A Capital (periódico português, 1968)
Foram assinalados vários problemas nesta página ou se(c)ção: |
A Capital (periódico português, 1968) | |
---|---|
Periodicidade | Diário |
Sede | Lisboa |
Fundação | 1910 (115 anos) |
Proprietário | Prensa Ibérica (em 2005) |
Circulação | 3.614 (2005)[1] |
A Capital (segunda série) foi um jornal vespertino de publicação a nível nacional que se publicou entre 21 de fevereiro de 1968[2] e 30 de julho de 2005,[3] tendo restringido o universo da sua distribuição apenas aos distritos de Lisboa, Santarém e Leiria em 2000,[4] e passando a matutino em 2001.[5]
História
[editar | editar código-fonte]Primeiras décadas
[editar | editar código-fonte]O jornal nasce de uma cisão no Diário de Lisboa, e quando saiu a primeira edição a 21 de Fevereiro de 1968, era segundo dizia na primeira página, continuidade, invocando a tradição do jornal fundado a 1 de Julho de 1910,[6] por Manuel Guimarães, que teve na sua breve existência como colaboradores André Brun e Júlio Dantas.
A Capital (segunda série), publicada a partir de finais dos anos sessenta, era um jornal da tarde não ligado ao regime, afoito, gerido como uma cooperativa de jornalistas, algo nunca visto, tendo à frente Norberto Lopes, diretor, e Mário Neves, diretor adjunto.
Conheceu em 1971 um novo fôlego sob a direção de Manuel José Homem de Mello e a chefia de redação a cargo de Rudolfo Iriarte, que também viria a ser diretor mais tarde, Cáceres Monteiro, e Manuel Beça Múrias.[7] Apoiado na cobertura da atualidade e da reportagem, era um jornal de qualidade que chegou a atingir os 40 mil exemplares, representando 39 por cento de tiragens.[5] Durante os anos que se seguiram à revolução de Abril, à qual sobreviveu incólume, teve como diretores David Mourão-Ferreira e Francisco Sousa Tavares.
Período pós-privatização
[editar | editar código-fonte]Em 1988 o título, seguindo a senda das privatizações, é comprado por Francisco Pinto Balsemão e a direção entregue a Helena Sanches Osório. Não conseguindo alcançar o êxito, A Capital passa a mãos do grupo Prensa Ibérica, liderado por António Matos, que se colocou à frente do projeto, acabando por se converter em matutino.[8] Luís Osório, em 2005, é o último diretor antes do jornal fechar definitivamente, em queda de vendas.[1][9]
Referências
- ↑ a b «Luís Osório deixa direcção do jornal "A Capital"». Jornal Público. 24 de junho de 2005
- ↑ Miguel Gaspar (31 de julho de 2005). «Um velho jornal da tarde que se perdeu de manhã». Diário de Notícias. Consultado em 2 de fevereiro de 2015. Arquivado do original em 5 de fevereiro de 2015
- ↑ Isabel Ferin, Clara Almeida Santos, Willy Filho e Ilda Fortes. Media, Imigração e Minorias Étnicas 2005-2006. [S.l.]: ACIDI, I.P. ISBN 9789898000460. Consultado em 2 de fevereiro de 2015
- ↑ «Classificação da publicação periódica "A Capital"». Entidade Reguladora para a Comunicação Social. 23 de Agosto de 2000
- ↑ a b Rocha, João Manuel (30 de dezembro de 2001). «Mudança d' "A Capital" deixou Portugal sem jornais da tarde». PÚBLICO. Consultado em 16 de junho de 2024
- ↑ «A Capital». arqnet.pt. Consultado em 16 de maio de 2024
- ↑ «A segunda morte de A Capital». publico.pt. Consultado em 16 de maio de 2024
- ↑ Rodrigues, Sofia (25 de novembro de 1999). «Balsemão abandona "A Capital"». PÚBLICO. Consultado em 16 de junho de 2024
- ↑ «Luís Osório deixa direcção de 'A Capital'». Diário de Notícias. Consultado em 16 de junho de 2024