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Preconceito

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Preconceito é uma opinião formada precipitadamente, sem maior ponderação, um conceito formado antes de se ter os conhecimentos necessários. É uma opinião favorável ou desfavorável que não é baseada em dados e experiência própria objetivos,[1] que pode ser baseada ou não em sentimento precipitado, motivado por hábitos de julgamento ou generalizações apressadas.[2] A palavra também pode significar uma ideia ou conceito formado antecipadamente e sem fundamento ou imparcial,[1] um conjunto de atitudes que geram, favorecem ou justificam um comportamento de discriminação.[3]

Crochík descreve o preconceito como algo individual, psicológico e que se desenvolve de sociabilização da cultura.[4]

O preconceito pode ocorrer para com uma pessoa ou um grupo de pessoas de determinada raça, etnia, orientação sexual, gênero, sexo, crenças, religião, valores, afiliação política ou esportiva, linguagem ou dialeto, nacionalidade, ocupação, classe social, educação, idade, deficiência, aparência, criminalidade, ou outras características pessoais. Neste caso, refere-se a uma avaliação positiva ou negativa de outra pessoa baseada na percepção da associação de grupo dessa pessoa.[5]

A palavra "preconceito" também pode se referir a crenças infundadas ou arranjadas, e pode se aplicar a "qualquer atitude irracional que seja extraordinariamente resistente à influência racional". Gordon Allport definiu preconceito como um "sentimento, favorável ou não, para com alguém ou algo anterior a, ou não baseada na verdadeira experiência".[6] Auestad (2015) define preconceito como caracterizado pela transferência simbólica, transferência de um conteúdo de significado carregado de valor a uma categoria formada socialmente e então a indivíduos que são considerados pertencentes a tal categoria, resistência a mudança e sobregeneralização.[7]

Nas ciências sociais, destacam-se os estudos sobre o preconceito racial, e na linguística, o preconceito linguístico. Existem várias campanhas de conscientização para combater o preconceito.

O termo preconceito vem do latim e é composto a partir do sufixo prae-, "antes de", e conceptus, "resumo" – inicialmente algo preparado ou concebido, de concipere, "conceber, gerar".

Tipos de preconceito

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Racismo é um sistema de crenças que sustenta a superioridade e discriminação sobre uma raça ou étnia em detrimento de outras, a discriminação racial pode ocorrer com características fenotípicas relacionada aquela raça como o tom de pele, cor e textura do cabelo, formato dos olhos, estrutura facial, a discriminação étnica pode ocorrer pela origem étnica, nacionalidade, étnia em si . Essa discriminação pode ocorrer em local de trabalho, Instituições, espaços públicos, etc, o racismo é um problema estrutural que marginaliza e estereotipa raças e étnias. Os grupos historicamente afetados pelo racismo incluem negros, asiáticos, indígenas e latinos.

Sexismo é um sistema de crenças que ampara a superioridade e discriminação de um gênero ou sexo sobre outro, essa discriminação cria estereótipos e marginaliza os gêneros ou sexos afetados, a discriminação contra sexos ou gêneros pode ocorrer em local de trabalho, Instituições, espaços públicos e pode ocorrer em ambiente domestico, igual outras formas de preconceito, o sexismo é um problema estrutural e muito presente na sociedade que marginaliza e cria estereótipos com aquele gênero ou sexo. Os grupos historicamente e atualmente afetados pelo sexismo incluem mulheres e transgéneros.

Capacitismo é a crença infundada e prejudicial que promove e suporta a superioridade, marginalização e discriminação contra deficientes, essa discriminação comumente ocorre em local de trabalho, instituições, e espaços públicos. Como outros preconceitos é considerado um problema estrutural na sociedade, isso cria estereótipos de que deficientes não são capazes por serem deficientes, atualmente o que conseguiu prevenir a marginalização dos deficientes e dar mais oportunidades a esses grupos foi a acessibilidade.

Xenofobia é o conceito para descrever a discriminação, estigmatização ou medo sobre símbolos ou grupos considerados estranhos ou estrangeiros, essa atitude pode levar a agendas anti imigratórias e estereótipos. Isso é um fenômeno mais comum na Europa e nos Estados Unidos, é um problema estrutural.

Homofobia e transfobia

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Homofobia e transfobia se referem a discriminação e estigmatização contra pessoas de determinada orientação sexual ou Identidade de gênero, essa discriminação comumente ocorre em local de trabalho, instituições, espaços públicos e ambiente domestico com familiares, acredita-se que a homofobia tem suas raízes profundas de religiões abraâmicas, que historicamente condenavam a homossexualidade e a discriminação contra transgéneros tenha surgido das crenças de sexo da época pois historicamente as relações sexuais foram definidas como predominantemente heterossexuais e gênero definido como sexo biológico o que acabou criando o conceito social do binarismo de gênero e a heteronormatividade, isso marginaliza e estereotipa indivíduos fora da heterossexualidade ou fora do padrão do sexo biológico, o fenômeno pode ser considerado estrutural.

Intolerância religiosa

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A intolerância religiosa se refere a discriminação, estigmatização e estereótipos contra religiões, cultos, rituais e símbolos específicos, comumente pode ocorrer em local de trabalho, instituições, espaços públicos e ambientes domésticos, junto com racismo e sexismo é uma das formas de preconceito mais antigas e estruturais da humanidade, os grupos historicamente visivelmente mais afetados por este preconceito foram os judeus e islâmicos.

Elitismo Classicista

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O elitismo classicista se refere a discriminação, estigmatização e estereótipos contra classes sociais, tratando as pessoas de forma diferente por sua situação econômica, nível de escolaridade e acesso a renda e bens serviços, esse preconceito é uma das formas mais comuns e estruturais em nossa sociedade, ele tem diminuído com o surgimento de cotas e programas para ajudar grupos afetados, geralmente é contra pessoas da classe baixa.

Outros preconceitos

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Há vários outros preconceitos, como preconceitos relacionados a idade, afiliação politica, beleza, criminalidade, alcóolatras, drogados, etc, preconceitos são construções sociais estruturais e não podemos dizer que há apenas estes preconceitos, pode sempre haver muitos preconceitos, já que o fenômeno é diversificado e complexo.

  1. a b S.A, Priberam Informática. «Consulte o significado / definição de preconceito no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, o dicionário online de português contemporâneo.». dicionario.priberam.org. Consultado em 22 de dezembro de 2018 
  2. Infopédia. «Definição ou significado de preconceito no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 22 de dezembro de 2018 
  3. ROSE 1972, p.162
  4. CROCHÍK, José L. Preconceito, Indivíduo e Cultura. São Paulo: Robe Editorial,1997.
  5. Dovidio, J. F., & Gaertner. S. L. (2010). "Intergroup bias". In S. T. Fiske, D. T. Gilbert, & G. Lindzey (Eds.), The Handbook of Social Psychology (5th ed., Vol. 2). New York: Wiley.
  6. Rosnow, Ralph L. (Março 1972). «Poultry and Prejudice». Psychologist Today. 5 (10): 53–6 
  7. Lene, Auestad. Respect, plurality, and prejudice : a psychoanalytical and philosophical enquiry into the dynamics of social exclusion and discrimination. Londres: Karnac. p. xxi–xxii. ISBN 9781782201397. OCLC 904650092 

https://origemdapalavra.com.br/palavras/preconceito/

https://www.unicef.org/brazil/blog/racismo-e-saude-mental#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20racismo%3F,vista%20como%20inferior%20e%20desvalorizada.[1]

https://www.handtalk.me/br/blog/capacitismo/

https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/xenofobia.htm

https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/homofobia.htm#:~:text=islamismo%20e%20cristianismo.-,O%20que%20%C3%A9%20homofobia%3F,%2C%20bissexuais%2C%20transexuais%20e%20travestis.

https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/intolerancia-religiosa.htm

  • BACILA, Carlos Roberto. Criminologia e Estigmas: Um estudo sobre os Preconceitos. São Paulo: Gen Atlas, 2016.
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  1. «Racismo e Saúde Mental». www.unicef.org. Consultado em 24 de maio de 2024