Balabitena
Balabitena (em grego: Βαλαβιτηνή; romaniz.: Balabitēnḗ) ou Balacovita (em armênio: Բալահովիտ / Բալախովիտ; romaniz.: Balahovit / Balaχovit) foi um cantão (gavar) da província (ascar) de Sofena, no Reino da Armênia.[1] Estava localizado no vale do rio Arsânias, entre os rios Eufrates e Munzur[2] e compreendia ca. 1 500 quilômetros quadrados, segundo estimativas de Cyril Toumanoff,[3] ou ca. 1 750 quilômetros quadrados segundo estimativas de Suren Eremyan.[4] Entre ca. 371 e 387, data da assinatura da Paz de Acilisena, o Império Romano adquiriu suserania sobre o distrito, que compunha um dos territórios de um Estado principesco semiautônomo (o outro território desse Estado era Corzianena[5]),[6][7] cuja história não foi registrada nas fontes armênias.[8] Sua família reinante foi omitida na Lista Militar (Զորնամակ, Zōrnamak), o documento que indica a quantidade de cavaleiros que cada uma das famílias nobres devia ceder ao exército real em caso de convocação. Cyril Toumanoff sugeriu que podia arregimentar ao menos 100 cavaleiros.[9] Em 536, com as reformas do imperador Justiniano I (r. 527–565), a dinastia local foi destituída e o distrito foi anexado à província da Armênia IV.[10]
Nome
[editar | editar código-fonte]Ao longo da Antiguidade, o distrito recebeu inúmeros nomes. Nas fontes greco-romanas é comumente referido como Balabitena (Βαλαβιτηνή, Balabitēnḗ), Clima Belabitina (Κλίμα Βελαβιτινή; Klíma Belabitinḗ), Clima Bilabetines (Κλίμα Βιλαβετινης; Klíma Bilabetinēs), Bolbena (Βολβηνη, Bolbēnē), ou Balisbiga (Βαλισβιγα). Em armênio, foi mencionado como Balacovita (Բալահովիտ / Բալախովիտ, Balahovit / Balaχovit).[11] Seu nome aparenta significar "vale de Balu",[12] o nome da principal cidade da região (mais tarde chamada Romanópolis), cujo nome remonta aos períodos assírio e urartita e deve estar associados aos povos balas / palas mencionados nos registros hititas.[13] Desde 387, o distrito foi comumente referido como Arsamósata em referência à cidade homônima. Políbio referiu-se a ele como Calopédio (Καλοπεδίων, Kalopedíōn), "planície bonita"; Estrabão como Acisena (Ακισηνη, Akisēnē); MA como Ântias, da qual derivou Antisena (Ανθισηνη, Anthisēnē); e Ptolomeu como Obordena (Οβορδηνη, Obordēnē).[11]
Referências
- ↑ Hewsen 1992, p. 59-59A, 250, 253, 297.
- ↑ Toumanoff 1963, p. 138, nota 240.
- ↑ Toumanoff 1963, p. 137-138, nota 240.
- ↑ Hewsen 1992, p. 156.
- ↑ Hewsen 1992, p. 313, nota 31.
- ↑ Hewsen 1992, p. 18, 292.
- ↑ Toumanoff 1963, p. 131, 137, 212.
- ↑ Toumanoff 1963, p. 172, nota 96.
- ↑ Toumanoff 1963, p. 237, nota 306.
- ↑ Hewsen 1992, p. 313, nota 27.
- ↑ a b Hewsen 1992, p. 155-156, 333.
- ↑ Hewsen 1992, p. 287.
- ↑ Toumanoff 1963, p. 172.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Hewsen, Robert H. (1992). The Geography of Ananias of Širak. The Long and Short Recensions. Introduction, Translation and Commentary. Wiesbaden: Dr. Ludwig Reichert Verlag
- Toumanoff, Cyril (1963). Studies in Christian Caucasian History. Washington: Georgetown University Press