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A Paróquia Sagrado Coração de Jesus de Taubaté, é uma instituição Católica, classificada dentro da hierarquia do cléro como Igreja Particular, vinculada à Diocese de Taubaté, e, nasceu oficialmente em 08 de dezembro de 1969, sob as bênçãos da Imaculada Conceição, cujos festejos são celebrados no dia 08 de dezembro, a partir da emancipação da Capela do Conventinho, Instituto Teológico, mantido pelos Padres do Sagrado Coração de Jesus, sob o carísma da Reparação inspirado por seu Fundador Padre Leon Dehon.
Dentre os Párocos que passaram pela PSCJ-Taubaté, nós aqui destacamos a memória do Padre José Franscisco Schmitt, scj, que deixou aos paroquianos, seus filhos em espírito, o legado da história da Paróquia, na excelente obra lançada no ano de 1995: História da Paróquia Sagrado Coração de Jesus - Vila São Geraldo - Taubaté, trazendo um trabalho rico de detalhes na história da comunidade que chegou a ter mais de 50.000 paroquianos até a primeira década deste milênio, que agora é revivida por ele mesmo ao contar para nós, a peregrinação da Comunidade da Vila São Geraldo, com a espiritualidade do Sagrado Coração de Jesus.
A origem do Bairro do Areão
A região fronteira à Vila de Taubaté perdia altitude em direção à várzea do Paraíba e incluía toda a planície entre Tremembé e Quiririm. Abrangia todos os atuais bairros do Pinhão, do Parque Aeroporto, Vila Costa, Vila Santa Fé, Parque panema, Parque Planalto, Vila Prosperidade, Vila Albina, Vila Nogueira, Vila Canuto, Vila Aparecida, Esplanada Santa Terezinha, Jardim Mourisco, Parque Sabará, Parque São Luiz, Parque Vera Cruz, Jardim Garcez e o Bairro do Areão. Esta área, desde o final de 1600, era denominada Bairro do Barranco.
A partir da última década de 1700, toda a região que se estende da atual Ponte Seca (a ponte da Estrada de Ferro Central do Brasil que passa por cima da Avenida Francisco Barreto Leme. A primeira ponte ou viaduto remonta aos idos de 1918 e a atual foi construída, em 1950), e da fronteira da Vila das Graças até a várzea do Paraíba, foi denominada Bairro do Areão.
Essa denominação se deve ao fato de ter havido aí muita areia, um grande areal. Daí o nome de Bairro do Areão. A primeira notícia documentada acerca do Bairro do Areão remonta ao ano de 1811. Trata-se de uma escritura de obrigação de dívida com hipoteca de bens que faz José Corrêa Leme, morador da "Freguesia do Areão", ao alferes José Rodrigues da Silva, da Vila de Taubaté1. Este documento revela que no Bairro do Areão, já há 185 anos, havia um pequeno povoado. O historiador taubateano, Francisco de Paula Toledo, no seu livro, História do Município de Taubaté, em 1877, já falava da existência da Capela de Santa Cruz do Areão. O povoado mais antigo do Bairro do Areão era o de Santa Cruz. Logo em seguida surgiu outro povoado, em frente do atual centenário prédio do SOBRADINHO.
O SOBRADINHO ficava na antiga estrada entre Taubaté e Tremembé. Portanto, na época, era caminho para os que transitavam pela região valeparaibana. Este SOBRADINHO pertencia ao Major Manuel de Oliveira Santos Arcão. Este nasceu na região TRÁS-OS-MONTES, Portugal (1860). Veio ao Brasil, como criança, em companhia da família. Casou-se com Ana Rosa Moreira, de descendência indígena e portuguesa. O Sr. Manuel construiu o Sobradinho, por volta da década de 1880, portanto, no final do Império. Monarquista que era, recebia nesse SOBRADINHO os senadores e políticos influentes da época. Pelo fato de morar no Bairro do Areão, era conhecido por Manuel do Areão. Por isso, ele tomou o nome o Bairro, registrando-o no cartório,
Perto do SOBRADINHO, em direção do atual Parque Sabará, havia um pequeno oratório em honra de Santo Antônio, aos cuidados e devoção particular da família do Sr. Manuel de Oliveira dos Santos Areão, Mais tarde, por causa desse oratório, a área recebeu a denominação de Parque Santo Antônio".
A região entre Parque do Sabará e Santa Cruz, além de outros bairros adjacentes, pertencia ao Sr. Manuel de Oliveira Santos Areão. Com sua morte (+18/4/1917) passou a ser administrada pelo seu filho. Sérgio Areão.
Cemitério São Miguel e Almas
Em janeiro de 1873 surgiu, em Taubaté, uma grande epidemia da bexiga, e, no ano seguinte apareceu o surto da varíola. O grande número de óbitos superlotou o cemitério da cidade. Era o Cemitério de Santa Cruz, cercado de casas habitadas, nas imediações do antigo Teatro São João e da Escola Dom Pereira. Em face de tal desafio, a Prefeitura Municipal viu-se obrigada a improvisar cemitérios e lazaretos.
As atas de sessão da Câmara Municipal, na data de 15 de setembro de 1873, relatam a existência de uma comissão de médicos encarregada de dar parecer sobre um terreno no Bairro do Areão para a construção de um novo cemitério público. Esse projeto de cemitério foi aprovado. Em 5 de outubro de 1874, foi apresentada pelo presidente da comissão, Joaquim Xavier de Assis Dias, a planta do cemitério, com indicação dos locais da capela e do portão de ferro. Esse cemitério media 100 braças em quadra e seus muros de taipa bem construídos, com um portão de ferro sobre pilares de pedra. No seu interior, onde hoje se localiza a Avenida Brasil, havia uma capela dedicada a São Miguel e Almas.
Diante do grande número de óbitos, devido à epidemia, em 5 de setembro de 1875, em caráter de emergência, o Monsenhor José Pereira da Silva Barros benzeu o cemitério, ainda não inaugurado oficialmente. A inauguração oficial do mesmo aconteceu aos 3 de julho de 1876, às 16 horas. Frei Caetano de Messina com o povo! e com os vereadores vieram em procissão do Convento de Santa Clara para o local do novo cemitério. Aí foi feita a bênção da pedra fundamental da capela em honra de São Miguel e Almas.
Após dez anos de funcionamento, o referido Cemitério Público foi desativado por não oferecer condições adequadas para tal finalidade. E aos 28/11/1886, o Cemitério Municipal do Areão foi transferido para o outro lado da cidade, além da atual Rodovia Presidente Dutra, no Alto do Belém. Hoje é conhecido por Cemitério Municipal, ao lado do Cemitério São Benedito.
Assim, com o decorrer do tempo, o local do antigo cemitério no Bairro do Areão, pertencente à Câmara Municipal, passou a ser uma chácara, com pomar e eucaliptal. Aliás, toda a planície que compreendia o Bairro do Areão, era um conjunto de chácaras, com plantações de eucaliptos, de laranjas, de mandioca e com pastagens para vacas de leite. Entre as chácaras mais conhecidas da época, podem ser recordadas as seguintes: a grande Chácara do Dr. Barbosa, a do Joviano Barbosa, a de dona Maria Motta, a do Maneco Areão (Manuel de Oliveira Mantos Areão), a do Luís Lenzolari, a do Benedito Barbosa e outras.
No fim do século passado, todas as terras que hoje abrangem os logradouros Vila Nogueira, Vila Aparecida, partes da Monção, do Bairro do Areão e adjacências, pertencia à família de Oswaldo Barbosa Guisard (1903-1982).
Vila Nogueira tem esse nome, originado do nome de dona Íria de Alcântara Nogueira Barbosa. A Chácara do Dr. "Barbosa" estava situada à esquerda da rua "Boa Vista", logo depois da antiga "linha do bonde", em continuação à Chácara do Sr. Joviano Barbosa. Era uma Chácara grande que divisava pelos fundos com os terrenos da vargem do Rio Paraíba, abrangendo a hoje "Adubaval" e terrenos adjacentes. Tudo o que hoje é Vila Nogueira e muitas outras vilas ou bairros da baixada do Areão, era mata rala, havia muitas cobras. especialmente jararacas nos cupins e taquarais. Com essas víboras "conviviam" os gambás. Além desse mundo menos pacifico, as terras eram fartas de frutas silvestres, como guabirobas, ananás do campo, araçás, goiabas. sem falar das frutas cultivadas nos pomares das chácaras.
Pela década de 1910, desde a Ponte Seca até o Jardim Califórnia e onde hoje Vila São Geraldo, era um conjunto de pequenas chácaras com plantações de Café, pastagens para gado e eucaliptais. A atual Avenida Francisco Barreto Leme, em frente do Conventinho, era uma estrada de terra. Esta estrada, a partir da atual Rua Bahia, era toda ladeada de bambu, como um grande túnel, que estendia até a cidade de Tremembé. Por falta de sol, na maior parte do tempo, havia nestas estradas, grandes poças esverdeadas de água parada. Por esses caminhos transitavam os carros de boi, entregando tijolos e madeira. Nessa época, já começaram a ser construídas as primeiras casas na antiga rua que ficava em frente do Conventinho, que mais tarde veio a ser denominada AVENIDA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS (pelo Decreto no 2.080. de 8 de abril de 1970).
Atrás da Escola Judite Campista César, nas proximidades do edifício da folia Areão, em 1904, o Sr. Luís Lenzolari instalou uma indústria de cerveja. Além da cerveja, fabricavam-se aí licores, sodas, limonadas e outras bebidas. Esta Industria funcionou aí por uns 20 anos. Depois do funcionamento dessa indústria, for construído aí um campo de futebol. Era o antigo time de Esporte Tatuí. Este jogava no campo do Parque Santo Antônio e veio transferido para o local da antiga indústria que fora desativada.
Em 1906, na estrada que hoje é a Avenida SCJ, foi construído o primeiro Armazém, pertencente ao Sr. Francisco Brandão. Hoje funciona, ali, a Casa Agromar de Rações. Mais tarde, em 1938, em frente do Conventinho foi construído o Armazém do Sr. Waldomiro Berbare.
Toda atual área do Jardim Califórnia era mato, com touças de bambu, brejeiro, campo de gado e pequenas plantações de caqui. A região da atual Califórnia até a Vila da Paz pertencia ao Sr. João Migotto que veio morar no Areão, pelos anos de 1920. Na década de 1950, ele a vendeu para sócios: MANSUR, ANTICO & CIA. LTDA. Estes, a partir da década de 1960, começaram a lotear essas terras e os moradores lhas deram o nome de Jardim Califórnia. A Família Migotto ficou ainda com a área remanescente, onde hoje está o Loteamento São Charbel, os Parques Mauá e São José, Jardim Alice e a área onde moram os filhos do falecido Sr. João Migotto.
Quanto à Vila da Paz, pelos anos de 1952, veio a este pequeno povoado um nordestino, membro da Igreja Pentecostal. Com o decorrer do tempo, ele transformou sua casa em local de culto. Sobre esta casinha ele instalou um alto-falante. A residência do Pastor tinha sua frente para o lado da Estrada de Tremembé, também conhecida por Rua Pe. Fischer. Através do alto-falante, ele convidava o povo para participar do culto. Na fachada dessa moradia tinha uma mensagem escrita, sobressaindo a palavra "PAZ". Quando o povo queria se referir a este arraial. simplesmente dizia: VILA DA PAZ.
Voltando ainda à origem da história do Bairro, em 1878, com o desenvolvimento econômico do Município de Taubaté, o Bairro do Areão foi beneficiado com uma linha de bondes a vapor, com cinco viagens diárias de ida e volta, entre Taubaté e Tremembé. Este serviço de transporte funcionou até 1913. Perfazia o trajeto da atual Rua Pe. Fischer. Esta estrada de ferro tinha os pontos finais em Taubaté, no antigo Gasômetro e em Tremembé, onde está a Praça Nossa Senhora da Guia, em frente do Convento das Irmãs Carmelitas.
O Bairro do Areão foi também sede do penúltimo Hipódromo, com arquibancada, guichês, cavalariças etc., marcando época o "Joquey Club de Taubaté". Esta Sociedade Esportiva Hipódromo de Taubaté realizou sua sessão de fundação no salão da Câmara municipal, sob a presidência do Visconde de Tremembé, em 1° de janeiro de 1897, secretariada por João Rosa de Moura. Nessa ocasião foi eleita a primeira diretoria constituída pelos cidadãos:
Dr. Querubim P. A. Cintra Presidente;
José Bento M. Lobato Vice-Presidente (Monteiro Lobato).
Francisco A. Oliveira Silva - 1º secretário
José Malhado Filho - 2° Secretário Johon Milne Tindal - Tesoureiro
Diretores:
Comendador J. P. Rocha Paranhos
Francisco I. Souza Almeida
Olaviano Moura Andrade João Rosa Moreira
O local do antigo Hipódromo Taubateense ficava no atual Jardim Califórnia. A pista de corrida ficava onde hoje é a Rua Eugênio Guisard, que então se estendia até Rancho Grande.