Pardela-de-cauda-curta
Pardela-de-cauda-curta | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante (IUCN 3.1) | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Ardenna tenuirostris (Temminck, 1835) | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||
Puffinus tenuirostris |
A pardela-de-cauda-curta ou pardela-da-tasmânia[1][2][3] (Ardenna tenuirostris), também conhecida como bobo-de-cauda-curta, é uma espécie de ave, a mais abundante em águas australianas. É uma das poucas espécies de aves nativas da Austráĺia que são capturadas para uso comercial.
É uma espécie migratória que se reproduz essencialmente em pequenas ilhas do Estreito de Bass e na Tasmânia, e que migra para o Hemisfério norte, para o Verão boreal. É considerada ave vagante no Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos.[4]
Parece ser uma espécie próxima de Puffinus griseus e Puffinus gravis, ambas de bico preto e cauda arredondada, mas suas relações precisas ainda são algo obscuras (Austin, 1996; Austin et al., 2004). Estas espécies são de dimensões relativamente elevadas e poderão mesmo pertencer a um género distinto, Ardenna (Penhallurick & Wink, 2004).
Cada um dos progenitores alimenta a cria durante 2 a 3 dias e depois ausenta-se por algumas semanas à procura de comida. Estas viagens à busca de comida podem cobrir distâncias de até 15 mil km. Quando as crias estão aptas a voar podem pesar mais que os próprios progenitores, pesando cerca de 900 g. Na Tasmânia e especialmente nas ilhas do Grupo Furneaux, as crias são recolectadas com vista à obtenção de óleo e de comida.
A cada Inverno austral, estas aves migram para os mares das Ilhas Aleutas e da Península de Kamchatka. No Verão austral, viajam até à costa da Califórnia, antes de atravessarem o Pacífico de volta à Austrália.
Referências
[editar | editar código-fonte]- (em inglês) Austin, Jeremy J. (1996): Molecular Phylogenetics of Puffinus Shearwaters: Preliminary Evidence from Mitochondrial Cytochrome b Gene Sequences. Molecular Phylogenetics and Evolution 6(1): 77–88. doi:10.1006/mpev.1996.0060 (HTML abstract)
- (em inglês) Austin, Jeremy J.; Bretagnolle, Vincent & Pasquet, Eric (2004): A global molecular phylogeny of the small Puffinus shearwaters and implications for systematics of the Little-Audubon's Shearwater complex. Auk 121(3): 847–864. DOI: 10.1642/0004-8038(2004)121[0847:AGMPOT]2.0.CO;2 HTML abstract
- BirdLife International (2004). Puffinus tenuirostris (em inglês). IUCN 2006. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2006. Página visitada em 10 Maio 2006.
- (em inglês) Penhallurick, John & Wink, Michael (2004): Analysis of the taxonomy and nomenclature of the Procellariformes based on complete nucleotide sequences of the mitochondrial cytochrome b gene. Emu 104(2): 125-147. doi:10.1071/MU01060 (HTML abstract)
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Parks & Wildlife Service Tasmania: Birds of Tasmania: Short-Tailed Shearwater, Puffinus tenuirostris
- Port Fairy website: Griffiths Island Shearwater Colony
- ↑ «Procellariidae». Aves do Mundo PT. 25 de dezembro de 2021. Consultado em 23 de agosto de 2022
- ↑ «Passarada: Os nomes portugueses das aves de todo o mundo». Passarada. Consultado em 23 de agosto de 2022
- ↑ «UE — DG Tradução – «a folha» — Boletim da língua portuguesa» (PDF). ec.europa.eu (66 - separata 1). Consultado em 23 de agosto de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2021
- ↑ Pacheco, J.F.; Silveira, L.F.; Aleixo, A.; Agne, C.E.; Bencke, G.A.; Bravo, G.A; Brito, G.R.R.; Cohn-Haft, M.; Maurício, G.N.; Naka, L.N.; Olmos, F.; Posso, S.; Lees, A.C.; Figueiredo, L.F.A.; Carrano, E.; Guedes, R.C.; Cesari, E.; Franz, I.; Schunck, F. & Piacentini, V.Q. (2021). «Annotated checklist of the birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee» 2ª ed. Ornithology Reserach. doi:10.1007/s43388-021-00058-x