Antonio María Claret
Antonio María Claret | |
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Santo da Igreja Católica | |
Arcebispo emérito de Cuba Fundador da Congregação dos Claretianos | |
Atividade eclesiástica | |
Congregação | Claretianos |
Diocese | Arquidiocese de Santiago de Cuba |
Nomeação | 20 de maio de 1850 |
Predecessor | Cirilo Alameda y Brea, O.F.M. |
Sucessor | Manuel María Negueruela Mendi |
Mandato | 1850 - 1859 |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 13 de junho de 1835 |
Nomeação episcopal | 20 de maio de 1850 |
Ordenação episcopal | 6 de outubro de 1850 por Llucià Casadevall i Duran |
Lema episcopal | Caritas Christi urget nos |
Nomeado arcebispo | 20 de maio de 1850 |
Brasão arquiepiscopal | |
Santificação | |
Beatificação | 25 de fevereiro de 1934 Vaticano por Papa Pio XI |
Canonização | 7 de maio de 1950 Basílica de São Pedro, Roma por Papa Pio XII |
Veneração por | Igreja Católica |
Festa litúrgica | 24 de outubro |
Dados pessoais | |
Nascimento | Sallent, Catalunha 23 de dezembro de 1807 |
Morte | Abadia de Fontfroide, Narbona 24 de outubro de 1870 (62 anos) |
Nome nascimento | Antoni María Claret i Clará |
Nacionalidade | espanhol |
Sepultado | Igreja dos Missionários Claretianos em Vic |
dados em catholic-hierarchy.org Categoria:Igreja Católica Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
Antonio María Claret (em catalão: Antoni María Claret i Clará; Sallent, Catalunha, 23 de dezembro de 1807 – Abadia de Fontfroide, Narbona, 24 de outubro de 1870) foi um sacerdote católico espanhol, arcebispo de Cuba, fundador da ordem dos padres Claretianos, também conhecida como Congregação dos Filhos do Imaculado Coração de Maria (Cordis Mariae Filius - C.M.F.) em 1849.
Vida
[editar | editar código-fonte]Chegou a ser um excelente trabalhador de tear, que aprendeu a usar na fábrica de seu pai e posteriormente em Barcelona. Um dia quando assistia à missa escutou as palavras do Evangelho: De que aproveita ao homem ganhar todo o mundo, se finalmente perde a sua alma?, o que lhe causou uma profunda impressão (Autobiografia, 68). Diante desta impressão busca conselho com o Padre Pablo Amigó da Congregação do Oratório de São Filipe Néri. A princípio queria ser cartuxo, mas por diferentes sinais decide não ingressar nesta ordem religiosa.
Ordenou-se sacerdote em 1835, em Solsona. Em 1850 foi sagrado Arcebispo de Cuba. Ali criou diversas instituições para apoiar o desenvolvimento humano, principalmente dos mais pobres. Contribuiu para o desenvolvimento agrícola da ilha, e fez da regeneração moral sua missão, combatendo o concubinato impondo praticas de segregação na procura de evitar casamentos interraciais, dessa forma uma das vitimas dessa política atentou contra o Arcebispo (ver: Stolcke, Verena (1992), Racismo y sexualidad en la Cuba colonial, Madrid, Alianza). Mesmo sendo questionado e gerado grandes inimigos, ele mesmo se refere na sua autobiografia de haver sentido um grande gozo ter tido a oportunidade de derramar o próprio sangue por praticar o que Cristo pregava (Autobiografia, 577).
Em Cuba visitou todas as cidades e vilas, crismou 100 mil pessoas e casou 9 mil casais.
De volta à Espanha, foi nomeado arcebispo de Trajanópolis ("in partibus infidelium") e confessor de Isabel II de Espanha. Defendeu a infalibilidade do papa no Concílio Vaticano I. Ao estalar a Revolução de setembro 1868 na Espanha refugia-se no mosteiro cisterciense de Fontfroide (França). Na sua tumba está escrito o seguinte epitáfio: "Amei a justiça, aborreci a iniquidade, por isso morro no desterro".
Com a rainha espanhola esteve também em Lisboa, em dezembro de 1866. E aí, depois de pregar em várias igrejas da capital, foi agraciado pelo rei D. Luís I de Portugal com a Grã-Cruz da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.[1]
Os seus restos mortais hoje são venerados na Igreja dos Missionários Claretianos em Vic, a primeira Casa da Congregação fundada por ele em 1849.
Escritos
[editar | editar código-fonte]Antonio María Claret escreveu a narração da sua vida por ordem expressa do Pe. José Xifré. Começou a escrevê-la nos finais de 1861 e a concluiu em 21 de maio de 1862. Está dividida em três partes, que abarcam desde o seu nascimento até maio de 1862. Posteriormente, escreveu uma "continuação" que abrange os anos de 1862 a 1865.
Foi beatificado em 1934 pelo Papa Pio XI e canonizado pelo Papa Pio XII, no dia 7 de maio de 1950. Sua festa é celebrada no dia 24 de outubro.