Azambuja (freguesia)
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Freguesia | ||||
Pelourinho da Azambuja | ||||
Símbolos | ||||
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Gentílico | Azambujense | |||
Localização | ||||
Localização de Azambuja em Portugal | ||||
Coordenadas | 39° 04′ 07″ N, 8° 52′ 09″ O | |||
Região | Oeste e Vale do Tejo | |||
Sub-região | Lezíria do Tejo | |||
Distrito | Lisboa | |||
Município | Azambuja | |||
Código | 110304 | |||
Administração | ||||
Tipo | Junta de freguesia | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 83,4 km² | |||
População total (2021) | 8 257 hab. | |||
Densidade | 99 hab./km² | |||
Código postal | 2050 | |||
Outras informações | ||||
Orago | Nossa Senhora da Assunção |
A Freguesia de Azambuja é uma freguesia portuguesa do Município da Azambuja com 83,4 km² de área[1] e 8257 habitantes (censo de 2021)[2], tendo, por isso, uma densidade populacional de 99 hab./km².
História
[editar | editar código-fonte]Foi batizada de "Vila Franca" em 1200 na Carta de Doação e Povoamento, quando D. Sancho I a concedeu em honra ou mercê perpétua ao seu 1.º senhor D. Rolim e aos seus companheiros de cruzada vindos da região da Flandres, que não fez subsumir a designação árabe ou moçárabe já cimentada "zambuja" ou "azabuja" que queria dizer em árabe “oliveira brava” ou zambujeiro.
Será o seu alcaide e senhor D. Rui Fernandes e sua mulher, D. Elvira Esteves que de comum acordo com os moradores, produzem por contrato o primeiro instrumento regulador da vida da comunidade da Vila e seu termo, a 17 de maio de 1272. Este instrumento vigorará até que em 17 de janeiro de 1513 D. Manuel lhe concede "foral novo", cabendo desde o início ao Senhorio da Vila a apresentação dos magistrados municipais, como estava estipulado nas Ordenações para os juízes ouvidores. Só em 1801 a nomeação do juiz de fora competirá ao tribunal superior do Desembargo do Paço.
De concelho mono paroquial até quase meados do século XIX, acaba esse mesmo século territorialmente unificado e como hoje o conhecemos.
Delimitado desde o século XII, o território da freguesia tem a peculiaridade de concentrar duas realidades geomorfológicas distintas e socioeconomicamente complementares, cuja fronteira artificial, é a linha do caminho de ferro. Para Norte, o “bairro” ou charneca de minifúndio ou pequena propriedade, com povoamento concentrado disperso, salvo a relativamente grande concentração urbana da Vila e, a Sul a grande propriedade na fértil planície da lezíria ou “campo”, que tem no grande Tejo o seu limite natural.
A urbanidade da Vila apresenta uma racionalidade funcional que sabiamente foi sendo implementada no tempo e no espaço, com os principais arruamentos e vias de circulação pública urbana na longitudinal Nascente-Poente, que se interligam por travessas e escadarias que vencem os naturais declives topográficos até aos pontos mais altos, como o esporão natural do Alto da Torre. Esta estruturação urbana, justifica que os essenciais serviços, comércio e monumentos se localizem na antiga Rua Direita, que conduzia à Praça, Paços do Concelho e Matriz (Rua Eng. Moniz da Maia e Rua Vítor Cordon, atual), como são o Marco da Légua, o Pelourinho, a Igreja Matriz e a Igreja da Misericórdia e Hospital do Espírito Santo. Agradavelmente pedonável, podemos dizer que na Azambuja histórica, cada recanto tem o seu encanto.
Como era natural, a geomorfologia e a expansão urbana, resultante de vários fenómenos sociais, económicos e demográficos, fez a malha urbana contínua crescer “grosso modo” para Norte do que se intui como centro histórico. A industrialização na segunda metade do século XX, a implementação de zonas e eixos industriais, posteriormente eleita pelos serviços do ramo da distribuição comercial das grandes superfícies da Grande Lisboa, resultou num substancial e positivo aumento demográfico e consequente aumento da área habitacional.
Aos quase 8 200 residentes, todos os dias chegam e passam centenas ou milhares de pessoas que aqui trabalham ou a caminho do trabalho. Apesar do Município e da Vila de Azambuja se localizarem no extremo Oriental Norte do Distrito de Lisboa a que pertence e o mais a Ocidente na margem Norte do Tejo da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo onde se integra, dispõe e oferece acessibilidades e centralidades inquestionáveis. Estacão ferroviária terminal nas ligações suburbanas - Linha de Azambuja - fica a cerca de meia hora nos comboios regionais a Santarém no sentido Norte, tempo igual até Lisboa e Aeroporto General Humberto Delgado. A cerca de dez minutos estão os dois grandes acessos á A1, ou Autoestrada do Norte, quer se trate do nó de Aveiras de Cima como do Carregado, pela Estrada Nacional n.º 3.
A ponderação combinada de todos estes fatores, Azambuja acaba por reunir, oferecer e propiciar condições ímpares de atratividade e centralidade, constantemente e cada vez mais exigentes na promoção e desenvolvimento local, nacional e europeu.
Demografia
[editar | editar código-fonte]A população registada nos censos foi:[2]
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Distribuição da População por Grupos Etários[4] | ||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos |
2001 | 1084 | 986 | 3837 | 1007 |
2011 | 1477 | 786 | 4630 | 1297 |
2021 | 1229 | 1013 | 4412 | 1603 |
Política
[editar | editar código-fonte]A Freguesia de Azambuja é administrada por uma junta de freguesia, liderada atualmente por André Salema, eleito nas eleições autárquicas de 2021 pelo Partido Socialista. Existe uma assembleia de freguesia, que é o órgão deliberativo, constituída por 13 membros.
Nas eleições de 2021 o partido mais representado na Assembleia de Freguesia foi o PS com 5 membros, seguida da coligação Pelo Futuro da Nossa Terra (PSD/CDS-PP/MPT/PPM) com 5, do CH com 1, a CDU com 1 e o BE com 1. Esta assembleia elegeu os 5 vogais da Junta de Freguesia, todos eles do PS. A presidente da Assembleia de Freguesia é Natacha Correia do PS.[carece de fontes]
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Património
[editar | editar código-fonte]- Igreja Matriz da Azambuja ou Igreja de Nossa Senhora da Assunção
- Igreja e edifício da Misericórdia da Azambuja
- Marco de légua à entrada da Azambuja
- Pelourinho da Azambuja
- Castro de Vila Nova de São Pedro
- Palácio das Obras Novas, conhecido também por Palácio da Rainha e Mala Postal Fluvial.
Outros
[editar | editar código-fonte]Segundo o SIPA – Sistema de Informação para o Património Arquitectónico, estão também inventariados como património desta freguesia:
- Casa na Rua Cândido de Abreu, nº 33
- Casa na Rua Jaime Abreu da Mota, nº 20 -22
- Centro Infantil, Lar e Complexo Desportivo
- Correios, Telégrafos e Telefones, CTT, da Azambuja
- Escola régia da Azambuja
- Hospital da Misericórdia da Azambuja
- Jardim da Praça D. Manuel I
- Jardim Público da Azambuja
- Mercado da Azambuja
- Núcleo urbano da vila de Azambuja
- Praça de touros da Azambuja
- Quinta do Valverde
Personalidades ilustres
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013». descarrega ficheiro zip/Excel. IGP Instituto Geográfico Português. Consultado em 10 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2013
- ↑ a b Instituto Nacional de Estatística (23 de novembro de 2022). «Censos 2021 - resultados definitivos»
- ↑ Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
- ↑ INE. «Censos 2011». Consultado em 11 de dezembro de 2022