Domingos Abrantes
Domingos Abrantes | |
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Domingos Abrantes em 1980 | |
Conselheiro de Estado | |
Período | 12 de janeiro de 2016 28 de junho de 2022 |
Presidente | Aníbal Cavaco Silva Marcelo Rebelo de Sousa |
Deputado à Assembleia da República | |
Período | 3 de junho de 1976 a 26 de outubro de 1995 |
Dados pessoais | |
Nome completo | Domingos Abrantes Ferreira |
Nascimento | 19 de janeiro de 1936 (88 anos) Vila Franca de Xira Portugal |
Nacionalidade | portuguesa |
Esposa | Conceição Matos (década de 1960-presente) |
Partido | Partido Comunista Português (1954-presente) |
Profissão | operário, funcionário partidário |
Parte de uma série sobre o |
Partido Comunista Português |
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Imprensa partidária |
Relacionados |
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Domingos Abrantes Ferreira (Vila Franca de Xira, 19 de janeiro de 1936) é um político e revolucionário português. Antifascista opositor ao regime do Estado Novo, é militante e funcionário do Partido Comunista Português (PCP). Foi, entre 2016 e 2022, membro do Conselho de Estado eleito pela Assembleia da República, em representação do PCP. Foi deputado à Assembleia da República pelo PCP, ininterruptamente, desde 1976 até 1995.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nasceu em Vila Franca de Xira a 19 de janeiro de 1936, numa família de cinco filhos. Era muito novo quando se mudou para o bairro do Poço do Bispo, em Lisboa. Aos 11 anos começou a trabalhar numa fábrica. Pelos 17 anos de idade, entrou no Movimento de Unidade Democrática Juvenil. Tornou-se militante do PCP em 1954 e funcionário do partido na clandestinidade em 1956.
Foi detido pela PIDE pela primeira vez em 1959, na prisão do Aljube, e esteve depois de 1959 a 1961 em Caxias. Participou na fuga da prisão de Caxias em dezembro de 1961, quando fugiu[2] da cadeia com outros presos políticos num Chrysler Imperial blindado que estivera ao serviço de Salazar. De 1965 a 1973 esteve preso em Peniche. Casou-se na prisão de Peniche em 1969 com Conceição Matos, com quem começara a namorar em 1963. Foi preso político por um total de onze anos, cinco dos quais sem ver a mulher e apenas correspondendo com ela por cartas vigiadas. Os tempos de prisão deixaram-no míope e sofreu tortura do sono e isolamento.
Foi membro do Comité Central do PCP de 1963 a 2016. Foi deputado à Assembleia da República pelo PCP pelo círculo de Setúbal, desde 1976 até 1991, e pelo círculo de Lisboa, de 1991 a 1995.
A 18 de dezembro de 2015, foi eleito para o Conselho de Estado pela Assembleia da República, numa lista conjunta dos partidos de esquerda pela qual foram eleitos também Carlos César (Partido Socialista) e Francisco Louçã (Bloco de Esquerda). Tomou posse como conselheiro de Estado a 12 de janeiro de 2016, sob a presidência de Aníbal Cavaco Silva. Cessou funções em 2022.[3][4][5][6][7]
Referências
- ↑ «Biografia - Domingos Abrantes». Sítio da Assembleia da República. Consultado em 18 de março de 2018
- ↑ A Fuga de Caxias - Testemunho Real de Domingos Abrantes, consultado em 13 de março de 2023
- ↑ Ribeiro, Anabela Mota (6 de abril de 2014). «Resistir, lutar, talvez sonhar». Público. Consultado em 18 de março de 2018
- ↑ Marujo, Miguel; Oliveira, Octávio Lousada (15 de dezembro de 2015). «Domingos Abrantes é o nome do PCP para o Conselho do Estado». Diário de Notícias. Consultado em 18 de março de 2018
- ↑ Lima, Rosa Pedroso (18 de março de 2018). «Domingos Abrantes: "As paredes do Forte de Peniche falam. Há gente naquelas celas"». Expresso. Consultado em 18 de março de 2018
- ↑ Agência Lusa (6 de abril de 2016). «Marcelo convocou o primeiro Conselho de Estado, menos de um mês após a tomada de posse». Observador. Consultado em 18 de março de 2018
- ↑ «Domingos Abrantes Ferreira». Partido Comunista Português. Dezembro de 2000. Consultado em 18 de março de 2018
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