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Paraplegia

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Paraplegia
Paraplegia
Homem com lesão medular após a fratura da 11ª vértebra torácica
Especialidade neurologia
Classificação e recursos externos
CID-10 G82.2, G82.20
CID-9 344.1
CID-11 1212533558
MeSH D010264
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A paraplegia, tal como a tetraplegia, é resultante de uma lesão medular. Este tipo de lesão classifica-se como

completa ou incompleta, dependendo do fato de existir ou não controle e sensibilidade abaixo de onde ocorreu a lesão medular. A paraplegia traduz-se na perda de controle e sensibilidade dos membros inferiores, impossibilitando o andar e dificultando permanecer sentado. Normalmente as lesões que resultam em paraplegia situam-se ao nível da coluna dorsal ou coluna lombar sendo que quanto mais alta for a lesão maior será a área de impacto, abrangendo o controle e sensibilidade, uma vez que a medula é afetada. Após uma lesão medular da qual resulta paraplegia é possível que os membros afetados deixem de receber permanentemente qualquer tipo de estímulo, tornando os músculos flácidos, o que acarreta uma acentuada diminuição de massa muscular facilmente visível. Em determinados casos ocorre um fenômeno denominado espasticidade o qual ainda não é totalmente compreendido pela comunidade científica. Este fenômeno mantém os músculos ativos através de movimentos involuntários, os quais no ponto de vista da pessoa afetada tornam-se incômodos e em determinadas situações limitar a vida ativa, ou até mesmo impossibilitá-la.

Outro tipo de efeito relacionado com a paraplegia prende-se com o sistema fisiológico da pessoa afetada que sofre um grande impacto uma vez que a pessoa perde na maioria dos casos o controle das suas necessidades fisiológicas, este fato leva a que seja necessário, em algumas situações, proceder a algaliação que têm como objectivo permitir remover a urina acumulada na bexiga. Muitas vezes este processo gera infecção urinária.

A paraplegia ocorre no momento em que as vias motrizes do sistema piramidal do sistema nervoso periférico, habitualmente a nível da medula espinhal, são interrompidas medial e bilateralmente. A paralisia afeta os membros inferiores, ou toda parte inferior do corpo.

Pode ser de três tipos:

  • Flácida: Onde se verifica a perda de tônus muscular e que é acompanhada habitualmente por anestesia cutânea e abolição dos reflexos tendinosos;
  • Espástica: Onde se verifica a hipertonia dos músculos.
  • Ambas (Flácida e Espástica)

Geralmente, as paraplegias são:

  • Irreversíveis – É causada por um corte transversal da medula ou por causas congênitas;
  • Reversíveis – Pode ser causada por:
    • Compressão medular – Pode ser travada quando é possível intervir a tempo para remover cirurgicamente a causa da compressão;
    • Doenças infecciosas ou degenerativas – As possibilidades de tratamento existem, mesmo se são limitadas.

Sinais e sintomas

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  • Incapacidade de mover os membros inferiores;
  • Perda de sensibilidade e formigueiro na parte inferior do corpo;
  • Incontinência urinária.

Muitas doenças ou acidentes que afectam o cérebro ou a medula espinhal podem provocar paraplegias, como é caso de:

  • Lesões da medula espinhal – Quando um traumatismo provocou um corte completo da medula espinal (corte transversal) em que se verificou a nível das vértebras torácicas ou lombares, manifesta-se uma paraplegia, geralmente do tipo espástico;
  • Compressão medular - Quando a medula é comprimida pode manifestar-se uma paraplegia. Isto pode verificar-se em caso de alterações ósseas congénitas ou degenerativas, fracturas da coluna vertebral, tumores intra ou extramedulares e fístulas artério-venosas;
  • Doenças infecciosas – Algumas doenças, conforme a sua evolução, podem provocar paraplegia, como é o caso da tuberculose óssea (doença de Pott), a Síndrome de Hughes-Stovin, sífilis meningovascular e a poliomielite;
  • Intoxicações – Refere-se sobretudo à intoxicação causada por amoníaco, que se pode verificar em caso de alcoolismo crónico grave e prolongado, e pode provocar paraplegia nas fases avançadas deste último;
  • Paraplegia espástica infantil– É uma doença congênita da primeira infância que surge devido a lesões do córtex cerebral que se verificaram durante o parto, a hemorragias cerebrais obstétricas ou alterações no desenvolvimento do cérebro.
  • Sintoma de diversas patologias em associação com outros sintomas neurológicos – O tratamento é aquele da doença que a provocou;
  • Irreversível – O doente tem que se adaptar a essa condição permanente. A reeducação física e a aprendizagem a um uso correcto dos auxílios à mobilidade, como a cadeira de rodas, podem melhorar a condição de vida dos paraplégicos, sobretudo se existe a colaboração constante por parte do paciente;
  • Reversível – É possível a recuperação parcial ou total, porém esta requer um programa de intervenções de reabilitação física e recuperação funcional longo e completo.