Decretos de Carlsbad
Os Decretos de Karlsbad consistiram num conjunto de restrições sociais introduzidas na Confederação Germânica pelo príncipe Klemens Wenzel von Metternich, em 20 de Setembro de 1819, após uma conferência em Carlsbad, na Boémia, então parte do Império Austríaco.
Os Decretos devem ser tomados no contexto da reação aos ideais da Revolução Francesa, após a derrota final de Napoleão. No período que se seguiu à sua queda, os embates entre liberais e conservadores sofreram intervenção dos países que Quíntupla Aliança, no contexto da doutrina consignada no Concerto Europeu. Neste sentido, após o assassínio do dramaturgo Kotzebue por um estudante exaltado, Metternich, que dominava a Confederação Germânica, convenceu-se de que[1] toda a Europa Central estava a ponto de ser engolfada por uma revolução radical.
Destarte, dissolveram de maneira efetiva as corporações de estudantes (Burschenschaften) e também introduziram inspetores nas universidades e censura de imprensa. Os reformadores de muitos governos locais foram forçados a abandoná-los, e, em 1820, todos os movimentos de reforma significativos na Alemanha tinham cessado.
Precisamente porque as corporações estudantis as tinham adoptado, entre outras medidas, as resoluções de Carlsbad proibiram o traje antigo alemão, divulgado por Ernst Moritz Arndt nas guerras Napoleónicas, e que, posteriormente, o usaram os membros do corpo de voluntários de Ludwig Adolf Wilhelm von Lützow.[2]
Referências
- ↑ BURNS, Edward (2005). História da Civilização Ocidental. [S.l.]: GLOBO
- ↑ Wolf, N., Friedrich, Taschen, 2003. ISBN 3-8228-2293-0