Camilo Cybo
Camillo Cybo (Camillo Cybo-Malaspina) | |
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Cardeal da Santa Igreja Romana | |
Retrato de Camilo Cybo em 1729 após ter sido nomeado Cardeal | |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 5 de julho de 1705 |
Nomeação episcopal | 11 de fevereiro de 1718 |
Ordenação episcopal | 24 de fevereiro de 1718 por Dom Fabrizio Cardeal Paolucci |
Nomeado Patriarca | 11 de fevereiro de 1718 |
Cardinalato | |
Criação | 23 de março de 1729 por Papa Bento XIII |
Ordem | Cardeal-presbítero |
Título | Santo Estêvão no Monte Celio (1729-1731) Santa Maria do Povo (1731-1741) Santa Maria dos Anjos (1741-1743) |
Brasão | |
Dados pessoais | |
Nascimento | Massa, Ducado de Massa e Carrara 25 de abril de 1681 |
Morte | Roma, Estados da Igreja 12 de janeiro de 1743 (61 anos) |
Progenitores | Mãe: Teresa Pamphilj Pai: Carlos II Cybo-Malaspina |
Funções exercidas | Auditor Geral da Câmara Apostólica (1718-1723) Prefeito do Palácio Apostólico (1725-1729) |
dados em catholic-hierarchy.org Cardeais Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
Camilo Cybo-Malaspina, muitas vezes chamado apenas Camilo Cybo[1] (em italiano: Camillo Cybo-Malaspina ou Camillo Cybo, Massa, 25 de Abril, de 1681 - Roma, 12 de janeiro de 1743), foi um cardeal Católico italiano, pertencente à família Cybo-Malaspina.[2][3]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Primeiros anos
[editar | editar código-fonte]Camilo nasce a 25 de abril de 1681, na cidade de Massa, capital do Ducado de Massa e Carrara, estado governado pela sua família, os Cybo-Malaspina, há várias gerações. Era o sexto de onze filhos nascidos do casamento de Carlos II Cybo-Malaspina, Duque soberano de Massa e Príncipe soberano de Carrara, e de sua mulher Teresa Pamphilj, sobrinha-neta do Papa Inocêncio X (Giovanni Battista Pamphilj) e irmã do cardeal Benedetto Pamphilj. Parente dos Cardeais Lorenzo Cybo de Mari (1489), Inocêncio Cibo (1513); e Alderano Cibo (1645).[4]
Ainda jovem, foi para Roma onde deu início aos seus estudos eclesiásticos, tendo estudado na Universidade La Sapienza onde obteve o doutoramento in utroque iure a 13 de setembro de 1702. Ordenado sacerdote a 5 de julho de 1705. Foi nomeado Presidente da Câmara Apostólica a 8 de dezembro de 1705, e torna-se Clérigo da mesma Câmara e presidente dos Arquivos a 6 de agosto de 1707.[4]
Com a morte do seu irmão mais velho, o Duque-Príncipe Alberico III Cybo-Malaspina, é o seu irmão mais novo, Alderano I Cybo-Malaspina, que vem a herdar a sucessão nos Estados da família, dado que Camilo nunca poderia assegurar sucessão legítima.[carece de fontes]
Contudo, por documento escrito em Montefiascone a 2 de dezembro de 1715 e ratificado em Roma no ano seguinte, Alderano deixou em apanágio a Camilo os feudos e bens que possuía localizados no Reino de Nápoles e nos Estados Pontifícios.[carece de fontes] Assim, Camilo torna-se duque de Ferentillo, duque de Ajello e barão de Paduli.[4]
A 27 de abril de 1717 torna-se presidente della Grascia (os serviços romanos que administrava o aprovisionamento de carnes, gordura e óleos) e auditor geral da Câmara Apostólica a 29 de janeiro de 1718. Foi neste período que fez construir para si uma villa de campo próxima de Castel Gandolfo que foi posteriormente adquirida pela Câmara Apostólica.[4]
Desacordo com a Cúria romana e exílio voluntário
[editar | editar código-fonte]Eleito patriarca titular de Constantinopla a 11 de fevereiro de 1718. Foi consagrado Bispo, a 24 de fevereiro em Roma, pela mão do cardeal Fabrizio Paolucci. Assistente ao Trono Pontifício de 2 de março de 1718, iniciou nesse momento um período difícil dada a sua clara discordância com a Câmara Apostólica onde não consegue implementar nenhuma reforma inovadora e decide resignar retirando-se no “Eremitério das Graças” em Espoleto em 1723. Chamado a Roma pelo Papa Bento XIII, foi nomeado prefeito do Palácio Apostólico a 6 de julho de 1725. Ele lutou com os tribunais romanos primários para manter intacta sua jurisdição civil e criminal sobre os Palatinos; enfrentou em particular o cardeal Niccolò Coscia, que fingiu intervir no caso e aumentar as despesas do Palácio Apostólico. Em 1726, foi considerado o sucessor do Cardeal Paolucci como Secretário de Estado, mas a sua manifesta oposição ao aparelho administrativo pontifício fez com que fosse preterido pelo cardeal Niccolò Maria Lercari, que foi nomeado para o cargo no seu lugar.[4]
Cibo também foi um mecenas. O compositor Pietro Locatelli dedicou-lhe em 1721 a sua primeira obra impressa, os XII Concerti grossi à Quatro è à Cinque.[5]
Cardinalato
[editar | editar código-fonte]Criado cardeal-presbítero no consistório de 24 de março de 1729, recebe o barrete cardinalício e o título de Santo Estêvão do Monte Celio a 28 de março desse ano, tomando depois parte no conclave de 1730 que elegeu Clemente XII. Grão-Prior da Ordem Soberana de Malta em Roma de outubro de 1730 a junho de 1731, decide nesse momento retirar-se, dedicando-se à vida privada e solitária no Eremitério de Castellone, em Gaeta. Malgrado o seu distanciamento da vida pública, teve neste período numerosas discussões com o irmão, o Duque de Massa e Príncipe de Carrara, quanto à sucessão nesses títulos. A 8 de janeiro de 1731 optou pelo cardinalício de Santa Maria del Popolo e participou no conclave de 1740, que elegeu o Papa Bento XIV. A 20 de dezembro de 1741 optou pelo título de Santa Maria degli Angeli alle Terme.[4]
Morte
[editar | editar código-fonte]A 12 de janeiro de 1743, às 10:30, Camilo Cybo morreu em Roma no seu palacete da Piazza Quattro Fontane com um ataque de gota. O féretro foi exposto na igreja dos Santos XII Apóstolos onde, a 14 de fevereiro de 1743, a capella papalis ocorreu. Foi sepultado na capela Cybo na Igreja de Santa Maria degli Angeli, cuja construção ele orientara em 1742. A capela ainda tem um altar para celebrações com uma lâmpada votiva que queima dia e noite em seu túmulo, tal como estipulado no seu testamento.[4]
Ascendência
[editar | editar código-fonte]Ancestrais de Camilo Cybo | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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- Cardeal Scipione Rebiba
- Cardinal Giulio Antonio Santori
- Cardeal Girolamo Bernerio, O.P.
- Arcebispo Galeazzo Sanvitale
- Cardeal Ludovico Ludovisi
- Cardeal Luigi Caetani
- Cardeal Ulderico Carpegna
- Cardeal Paluzzo Paluzzi Altieri degli Albertoni
- Cardeal Gaspare Carpegna
- Cardeal Fabrizio Paolucci
- Cardeal Camilo Cybo
- Bispo Giovanni Francesco Maria Tenderini (1718)
- Bispo Raffaele Tosti (1719)
- Bispo Salvatore di Aloisio (1719)
- Bispo Francesco Riccardo Ferniani (1731)
- Bispo Giacinto Verdesca (1733)
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Ducado de Massa e Carrara
- Lista dos soberanos de Massa e Carrara
- Cybo-Malaspina
- Consistórios de Bento XIII
Referências
- ↑ ou Camilo Cibo
- ↑ Levi, Giovanni; Schmitt, Jean-Claude (1999). A History of Young People in the West (em inglês). Cambridge: Harvard University Press. p. 306. ISBN 9780674404076
- ↑ Farley, David (2009). An Irreverent Curiosity: In Search of the Church's Strangest Relic in Italy's OddestTown (em inglês). Londres: Penguin. p. 138. ISBN 9781101104972
- ↑ a b c d e f g «The Cardinals of the Holy Roman Church - Biographical Dictionary - Consistory of March 23, 1729». cardinals.fiu.edu. Consultado em 9 de novembro de 2024
- ↑ McVeigh, Simon; Hirshberg, Jehoash (2004). The Italian Solo Concerto, 1700-1760: Rhetorical Strategies and Style History (em inglês). [S.l.]: Boydell Press. p. 206
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em italiano cujo título é «Camillo Cybo».
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Genealogia dos Cybo-Malaspina»
- Cheney, David M. «ciboc» (em inglês). Catholic-Hierarchy.org
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Borromeo, Agostino (1981). Camilo Cybo. In: Dizionario Biografico degli Italiani (DBI),. 25. [S.l.: s.n.]
- Williams, George L. (2004). Papal Genealogy: The Families And Descendants Of The Popes. [S.l.]: McFarland. ISBN 9780786420711. Consultado em 26 de dezembro de 2012
- Mac Veigh, Simon; Hirshberg, Jehoash (2004). The Italian Solo Concerto, 1700-1760: Rhetorical Strategies and Style History. [S.l.]: Boydell Press. ISBN 9781843830924. Consultado em 26 de dezembro de 2012
Precedido por Nicola Gaetano Spinola |
Auditor Geral da Câmara Apostólica 1718 — 1723 |
Sucedido por Antonio Maria Ruffo |
Precedido por Andrea Riggio |
Patriarca titular Latino de Constantinopla 1718 — 1729 |
Sucedido por Mondilio Orsini |
Precedido por Niccolò del Giudice |
Prefeito do Palácio Apostólico 1725 — 1729 |
Sucedido por Francesco Scipione Maria Borghese |
Precedido por Giovanni Battista Salerni |
Cardeal-presbítero de Santo Estêvão no Monte Celio 1729 – 1731 |
Sucedido por Antonio Saverio Gentili |
Precedido por Agostino Cusani |
Cardeal-presbítero de Santa Maria do Povo 1731 — 1741 |
Sucedido por Francesco Ricci |
Precedido por Giovanni Battista Santini |
Grão-prior de Roma de Ordem Soberana e Militar de Malta 1731 |
Sucedido por Bartolomeo Ruspoli |
Precedido por Melchior de Polignac |
Cardeal-presbítero de Santa Maria dos Anjos 1741 – 1743 |
Sucedido por Giovanni Battista Spinola |
- Nascidos em 1681
- Mortos em 1743
- Casa de Cybo-Malaspina
- Naturais de Massa (Itália)
- Alunos da Universidade de Roma "La Sapienza"
- Oficiais da Cúria Romana
- Bispos nomeados pelo Papa Clemente XI
- Patriarcas latinos titulares de Constantinopla
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- Italianos do século XVII
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