Lisboa
Lisboa | |
Vista da Rua Augusta
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Gentílico | Lisboeta, Lisbonense, Olisiponense (em desuso), Alfacinha (popular) |
Área | 83,84 km² |
População | 499 700 hab. (2007) |
Densidade populacional | 5 959 hab./km² |
N.º de freguesias | 53 |
Fundação do município (ou foral) |
Primeiras referências da cidade Século XII a.C. Fundação reconhecida oficialmente (conquista da cidade por D. Afonso Henriques) 1179 Capital do Reino |
Região (NUTS II) | Lisboa |
Sub-região (NUTS III) | Grande Lisboa |
Distrito | Lisboa |
Província | Estremadura |
Orago | Orago Maior: Santo António de Lisboa Orago Menor: São Vicente |
Feriado municipal | 13 de Junho (Dia de Santo António) |
Código postal | 1000 a 1900 Lisboa |
Sítio oficial | http://www.cm-lisboa.pt |
Município de Portugal |
Lisboa é a capital[1] e a maior cidade de Portugal. A cidade, além de ser a capital do país, é também capital do distrito de Lisboa, da região de Lisboa, da Área Metropolitana de Lisboa, e é ainda o principal centro da sub-região estatística da Grande Lisboa. Eclesiasticamente, é sede da diocese e do Patriarcado de Lisboa.
Lisboa tem 499 700 habitantes (2007) e uma área metropolitana envolvente que ocupa cerca de 2 870 km², com cerca de 2,8 milhões de habitantes. A cidade e a sua área metropolitana concentram 27% da população do país. A região de Lisboa, que abrange do estuário do Tejo ao norte da península de Setúbal, apresenta um PIB per capita superior à média da União Europeia, que faz desta a região mais rica de Portugal.
O concelho de Lisboa tem 83,84 km² de área, e apresenta uma densidade demográfica de 5 959 hab./km². O concelho subdivide-se em 53 freguesias, encontrando-se em estudo a formação de uma nova freguesia. Faz fronteira a norte com os municípios de Odivelas e Loures, a oeste com Oeiras, a noroeste com Amadora e a sudeste com o estuário do Tejo. Por este estuário, Lisboa une-se aos concelhos da Margem Sul: Almada, Seixal, Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete. O principal meio de deslocação na cidade é o Metropolitano de Lisboa e os autocarros da Carris. Porém, todos os dias entram em Lisboa cerca de cinco milhões de carros, provenientes dos concelhos periféricos.
Lisboa possui inúmeras atracções turísticas. Os seus bairros típicos atraem visitantes pelas suas características peculiares. A baixa pombalina, Belém, Chiado ou Bairro Alto, são zonas onde afluem milhares de turistas e visitantes anualmente.
Duas agências europeias têm sede em Lisboa: o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência e a Agência Europeia de Segurança Marítima, ambas com projectos de novas sedes à beira rio. A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa encontra-se igualmente sediada em Lisboa.
Etimologia
O nome "Lisboa" remontará aos Fenícios. Dado o magnífico porto fornecido pelo estuário do Tejo, a cidade terá sido nomeada "Allis Ubbo" ou "Porto seguro" em fenício, de acordo com uma das várias teorias da sua origem. Outra teoria explica o nome por associação ao nome pré-romano do rio Tejo, "Lisso" ou "Lucio". Uma lenda popular conta que a cidade de Lisboa teria sido fundada pelo herói grego Ulisses e que, por associação a este fato, os gregos chamaram a cidade de "Olissipo", cidade de Ulisses. Posteriormente, o nome grego teria sido corrompido em latim para "Olissipona". Ptolomeu chamou a cidade de "Oliosipon". Os visigodos chamaram-na "Ulishbona" e os mouros, que tomaram a cidade no ano 719, nomearam-na, em árabe, "al-Lixbûnâ" ou "al-Ushbuna".
História
O Neolítico e a fundação
Durante o neolítico, a região foi habitada por vários povos Iberos que também viveram em outras regiões da Europa atlântica neste período. Estes construíram vários monumentos megalíticos e é ainda possível encontrar alguns dólmens e menires nos campos em redor da cidade.
Achados arqueológicos sugerem que já havia influência fenícia na região em 1200 a.C., levando alguns historiadores à teoria de que fenícios teriam habitado o que é hoje o centro da actual cidade, na parte sul da colina do castelo. O magnífico porto fornecido pelo estuário do rio Tejo transformou a cidade na solução ideal para fornecer alimentos aos navios destinados às ilhas de Estranho (actuais Ilhas Scilly) e Cornwall.
O povo celta invadiu a região no primeiro milénio a.C. e através de casamentos inter-raciais com os povos ibéricos pré-romanos aumentaram o número de falantes da língua celta na região.
A nova cidade foi nomeada Allis Ubbo ou "Porto seguro" em fenício, segundo uma das teorias. Outra diz que vem por associação ao nome pré-romano do rio Tejo, Lisso ou Lucio.
Além de poderem viajar para o norte, os fenícios também aproveitaram o facto de estarem na desembocadura do maior rio da península Ibérica para fazerem comércio de metais preciosos com as tribos locais. Outros importantes produtos da região comercializados foram o sal, os peixes salgados e os cavalos puros sangue lusitano, que eram já bastante renomados na antiguidade.
Recentemente, vestígios fenícios do século VIII a.C. foram encontrados sob a Sé de Lisboa. No entanto, alguns dos historiadores modernos[2] consideram que a ideia da fundação fenícia é irreal, e acreditam que Lisboa era uma antiga civilização autóctone (chamada pelos romanos de oppidum) e que, no máximo, mantinha relações comerciais com os fenícios, o que explicaria a presença de cerâmicas fenícias e outros objectos.
Uma lenda popular e romântica conta que a cidade de Lisboa teria sido fundada pelo herói grego Ulisses, e que tal como Roma o seu povoado original foi rodeado por sete colinas. Derivado, os gregos chamam à cidade de Olissipo, proveniente do nome do herói. Se todas as viagens de Ulisses através do Atlântico se deram da forma descrita por Théophile Cailleux[3], isso poderia significar então que Ulisses fundou a cidade vindo do norte, antes de tentar dar a volta ao Cabo Malea, (que Cailleux diz ser o Cabo de São Vicente), no sentido de sudeste, em direcção a Ítaca. No entanto, a presença dos fenícios, mesmo ocasional, é anterior à presença helénica na área. Posteriormente, o nome grego teria sido corrompido em latim para Olissipona.
Alguns dos deuses pré-romanos são Aracus, Cariocecus, Bandua e Trebaruna.
Os períodos grego e romano
Os gregos antigos tiveram provavelmente na foz do rio Tejo um posto de comércio durante algum tempo, mas os conflitos que grassavam por todo o mediterrâneo levaram sem dúvida ao seu abandono, devido sobretudo ao poderio de Cartago na região nessa época.
A degeneração do Império, e a feudalização da sociedade romana levaram às primeiras invasões dos povos Germanos, Hunos entre outros. As iniciativas que inicialmente foram tomadas como colonizações das terras desertificadas pelas terríveis epidemias que mataram grande parte da população da época (provavelmente Sarampo e Varíola), transformaram-se depressa em expedições militares com objectivos de saque e conquista.
Após a conquista a Cartago do oriente peninsular, os romanos iniciam as guerras de pacificação do ocidente. Cerca de 205 a.C. os Olisiponenses estabeleceram uma aliança estratégica com os romanos, lutando lado a lado com as legiões, conquistando a vitória e sendo absorvida no império e recompensada com a atribuição de cidadania romana, um privilégio raríssimo já naquela época para povos não italianos. Felicitas Julia, como a cidade viria a ser conhecida, beneficia do estatuto de municipium, juntamente com os territórios em redor, até uma distância de 50 quilómetros, não pagando impostos a Roma, ao contrário de quase todos os outros castros e povoados autóctones conquistados. Foi incluída com larga autonomia na província da Lusitânia, cuja capital era Emeritas Augusta, a actual Mérida (na Extremadura Espanhola).
No tempo dos romanos a cidade era famosa pelo garum, um molho de luxo feito à base de peixe, exportado em ânforas para Roma e todo o império, assim como vinho, sal e cavalos da região. Ptolomeu chamou a cidade de Oliosipon.
No fim do domínio romano Olissipo seria um dos primeiros núcleos a acolher o cristianismo. O primeiro bispo da cidade foi São Gens. Sofreu invasões bárbaras dos alanos, vândalos e depois fez parte do reino dos suevos, antes de ser tomada pelos visigodos de Toledo, que a chamaram de Ulishbona. [4]
A conquista muçulmana
Após três séculos de saques, pilhagens e perda de dinâmica comercial, Ulishbuna seria pouco mais que uma vila no início do século VII. É nesta altura que, aproveitando uma guerra civil do Reino Hispânico Visigótico, que os árabes liderados por Tariq invadem a Península Ibérica com as suas tropas mouriscas, em 711. Olishbuna foi conquistada pelas tropas de Abdelaziz ibn Musa, um dos filhos de Tariq, assim como o resto do Ocidente.
Lisboa foi então tomada no ano 719 pelos mouros provenientes do norte de África. Em árabe chamavam-lhe al-Lixbûnâ. Construiu-se neste período a cerca moura.
Enquanto se fragmentavam as Taifas islâmicas do Sul, no Norte sucedia o Condado Portucalense do Reino de Leão, já em plena Reconquista da Península Ibérica. Apesar de baseado em Guimarães, a força económica que permitia a autonomia do Condado Portucalense estava na cidade do Porto (Portucale ou porto da cidade de Cale, a actual Gaia). É interessante pensar como foi o novo Reino, centrado no dinamismo comercial da jovem cidade de mercadores do Porto, que usufruía de uma posição e importância semelhantes na foz do segundo maior rio da Península Ibérica, o rio Douro, como Lisboa no rio Tejo, que acabaria por conquistar essa venerável cidade.
A Cruzada: Portugal conquista Lisboa
Famosa e opulenta, a cidade daria ao reino bastante prestígio. A primeira tentativa de Afonso de conquistar al-Ushbuna deu-se em 1137 e fracassou frente às muralhas da cidade. Em 1140 aproveita os cruzados que passavam por Portugal para novo ataque que novamente falha.
Só sete anos depois os cristãos a reconquistariam graças ao primeiro rei de Portugal, Dom Afonso Henriques, e ao seu exército de cruzados, em 1147. O primeiro rei português concedeu-lhe foral em 1179. A cidade tornou-se capital do reino em 1255 devido à sua localização estratégica. A seguir à reconquista foi instituída a diocese de Lisboa que, no século XIV, seria elevada a metrópole (arquidiocese). [4]
Nos últimos séculos da idade média a cidade expandiu-se e tornou-se um importante porto com comércio estabelecido com o norte da Europa e com as cidades costeiras do Mar Mediterrâneo. Em 1290 o rei Dom Dinis mandou estabelecer a primeira universidade de Portugal em Lisboa (que foi transferida para Coimbra em 1308), a cidade então já dispunha de grandes edifícios religiosos e conventuais.
Dom Fernando I, "o Formoso", construiu a famosa Muralha Fernandina, já que a cidade crescia rapidamente para fora do perímetro inicial. Começando pelo lado dos bairros mais pobres e acabando nos bairros da burguesia, a maior parte do dinheiro utilizado veio desta última. Esta estratégia mostrou-se conveniente, já que de outra forma a burguesia deixaria de financiar a obra.
O novo capítulo da história de Lisboa nasce com a grande revolução da Crise de 1383-85. Após a morte de Fernando de Portugal, o Reino passaria para o Rei de Castela, João I de Castela. Depois de 2 anos sem Rei, os burgueses ganham a luta (porque apoiavam o Rei que viria a Reinar), com as suas ligações inglesas e capitais avultados: o Mestre de Avis é aclamado João I de Portugal, vencendo o cerco de Lisboa de 1384, e a Batalha de Aljubarrota sob liderança de Nun'Álvares Pereira em 1385 contra as forças de Castela e dos fidalgos do Norte.
Era das Navegações e o ouro do Brasil
A colaboração estreita com os italianos, que dominavam a navegação no Mediterrâneo desde o tempo do Império Romano, trouxe frutos à cidade de Lisboa. Várias expedições se empreenderam com tripulações italianas e portuguesas, nas quais foram descobertos os arquipélagos dos Açores, Madeira e Canárias. Alguns afirmam que terão mesmo chegado ao Brasil. Estas ilhas permitem o estabelecimento de novas cidades-portos, úteis para a exploração de novos mercados. De Lisboa partiram numerosas expedições na época dos descobrimentos (séculos XV a XVII), como a de Vasco da Gama em 1497-1498, reforçando também com este feito, a condição de grande porto e centro mercantil na Europa.
Na época da expansão as casas de Lisboa tinham de três a cinco andares, sendo no primeiro uma loja e nos últimos as instalações dos comerciantes. Nesta época havia uma mistura de raças em Lisboa como não se via noutro ponto da Europa. Num livro sobre Dom Manuel I, "o Venturoso", aparece uma imagem que representa a vida quotidiana nesta época: a uma mesa está sentada uma família, dois filhos e um casal, sentada em bancos de três pernas. A decoração da sala é simples, tem um pequeno armário de parede com janelinhas de vidro onde estão guardadas as louças de prata da família e pouco mais. A um canto vê-se uma cortina de seda, presa por aros de ouro, entreaberta. Do lado de lá da cortina parece existir uma cozinha ou adega, onde estão dois serviçais negros. Para além dos escravos, Lisboa era muito frequentada por uma grande quantidade de comerciantes estrangeiros. [4]
Após terminarem as guerras e conflitos entre os conservadores e liberais, Lisboa, tendo perdido o ouro e monopólio dos produtos do Brasil, a fonte de toda a sua riqueza desde o fim do século XVI encontrava-se numa situação económica desesperada. No Norte da Europa, as nações iniciavam a industrialização, e enriqueciam com o comércio das Américas (a Inglaterra viria a dominar o comércio brasileiro) e da Ásia. O atraso de Portugal parecia irreversível.
É em Lisboa que se dá a principal revolta que causou a Restauração da Independência, em 1640. [4]
Os problemas para o comércio na cidade aumentam quando os Catalães, um povo mercador como o de Lisboa, também oprimidos pelas taxas castelhanas, se revoltam em 1636. É a Portugal que Madrid vem exigir os homens e os fundos para derrotar os catalães, numa tentativa de usar os de Portugal contra os da Catalunha.
É então que os mercadores da cidade se aliam à pequena e média nobreza. Tentam convencer o Duque de Bragança, Dom João, a aceitar o trono, mas este, como o resto alta Nobreza, é beneficiado por Madrid e só o prospecto de se tornar Rei o convence finalmente. Os conspiradores assaltam o Palácio do Governador, aclamando o novo Rei D. João IV, com o apoio inicialmente do Cardeal Richelieu de França, e depois a velha aliança retomada com a Inglaterra (tudo isto ficou conhecido com a Restauração da Independência, em 1640).
A Lisboa pós-Restauração é uma cidade cada vez mais dominada pelas ordens religiosas Católicas. Mais de 40 conventos são fundados na cidade em adição aos 30 já existentes, e os religiosos ociosos cuja sustentação é assegurada pelas esmolas e expropriações contam-se aos muitos milhares, constituindo mais de 5% da população da cidade. O clima político é cada vez mais conservador e autoritário e a Inquisição, depois de destruída a classe mercadora, concentra-se no controlo das mentalidades, vigiando as ideias e a criatividade, que suprime em nome da pureza da Religião. Os segundos e terceiros filhos, que não recebem a herança do pai, e que antes se dedicavam ao comércio e às empresas além-mar, agora simplesmente se refugiam nas ordens religiosas e vivem à conta de outrem, a maioria das vezes de forma apenas superficialmente religiosa.
No início do século XVIII, no reinado de Dom João V, a cidade foi dotada de uma grande obra pública, extraordinária para a época: o Aqueduto das Águas Livres.
A cidade foi quase na totalidade destruída em 1 de Novembro de 1755 por um grande terramoto, e reconstruída segundo os planos traçados pelo Marquês de Pombal (Sebastião José de Carvalho e Melo), Ministro da Guerra e Negócios Estrangeiros e oriundo da Baixa Nobreza, reagindo celebremente às ruínas do terramoto, terá dito que era necessário enterrar os mortos, cuidar dos vivos e construir a cidade. Uma ideia que vai desenvolver de seguida ao nível da economia e sociedade. A parte central da reconstrução de Lisboa designar-se-á por Baixa Pombalina). A quadrícula adoptada nos planos de reconstrução permite desenhar as praças do Rossio e Terreiro do Paço, esta com uma belíssima arcada e aberta ao rio Tejo. [4]
Ainda no século XVIII e a instâncias de D. João V, o Papa concedeu ao arcebispo da cidade o título honorífico de Patriarca e a nomeação automática como Cardeal (daí o título de "Cardeal Patriarca de Lisboa").
Nos primeiros anos do século XIX Portugal foi invadido pelas tropas de Napoleão Bonaparte, obrigando o rei Dom João VI a retirar-se temporariamente para o Brasil. A cidade ressentiu-se e muitos bens foram saqueados pelos invasores. A cidade viveu intensamente as lutas liberais e iniciou-se uma época de florescimento dos cafés e teatros. Mais tarde, em 1879, foi aberta a Avenida da Liberdade que iniciou a expansão citadina para além da Baixa.
O centro cultural e comercial da cidade passou para o Chiado, durante o século XIX (cerca de 1880. Com as velhas ruas da Baixa já ocupadas, os donos de novas lojas e clubes estabelecem-se na colina anexa, que rapidamente se transforma. Aqui são fundados os Clubes, como o Grémio Literário famoso das histórias de Eça de Queiróz, e frequentado por Almeida Garrett, Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro, Oliveira Martins e Alexandre Herculano. Estabelecem-se ainda lojas de roupas das modas de Paris e outros produtos de luxo, grandes armazéns no estilo do Harrods de Londres ou das Galerias Lafayette de Paris e novos cafés de Luso-Italianos, como O Tavares e o Café do Chiado.[4]
Século XX
Culturalmente, este é o período em que as touradas e o fado se transformam em verdadeiros entretenimentos populares regulares. A eles se junta o teatro popular ou teatro de revista (inventado em Paris) que, com as velhas e eruditas comédias e dramas, disputa os novos teatros da capital. Um entretenimento tipicamente português deste tempo é a Oratória, em que actores corrompem a velha arte do Padre António Vieira em argumentos cantados, floridos e quase sempre superficiais com que disputam prémios. Surgem ainda os primeiros grandes jardins públicos, imitando o Hyde Park de Londres e os jardins das cidades alemãs: o primeiro é o Jardim da Estrela, onde passeiam os burgueses aos fins-de-semana.
Alarmadas as elites impõem a ditadura em 1907 com João Franco, mas é tarde de mais. Em 1908 a família real sofre um atentado (no Terreiro do Paço) em que morrem o Rei Dom Carlos de Portugal e o Príncipe herdeiro, numa acção provavelmente executada pelos anarquistas (que neste período atacam figuras públicas em toda a Europa). Em 1909 os operários de Lisboa organizam extensas greves. Em 1910, em Lisboa, dá-se finalmente a revolta. A população da cidade forma barricadas nas ruas e são distribuídas armas. Os exércitos ordenados a reprimir a revolução são desmembrados pelas deserções. O resto do país é obrigado a seguir a capital, apesar de continuar profundamente rural, católico e conservador. É proclamada a Primeira República.
Em 1912 os monárquicos aproveitam o descontentamento com as leis liberais dos republicanos no norte do país, e aí tentam o golpe de estado, que falha. Em 1916 Portugal entra do lado aliado na Primeira Guerra Mundial, enviando homens e recursos muito consideráveis num período de crise, e a situação económica e política fica cada vez mais tensa, havendo mesmo episódios de fome.
O fim da I República ocorre em 1926, quando a direita conservadora antidemocrática (ainda em pleno século XX largamente liderada pelos descendentes da antiga Nobreza do norte de Portugal e pela Igreja Católica) toma finalmente o poder após mais duas tentativas em 1925, alegadamente de forma a por fim à anarquia que ela própria tinha largamente criado. Inicialmente militar, liderado pelo General Gomes da Costa, o novo governo rapidamente adopta uma ideologia quasi-fascista sob a liderança de Salazar. [4] O regime de Salazar e Marcello Caetano seria derrubado pela revolução dos cravos num golpe de estado realizado em Lisboa a 25 de Abril de 1974.[4]
Desde esta data, após um período conturbado até 1975, Lisboa e o país têm sido governados por um regime democrático. O actual Presidente da Câmara de Lisboa (C.M.L), é António Costa, do Partido Socialista (PS).
Dez anos mais tarde, em 1985, dá-se a Assinatura do Tratado de Adesão à Comunidade Económica Europeia, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, por parte do Presidente da República, Mário Soares.[5]
Em 1988, deu-se o Grande Incêndio do Chiado, que destruiu uma boa parte do património Lisboeta, assim como a principal zona de comércio de Lisboa, que ainda hoje está a ser reconstruída. [5]
Lisboa continua a desenvolver-se ao ritmo das mais altas cidades/capitais europeias, melhorando as suas infraestruturas (e construindo novas), melhorando o sistema de segurança, saúde, etc. Em 1994, foi a Capital da Cultura, em 1998, inaugurou a sua segunda ponte, que por sinal, é a maior de toda a Europa, e a quarta maior do Mundo, a Ponte Vasco da Gama (a primeira ponte, foi a Ponte 25 de Abril, inaugurada em 1966), nesse mesmo ano (1998), organizou a Exposição Mundial de 1998, com o tema Oceanos. Mais recentemente, foi anunciada a construção de uma terceira ponte, de um novo aeroporto, de um mega-hospital (ou hospital central), assim como a renovação e melhoramento da cidade em si.[4]
Geografia
Localizada na margem direita do rio Tejo, junto à foz, a 38º42' N e a 9º00' W, com altitude máxima na Serra de Monsanto (226 metros de altitude), Lisboa é a capital mais ocidental da Europa. Fica situada a oeste de Portugal, na costa do Oceano Atlântico. [6]
Os limites da cidade, ao contrário do que ocorre em grandes cidades, encontram-se bem delimitados dentro dos limites do perímetro histórico. Isto levou à criação de várias cidades ao redor de Lisboa, como Loures, Odivelas, Amadora e Oeiras, que são de facto parte do perímetro metropolitano de Lisboa. O centro histórico da cidade é composto por sete colinas, sendo algumas das ruas demasiado estreitas para permitir a passagem de veículos. A cidade serve-se de três funiculares e um elevador (Elevador de Santa Justa). A parte ocidental da cidade é ocupada pelo Parque Florestal de Monsanto, um dos maiores parques urbanos da Europa, com uma área de quase 10 km².
Lisboa tem ganho terreno ao rio com sucessivos aterros, sobretudo a partir do século XIX. Esses aterros permitiram a criação de avenidas, a implantação de linhas de caminho-de-ferro e a construção de instalações portuárias e mesmo de novas urbanizações como o Parque das Nações e equipamentos como o Centro Cultural de Belém.
Clima
Lisboa é uma das capitais mais amenas da Europa, com um clima fortemente influenciado pela Corrente do Golfo. A Primavera é fresca a quente (de 8°C a 26°C) com sol e alguns aguaceiros. O Verão é seco, quente com algum vento e temperaturas entre 16°C a 35°C. O Outono é ameno e instável, com temperaturas entre 12°C e 27°C e o Inverno é tipicamente chuvoso e fresco, também com algum sol (temperaturas entre 3°C e 18°C). A temperatura mais baixa registada foi de -2,2°C e a mais elevada foi de 43°C. [7] É muito raro nevar — nevou ligeiramente nos dias 29 de Janeiro de 2006 e 28 de Janeiro de 2007, depois de mais de 40 anos sem ocorrência de neve. Em média há 3300 horas de sol e 100 dias de chuva por ano. [8]
Ambiente
Lisboa é uma cidade repleta de espaços verdes, de variadas dimensões. Foi nesta cidade que surgiu o primeiro jardim botânico português: Jardim Botânico da Ajuda. Alguns dos jardins da cidade estão em processo de recuperação, no intuito da criação de um corredor verde na cidade. Em temos de qualidade do ar, apresenta elevados níveis de poluição atmosférica, com elevados níveis de exposição da população a partículas inaláveis (PM10), o que provoca em média uma diminuição da longevidade dos residentes em seis meses[9]. A poluição atmosférica é mais acentuada em torno das principais vias rodoviárias, em virtude da utilização excessiva de tráfego automóvel, que por sua vez é causada por uma política de mobilidade urbana pouco eficiente e raramente articulada, um pouco como se verifica na maioria das grandes cidades mundiais.
Organização administrativa
Predefinição:Divisão Partidária de Lisboa
É em Lisboa, que se localizam os principais pontos políticos do país (ministérios, tribunais, etc). [10] [11] O município de Lisboa é administrado por uma Câmara Municipal composta por 17 vereadores. Existe uma Assembleia Municipal que é o órgão legislativo do município, constituída por 107 deputados.
O cargo de Presidente da Câmara Municipal ficou vago desde 15 de Maio de 2007, após a demissão de António Carmona Rodrigues que tinha sido eleito pelo PSD. A nova Câmara Municipal foi eleita em 15 de Julho de 2007, tendo sido eleito António Costa, pelo PS.
Freguesias
A cidade de Lisboa está dividida 53 freguesias[12] agrupadas, para efeitos administrativos, em quatro Bairros Fiscais. Cada freguesia é governada por uma Junta de Freguesia, órgão executivo que é eleito pelos membros da Assembleia de Freguesia, por sua vez eleita directamente pelos cidadãos recenseados no seu território. Existe actualmente a possibilidade de surgir uma nova freguesia, a Freguesia do Oriente, que comporta todas os terrenos inerentes ao Parque das Nações. Para lá das divisões administrativas, os lisboetas identificam bairros históricos, com limites bem determinados, tais como as Amoreiras, Bairro Alto, Bica, Alfama, Mouraria, Avenidas Novas, Chelas e Lapa.
Demografia
A população de Lisboa, é caracterizada por vários altos e baixos ao longo da sua história. Actualmente, a população de Lisboa está em queda[13]. Já a área metropolitana de Lisboa está em crescimento populacional, em decorrência da migração dos habitantes da cidade para as cidades vizinhas[14]. Na actual estrutura demográfica de Lisboa , as mulheres representam mais de metade da população (54%) e os homens 46%[15]. A cidade apresenta uma estrutura etária envelhecida, com 23% de idosos (65 anos ou mais)[16], quando a média portuguesa é de 16%[17]. Entre os mais novos, 13% da população tem menos de 15 anos, 9% está entre os 15 e os 24 anos e 53% dos 25 aos 64 anos de idade[15].
Economia
Lisboa é a cidade mais rica de Portugal com um PIB per capita superior à média europeia e tem uma economia concentrada em serviços. O Porto de Lisboa é o porto mais activo da Costa Atlântica Europeia. Por outro lado, a cidade tem vários portos desportivos, como em Belém, Santo Amaro, Bom Sucesso, Alcântara e Olivais. A maioria das sedes das multinacionais existentes no país está situada em Lisboa e é ainda a 6ª cidade a nível mundial que mais recebe congressos internacionais[18].
A Área Metropolitana de Lisboa é altamente industrializada, especialmente na zona sul do rio Tejo. As indústrias principais consistem em refinarias de petróleo, indústrias têxteis, estaleiros, siderurgia e pesca.
É por essas razões considerada o segundo centro financeiro e económico mais importante na Península Ibérica, apenas atrás de Madrid.
Educação
A cidade de Lisboa possui escolas e jardins de infância, públicas e privadas, de ensino primário, básico e secundário, num total de 312. Na área da Grande Lisboa existem escolas internacionais como a Saint Julian's School, o Carlucci American International School of Lisbon, a St Dominic's International School, a Deutsche Schule Lissabon e o Lycée Français Charles Lepierre.
Lisboa dispõe de três universidades públicas, a Universidade de Lisboa, a mais antiga instituição de ensino da cidade, também chamada Universidade Clássica de Lisboa, a Universidade Técnica de Lisboa e a Universidade Nova de Lisboa, fundada em 1957, assim como diversas universidades privadas, que oferecem cursos superiores em todas as áreas académicas. Existe também o ISCTE, Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, e o Instituto Politécnico de Lisboa.
As maiores instituições privadas de ensino superior, incluem a Universidade Católica Portuguesa, a Universidade Lusíada, a Universidade Lusófona e a Universidade Autónoma de Lisboa, entre outras. O total de inscritos nas instituições de ensino superior público e privado foi, no ano lectivo de 2007-2008, de 125.867 alunos, dos quais 81.507 em instituições públicas[19].
A cidade está equipada com diversas bibliotecas e arquivos, sendo a mais importante a Biblioteca Nacional. A merecer destaque como um dos mais importantes arquivos do mundo, com mais de 600 anos, está o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, arquivo central do Estado Português desde a Idade Média e uma das mais antigas instituições portuguesas ativas. Há ainda o Arquivo Histórico Militar e Arquivo Histórico Ultramarino.
Saúde
Em Lisboa existem vários hospitais (quer públicos quer privados), clínicas, centros de saúde, etc. Existe também um projecto em curso, que prevê a construção de um mega Hospital Central, no Parque da Bela Vista. O Hospital intitulado de Hospital de Todos os Santos [20][21], englobará alguns hospitais existentes no centro de Lisboa (como por exemplo, o Hospital de Dona Estefânia, o Hospital de Santa Marta, etc. A inauguração está prevista para 2011/2012. Os principais hospitais da Cidade de Lisboa são:
- Hospital de Santa Maria
- Hospital de Dona Estefânia - Hospital pediátrico (com maternidade)
- Hospital Egas Moniz
- Hospital São Francisco Xavier
- Hospital Curry Cabral
- Hospital de São José
- Hospital Júlio de Matos
- Hospital de Santa Marta
- Hospital Santo António dos Capuchos
Cultura e Eventos
Lisboa é uma cidade com uma vibrante vida cultural. Epicentro dos descobrimentos desde o século XV, a cidade é o ponto de encontro das mais diversas culturas, o primeiro lugar em que Oriente, Índias, Áfricas e Américas se encontraram. Mantendo estreitas ligações com as antigas colónias portuguesas e hoje países independentes, Lisboa é uma das cidades mais cosmopolitas da Europa. É possível, numa só viagem de metro ouvir falar línguas como o cantonês, o crioulo cabo-verdiano, o gujarati, o ucraniano, o italiano ou o português com pronúncia moçambicana ou brasileira. E nenhuma delas falada por turistas, mas sim por habitantes da cidade.
Desde 1994, ano em que foi Capital europeia da cultura, Lisboa tem vindo a acolher uma série de eventos internacionais, da Expo 98 ao Tenis World Master 2001, Euro 2004), Gymnaestrada, MTV Europe Music Awards, Rali Dakar, Rock in Rio ou os 50 anos da Tall Ships' Races (Regata Internacional dos Grandes Veleiros). Em 2005, Lisboa foi considerada pela International Congress & Convention Association como a oitava cidade do mundo mais procurada para a realização de eventos e congressos internacionais.
Noite e Bairro alto
O eixo Alfama-Baixa/Chiado-Bairro alto é palco para a cultura erudita como para a popular. Na noite lisboeta a oferta é variada: a um jantar com fado ao vivo no Bairro Alto pode seguir-se um espectáculo de ópera no São Carlos, ou um concerto no Coliseu dos Recreios. Pode continuar-se com música electrónica mais alternativa na ZDB, ou com uma viagem pelos muitos bares e discotecas do Bairro Alto ou de toda a zona ribeirinha da cidade. Quando o Sol nasce é tempo de ver os turistas que enchem os monumentos e lugares históricos, como o castelo, o bairro típico de Alfama ou Belém.
Fado
A música tradicional de Lisboa é o fado, canção nostálgica acompanhada à guitarra portuguesa. Uma explicação popular da sua origem remete para os cânticos dos Mouros, que permaneceram no bairro da Mouraria, após a reconquista Cristã. Mais plausivelmente, a origem do fado parece despontar da popularidade nos séculos XVIII e XIX da Modinha, e da sua síntese popular com outros géneros afins, como o lundu, no rico caldo de culturas presentes em Lisboa.
Festivais de Música
O Festival Jazz, realiza-se todos os anos em Lisboa, em Agosto, na Fundação Calouste Gulbenkian. Aqui, vários músicos dão vários concertos a todas as idades. Lisboa recebe ainda Festival Internacional de Órgão de Lisboa desde 1998 em orgãos históricos restaurados. Alguns dos locais onde o festival ocorre são a Sé Patriacal de Lisboa, a Basílica da Estrela, etc. Outro evento relevante no mundo da música é o Super Bock Super Rock, um festival de música de Verão realizado anualmente no Parque do Tejo, Parque das Nações). Organizado desde 1995, é actualmente um dos mais importantes festivais portugueses. Para além destes, existe também o Hype@Tejo, um festival de música electrónica, que ocorre todos os anos perto da Torre de Belém.
Rock in Rio
O Rock in Rio é um festival de música originalmente organizado no Rio de Janeiro, de onde vem o nome, que rapidamente se tornou um evento de repercussão mundial e, em 2004, teve a sua primeira edição internacional em Lisboa. Ao longo da sua história, teve 7 edições, três no Brasil, três em Portugal e uma em Espanha. Em 2008, foi realizado pela primeira vez em dois locais diferentes, Lisboa e Madrid, e há intenções em organizar uma edição simultânea em três continentes diferentes. [22] Em 2010, Lisboa voltará a receber o Festival. [23]
Dança
Lisboa acolhe a Companhia Nacional de Bailado, criada em 1977, companhia estatal e única com uma programação de dança clássica e contemporânea em Portugal. Após a Expo'98, a CNB tornou-se residente do Teatro Camões, no Parque das Nações. Conta com a Fundação EDP como mecenas exclusivo. Vasco Wellenkamp é o seu director artístico. A Companhia de Dança de Lisboa, CDL, fundada em 1984, tem como objectivo divulgar e descentralizar a dança, ensinando as diferentes técnicas de dança em aulas abertas à população a partir dos 3 anos de idade. Cria e apresenta espectáculos com particular atenção aos temas da cultura portuguesa, a nível nacional e internacional. [24].
Teatro
Principais companhias de teatro em Lisboa:
- Teatro da Comuna - Teatro de pesquisa
- Teatro da Cornucópia
- Teatro da Garagem
- Teatro Meridional
- Teatro Praga
- Novo Grupo (Teatro Aberto)
- Sensurround
Festivais de Cinema
A cidade de Lisboa é palco de alguns festivais, como o IndieLisboa, um festival internacional de cinema alternativo e independente. O festival é organizado pela associação cultural Zero em comportamento, e conta já com 5 edições desde 2003. No longo do Outono volta o cinema com o DocLisboa (festival internacional de documentário), o Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa além do Festival "Temps d'Images".
Santo António
Lisboa possuí um feriado municipal, o 13 de Junho, Dia de Santo António[25]. As festas em honra de Santo António de Lisboa, acontecem em toda a cidade e bairros típicos, como Alfama, Madragoa, Mouraria, Castelo e outros, são enfeitados com balões e arcos decorativos. Neles há arraiais populares, locais engalanados onde se comem sardinhas assadas na brasa, Caldo Verde (uma sopa de couve cortada aos fiapos) e se bebe vinho tinto. A Noite de Santo António, como é popularmente designada, é a festa que começa logo na noite do dia 12. Todos os anos a cidade organiza nesta noite as marchas populares[26], grande desfile alegórico que desce a Avenida da Liberdade (principal artéria da cidade), no qual competem os diferentes bairros, um pouco à maneira das escolas de samba, numa espécie de carnaval português. Um grande fogo de artifício costuma encerrar o desfile. Os rapazes compram um manjerico (planta aromática) num pequeno vaso, para oferecer à namorada, o qual traz uma bandeirinha com uma quadra popular, por vezes brejeira ou jocosa.
Santo António é conhecido como santo casamenteiro, por isso a Câmara Municipal de Lisboa costuma organizar, na Sé Patriarcal de Lisboa, o casamento de jovens noivos de origem modesta, todos os anos no dia 13 de Junho[27]. São conhecidos por 'noivos de Santo António', recebem ofertas do município e também de diversas empresas, como forma de auxiliar a nova família. Esta tradição dos casamentos de Santo António, começou em 1958[27]. Já as marchas surgiram em 1932[28].
Natal e Ano Novo
Todos os anos, de 25 de Novembro a 7 de Janeiro, Lisboa é iluminada por milhões de pequenas luzes. Em 2004, ergueu a Maior Árvore de Natal da Europa. Inicialmente colocada em Belém, passou para o Terreiro do Paço em 2005 e 2006, então com 76 metros de altura, equivalentes a um prédio de 30 andares. Pelas ruas da Baixa, é normal ver-se várias atracções natalícias, como espetáculos de música, um Pai Natal, etc (animação de rua). [29] [30]
No Ano Novo, são comuns as festas por toda a cidade. A televisão costuma exibir vários programas em directo, e a festa principal da cidade realiza-se no Terreiro do Paço, com vários concertos e um mega espetáculo pirotécnico à meia noite em ponto (além do Terreiro do Paço, existem vários pontos de lançamento de engenhos pirótecnicos espalhados por Lisboa). [31] [32]
Carnaval
O Carnaval em Lisboa é festejado principalmente nas escolas. Algumas escolas organizam desfiles, que percorrem algumas ruas da cidade (principalmente a Rua Augusta). Nas instituições recreativas e, no Bairro Alto também se pode admirar festas relacionadas com o Carnaval.[33]
Expo 98
A EXPO'98, cujo tema foi "Os oceanos: um património para o futuro", realizou-se em Lisboa de 22 de Maio a 30 de Setembro de 1998. Atraiu cerca de 11 milhões de visitantes e foi considerada pelo BIE (o organismo internacional que elege as cidades a receberem as exposições) como a melhor Exposição Mundial de sempre. A zona escolhida foi o limite oriental da cidade junto ao rio Tejo. Arquitectonicamente, a Expo revolucionou esta parte da cidade: foram construídos diversos pavilhões que permanecem ao serviço dos habitantes e visitantes integrados no agora designado Parque das Nações, destacando-se o Oceanário (o maior aquário do Mundo com a reprodução de 5 oceanos distintos e numerosas espécies de mamíferos e peixes, do arquitecto Peter Chermayeff) um pavilhão de múltiplas utilizações (Pavilhão Atlântico, arquitecto Regino Cruz) e um complexo de transportes com metropolitano e ligações ferroviárias (Estação do Oriente, do arquitecto Santiago Calatrava).
Meia Maratona de Lisboa
A Meia Maratona de Lisboa realiza-se todos os anos no mês de Março, e conta com a participação de milhares de concorrentes de vários países, profissionais e amadores. Existem sempre dois estilos de provas, uma curta para amadores que não se sintam muito preparados, e uma mais longa para profissionais, e quem quiser arriscar.[34] [35] A parte principal da corrida/maratona é quando os participantes atravessam a Ponte 25 de Abril.
Moda Lisboa
A Moda Lisboa aquece o Inverno mais suave de todas as capitais europeias com vários desfiles de moda, onde vários criadores portugueses e estrangeiros mostram as suas tendências. [36]
Gastronomia
A gastronomia de Lisboa está influenciada pela sua proximidade do mar. Especialidades tipicamente lisboetas são as pataniscas de bacalhau e os peixinhos da horta. Também se pode desfrutar das saborosas sardinhas (principalmente nas épocas festivas, como no Santo António). O famoso Bife à Café, é outro "ex.líbris" alimentar da capital. O doce mais famoso de Lisboa, é o Pastel de Nata, cujos mais famosos são os de Belém, que são feitos numa antiga fabrica na Freguesia de Belém.[1] Reza a lenda, que há mais de 500 anos, uma cozinheira, não tinha ingredientes suficientes para fazer um doce, e que resolveu inventar, ai nasceram os Pastéis de Belém. Foram fabricados durante anos no Mosteiro dos Jerónimos, em Belém, só há poucos anos é que mudaram o seu local de fabricação.
Desporto
O futebol é o desporto mais popular de Lisboa. Os clubes de futebol mais destacados são o Sport Lisboa e Benfica (SLB) e o Sporting Clube de Portugal (SCP), conhecidos apenas por Sporting e Benfica. Estes clubes jogam nas mais altas modalidades desportivas nacionais e internacionais:
- O Benfica, cujo estádio é o Estádio da Luz, com 65 mil lugares sentados, já ganhou a Liga dos Campeões da UEFA, o segundo título mais prestigioso na Europa e participa na Champions League, chegando várias vezes à final. Os seus jogadores mais famosos são Eusébio, Rui Costa, Nuno Gomes e Simão Sabrosa.
- O Sporting joga no Estádio José Alvalade (Século XXI), com uma capacidade para 52.000 pessoas e o único em Portugal distinguido com 5 estrelas pela UEFA. Já ganhou a Recopa da Europa uma vez e foi finalista da Copa da UEFA. Os seus jogadores mais famosos são Luís Figo e Cristiano Ronaldo, ambos distinguidos como "Melhor Jogador Do Mundo" pela FIFA e "Bota de Ouro".
Outro clube desportivo importante é o Belenenses, com uma grande tradição no desporto português. O Belenenses é a terceira equipa de futebol da cidade, jogando no Estádio do Restelo e competindo na SuperLiga. Porém, atrás dos clubes anteriores, com um número de sócios muito inferior.
O futebol de salão é provavelmente o segundo desporto mais popular da capital, havendo quatro equipas na Primeira Liga. Os três grandes clubes da cidade possuem equipas profissionais. O basquetebol profissional tem cada vez mais seguidores. Belenenses, Benfica e Sporting possuem equipas profissionais, jogando na primeira divisão, e Lisboa foi a sede do Mundial Masculino de Basquetebol de 2003, disputado no Pavilhão Atlântico. Outro desporto popular é o hóquei: a Selecção Portuguesa de Hóquei ganhou vários torneios e obteve um grande apoio dos cidadãos. Na cidade, praticam-se muitos outros desportos, com destaque para os desportos náuticos, como vela e remo, mas também golf, ciclismo, etc.
As principais instituições desportivas lisboetas além das referidas são: Ginásio Clube Português, Associação Naval de Lisboa, Clube Naval de Lisboa, Casa Pia Atlético Clube, Atlético Clube de Portugal, CDUL - Rugby, Grupo Desportivo de Direito, Cidade Universitária desportiva.
Futebol em Lisboa
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Outros eventos
Lisboa, é também palco de outros inúmeros eventos culturais. O Lisbonarte, consiste em várias exposições de artes plásticas nas galerias de arte lisboetas. Vários artistas expõem os seus trabalhos ao público. [37] No teatro, a Mostra de Teatro Jovem consiste na representação de várias peças teatrais, pelos futuros artistas.
Na literatura, a Feira do Livro de Lisboa, um certame que se realiza anualmente desde Maio de 1930 em Lisboa. A Feira decorre, em geral, nos últimos dias de Maio. A sua localização actual é o Parque Eduardo VII.
Outros eventos incluem, o Festival dos Oceanos, ocorre todos os anos em Agosto, no Parque das Nações; o Experimentadesign, um mega festival de design realizado de dois em dois anos em Setembro; e a LisboaPhoto, uma exposição, onde vários fotógrafos podem expor as suas fotos ao público.
Desde 2006, que se realiza em Lisboa, um evento dedicado exclusivamente à Luz (um evento bianual), o Luzboa. Pela cidade são espalhados vários focos de várias cores, que criam um grandioso efeito. Bairro Alto, Baixa, Avenida, são alguns dos locais que recebem este espetáculo.[38]
Durante 44 anos, Lisboa foi na maior parte das vezes a sede do Festival RTP da Canção, festival este que serve para eleger um representante, que irá representar o país, noutro país europeu, vencedor da edição anterior do Festival Eurovisão da Canção.
Espaços públicos e museus
Museus
Entre os museus destacam-se o Museu Nacional de Arte Antiga, com uma das mais importantes colecções de pintura medieval mundiais, o Museu Nacional dos Coches, o mais visitado do país, com a maior colecção de coches do mundo, o Museu Calouste Gulbenkian com uma colecção de seis mil peças de arte antiga e moderna, e o Oceanário de Lisboa, com a sua impressionante colecção de espécies vivas.
Parques e Jardins
Existem em Lisboa mais de uma centena de Parques, Jardins, Quintas e Tapadas, entre eles o Parque Eduardo VII, o Parque Florestal de Monsanto, o Jardim Botânico da Ajuda, o Jardim Botânico de Lisboa, o Jardim da Estrela, a Tapada da Ajuda, entre muitos outros. O Parque Florestal de Monsanto é o maior e mais importante parque da cidade, chamado o seu "Pulmão Verde", ao ser a única grande floresta em Lisboa (as outras mais próximas são a Tapada de Mafra, a Tapada da Ajuda e a Serra de Sintra). Por sua vez, destacam-se entre os jardins o Parque Eduardo VII, o Jardim Botânico da Ajuda e o Jardim Botânico de Lisboa. O primeiro por ser a maior zona verde no centro antigo de Lisboa, e os outros dois por possuírem uma variadíssima colecção de espécies arborícolas.
Igrejas
Das numerosas igrejas que há em Lisboa destacam-se:
- Templos de outras religiões
Salas de espectáculos
Nas salas de espectáculos destacam-se o Coliseu dos Recreios, a Aula Magna da Universidade de Lisboa, o Fórum Lisboa, os auditórios da Fundação Calouste Gulbenkian, do Centro Cultural de Belém e da Culturgest, o Pavilhão Atlântico e a Praça de Touros do Campo Pequeno, para além dos diversos teatros e cinemas, entre os quais:
- Teatro Nacional de São Carlos, teatro lírico/ópera
- Teatro Nacional D. Maria II
- Teatro da Cornucópia ou Teatro do Bairro Alto
- Teatro da Comuna
- Teatro Maria Vitória
- Teatro Municipal Maria Matos
- Teatro Politeama,teatro musical de Filipe La Féria
- Teatro Taborda
- Teatro Tivoli
- Teatro da Trindade, teatro do INATEL
- Teatro São Luiz
- Teatro Villaret
Centros comerciais
Lisboa possui o maior centro comercial da Península Ibérica, o Centro Comercial Colombo. Ou, para compras mais típicas, a Baixa de Lisboa. Existem muitos outros centros comerciais nas periferia de Lisboa, como o Almada Shopping (Almada), o Oeiras Shopping (Oeiras), o Rio Sul Shopping (Seixal), o FreePort Alcochete (Alcochete) e outras áreas como Montijo, Cascais, Loures e Odivelas. Alguns dos principais são:
- Centro Comercial Colombo (Benfica)
- Centro Comercial das Amoreiras (Campolide)
- Centro Comercial Vasco da Gama (Parque das Nações)
- Atrium Saldanha (Saldanha)
- El Corte Inglés (São Sebastião)
- Olivais Shopping (Olivais)
- Alvaláxia (Campo Grande)
Bairros históricos e monumentos
O núcleo histórico de Lisboa, divide-se em bairros:
Baixa e Chiado
A Baixa Pombalina é o “coração” da capital. Foi edificada sobre as ruínas da antiga cidade de Lisboa, destruída pelo grande Terremoto de 1755. A sua edificação obedeceu a um rigoroso plano urbanístico, segundo um modelo reticular de rua/quarteirão, obedecendo à filosofia do iluminismo. A reedificação da baixa de Lisboa após o terramoto constituiu o primeiro caso de construção tipificada, normalizada e em "série" da humanidade. Os seus autores foram Manuel da Maia e Eugénio dos Santos e a decisão política deve-se ao Marquês de Pombal, ministro d'El Rei D. José I. A Baixa é também a maior zona comercial da cidade de Lisboa. Nas proximidades e com interesse histórico são ainda a Praça dos Restauradores e o Elevador de Santa Justa, projectado em finais do século XIX por Mesnier du Ponsard, suposto discípulo de Eiffel. Na baixa também se localiza a Praça do Comércio, também conhecida como Terreiro do Paço, o Rossio, ou Praça Dom Pedro V, Chiado, o Convento do Carmo e a Praça dos Restauradores
Alfama
Alfama é um dos bairros mais típicos de Lisboa, com sua arquitectura típica cidade árabe e medieval com ruas estreitas, sendo um dos poucos sítios de Lisboa que sobreviveu ao Terremoto de Lisboa de 1755. É em Alfama que se encontram a maioria das casas de Fado, onde se pode desfrutar de vários espectáculos ao vivo. Em Alfama, distinguem-se o Castelo de São Jorge, na colina mais alta do centro da cidade, a Sé de Lisboa, o Panteão Nacional e a Feira da Ladra e o Miradouro de Santa Luzia.
Bairro Alto
O Bairro Alto é um bairros típicos de Lisboa, situado no centro da cidade, acima da baixa pombalina. É uma zona de comércio, entretenimento e habitacional. Actualmente, o Bairro Alto é um lugar de “reunião” entre os jovens da cidade, e uma das principais zonas de divertimento nocturno da capital. Aqui concentram-se tribos urbanas, que possuem os seus lugares de reunião próprios. O fado, ainda sobrevive nas noites do bairro. As pessoas que visitam o Bairro Alto durante a noite são uma miscelânea de locais e de turistas.
Belém
Junto à zona ribeirinha do Tejo, a poente do centro da cidade encontra-se Belém, representante da cidade da época dos Descobrimentos. Podemos ver nesta zona duas construções classificadas pela UNESCO como Património da Humanidade: o Mosteiro dos Jerónimos, mandado construir pelo Rei D. Manuel I em 1501 e o melhor exemplo do denominado Estilo Manuelino, cuja inspiração provém dos descobrimentos, estando também associado ao estilo gótico e algumas influências renascentistas. O mosteiro custou o equivalente a 70 kg de ouro por ano, suportados pelo comércio de especiarias. Os restos mortais de Luís Vaz de Camões, autor de Os Lusíadas, repousam no Mosteiro, e também o grande descobridor Vasco da Gama. Muito perto do Mosteiro dos Jerónimos, encontra-se a Torre de Belém, construção militar de vigia na barra do Tejo, o grande ex-líbris da cidade de Lisboa e uma preciosidade arquitectónica. Para além disto, no Bélem se localiza o Padrão dos Descobrimentos, o Palácio de Belém, residência oficial do Presidente da República, o Museu Nacional dos Coches, a Igreja da Memória e o Centro Cultural de Belém
Estrela
Esta parte de Lisboa, inclui um dos parques mais famosos e antigos da capital, o Jardim da Estrela, que foi criado há mais de 100 anos, e foi inspirado pelo Hyde Park, em Londres. A Basílica da Estrela, com um estilo Barroco-Neoclássico, é a principal atracção desta zona da cidade. A Assembleia da República e o Cemitério dos Prazeres, são também outros dois pontos importantes da cidade, que se localizam neste zona da cidade.
Parque das Nações
Representante da Lisboa moderna, o Parque das Nações nasceu em 1998, para acolher a exposição mundial Expo 98 subordinada ao tema dos Oceanos. A exposição abriu a 22 de Maio de 1998, dia em que se celebraram os 500 anos da descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama. Com tudo isto, a zona oriental da cidade chamada Parque das Nações tornou-se na zona mais moderna de Lisboa e mesmo de Portugal, e Lisboa ganhou imensas estruturas, como a Torre São Rafael e Torre São Gabriel, ambas com 110 metros de altura, as mais altas estruturas de Lisboa e de Portugal). As principais atrações do bairro são: o Oceanário de Lisboa, o Pavilhão Atlântico, o Pavilhão de Portugal, a Torre Vasco da Gama, a Ponte Vasco da Gama e o Gare do Oriente, do arquitecto Santiago Calatrava.
Outros pontos de interesse
Do início do século XVIII o monumento mais significativo é o Aqueduto das Águas Livres. De referir ainda os palácios reais das Necessidades e da Ajuda, na parte Oeste da cidade. Em finais do século XIX os planos urbanísticos permitiram estender a cidade além da Baixa para o vale da actual Avenida da Liberdade. Em 1934 é construída a Praça do Marquês de Pombal, remate superior da avenida. No século XX sobressaem os extensos planos urbanísticos das Avenidas Novas, da envolvente da Universidade de Lisboa (Cidade Universitária), e da zona dos Olivais, e os mais recentes do Parque das Nações e da Alta de Lisboa, ainda em construção. Os edifícios do fim do século XX mais notáveis em termos de arquitectura, incluem, entre outros, as Torres das Amoreiras (1985, do arquitecto Tomás Taveira que também foi o autor do polémico Bairro do Condado na antiga Zona J).
Transportes e Infra-estruturas
- Pontes
Duas pontes unem a cidade à margem sul do rio Tejo: a Ponte 25 de Abril que liga Lisboa a Almada, inaugurada em 1966 com o nome de Ponte Salazar e posteriormente rebaptizada com a data da Revolução dos Cravos, e a Ponte Vasco da Gama, com 18 km de comprimento, a maior da Europa e a quarta mais longa ponte do Mundo, que liga a zona Oriental e Sacavém ao Montijo. Inaugurada em 1998 no âmbito da Expo 98, comemora também os 500 anos da chegada de Vasco da Gama à Índia. Existe já um projecto aprovado para a construção de uma terceira ponte sobre o Rio Tejo, prevista para 2013.
- Aeroporto de Lisboa
O aeroporto de Lisboa, aeroporto da Portela, situa-se a 7 km do centro, na zona nordeste da cidade. O Aeroporto da Portela (código IATA: LIS, código ICAO: LPPT) é o maior aeroporto em Portugal[39], com um volume de tráfego de cerca de 12 milhões de passageiros por ano.[40][41]. Aberto ao tráfego em 1942, o Aeroporto da Portela é servido por duas pistas e possuí dois terminais: o Terminal 1 para voos internacionais, o Terminal 2 para voos nacionais, incluindo as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
Em 2008 foi aprovada a construção de um novo aeroporto na zona do Campo de Tiro de Alcochete, na margem sul, a cerca de 40 km da cidade. A sua conclusão prevê-se para 2017, entretanto o Aeroporto da Portela permanecerá.
- Porto de Lisboa e transportes fluviais
O Porto de Lisboa é um dos principais portos turísticos europeus, paragem de numerosos cruzeiros. Está equipado com três cais para navios-cruzeiro: Alcântara, Rocha Conde Óbidos e Santa Apolónia. A cidade tem ainda várias marinas para barcos de recreio, nas docas de Belém,Santo Amaro, Bom Sucesso, Alcântara Mar e Olivais. Existe ainda uma rede de transportes fluviais, a Transtejo, que liga as duas margens do Tejo, com estações em Cais do Sodré, Belém, Terreiro do Paço e Parque das Nações, na margem norte, e Cacilhas, Barreiro, Montijo, Trafaria, Porto Brandão e Seixal, na margem sul.
- Metropolitano e comboio
A cidade dispõe de uma rede ferroviária urbana e suburbana com 9 linhas (4 de metropolitano e 5 de comboio suburbano) e 119 estações (48 de metropolitano e 71 de comboio suburbano). A exploração da rede de metro é efectuada pela Metropolitano de Lisboa[42][43] e a rede ferroviária suburbana pela Caminhos de Ferro Portugueses[44] (linhas de Azambuja, Cascais, Sintra e Sado) e pela Fertagus (linha do eixo norte sul, entre Roma-Areeiro e Setúbal). As principais estações do caminho de ferro são: Oriente, Rossio, Cais do Sodré e Santa Apolónia. Construída por altura da Expo 98, a Gare do Oriente é uma das principais estações terminais e interfaces de transportes de Lisboa. Por aqui passam comboios, o metropolitano, autocarros e táxis. A estação, com uma notável arquitectura de vidro e colunas aço a lembrar palmeiras, foi desenhada pelo arquitecto Santiago Calatrava. Mesmo em frente, situa-se o Parque das Nações, e a estação possuí ligação ao Centro Comercial Vasco da Gama.
- Eléctricos e elevadores
Com a sua cor amarela característica, os eléctricos são o transporte tradicional no centro da cidade. São explorados pela Carris, assim como os vários elevadores que galgam as colinas de Lisboa: elevador da Bica, elevador da Glória, elevador do Lavra e elevador de Santa Justa.
- Transportes rodoviários
A exploração dos autocarros está também a cargo da empresa Carris[45]. Existe ainda o Terminal Rodoviário de Lisboa, um dos mais importantes do país, onde partem e chegam todos os dias dezenas de autocarros com os mais variados destinos nacionais e internacionais. Os táxis também são muito comuns na cidade, sendo actualmente de cor creme, muitos mantêm ainda as cores emblemáticas dos táxis antigos: preto e verde. Existem várias praças de táxis e circulam centenas de táxis por toda a cidade.
Apesar da rede de transportes, todos os dias se deslocam para Lisboa mais de 3 milhões de automóveis. Lisboa e a sua área metropolitana são atravessadas por duas auto-estradas circulares, uma exterior e outra interior - a CRIL, Circular Regional Interior de Lisboa e a CREL,Circular Regional Exterior de Lisboa, ou A9. As principais auto-estradas que ligam a cidade à envolvente são as A1 (em direcção a norte, por Vila Franca de Xira), A8 (também para norte, via Loures), A5 (em direcção a oeste, até Cascais), A2 (para sul, por Almada) e A12 (para leste, por Montijo). As principais auto-estradas que ligam a cidade ao resto do país são :
- A1 que vem de este, de Vila Franca de Xira
- A2 que vem do Sul, de Almada
- A5 que vem do oeste, de Cascais
- A8 que vem do norte, de Loures
- A9 ou mais conhecida como C.R.E.L.
- A10 que vem do norte, do Carregado
- A12 que vem do sul, de Montijo
- A36 ou mais conhecida como C.R.I.L
- IP7 Ligação norte-sul, que atravessa a cidade
Lisboetas (Alfacinhas) ilustres
A origem do termo Alfacinhas é incerta. Há quem explique que nas colinas da Lisboa primitiva verdejavam as alfaces, "plantas hortenses utilizadas na culinária, na perfumaria e na medicina" cujo nome árabe poderá indicar o seu cultivo aquando da ocupação da cidade pelos mouros. Há também quem sustente que, num dos cercos de que a cidade foi alvo, os habitantes da capital portuguesa tiveram como alimento principal as alfaces das suas hortas. O certo é que a palavra ficou consagrada e que os grandes da literatura portuguesa habituaram-se a tomar alfacinha por lisboeta.[46] Em baixo é possível observar uma pequena lista das personalidades mais importantes, nascidas na cidade de Lisboa, em vários tipos de actividades:
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Geminações
Lisboa tem acordos de parceria com várias cidades e tem múltiplos acordos como cidade gémea (português europeu) ou cidade-irmã (português brasileiro) com as seguintes cidades[47]:
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Referências
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- ↑ Artigo segundo da lei nº 14.471/2007, lei disponivel no Wikisource.
- ↑ 14807 «Lista de hermanamientos y convenios» Verifique valor
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(ajuda) (PDF) (em espanhol). Consultado em 2 de janeiro de 2009 - ↑ «Commune de Tunis - Mairie Coperation» (em francês). Consultado em 2 de janeiro de 2009
- ↑ «Secretaria de Relações Internacionais: Cidades-irmãs». Prefeitura Municipal de Salvador. Consultado em 2 de janeiro de 2009.
- ↑ «Geminações». Consultado em 2 de janeiro de 2009
Bibliografía
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- DE MELLO, JOÃO (2005). COMO VISITAR LISBOA. [S.l.]: Lisboa, Infoportugal S.A. ISBN 972-8757-02-6
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- José-Luis Sainz Guerra, (Coord.), "La remodelación de la ciudad europea", Valladolid, 2007, ISBN 978-84-8448-417-2, Publicações da Universidade de Valladolid
Ver também
- Bandeira de Lisboa
- Brasão de Lisboa
- História de Lisboa
- Anexo:Lista de arruamentos de Lisboa
- Rio Tejo
- Sete Colinas de Lisboa
- Terramoto de 1755
Ligações externas
- «Câmara Municipal de Lisboa»
- «Associação de Turismo de Lisboa»
- «visitportugal.com: Região Lisboa - informações turísticas» (site oficial do MEI)
- Lisboa no Wikitravel
- «Alfama e Castelo» (em inglês)
- «Freguesias»
- «Guia de Lisboa» (em inglês)
- «Cultura em Lisboa» (em inglês)
- «Portal Lisboa»