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Ciência e tecnologia do Ceará

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Imagem área de Sobral com vista para a Igreja do Patrocínio e o Museu do Eclipse, importante museu científico do Ceará

A ciência e a tecnologia no Ceará é fomentada pelo governo estadual através da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico. A secretaria de ciência e tecnologia do Ceará gerencia ainda a Fundação Cearense de Meteorologia, a Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará e as universidades estaduais. O Governo federal tem duas unidades da Embrapa no estado: Embrapa Agroindústria Tropical em Fortaleza e Embrapa Caprinos em Sobral. Instituições privadas de destaque são o Instituto Atlântico e o Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação.

A principal área de desenvolvimento científico do estado é o Campus do Pici, em Fortaleza, abrigando boa parte dos laboratórios da Universidade Federal do Ceará e outras instituições como o Centro Nacional de Processamento de Alto Desempenho no Nordeste e a sede da rede GigaFOR e vários cursos de pós-graduação. Em todo o estado são ofertados 108 cursos de pós-graduação sendo 69 de mestrado e 29 de doutorado.[1]

O Ceará tem destaque na história e na pesquisa astronômica do Brasil. O Rádio-Observatório Espacial do Nordeste do INPE instalado em Eusébio é o maior radiotelescópio do Brasil. A Sociedade Brasileira dos Amigos da Astronomia (SBAA), com sede em Fortaleza, é uma das principais instituições divulgadoras da astronomia no país.[2]

Esqueleto do Anhanguera no "North American Museum of Ancient Life".

Com a chegada da Comissão Científica de Exploração ao estado em 1859, foi instalado em Fortaleza o terceiro observatório astronômico do Brasil, para realizar pesquisas nessa parte setentrional do país.[3]

Em 1919 a Teoria da Relatividade de Albert Einstein foi comprovada por uma equipe de ingleses liderada por Sir Arthur Stanley Eddington que foram a Sobral para observar os fenômenos sobre a luz por meio de telescópios durante um eclipse solar. No exato lugar onde houve as observações foi construído o Museu do Eclipse.

Em 2009, Ano Internacional da Astronomia, o Ceará passou e integrar a Rede Internacional de Centros para Astrofísica Relativística (Icranet). Essa integração visa orientar os cursos de graduação em física das universidades UVA e UECE, respectivamente em Sobral e Fortaleza, para estudos nas áreas de astrofísica, astronomia e criar um programa de pós-graduação específico na UECE.[4]

Paleontologia

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O primeiro registro de fósseis no Brasil se deu com o livro "Viagem pelo Brasil" (Reise in Brasilien), publicado entre 1823 e 1831, relatando a descoberta de um peixe Rhacolepis na atual cidade de Jardim.[5] A bacia sedimentar da Chapada do Araripe conta com uma formação muito rica em fósseis da flora e fauna do Cretáceo, boa parte em excelente estado de preservação, sobretudo na cidade de Santana do Cariri.[6] Os fósseis da região tem sido importantes para comprovar a deriva dos continentes africano e sul-americano.[7]

Nessa área foi estabelecido o Geoparque Araripe, o primeiro do gênero no Hemisfério Sul, visando a proteger sua significativa importância geológica e paleontológica.[7] O trecho mais importante do geoparque é a Formação Santana, que se destaca por conter os primeiros registros de tecidos moles (não ósseos) de pterossauros e tiranossauros do mundo, as primeiras fanerógamas fósseis da América do Sul e várias espécies de peixes fossilizados.[5] As cidades do Crato e Santana do Cariri possuem museus paleontológicos. Especialmente essa última tem realizado esforços para o desenvolvimento do turismo paleontológico na região, e o Museu de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri, nela localizado, possui mais de 7 mil fósseis do Cretáceo e recebe mais de 20 mil visitantes anualmente.

Referências

  1. «Mestrados/Doutorados Reconhecidos». CAPES. Consultado em 22 de outubro de 2008 
  2. Revista do Instituto do Ceará:Númeor especial 1987, p. 285
  3. «Astronomia no Ceará» (PDF). Instituto do Ceará. 1987. Consultado em 30 de março de 2009 
  4. «Ceará firma parceria para cooperação internacional». O Povo. 15 de maio de 2009. Consultado em 20 de maio de 2009. Arquivado do original em 24 de maio de 2009 
  5. a b «A Formação Santana». URCA. 2005. Consultado em 28 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 26 de fevereiro de 2009 
  6. «Membro Crato da Formação Santana, Chapada do Araripe, CE» (PDF). Universidade de Brasília. Consultado em 29 de janeiro de 2009. Arquivado do original (PDF) em 12 de junho de 2009 
  7. a b «Araripe Geopark é o primeiro do Hemisfério Sul». UFCG. Consultado em 28 de janeiro de 2009 

Ligações externas

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