Sete Brasil
Sete Brasil | |
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Razão social | Sete Brasil Participações S.A. |
Gênero | Investimentos |
Fundação | 2010 (14 anos) |
Sede | Rio de Janeiro, RJ, Brasil |
Pessoas-chave | Luiz Eduardo Carneiro (presidente)[1] Renato Sanches Rodrigues (diretor de operações) |
Acionistas | Petrobras, BTG Pactual, Bradesco, Santander e fundos de pensão |
Website oficial | www.setebr.com |
Sete Brasil é uma empresa brasileira de investimentos criada em 2010 e especializada em gestão de portfólio de ativos voltados para a exploração na camada pré-sal.[2]
Formada por um grupo de investidores que reúne fundos de pensão, bancos, fundos e empresas de investimento nacionais e internacionais e a Petrobras, em pouco tempo de existência tornou-se a maior empresa do mundo no mercado de sondas de águas ultraprofundas por número de sondas, além de ser hoje o maior competidor global no setor.[3]
Em 2011 e 2012, a empresa ganhou duas licitações da Petrobras para a construção de 28 sondas de última geração que serão afretados à estatal. Ao todo, ela tem hoje 29 sondas do tipo navios-sonda e semisubmersíveis, atualmente em construção em cinco estaleiros no país.[4] Em fevereiro de 2013 foi anunciado um aporte financeiro de até 2,5 bilhões de reais na empresa, feito pelo Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS),[5] por meio da aquisição de debêntures da empresa e de cotas do FIP Sondas, um de seus controladores.
Em 2016, o controlador da Sete Brasil reconheceu um prejuízo de 5,6 bilhões de reais no investimento feito na companhia criada para gerenciar as sondas do pré-sal, representando uma desvalorização de 65% no fundo em 15 meses, segundo dados registrados na Comissão de Valores Mobiliários. Dentro do FIP Sondas estão os fundos de pensão Previ, Funcef, Petros e Valia, os bancos BTG Pactual, Bradesco e Santander, o FI-FGTS e a própria Petrobras.[6]
Atuação
A Sete Brasil é responsável na gestão de todo o processo relativo às sondas, desde a contratação dos estaleiros que construirão os ativos, passando pela fiscalização e acompanhamento das obras e reporte à Petrobras e a seus acionistas do processo como um todo.
Com as garantias financeiras e investimentos, aliados a parcerias estratégicas com grandes estaleiros e empresas operadoras, ela trabalha para mitigar os riscos de uma atividade nova no Brasil e fundamental para o crescimento do país. As sondas, após entregues, serão operadas por sete empresas, sócias em cada um dos equipamentos.
As sondas estão sendo construídas em território brasileiro, de acordo com a lei do conteúdo local,[7] da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A primeira sonda está prevista para entrar em operação em 2015 e a última em 2020. Todo esse processo irá gerar cerca de 100 mil empregos diretos e indiretos no País.[8]
Accionistas
A Sete Brasil tem hoje os seguintes estaleiros e operadores em sua carteira de accionistas:[carece de fontes]
Estaleiros:
- Estaleiro Atlântico Sul (Pernambuco)
- BrasFels / KeppeFELS Brasil (Rio de Janeiro)
- Estaleiro Rio Grande (Rio Grande do Sul)
- Estaleiro Jurong Aracruz (Espírito Santo)
- Estaleiro Enseada do Paraguaçu (Bahia)
Operadores:
- Queiroz Galvão Óleo e Gás
- Odfjell Drilling
- Odebrecht Oil & Gas (atual Novonor)
- OAS Óleo e Gás
- Seadrill
- Petrobras
Operação Lava Jato
Os procuradores da força-tarefa do Ministério Público Federal, ao examinar os contratos da Sete com estaleiros como o OSX, identificaram o funcionamento do esquema de forma orgânica. O lobista Zwi Skornick, da Petrobras, operava para o estaleiro Keepel Fels e combinava preços com os demais representantes. Zwi foi preso pela Polícia Federal no mesmo dia que o publicitário do PT João Santana e sua mulher, Mônica Moura. A ligação dos três foi descoberta pela Lava Jato meses antes, graças a um bilhete de Mônica encontrado com Zwi, com instruções sobre como depositar recursos em suas contas bancárias no exterior.[9]
Recuperação Judicial
Em junho de 2016, entrou em recuperação judicial com endividamento de 19,3 bilhões de dólares. A companhia não conseguiu resolver um impasse com a Chubb, a seguradora-líder da proteção aos 16 navios-sonda que estão em construção. Cada sonda é avaliada entre 800 milhões e 900 milhões de dólares.[10]
Referências
- ↑ G1: Presidente da Sete diz que auditoria não detectou falhas em contratos
- ↑ Veja Online: Sete Brasil, a nova empresa da Petrobras
- ↑ gCaptain: Sete Brasil Prepares to Become one of the World’s Largest Drilling Companies
- ↑ G1: Sete Brasil fecha com 5 estaleiros construção de sondas
- ↑ G1: FGTS investirá até R$2,5 bi na Sete Brasil, do setor de petróleo
- ↑ Josette Goulart. «Controlador da Sete Brasil reconhece perda de R$ 5,16 bi com a empresa». Estadão. Consultado em 14 de janeiro de 2017
- ↑ Valor Econômico: Sete Brasil investirá US$ 27 bi em 30 sondas
- ↑ Valor Econômico: OSX, Enseada do Paraguaçu e Rio Grande podem fabricar sondas
- ↑ Alana Rizo. «Lava Jato descobre que a estatal Sete Brasil foi criada para ajudar na corrupção». Época. Globo.com. Consultado em 14 de janeiro de 2017
- ↑ «A bomba relógio da Sete Brasil». IstoÉ Dinheiro. 21 de outubro de 2016. Consultado em 14 de janeiro de 2017