote, apelidada de "Miúxa Bruxa". Ela foi a segunda integrante a assumir o apelido "Miúxa" e passou por quase dez meses de testes até ser oficialmente coroada Paquita em 27 de abril de 1989, durante a comemoração do aniversário da produtora Marlene Mattos na boate carioca Zoom[27]. Cátia destacou-se por sua determinação, criatividade e características únicas: seus cabelos cacheados fugiam do padrão liso e loiro predominante no grupo, e sua habilidade em imitar a risada de uma bruxa lhe rendeu o carinhoso apelido "Miúxa Bruxa"[36]. Antes de ingressar nas Paquitas, Cátia participou de testes para se tornar Angelicat no Clube da Criança e de quadros no programa Os Trapalhões e no Domingão do Faustão, no segmento Rala e Rola. Sua dedicação e personalização dos figurinos durante o processo seletivo foram diferenciais decisivos para sua entrada no grupo[37].

Com essa nova formação, as Paquitas lançaram seu primeiro álbum, Paquitas, em setembro de 1989. O disco trouxe sucessos como Fada Madrinha (É Tão Bom), Alegres Paquitas e Playback, consolidando o grupo também no cenário musical[38]. Após assinarem contrato com a gravadora RGE, as Paquitas embarcaram em uma série de shows por todo o Brasil, o que impulsionou ainda mais sua popularidade e garantiu sua presença no mercado fonográfico infantil.

Em fevereiro de 1990, Juliana Baroni, apelidada de "Catuxa Jujuba", foi selecionada como a oitava Paquita através do concurso "Paquita Paulista", criado exclusivamente para meninas de São Paulo. Natural de Limeira, Juliana concorreu com cerca de 1.200 candidatas para preencher a vaga deixada quase um ano antes por Ana Paula Guimarães, a "Catu", que saiu do grupo em março de 1989. O concurso, um dos mais disputados na história das Paquitas, contou com três programas dedicados aos testes, culminando com a coroação de Juliana como a nova Catuxa, marcando sua entrada no grupo[39].

No mesmo ano, Andréia Faria, conhecida como "Xiquita Sorvetão", deixou o grupo das Paquitas em circunstâncias conturbadas. Durante uma pausa nas gravações, enquanto as Paquitas seguiam com compromissos e shows, Andréia foi impedida de participar de um evento em Juiz de Fora devido a problemas de saúde. Em meio a uma ligação direta dos Estados Unidos, Marlene Mattos, então diretora e empresária de Xuxa, teria criticado Andréia duramente por sua ausência, levando-a, aos 16 anos, a decidir encerrar sua trajetória como Paquita. Embora Marlene alegasse que Andréia desejava uma carreira solo, a saída ocorreu de forma abrupta e sem despedidas, com Xuxa recebendo uma versão diferente dos acontecimentos[40][41]. Na época, o passe de Andréia foi disputado por outras emissoras, sendo inclusive convidada para o Domingão do Faustão, mas acabou aceitando integrar o elenco de Os Trapalhões, onde permaneceu de 1991 a 1994.

Para preencher a vaga deixada por Andréia Faria, foi realizado o concurso "Xiquita 1990", do qual Bianca Rinaldi, apelidada de "Xiquita Bibi", saiu vitoriosa[42]. Apesar de ter perdido o concurso "Paquita Paulista" para Juliana Baroni devido à sua postura curvada, Bianca persistiu e foi coroada em uma edição especial do Xou da Xuxa, que comemorava o aniversário da apresentadora. Sua entrada no grupo foi amplamente divulgada, com aparições em capas de revistas e matérias em jornais, além de uma participação especial no Domingão do Faustão, ainda sem a tradicional farda de Paquita.

Ainda em 1990, o grupo foi convidado a participar de dois filmes que marcariam a cultura pop brasileira. O primeiro, Lua de Cristal, estrelado por Xuxa, foi um grande sucesso de bilheteria, com as Paquitas desempenhando papéis de apoio[43]. Já o segundo, Sonho de Verão, foi produzido especialmente para destacar as Paquitas, contando com Sérgio Mallandro e Andréa Veiga como parte do elenco. O filme se tornou um clássico entre os fãs da época, consolidando o status das Paquitas como estrelas também no cinema e ampliando sua presença no cenário cultural brasileiro[44].

Em novembro de 1990, Tatiana Maranhão, conhecida como "Paquitita Loura", deixou o grupo das Paquitas após enfrentar meses de suspensões e intensa pressão para atingir o padrão físico exigido pela diretora Marlene Mattos. Embora tenha participado das gravações do filme Sonho de Verão e até tivesse duas músicas solo na trilha sonora, Tatiana foi excluída do cartaz promocional e das atividades de divulgação devido a uma suspensão. As cobranças persistentes para que ela perdesse peso culminaram em um transtorno alimentar e em episódios de humilhação pública, levando-a a sair definitivamente do grupo[45][46][47]. Tatiana foi a primeira Paquita de sua geração a ter uma despedida pública no palco do programa[48]. Chegou a gravar faixas para um disco solo, produzido por Sullivan e Massadas, mas optou por não lançá-lo.

Após a saída de Tatiana Maranhão, Flávia Fernandes foi selecionada para integrar o grupo, recebendo o apelido de "Paquitita Pluft"[49] — uma referência ao fantasma Pluft, da peça Pluft, O Fantasminha de Maria Clara Machado — em alusão à sua pele muito clara. Flávia já havia passado por uma série de testes anteriores sem sucesso. Em 1989, tentou a vaga de "Catuxa" em março, antes de o concurso ser substituído pelo "Paquita Paulista", e mais tarde concorreu à posição de "Xiquita", também sem êxito. Contudo, com a saída de Tatiana em novembro de 1990, Flávia foi finalmente convidada a se juntar às Paquitas, desta vez sem necessidade de novos testes. Após anos frequentando o Teatro Fênix e acompanhando de perto a rotina das Paquitas, Flávia já estava mais do que preparada para assumir o posto. Relatos indicam que Marlene Mattos havia prometido a ela que, de um jeito ou de outro, se tornaria uma Paquita, e Flávia acabou, de fato, se tornando a última integrante da geração Xou da Xuxa.

Em 1991, o grupo lançou seu segundo álbum de estúdio, Paquitas[38], que incluiu sucessos como Sonho de Verão, Trocando Energia e Auê. Esse álbum consolidou ainda mais o status das Paquitas como ícones da música pop infantil e manteve o grupo no auge do sucesso. Nesse mesmo ano, Ana Paula Guimarães retornou ao grupo, participando exclusivamente das produções internacionais de Xuxa.

Em 1992, Letícia Spiller deixou o grupo das Paquitas para seguir carreira como atriz, após uma suspensão resultante de uma discussão com Marlene Mattos sobre questões de peso[50][51][52]. Logo em seguida, Letícia foi escalada para a novela Despedida de Solteiro. Sua saída abriu espaço para o retorno definitivo de Ana Paula Guimarães, que havia voltado no ano anterior para atuar nas produções internacionais de Xuxa. Agora como líder do grupo, Ana Paula participou de todas as produções da apresentadora, tanto no Brasil quanto no exterior, tornando-se a única Paquita a integrar o programa de Xuxa nos Estados Unidos. Ainda em 1992, Andréa Veiga também voltou a colaborar com Xuxa, atuando exclusivamente no programa Xuxa Park na Espanha[53] e acompanhando as apresentações pela América Latina. Ela também assumiu a apresentação de quadros no Xou da Xuxa.

Em 1993, as Paquitas foram intérpretes da música Eu Não Largo o Osso, tema de abertura do programa infantil TV Colosso[54]. Além disso, participaram da Turnê Sexto Sentido de Xuxa, alternando apresentações ao lado da apresentadora com shows próprios, reforçando a presença das Paquitas nos palcos de todo o Brasil.

A segunda geração das Paquitas, caracterizada por várias mudanças e novas integrantes, demonstrou a capacidade do grupo de se reinventar sem perder a admiração do público. Essa geração consolidou ainda mais o legado das Paquitas e garantiu seu lugar como figuras centrais na história do entretenimento brasileiro.

Internacionalização

Com o sucesso estrondoso de Xuxa no Brasil, a marca "Xuxa" começou a expandir para outros países, levando as Paquitas para uma fase internacional. Como parte dessa estratégia, foram criadas as Paquitas Internacionais, que acompanhavam a apresentadora nas versões dos seus programas fora do Brasil, principalmente na América Latina e nos Estados Unidos[55]. Essas Paquitas desempenhavam funções semelhantes às das versões brasileiras: animar a plateia, participar de coreografias e auxiliar Xuxa na condução das brincadeiras e números musicais. Assim como no Brasil, cada Paquita internacional recebia um apelido carinhoso e mantinha o visual icônico de uniformes e coreografias sincronizadas.

Na América Latina, as Paquitas Internacionais rapidamente se tornaram extremamente populares. Cada país onde Xuxa tinha uma presença televisiva, como Argentina, Chile, Uruguai e Equador, contava com sua própria versão das Paquitas, adaptada ao público local. Os programas como El Show de Xuxa seguiram o sucesso do Xou da Xuxa brasileiro, com as Paquitas como uma das partes mais adoradas do formato e favorecendo a identificação do público com a marca Xuxa[56].

Em 1991, Xuxa estreou na televisão espanhola com o programa Xuxa Park, transmitido pela Telecinco, e as Paquitas desempenharam um papel central nessa versão. Elas acompanhavam a apresentadora em quadros adaptados para o formato espanhol e também participaram das apresentações de Xuxa em outros países da América Latina, fortalecendo a presença do grupo fora do Brasil. Durante esse período, Ana Paula Guimarães teve um papel de destaque ao ser a única integrante a participar de todos os programas internacionais, incluindo a versão norte-americana.

Nos Estados Unidos, o programa Xuxa foi transmitido pela CBS, e as Paquitas foram rebatizadas como Pixies. Com uma estética adaptada ao público norte-americano, as Pixies mantiveram as mesmas funções de assistentes de palco e ajudaram a ampliar o apelo multicultural de Xuxa, especialmente entre crianças latinas que viviam nos EUA. Essa adaptação cultural das Paquitas refletiu a ambição de Xuxa de se tornar um ícone internacional, e as Pixies se tornaram uma parte fundamental dessa expansão[57].

A internacionalização das Paquitas consolidou o grupo como um fenômeno cultural, que não apenas representava a cultura pop infantojuvenil brasileira, mas também expandia esse legado para novas audiências ao redor do mundo.

Paquitas New Generation (1995–1999)

Em 1995, João Henrique Schiller, editor do programa, ouviu desabafos das Paquitas sobre assédio moral nos bastidores e sugeriu transformar as confissões em um livro, que elas ingenuamente aceitaram. A notícia chegou a Marlene Mattos, que, ao ser informada por uma das integrantes, demitiu todas as envolvidas[58][59][60][61]. Na edição do Xuxa Park, exibida em 29 de abril de 1995, as integrantes da segunda geração se despediram oficialmente do público. No mesmo programa, foi anunciada a nova formação das Paquitas, agora sob o subtítulo Paquitas New Generation, marcando o início de uma nova era para o grupo[62].

As sete novas integrantes foram escolhidas com o objetivo de agradar a diferentes gerações de fãs de Xuxa e receberam apelidos modernos. Caren Lima, a mais baixinha do grupo, foi apelidada de Chaveirinho, enquanto Graziella Schmitt ficou conhecida como Grazi Modelão devido à sua postura e porte físico que lembravam os de uma modelo. Diane Dantas, com sua elegância, foi chamada de Lady Di, em referência à princesa britânica. Já Gisele Delaia recebeu o apelido de Miss Queimados, uma homenagem à cidade onde nasceu. Andrezza Cruz, por sua vez, foi chamada de Dezza, um apelido moderno que encurtava seu nome. Bárbara Borges, com seu carisma e beleza, ficou conhecida como Babubonitona ou simplesmente Paquita Babu, e Vanessa Melo, por suas habilidades na dança e energia no palco, foi apelidada de Flashdance[62].

A Paquitas New Generation trouxe uma nova estética e um grupo de meninas mais jovens para acompanhar Xuxa em programas como Xuxa Park e Xuxa Hits, ambos exibidos pela Rede Globo. Com a chegada dessa nova formação, o grupo passou por uma modernização em sua aparência. No Xuxa Park, as Paquitas mantiveram o tradicional uniforme de "soldadinhas de chumbo", mas no Xuxa Hits, voltado para o público adolescente, adotaram um novo uniforme colegial, marcando uma transição para um estilo mais descontraído e atual. À medida que o quadro evoluiu para o Planeta Xuxa, os figurinos passaram a ser ainda mais variados, refletindo as tendências da moda jovem dos anos 90.

Ainda em 1995, o grupo gravou seu primeiro disco, Paquitas New Generation, que destacou singles como Nova Geração, Ah, O Amor, Telefone Toca e Suor e Sorriso. O álbum também trouxe uma regravação de Fada Madrinha, uma das canções mais marcantes do primeiro disco das Paquitas. Em 1997, elas lançaram seu segundo álbum, que incluiu sucessos como Planeta Dance, Não Se Reprima (regravação do grupo Menudo) e Vem Dançar Comigo (uma regravação de Xuxa).

Durante esse período, as integrantes da Paquitas New Generation seguiram uma agenda intensa de shows e apresentações, tanto ao lado de Xuxa quanto em eventos próprios. Em 1998, Diane Dantas (Lady Di) foi a primeira a deixar o grupo, seguida por Bárbara Borges (Babubonitona) em abril de 1999, que decidiu seguir carreira como atriz[62]. No final de 1999, com a maioridade se aproximando novamente para as integrantes, a Paquitas New Generation foi oficialmente dissolvida, abrindo espaço para a seleção de uma nova geração de Paquitas.

Geração 2000 (1999–2002)

Em 1999, com a dissolução da Paquitas New Generation, uma nova fase começou com a abertura de inscrições para a formação de uma nova geração. A Geração 2000 foi selecionada por meio de uma série de testes rigorosos e foi oficialmente apresentada ao público no Planeta Xuxa[63], dando início a um novo ciclo para o grupo.

A nova formação contava com integrantes mais jovens, que foram preparadas para manter a essência do grupo e ao mesmo tempo se conectar com um público cada vez mais adolescente. Elas mantiveram o papel tradicional de animar a plateia nos programas de Xuxa, mas também participaram de projetos mais voltados ao público infantil, como o Xuxa Só Para Baixinhos, um dos maiores sucessos da apresentadora nessa época. Entre as integrantes desta geração estavam Letícia Barros, Thalita Ribeiro, Gabriella Ferreira, Monique Alfradique, Lana Rhodes, Stephanie Lourenço, Joana Mineiro e Daiane Amêndola[64].

Visualmente, a Geração 2000 adotou figurinos mais variados e menos padronizados que as gerações anteriores, refletindo a mudança de estética dos anos 2000. Durante essa fase, o grupo esteve presente em programas como o Xuxa Park e o Planeta Xuxa, além de participar de especiais e shows ao vivo.

Em 2001, um incêndio no estúdio de gravação do Xuxa Park abalou profundamente a carreira das Paquitas[65], encerrando as atividades do programa de forma abrupta. As Paquitas da Geração 2000 foram realocadas no Planeta Xuxa, onde continuaram suas atividades até 2002, quando Xuxa e Marlene Mattos romperam sua parceria profissional, o que levou ao fim definitivo do grupo[66].

Carreira musical

Álbuns e singles

As Paquitas começaram sua trajetória musical ainda na primeira geração, participando como coro em diversos álbuns de Xuxa Meneghel, desde os primeiros discos da apresentadora. Essa experiência nos bastidores preparou o terreno para o lançamento de suas próprias produções musicais.

O primeiro álbum do grupo, intitulado Paquitas, foi lançado em 1989 pela gravadora RGE. O disco trouxe músicas que rapidamente se tornaram populares entre o público infantil e adolescente, incluindo Alegres Paquitas, Playback, Sorvetão, e o grande sucesso Fada Madrinha (É Tão Bom)[67]. O álbum marcou a transição das Paquitas de assistentes de palco para estrelas do entretenimento infantojuvenil, elevando-as a uma posição de destaque no cenário musical. O sucesso desse álbum impulsionou uma série de shows e turnês pelo Brasil, consolidando a carreira musical do grupo.

Em 1991, as Paquitas lançaram seu segundo álbum, também intitulado Paquitas, desta vez pela Som Livre. Com faixas como Trocando Energia, Amor Adolescente, Auê, e Sonho de Verão[68], o grupo solidificou ainda mais sua presença na música pop brasileira. Esse álbum foi lançado pouco depois das Paquitas terem participado das trilhas sonoras dos filmes Lua de Cristal (1990) e Sonho de Verão (1990), duas grandes produções cinematográficas estreladas por Xuxa e Sérgio Mallandro[69][70]. Nessas trilhas, o grupo contribuiu com músicas que complementaram o sucesso dos filmes, ampliando ainda mais sua presença no entretenimento brasileiro.

Com a renovação do grupo em 1995 e a criação da Paquitas New Generation, o estilo musical do grupo também foi atualizado para atrair um público adolescente. O álbum New Generation, lançado no mesmo ano pela Som Livre, refletiu essa mudança com um som mais moderno e voltado para a juventude da época. Músicas como Nova Geração, Telefone Toca, Ah! O Amor, e uma regravação de Fada Madrinha (É Tão Bom) mostraram que o grupo ainda era capaz de conectar-se com o público, ao mesmo tempo em que trazia uma nova identidade musical[71].

Em 1997, o grupo lançou mais um álbum homônimo, Paquitas, também pela Som Livre, consolidando ainda mais a fase da New Generation. Com faixas como Não Se Reprima, Planeta Dance, Maria Fumaça, e Vem Dançar Comigo, o álbum trouxe um estilo pop dançante que acompanhava as tendências musicais da época[72]. Esta fase mais madura mostrou a evolução das Paquitas e sua capacidade de adaptação às mudanças do mercado musical.

Além de seus próprios álbuns, as Paquitas continuaram a participar como coro em diversos trabalhos de Xuxa, especialmente na série Xuxa Só Para Baixinhos. Elas também gravaram o tema de abertura do programa infantil TV Colosso, com a música Eu Não Largo o Osso, expandindo ainda mais sua presença na televisão e no mercado fonográfico brasileiro.

Shows e turnês

As Paquitas não se limitaram ao sucesso de seus álbuns de estúdio. O grupo também desempenhou um papel crucial nas turnês e apresentações ao vivo de Xuxa Meneghel. Desde os primeiros anos, as Paquitas acompanharam a apresentadora em eventos de grande porte, participando de shows que atraíam milhares de fãs por todo o Brasil.

Durante as turnês do Xou da Xuxa, que percorreram diversas cidades do país entre o final dos anos 80 e início dos anos 90, as Paquitas desempenhavam um papel fundamental nas coreografias e interações com o público. Elas estavam sempre ao lado de Xuxa, ajudando a animar a plateia e executando números de dança que se tornaram uma marca registrada dos shows. O sucesso dessas apresentações levou o grupo a realizar performances em eventos especiais e programas de televisão ao vivo, o que ampliou ainda mais sua exposição.

Com o lançamento de seus próprios álbuns, as Paquitas começaram a realizar shows independentes, cantando seus maiores sucessos e promovendo suas canções diretamente ao público. Os shows das Paquitas combinavam músicas de seus discos com as famosas coreografias que executavam nos programas de TV e nos filmes. A presença de Xuxa em alguns desses eventos apenas aumentava o apelo das apresentações, tornando-as ainda mais populares entre o público infantil e juvenil.

As turnês das Paquitas evoluíram conforme o grupo passava por mudanças de formação e estilo. A Paquitas New Generation manteve a tradição dos grandes shows, adaptando-se às novas tendências musicais e ao público adolescente. Durante essa fase, o grupo participou de turnês ao lado de Xuxa, mas também realizou apresentações próprias, com figurinos mais modernos e uma estética adaptada ao final dos anos 90.

Além dos shows nacionais, as Paquitas também participaram de eventos internacionais, acompanhando Xuxa em suas apresentações fora do Brasil. Isso incluiu shows na América Latina e participações em especiais de TV voltados para o público estrangeiro, ampliando o alcance do grupo para além das fronteiras brasileiras.

As apresentações ao vivo desempenharam um papel importante na consolidação das Paquitas como ícones do entretenimento infantojuvenil, fortalecendo a conexão com o público e mantendo sua relevância ao longo das gerações. O impacto dessas turnês e shows é lembrado até hoje por fãs que cresceram assistindo ao grupo em ação, tanto nos palcos quanto nas telas.

Participação no cinema e televisão

Filmes

As Paquitas desempenharam um papel crucial no cinema, participando de alguns dos maiores sucessos da carreira cinematográfica de Xuxa Meneghel. Com o enorme apelo que tinham entre o público infantil e juvenil, a presença delas nas telonas consolidou ainda mais sua popularidade. As Paquitas não apenas acompanhavam Xuxa nos programas de TV, mas também fizeram parte do universo dos filmes estrelados pela apresentadora, contribuindo para o sucesso comercial dessas produções.

O primeiro grande sucesso no qual as Paquitas participaram foi Lua de Cristal (1990). Este filme, estrelado por Xuxa, contou com as Paquitas em papéis de apoio, reforçando o ambiente familiar e a identidade visual associada ao Xou da Xuxa. Lua de Cristal se tornou um dos maiores fenômenos de bilheteria da época, tornando-se um clássico do cinema infantil brasileiro. A música-tema do filme, Lua de Cristal, também foi um grande sucesso, e as Paquitas, embora não tivessem papéis principais, ajudaram a manter a conexão entre a apresentadora e seu público fiel[73].

No mesmo ano, as Paquitas participaram de Sonho de Verão (1990), um filme feito especialmente para elas. Sonho de Verão, que contou com Sérgio Mallandro, além de Andréa Veiga e os Paquitos, teve as Paquitas como figuras centrais da trama[74], o que deu mais destaque ao grupo em comparação a suas participações anteriores. A produção foi muito bem recebida pelo público infantil e jovem, ajudando a consolidar ainda mais as Paquitas como estrelas de cinema.

Embora oficialmente não como Paquitas, algumas ex-integrantes também participaram dos filmes Xuxa Requebra (1999) e Xuxa Popstar (2000)[75]. Nesses filmes, ex-integrantes das Paquitas fizeram pequenas participações especiais, mantendo o vínculo com a carreira de Xuxa e reforçando a ligação afetiva com o público que as acompanhou por tantos anos.

Essas participações no cinema foram um passo importante na consolidação das Paquitas como figuras centrais da cultura pop brasileira, estendendo seu sucesso para além dos programas televisivos e turnês, ampliando o alcance do grupo também no universo cinematográfico.

Programas de TV

As Paquitas foram introduzidas inicialmente como assistentes de palco no programa Clube da Criança (1984–1986), exibido pela Rede Manchete, onde Xuxa começou sua carreira como apresentadora de programas infantis. No entanto, foi com a estreia do Xou da Xuxa, em 1986, na TV Globo, que as Paquitas realmente ganharam notoriedade. No Xou da Xuxa, as Paquitas eram responsáveis por ajudar na condução das brincadeiras, organizar as crianças da plateia, e participar das coreografias e números musicais. O programa se tornou um fenômeno de audiência, e as Paquitas passaram a ser vistas como modelos de comportamento para o público infantil e adolescente.

Durante o período em que o Xou da Xuxa esteve no ar (1986–1992), as Paquitas se consolidaram como uma presença fixa no formato. Cada uma delas recebia um apelido característico, dado por Xuxa, que ajudava na identificação do público e criava um laço emocional com as crianças que assistiam ao programa. O sucesso foi tanto que as Paquitas não eram mais apenas assistentes de palco, mas figuras centrais na cultura pop da época, influenciando até a moda infantil e juvenil.

Após o fim do Xou da Xuxa, as Paquitas continuaram participando ativamente dos programas que Xuxa passou a comandar na TV Globo. No Xuxa Park (1994–2001), um programa voltado para o público infantil exibido aos sábados. Além de auxiliarem nas brincadeiras e nos números musicais, elas também atuavam em quadros e interações com as crianças, reforçando a continuidade do grupo, mesmo após a mudança de formato do programa.

Com a estreia do Xuxa Hits (1995–1996), voltado para o público adolescente, o figurino também foi atualizado, refletindo a transição para um público mais jovem e urbano. Esta fase, marcada pela formação das Paquitas New Generation, ajudou a manter a relevância do grupo junto ao público que havia crescido com o Xou da Xuxa.

Em 1997, com o lançamento do Planeta Xuxa (1997–2002), as Paquitas participaram de quadros voltados para o público adolescente, mas também foram integradas em performances de dança, entrevistas e atividades interativas no palco. O Planeta Xuxa era um programa voltado para um público jovem, onde música, dança e entretenimento tinham destaque. As Paquitas, que já estavam mais maduras, ganharam uma nova roupagem e continuaram a ser parte essencial da identidade do programa.

Além dos programas regulares, as Paquitas também marcaram presença em diversos especiais de fim de ano e eventos especiais ao longo da carreira televisiva de Xuxa. Elas eram frequentemente convidadas para participar de entrevistas e outras atrações em programas da TV Globo, e mesmo de outras emissoras, fortalecendo sua imagem pública mesmo fora dos programas regulares da apresentadora.

Documentário "Pra Sempre Paquitas" (2024)

Em 2024, a história das Paquitas foi revisitada no documentário Pra Sempre Paquitas, uma produção original da Globoplay. O documentário, composto por cinco episódios, mergulha na trajetória do grupo desde sua criação em 1984, no Clube da Criança, até o fim oficial em 2002, após o rompimento da parceria entre Xuxa e sua diretora e empresária Marlene Mattos.

A série documental, dirigida por Ana Paula Guimarães (ex-Paquita) e Ivo Filho, reúne depoimentos emocionantes de ex-integrantes, como Letícia Spiller, Bianca Rinaldi, Juliana Baroni, Ana Paula Almeida, entre outras. O documentário explora as diversas gerações do grupo e reflete sobre o impacto cultural das Paquitas na televisão brasileira e na vida de milhões de fãs.

Pra Sempre Paquitas aborda temas que vão além do glamour da fama. O documentário revela os desafios que as integrantes enfrentaram, como a pressão estética, a competição interna e a dificuldade de conciliar a infância e adolescência com a vida sob os holofotes. Um dos pontos mais discutidos é o assédio midiático e a tentativa de sequestro de uma das Paquitas, temas que mostram o lado menos conhecido dessa trajetória de sucesso.

Um dos episódios mais marcantes, Pra Quem Sonha e Quem Procura – Fama e Dores, aprofunda-se nas consequências da fama precoce, mostrando como o sonho de ser Paquita se tornou um verdadeiro fenômeno no Brasil, enquanto, nos bastidores, as meninas enfrentavam problemas que poucas pessoas sabiam na época. Depoimentos revelam o peso da cobrança estética, assédios e dificuldades emocionais que algumas das meninas viveram durante os anos no grupo.

Outro tema forte abordado no documentário é a diversidade e representatividade. O episódio Do Mundo a Gente Toma Conta – Sucesso Internacional e Representatividade destaca a falta de diversidade no grupo, uma crítica que ecoa em tempos mais recentes, e a inclusão das Paquitas Internacionais, que acompanharam Xuxa em suas aventuras fora do Brasil.

O último episódio, A Gente se Multiplicou – Renovação e Maturidade, celebra o legado duradouro das Paquitas. A série documental encerra com um emocionante reencontro de todas as gerações do grupo, reunindo ex-integrantes de diferentes épocas para celebrar e refletir sobre o impacto de suas experiências no grupo e como isso moldou suas vidas.

Pra Sempre Paquitas não só reavivou o interesse no grupo, mas também trouxe à tona temas que antes não eram amplamente discutidos, gerando uma nova conversa sobre o que significava ser uma Paquita e como o legado delas ultrapassou gerações. O documentário foi bem recebido tanto pelo público quanto pela crítica, elogiado pela sua abordagem humana e sensível, e pela profundidade com que tratou a trajetória de um dos maiores ícones da televisão brasileira.

Impacto Cultural

Moda

Um dos aspectos mais marcantes das Paquitas foi o impacto que seus uniformes e visuais tiveram na moda juvenil durante os anos 80 e 90. O visual característico das assistentes de palco de Xuxa Meneghel foi cuidadosamente criado para refletir a energia e o carisma do grupo, ao mesmo tempo em que se diferenciava de qualquer outro padrão de vestimenta da época.

O uniforme mais icônico das Paquitas era inspirado em balizas, composto por uma jaqueta azul ou vermelha, adornada com franjas e correntes douradas nos ombros, combinada com shorts brancos e botas brancas. Esse visual logo se tornou uma marca registrada das Paquitas e foi amplamente imitado por crianças e adolescentes que acompanhavam o Xou da Xuxa.

Na fase do Xuxa Hits, o grupo passou a usar um uniforme colegial, refletindo a transição para o público adolescente e mantendo-se atualizado com as tendências da época. Essa mudança no figurino ajudou a conectar o grupo com a moda jovem dos anos 90, enquanto ainda preservava a essência das Paquitas.

Os cabelos volumosos, com franjas ou penteados bem característicos da época, também se tornaram referência para muitas meninas. O estilo de cabelo e maquiagem adotado pelas Paquitas nos programas de TV e em suas turnês influenciava diretamente o público, que procurava se vestir e se portar como elas.

A estética das Paquitas ultrapassou as telas da TV e foi incorporada no dia a dia de muitas jovens, que viam no visual das Paquitas um ideal de estilo e atitude. A influência delas na moda foi tamanha que, até hoje, o figurino é lembrado como símbolo dos anos 80 e 90 no Brasil.

Legado

O legado das Paquitas vai além de sua estética marcante. Elas abriram portas para muitas mulheres no entretenimento brasileiro, influenciando uma geração de meninas que sonhavam em seguir carreiras na televisão, no teatro e na música. Ao longo dos anos, várias ex-integrantes das Paquitas seguiram carreiras de grande sucesso, como Letícia Spiller, Bianca Rinaldi e Juliana Baroni, que se tornaram atrizes reconhecidas e populares no cenário artístico nacional.

Mais do que apenas assistentes de palco, as Paquitas se tornaram um verdadeiro fenômeno cultural. Elas eram vistas como ícones de empoderamento juvenil, ocupando um espaço que, até então, era raro para meninas em programas de televisão. A partir da criação das Paquitas, muitas meninas passaram a ver que também poderiam ter espaço no palco, na música e no entretenimento, o que as transformou em modelos a serem seguidos.

Além disso, as Paquitas representaram um marco no entretenimento ao construir um grupo feminino de sucesso em uma época em que o protagonismo feminino na televisão ainda era limitado. Elas ajudaram a romper com padrões e estereótipos, mostrando que meninas podiam ter atitude, talento e ocupar papéis de destaque em frente às câmeras.

O sucesso das Paquitas também gerou um legado de girl groups no Brasil, sendo precursoras para grupos de garotas que se tornariam populares no cenário musical infantil e pop nos anos seguintes. Sua imagem ajudou a popularizar a ideia de grupos formados exclusivamente por meninas, fortalecendo a representatividade feminina no mercado de entretenimento.

Além do impacto cultural, o legado das Paquitas foi amplamente revisitado em documentários, livros e homenagens ao longo dos anos, reforçando o papel significativo que o grupo teve na cultura pop brasileira. O documentário Pra Sempre Paquitas lançado em 2024, celebrou essa trajetória e reavivou o interesse pelo grupo, mostrando como a experiência das Paquitas deixou marcas profundas não apenas nas integrantes, mas também em uma geração inteira de espectadores.

Fim do Grupo e Transição das Integrantes

Impacto emocional e profissional

O fim das Paquitas em 2002 marcou um momento de grande impacto emocional para as integrantes e para o público que acompanhava o grupo há quase duas décadas. Este encerramento coincidiu com a ruptura profissional entre Xuxa Meneghel e sua diretora, Marlene Mattos, o que simbolizou o fim de uma era na televisão brasileira.

As ex-Paquitas compartilharam em vários momentos que, para elas, ser Paquita era muito mais do que trabalhar em um programa de televisão. Era um sonho realizado e uma oportunidade de aprendizado e crescimento. No entanto, os bastidores nem sempre eram tão glamourosos quanto pareciam. Muitas relataram anos depois que sofreram abusos psicológicos e humilhações, muitas vezes relacionadas a questões de aparência física e comportamento.

Relatos no documentário Pra Sempre Paquitas (2024) destacam que Marlene Mattos frequentemente submetia as meninas a humilhações, incluindo comentários pejorativos sobre o peso e até mesmo situações de constrangimento físico, como a exigência de que tirassem suas roupas em algumas ocasiões. Essas práticas, consideradas normais na época, geraram um impacto emocional duradouro nas jovens, que só mais tarde perceberam a gravidade do que enfrentaram[76][77].

Carreiras pós-Paquitas

Muitas ex-integrantes das Paquitas conseguiram traçar carreiras de sucesso após o término do grupo, especialmente nas áreas de televisão, teatro e música. Algumas das Paquitas mais conhecidas fizeram uma transição bem-sucedida para o mundo da atuação e se tornaram atrizes populares.

Letícia Spiller, que foi a Pituxa Pastel, se destacou como uma das ex-Paquitas de maior sucesso. Ela seguiu carreira na televisão e se tornou uma atriz renomada, com papéis de destaque em novelas da TV Globo, como Quatro por Quatro (1994) e Senhora do Destino (2004). Sua trajetória pós-Paquitas é um exemplo de como a experiência no grupo serviu como um trampolim para o mundo artístico.

Outra ex-Paquita de grande sucesso é Bianca Rinaldi (Xiquita Bibi), que também se tornou uma atriz consagrada na televisão brasileira. Após deixar as Paquitas, Bianca conquistou papéis em novelas como A Escrava Isaura (2004), na Record TV, e construiu uma carreira sólida na dramaturgia.

Juliana Baroni (Catuxa Jujuba) também seguiu o caminho da atuação, participando de várias novelas e programas de TV ao longo dos anos. Sua versatilidade como atriz a levou a trabalhar tanto em produções da TV Globo quanto de outras emissoras, consolidando sua presença no meio artístico.

Andrea Veiga foi a primeira Paquita escolhida por Xuxa, sendo um dos pilares na criação do formato que viria a se tornar um sucesso nas décadas seguintes. Ela fez parte da primeira geração, participando ativamente do Xou da Xuxa até 1988, quando decidiu seguir carreira solo. Atualmente, Andrea continua sua carreira artística, principalmente no teatro e na produção de conteúdo digital.

Conhecida como Xiquita Sorvetão, Andréa Faria entrou para as Paquitas em 1986 e permaneceu até 1990. Após deixar o grupo, Andréa continuou sua trajetória na televisão, apresentando programas infantis e atuando em produções como Os Trapalhões. Em 1996, ela se casou com o cantor Conrado, com quem tem dois filhos. Andréa também seguiu carreira como empresária e continua ativa nas redes sociais, compartilhando sua vida pessoal e profissional.

Luise Wischermann, conhecida como Pituxa Alemã, deixou as Paquitas em 1989 para estudar atuação na Alemanha. Atuou em várias produções de teatro e televisão no país, incluindo Lexx, uma série internacional, e outras produções locais. Sua carreira foi interrompida em 2000, quando foi diagnosticada com esclerose múltipla. Desde então, Luise tem sido uma defensora da conscientização sobre a doença.

Ana Paula Guimarães foi a primeira Catuxa, entrando para o grupo em 1987, aos 14 anos. Ela deixou as Paquitas em 1989, ao lado de Luise Wischermann, para tentar uma carreira solo e apresentar um programa de televisão, mas o projeto não prosperou. Mais tarde, Ana Paula voltou à TV como diretora de novelas de sucesso, como Quanto Mais Vida, Melhor!, Verão 90 e Bom Sucesso, consolidando sua posição nos bastidores da televisão brasileira.

Priscilla Couto foi uma das mais jovens Paquitas, ingressando no grupo aos 9 anos e permanecendo até os 17. Com o apelido de Catuxita Top Model, Priscilla deixou sua marca nos programas de Xuxa. Após sair do grupo, ela se afastou dos holofotes e formou-se em Direito, trabalhando atualmente como advogada. Mesmo longe da mídia, Priscilla mantém uma presença nostálgica em eventos com ex-Paquitas e participa de shows ao lado de Cátia Paganote.

Outras ex-integrantes, como Cátia Paganote (Miúxa Bruxa) e Ana Paula Almeida (Pituxita Bonequinha), seguiram carreiras mais voltadas ao entretenimento, participando de reality shows e mantendo uma presença pública em eventos e programas de TV. Cátia participa de eventos e shows com outras ex-Paquitas, e recentemente esteve no reality show A Fazenda (2018). Cátia continua ativa, mantendo uma agenda de eventos voltados para o público que acompanhou sua carreira desde os tempos de Paquita.

Independentemente do caminho escolhido, o fato é que as Paquitas deixaram uma marca indelével em suas carreiras e em suas vidas. A experiência de ser Paquita serviu não apenas como uma escola de mídia, mas também como um trampolim para muitas delas, que seguiram caminhos diversos, mas sempre carregando consigo o legado de uma das fases mais icônicas da televisão brasileira.

Integrantes

Paquitas

Integrantes das Paquitas
Ano de Atividade Nome Apelido Geração Foto
1984–1988 Andréa Veiga Paquita / Paquita Mor / Paca Primeira Geração
1984–1986 Heloísa Morgado Paquita 2
1985 Andréa Rosa Xiquita
1986–1990 Andréa Faria Xiquita Sorvetão / Xica
1986–1989 Luise Wischermann Pituxa Alemã / Pitú
1987–1989, 1992–1995 Ana Paula Guimarães Catuxa / Catú
1987–1995 Roberta Cipriani Xiquitita Surfista
Priscilla Couto Catuxita Top Model Segunda Geração
1987–1990 Tatiana Maranhão Paquitita Loura
1988–1995 Ana Paula Almeida Pituxita Bonequinha
1989–1992 Letícia Spiller Pituxa Pastel
1989–1995 Cátia Paganote Miúxa Bruxa
1990–1995 Juliana Baroni Catuxa Jujuba
Bianca Rinaldi Xiquita Bibi
Flávia Fernandes Paquitita Pluft
1995–1999 Caren Lima Chaveirinho New Generation
Graziella Schmitt Grazi Modelão
1995–1998 Diane Dantas Lady Di
1995–1999 Gisele Delaia Miss Queimados
Andrezza Cruz Dezza
Bárbara Borges Babubonitona / Paquita Babu
Vanessa Melo Flashdance
1999–2002 Daiane Amêndola Docinho Geração 2000
Gabriella Ferreira Perua
Joana Mineiro
Lana Rhodes Cabritinha
Letícia Barros
Monique Alfradique Pastelzinho
Stephanie Lourenço Teté
Thalita Ribeiro Thatá
Integrantes das duas primeiras gerações por apelidos, cores das fardas, nomes e períodos de atividade
Apelido Cor da farda Nome Período Outro(s) apelido(s) Observações
Paquita Azul Andréa Veiga 1984–1988 Paquita Mor, Paca Primeira Paquita.
N/A Heloísa Morgado 1984–1986 Paquita 2 Participou apenas no Clube da Criança (Rede Manchete).
Paquitita Azul Tatiana Maranhão 1987–1990 Loura
Flávia Fernandes 1990–1995 Pluft
Xiquita N/A Andréa Rosa 1985 Participou apenas no Clube da Criança (Rede Manchete).
Azul Andréa Faria 1986–1990 Sorvetão, Xica Primeira Xiquita do Xou da Xuxa (TV Globo).
Azul Bianca Rinaldi 1990–1995 Bibi
Xiquitita Azul Roberta Cipriani 1987–1995 Surfista
Pituxa Vermelha Luise Wischermann 1986–1989 Alemã, Pitu
Letícia Spiller 1989–1992 Pastel
Pituxita Vermelha Ana Paula Almeida 1988–1995 Bonequinha
Catuxa Vermelha Ana Paula Guimarães 1987–1989, 1992–1995 Catu
Juliana Baroni 1990–1995 Jujuba
Catuxita Vermelha Priscilla Couto 1987–1995 Top Model
Miúxa Vermelha Monique Siqueira 1987 Sem vínculo oficial.
Azul Cátia Paganote 1989–1995 Bruxa
Picurruxa Azul Amanda Elwis 1987 Sem vínculo oficial.

Paquitas internacionais

Paquitas Internacionais
Ano de Atividade Nome País Apelido/Título
1990–1991 María José Llaneza Chile Paquita Chilena
1991–1992 María Royo Espanha Paquita Espanhola
1991–1993 Maricielo Effio Peru Paquita Peruana
1991–1993 Julieta Cardinali Argentina Paquita Argentina
Karina Rivero
1993 Natalia Oreiro Uruguai Súper Paquita / Paquita Uruguaia
1993–1994 Pamela Cortés Equador Paquita Equatoriana
1993 Larae McCarran Estados Unidos Paquita Americana / US Pixies
Natasha Pearce
Shannon Garcia
María José Domínguez Chile Paquita Chilena
1995–1996 Gabriela Naht Equador Paquita Equatoriana

Discografia

Discografia das Paquitas (álbuns próprios)
Ano Álbum Gravadora Singles de Destaque
1989 Paquitas RGE Alegres Paquitas, Playback, Sorvetão, Fada Madrinha (É Tão Bom)
1991 Paquitas Som Livre Trocando Energia, Amor Adolescente, Auê, Sonho de Verão
1995 New Generation Som Livre Nova Geração, Telefone Toca, Ah! O Amor, Fada Madrinha (É Tão Bom) (regravação)
1997 Paquitas Som Livre Não Se Reprima, Planeta Dance, Maria Fumaça, Vem Dançar Comigo

Filmografia

Filmografia completa das Paquitas (grupo completo)
Ano Título Tipo Descrição/Participação
Televisão
1984 Clube da Criança Programa de TV Este foi o primeiro programa de Xuxa na Rede Manchete e marcou a origem das Paquitas, assistentes de palco que ajudavam a apresentadora em diversas interações com o público infantil.
1986–1992 Xou da Xuxa Programa de TV No programa infantil diário da TV Globo, Xuxa consolidou sua imagem como "Rainha dos Baixinhos" e as Paquitas desempenharam papéis fundamentais, assistindo-a em brincadeiras, coreografias e organização das crianças da plateia.
1994–2001 Xuxa Park Programa de TV Com foco em um público infantil e exibido aos sábados, o Xuxa Park era outro programa popular onde as Paquitas tinham uma presença ativa, participando em brincadeiras e quadros semanais ao lado de Xuxa.
1995–1996 Xuxa Hits Programa de TV Voltado ao público adolescente, o Xuxa Hits foi inicialmente um bloco musical dentro do Xuxa Park e, posteriormente, ganhou um horário independente aos domingos. As Paquitas participaram desse programa, que apresentava videoclipes e músicas populares, adaptando o estilo do grupo para atrair adolescentes.
1997–2002 Planeta Xuxa Programa de TV No Planeta Xuxa, voltado para adolescentes e jovens adultos, as Paquitas realizaram performances e participaram de quadros variados. Esse programa focava em música e entretenimento jovem, com as Paquitas em figurinos modernos e participando de interações com artistas e convidados.
2024 Pra Sempre Paquitas Documentário A série documental lançada pelo Globoplay revisita a trajetória das Paquitas desde sua criação até o impacto cultural do grupo. Traz depoimentos e bastidores, além de discutir temas de bastidores como a influência midiática e as experiências pessoais das integrantes ao longo dos anos.
Cinema
1990 Lua de Cristal Filme Este filme foi um enorme sucesso de bilheteria no Brasil, com mais de 4 milhões de espectadores, consolidando Xuxa como estrela de cinema. As Paquitas aparecem em uma participação especial.
1990 Sonho de Verão Filme Produzido para as Paquitas, este filme estrelado por elas e por Sérgio Mallandro teve grande aceitação e alcançou mais de 1,7 milhão de espectadores.

Prêmios e indicações

Ano Prêmio Categoria Resultado
1990
Troféu Imprensa
Revelação do Ano
Indicado

Referências

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