1.ª Região Militar
1.ª Região Militar | |
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Brasão | |
País | Brasil |
Corporação | Exército Brasileiro |
Subordinação | Comando Militar do Leste |
Sigla | 1.ª RM |
Criação | 1891 |
Comando | |
Comandante | Gen Div Carlos Duarte Pontual de Lemos[1] |
Comandantes notáveis |
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Sede | |
Sede | Rio de Janeiro - Rio de Janeiro |
Página oficial | Página oficial |
A 1.ª Região Militar (1.ª RM) é uma das doze regiões militares do Exército Brasileiro, sediada na cidade do Rio de Janeiro e subordinada ao Comando Militar do Leste, com jurisdição sobre os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Ela é também conhecida como Região Marechal Hermes da Fonseca, homenagem ao Presidente Hermes Rodrigues da Fonseca, que foi comandante dessa Região entre 1904 e 1906.[2]
História
[editar | editar código-fonte]A origem histórica da 1.ª RM remonta à criação do 4.º Distrito Militar, em 1891, quando o território brasileiro foi dividido em sete Distritos Militares, ficando as Forças Terrestres existentes na Capital Federal e nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo diretamente subordinadas ao Ajudante-Geral do Exército.[2] Nas diversas reorganizações da ordem de batalha nesse período, as forças sediadas no Distrito Federal passaram à 9.ª Região de inspeção permanente, em 1908,[3] 5.ª Região Militar, em 1919,[4] e à denominação atual de 1.ª Região Militar em 1919.[2]
Na época, seu comando era unificado ao da 1.ª Divisão de Infantaria,[5] e portanto, à liderança operacional no Rio de Janeiro, uma das regiões de maior concentração militar do país. Politicamente importante, o comando era entregue a oficiais bem relacionados e confiáveis. Um de seus comandantes, o general Hermes da Fonseca, realizou em 1905 as primeiras grandes manobras em campo do Exército desde o início da República, atraindo grande atenção da imprensa e revelando deficiências operacionais que seriam abordadas nas reformas militares do período.[6]
Organização
[editar | editar código-fonte]A 1.ª RM está sediada no município do Rio de Janeiro e possui jurisdição sobre os estados de Rio de Janeiro e Espírito Santo.[7]. Ela tem funções administrativas e de apoio logístico, com pouca ou nenhuma responsabilidade operacional. Ela trata da alimentação, gestão de materiais, parte do processo do serviço militar obrigatório, saúde, gestão de inativos e pensionistas e fiscalização de produtos controlados na sua jurisdição, além de comandar 17 Tiros de Guerra no Rio de Janeiro e Espírito Santo.[8] Seu efetivo de inativos, pensionistas e anistiados políticos é o maior do país, 65.700 pessoas de um total nacional de 205.571 em 2012. Muitos dos beneficiários das pensões nem mesmo residem no Rio de Janeiro ou Espírito Santo.[9] O Hospital Central do Exército, subordinado à 1.ª RM, é a maior organização de saúde do Exército.[10]
1.ª Região Militar
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Referências
- ↑ «Galeria de Comandantes da 1ª RM». Visitado em 5 de maio de 2024
- ↑ a b c «Histórico da 1ª Região Militar». Consultado em 9 de abril de 2017
- ↑ BRASIL, Lei nº 1.860, de 1908. Regula o alistamento e sorteio militar e reorganiza o Exercito.
- ↑ BRASIL, Decreto 11.497, de 23 de fevereiro de 1915. Faz a remodelação do Exercito Nacional.
- ↑ «Histórico da 1ª DE». 1ª Divisão de Exército. 10 de novembro de 2020. Consultado em 15 de novembro de 2023
- ↑ McCann, Frank (2009). Soldados da Pátria: história do Exército Brasileiro, 1889–1937. Traduzido por Motta, Laura Pereira. Rio de Janeiro e São Paulo: Biblioteca do Exército e Companhia das Letras. p. 139, 224, 264.
- ↑ «Área geográfica da 1ª Região Militar». Consultado em 9 de abril de 2017
- ↑ Lins, Dimitrius França (2019). Destinação de sucatas militares para a indústria siderúrgica, por meio de mini-mills (PDF) (Dissertação). Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. p. 49-50.
- ↑ Coelho, Cláudio Domingues. Implantação do Sistema de Gestão de Atendimentos na Seção do Serviço de Inativos e Pensionistas no âmbito do Exército Brasileiro (PDF) (Bacharelado em Administração Pública). p. 2.
- ↑ Moreira, Pedro Henrique Della Garza Oiticica; et al. (2022). «How did the Brazilian military used to get sick before Covid-19? An analysis of the hospitalization profile of the active-duty personnel in the Brazilian Army Central Hospital from 1998 to 2018». Research, Society and Development. 11 (14) . p. 3.
- ↑ «OM subordinadas». 1ª Região Militar. 6 de janeiro de 2023. Consultado em 15 de novembro de 2023
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Informações sobre a 1.ª RM na página do Exército Brasileiro». www.exercito.gov.br