Saltar para o conteúdo

BRF

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Brasil Foods S.A.)
BRF
BRF
Razão social BRF S/A
Empresa de capital aberto
Cotação B3BRFS3
NYSE: BRFS
Atividade Alimentícia
Gênero Sociedade Anônima
Fundação 18 de agosto de 1934 (90 anos)
Sede Itajaí, SC,  Brasil
Área(s) servida(s) mais de 127 países[1]
Locais Brasil, Malásia, Turquia e Emirados Árabes
Presidente Lorival Nogueira Luz Júnior[2]
Empregados
Produtos Aves
Suínos
Alimentos Processados
Margarinas
Massas
Pizzas
Lucro Baixa R$ 557 milhões (2021)[1]
LAJIR Aumento R$ 5,55 bilhões (2021)[1]
Faturamento Aumento R$ 48,34 bilhões (2021)[1]
Website oficial brf-global.com

A BRF é uma empresa transnacional brasileira do ramo alimentício, fruto da fusão entre Sadia e Perdigão, duas das principais empresas de alimentos do Brasil. A operação foi anunciada em 2009 e concluída em 12 de junho de 2013 após a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Concluído o processo, Sadia e Perdigão encerraram as atividades como empresas e tornaram-se marcas do portfólio da BRF.

As negociações para a compra da Sadia pela Perdigão tiveram início em 2008, com o então presidente José Antônio do Prado Fay.[3] O sucesso da fusão, anunciado oficialmente em maio de 2009, deu origem à BRF, que seguiu sob o comando de Fay.[4]

Em outubro de 2011, a BRF faz duas aquisições na Argentina, comprando as companhias Avex (empresa frigorífica) e Dánica (líder argentina na fabricação de margarinas) por 150 milhões de dólares.[5][6]

Ainda em 2012, com a conclusão do processo de fusão entre Perdigão e Sadia, a então BRF Brasil Foods se tornou uma das maiores companhias de alimentos do mundo.

No ano seguinte, com o intuito de se consolidar como uma marca global, alterou a sua razão social para BRF S/A. Desde então, a empresa se apresenta ao mercado como BRF. O logotipo da empresa também acompanhou a mudança e foi remodelado após dois anos de pesquisa em públicos estratégicos, realizada com a consultoria das agências Interbrand e A10.

Em abril de 2013, o empresário Abílio Diniz é eleito o novo presidente do Conselho de Administração da BRF[7] e dá impulso ao plano de mudanças internas. Após quatro meses, Claudio Galeazzi passa a ocupar o cargo de José Antônio do Prado Fay, sendo nomeado o mais novo CEO da companhia. Galeazzi repete com Abilio Diniz uma parceria de anos, semelhante a de outras empresas na qual Diniz era responsável (como o Grupo Pão de Açúcar, por exemplo).

Em abril de 2014, mais uma fatia da Federal Foods é comprada por cerca de 27,8 milhões de dólares;[8] em agosto do mesmo ano, a BRF incorpora a distribuidora de alimentos congelados Alyasra Food Company, no Kuwait, por 160 milhões de dólares. Com essas aquisições, a companhia expande suas operações no Oriente Médio e dá sequência ao plano de internacionalização.[9]

Em setembro de 2014, a BRF vende seus ativos de lácteos para o grupo francês Lactalis por 1,8 bilhão de reais- entre os ativos vendidos estão as marcas Batavo, Cotochés e Elegê. De acordo com a BRF, a decisão de vender a divisão de lácteos foi feita devido ao baixo retorno financeiro para a empresa.[10] Ainda nesse mês, Cláudio Galeazzi anuncia que deixa a presidência do grupo e dá lugar ao executivo Pedro Faria, que assume a função a partir de janeiro de 2015.[11]

Em 2015, a companhia torna-se a primeira brasileira a investir na emissão de Green Bonds, títulos de dívida que exigem que os recursos captados sejam investidos em projetos ambientalmente sustentáveis.[12] Nesse ano, 50,2% da renda da BRF foi composta de vendas no mercado externo (exportações).

No ano de 2016, é constituída a subsidiária Sadia Halal, que deterá os ativos relacionados à produção, distribuição e comercialização de alimentos destinados aos mercados muçulmanos. Ainda, é fechado um acordo com a FFM Berhad, prevendo a cooperação entre as duas partes na FFM Further Processing SDN BHD (FFP), empresa processadora de alimentos baseada na Malásia. Também em 2016, a BRF fecha um acordo de investimento com a COFCO Meat, produtora de alimentos de origem suína na China, com operações verticalmente integradas, operando em todas as cadeias desse segmento de indústria.

No início de 2017, a BRF inicia as operações da subsidiária OneFoods, dedicada ao mercado halal. Com sede em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, a empresa já nasce como a maior companhia halal de proteína animal do mundo. Ainda, a companhia desembarca na Turquia, o maior consumidor de frango halal, para assumir as operações da Banvit, maior produtora de aves e líder de mercado no país.

Companhia de capital aberto criada em 1980, a BRF integra o Novo Mercado da B3 (BRFS3) desde 2006 e também tem seus papéis negociados na Bolsa de Nova York (NYSE: BRFS – ADRs nível III).

Ainda em 2015, foi uma das dez companhias do país escolhidas para fazer parte do Euronext-Vigeo EM 70, índice da bolsa de valores europeia que engloba empresas de países em desenvolvimento que possuem alta performance em responsabilidade corporativa.[13]

Desde 2009, a companhia também integra o ICO2 Index da B3. E, desde 2013, faz parte do Global Impact 100 Index, índice de ações composto por empresas que representam o Pacto Global da ONU, consideradas as mais sustentáveis do mundo.

Entre as marcas que compõem o portfólio da empresa estão:[14]

  • Sadia
  • Perdigão
  • Perdix
  • Qualy
  • Speedy Pollo
  • Speedy Tok
  • Vienissima
  • Sofiteli
  • Sulina
  • UML
  • Miss Daisy
  • Kidelli
  • Hot n Kickin
  • Grabits
  • Golden Foods
  • Fribo
  • Deline
  • Campo Austral
  • Claybom
  • Calchaqui
  • Chester
  • Confidence
  • Banvit
  • Hilal
  • Perdigão Na Brasa
  • Perdigão Ouro
  • Sadia Internacional (Halal)

Alterações nos negócios

[editar | editar código-fonte]

A fusão entre Sadia e Perdigão, aprovada pelo CADE em 13 de julho de 2013, estabeleceu uma nova dinâmica de mercado, dado que a BRF teria que se desfazer de alguns ativos físicos e marcas de consumo, entre elas, Rezende, Wilson, Escolha Saudável, Light & Elegant, Doriana, Delicata, Freski, Confiança, Tekitos, Texas, Patitas e Fiesta.

De acordo com o CADE, os ativos e marcas deveriam ser vendidos em um pacote único e a um único operador. No decorrer do mesmo ano, a BRF iniciou as tratativas com players do setor para cumprir a ordem determinada pelo CADE. Meses depois, o Grupo Marfrig, assumiu os ativos indicados pelo CADE revendendo posteriormente, os mesmos ativos à JBS.

Além de vender ativos e marcas, a BRF também teve que suspender temporariamente a comercialização de diversos itens do portfólio de Perdigão, entre eles: pizzas, pratos prontos e embutidos. A partir de 2015, a marca voltou a comercializar presunto e linguiça calabresa. Em 2016, relançou o salame da marca. A partir de julho de 2017, período que marca o fim de todas as restrições impostas pelo CADE, a Perdigão volta a incrementar o seu portfólio, cumprindo todas as diretrizes anunciadas pelo órgão regulador.

Referências

  1. a b c d e «Relatório Integrado 2021». BRF Global RI. 29 de abril de 2022. Consultado em 14 de novembro de 2022 
  2. «BRF terá novo CEO: conselho elege Lorival Nogueira Luz para substituir Pedro Parente». InfoMoney. 29 de março de 2019. Consultado em 14 de novembro de 2022 
  3. «Entrevista: Diretor-presidente da BRF, José Antônio Fay, conta o processo de criação e crescimento da megaempresa». revista SuperHiper200. 30 de maio de 2012 
  4. «Sadia e Perdigão anunciam oficialmente fusão e criam a Brasil Foods». O Globo. 19 de maio de 2009 
  5. «BRF compra Avex e Grupo Dánica da Argentina». Veja. 3 de outubro de 2011. Arquivado do original em 31 de outubro de 2014 
  6. «BRF compra empresas argentinas de frango e margarina por US$ 150 mi». Estadão. 4 de outubro de 2011. Arquivado do original em 19 de outubro de 2014 
  7. O Globo. «Abilio Diniz é eleito para presidência do Conselho de Administração da BRF». Consultado em 9 de abril de 2013 
  8. «BRF compra participação adicional na Federal Foods». Exame. 9 de abril de 2014 
  9. «BRF compra 75% de distribuidora de congelados no Kuwait». G1. 4 de agosto de 2014 
  10. «BRF anuncia acordo com a Lactalis para venda de sua unidade de lácteos». O Globo. 3 de setembro de 2014 
  11. «Pedro Faria é eleito o novo CEO da BRF». Época Negócios. 25 de setembro de 2014 
  12. «BRF planeja emissão inédita de "green bonds"». Exame. Consultado em 27 de abril de 2016 
  13. «Euronext lança índice sustentável de emergentes com ações brasileiras». Valor Econômico. Consultado em 27 de abril de 2016 
  14. «Nossas Marcas». BRF. Consultado em 19 de março de 2018 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]