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Burseraceae

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaBurseraceae

Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Angiospermas
Classe: Eudicotiledôneas
Ordem: Sapindales
Família: Burseraceae
Géneros
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Burseraceae é uma família de plantas angiospérmicas (plantas com flor - divisão Magnoliophyta), pertencente à ordem Sapindales.

O grupo inclui 18 géneros e 550 espécies que incluem a mirra e o incenso. Seu nome se deve à uma homenagem feita ao médico e botânico Joachim Burser. Amplamente distribuída no Brasil, alguns gêneros movimentam o mercado aromático e cosmético, como a Boswella carteri que é usada na fabricação de incensos.

A família tem a sua origem no gênero Bursera, que por sua ver é uma homenagem ao médico e botânico alemão Joachim Burser (1583-1649).

São em sua maioria árvores, em alguns casos arbustos.

Alternas e espiraladas, e pinado-compostas, podendo ser, no entanto, trifolioladas ou unifolioladas; venação peninérvia, presença incompleta de estípulas.

Com inflorescência determinada e axilar, a maioria das flores são unissexuais, radiais e pequenas. Apresentam de 4 a 5 sétalas, que são ligeiramente conatas, imbricadas e decíduas. Também de 4 a 5 pétalas, livres e pouco conatas. Seus estames variam de 1 a 2 verticilos, e podem ter o mesmo ou duas vezes o número de pétalas. Apresentam 3 a 5 carpelos conatos; de ovário súpero; placentação axial; 1 filete, 1 estigma e 2 óvulos por lóculo.

Frutos em drupa que variam de 1 a 5 caroços, com embrião reto ou curvo, endosperma ligeiramente presente.

Distribuição Geográfica

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Ficheiro:Burseraceae.gif
Distribuição Global das Burseraceas

Distribuição geral: Principalmente patropical, possui bastante diversidade na América tropical e na África.
Distribuição brasileira:

  • Norte: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins.
  • Nordeste: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Sergipe.
  • Centro-oeste: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso.
  • Sudeste: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo.
  • Sul: Paraná, Santa Catarina.


Seus biomas são Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica.

Adaptações/Caracteres Evolutivos

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Uma das adaptações mais notáveis é a variedade química geral da Burseraceae. Algumas espécies possuem esguichos tóxicos para defesa, quando seus tecidos são perfurados, que ejetam exsudato em até 2 metros de distancia. É sugeria que o desenvolvimento químico seja uma possível resposta coadaptativa a interação com besouros crisomelídeos. A Família Burseraceae é monofilética com base em análises cladísticas. Sua casca lisa é uma característica sinapomórfica. As flores diminutas nectaríferas são polinizadas por insetos, e os frutos tem dispersão realizada por aves.

A reprodução se dá como em qualquer outra Angiosperma. Com a polinização, os grãos de pólen se prendem aos estigmas e são estimulados a se desenvolver. Formam-se, então, os tubos polínicos em direção aos óvulos. O tubo polínico penetra no óvulo através da micrópila. Um dos núcleos espermáticos se junta a oosfera, dando origem ao zigoto. O outro se junta aos dois núcleos polares, originando uma célula triploide. Com várias mitoses, o zigoto forma o embrião e a célula triploide forma o endosperma. Os tecidos do óvulo também se desenvolvem em estruturas que envolvem o endosperma e o embrião, constituindo a semente. Os tecidos do ovário também se desenvolvem, originando o fruto, que além de proteger as sementes, facilita a dispersão.

Importância Econômica

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Ficheiro:Incenso.jpg
Há gêneros importantes mercado aromático, em cosméticos e incensos

Pela sua característica de exalar um forte aroma de suas folhas e casca, algumas espécies são de interesse econômico como a Protium e Tetragastris pois elas produzem um exsudato que é utilizado na fabricação de cosméticos e remédios. A Boswella carteri é usada para fabricação de incenso.

Conservação

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As espécies Bursera simaruba, Trattinnickia ferrugínea, Trattinnickia mensais, estão na Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção de 2008. A primeira encontrada na Amazônia, e as ultimas encontradas na Mata Atlântica.

Potencial Ornamental

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A Bursera simaruba é plantada como ornamental na Flórida, onde é nativa, por causa de sua casca de cor atraente.

  1. Burseraceae em Flora do Brasil
  2. Burseraceae em Angiosperm Phylogeny Website
  3. J. González, Explicación Etimológica de las Plantas de La Selva em Flora Digital De la Selva
  4. Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção em Ministério do Meio Ambiente
  5. Bursera simaruba em World Agroforestry Centre
  6. JUDD, W.S.; CAMPBELL, C.S.; KELLOG, E.A., STEVENS, P.F., DONOGHUE, M.J. Sistemática Vegetal – Um enfoque filogenético. 3ª ed. Editora Artmed, Porto Alegre. 2009.
  7. SOUZA, V. C, LORENZI, H. Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de Fanerógamas nativas e exóticas no Brasil em APG II. 2 ed. Nova Odessa, SP. Editora Instituto Plantarum 2008.
  8. Burseraceae Genera em Anacardiaceae and Burseraceae

Ligações externas

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