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Armazéns do Chiado

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Armazéns do Chiado

Armazéns do Chiado
Localização Lisboa, Portugal
Proprietário CRI - Commerz Real Investmentgesellschaft MBH
Administração Multi Portugal
Números
Lojas 52
Área locável 13.976 m²
Página oficial www.armazensdochiado.com

Os Armazéns do Chiado, também referidos como Palácio Barcelinhos ou Grandes Armazéns do Chiado, são um edifício de comércio localizado na confluência da Rua do Carmo com a Rua Nova do Almada e a Rua Garrett, dando, na fachada oeste, para a Rua do Crucifixo, na freguesia de Santa Maria Maior, Lisboa.[1]

O edifíco atual, é resultado da reabilitação dos Grandes Armazéns do Chiado, destruídos pelo Incêndio do Chiado de 1988. Atualmente o centro comercial conta com cerca de 50 lojas e restaurantes, numa área bruta locável de 13.976 m².[2][3][4]

Os Armazéns do Chiado encontram-se incluídos na classificação da Lisboa Pombalina.[1]

Desde 1279 existia neste local uma antiga casa chamada de Espírito Santo da Pedreira, irmandade de nobres e mercadores judeus que promoviam a associação e a entreajuda financeira. A denominação Pedreira advém do facto de no local se encontrar uma grande rocha que descia sobre o vale até ao que hoje se chama Baixa de Lisboa.

Tanto a casa, como o hospital da irmandade Espírito Santo da Pedreira e o espaço conventual adjacente se situavam na confluência da actual Rua Garrett com a Rua Nova do Almada tendo sofrido durante o século XVII diversas obras de reconstrução.

Com o Terramoto de 1755 o convento ficou em ruínas, pelo que a comunidade de religiosos foi transferida para o Convento das Necessidades até as obras ficarem concluídas. Como o regresso dos religiosos não ocorreu, passou o edifício a ter outras utilizações: primeiro o Palácio Barcelinhos e logo os Grandes Armazéns do Chiado. Estes últimos nasceram em 1894 e trouxeram a Lisboa um comércio cosmopolita que existia em Paris com um espaço comercial amplo e variado, desde a confecção e perfumaria e até à ourivesaria.

O empresário Nunes dos Santos foi proprietário dos Armazéns do Chiado na primeira metade do séc. XX.[5][6]

Os Grandes Armazéns tornaram-se num local de sucesso e de referência para o comércio, ostentando a divisa "Ganhar pouco, servindo bem o público". Assim aconteceu por quase um século, tendo dado emprego a muita gente e servido muitos milhares de clientes.

O incêndio de 25 de Agosto de 1988 destruiu por completo o espaço, pondo termo a uma situação de falência técnica iminente e deixando umas centenas desempregados. O incêndio trouxe à luz do dia, no esventrado espaço, as antigas dependências do Convento do Espírito Santo onde se situavam o refeitório e arrecadações dos Armazéns.

O projecto "Grandes Armazéns do Chiado" desenvolve-se a partir de 1995, segundo o projecto de 1989 do arquitecto Álvaro Siza Vieira.

Reabilitada a estrutura e fachada exterior, o espaço foi reconvertido num moderno centro comercial, jamais augurando no entanto o êxito e a importância que os Armazéns gozaram antigamente.

  • SANTANA, Francisco e SUCENA, Eduardo (dir.), Dicionário da História de Lisboa, 1.ª ed., Sacavém, Carlos Quintas & Associados – Consultores, 1994, pp. 351–353.
  • FRANÇA, José Augusto, Lisboa Pombalina e o Iluminismo, 3ª ed., Lisboa, Bertrand Editora, 1987, p. 189.
  • Caminhos e Identidades da Modernidade. 1910, o edificio Chiado em Coimbra, Museu Municipal, Camara municipal de Coimbra, 2010
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Referências

  1. a b Ficha na base de dados SIPA
  2. «Armazéns do Chiado. A modernidade chegou há 20 anos». Dinheiro Vivo. Consultado em 21 de janeiro de 2020 
  3. «Armazéns do Chiado fazem 20 anos e celebram com muitos descontos». NiT. Consultado em 21 de janeiro de 2020 
  4. Moreira, António Vasconcelos (5 de novembro de 2019). «Sucesso dos Armazéns do Chiado (também) explica a subida do preço das casas no centro histórico da cidade». O Jornal Económico. Consultado em 21 de janeiro de 2020 
  5. «Estação de São Pedro do Estoril». Comboios de Portugal. Consultado em 2 de Maio de 2016. Cópia arquivada em 14 de novembro de 2013 
  6. «Linhas Portuguesas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 39 (932). 313 páginas. 16 de Outubro de 1926. Consultado em 23 de Junho de 2013