Saltar para o conteúdo

Flores Raras

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Flores Raras
Flores Raras
 Brasil
2013 •  cor •  118 min 
Gênero drama romântico-biográfico
Direção Bruno Barreto
Produção Paula Barreto
Lucy Barreto
Coprodução Imagem Filmes
Telecine Productions
Globo Filmes
TeleImage
Globosat
Produção executiva Romulo Marinho
Roteiro Carolina Kotscho
Matthew Chapman
Baseado em Flores Raras e Banalíssimas, de Carmem Lucia de Oliveira
Elenco Glória Pires
Miranda Otto
Tracy Middendorf
Treat Williams
Marcello Airoldi
Diretor de fotografia Mauro Pinheiro
Direção de arte José Joaquim Salles
Figurino Marcelo Pies
Distribuição Brasil Imagem Filmes
Mundial 20th Century Fox
Lançamento 16 de agosto de 2013
Idioma português
inglês
Orçamento R$ 9,63 milhões

Flores Raras é um filme brasileiro de 2013, do gênero drama romântico-biográfico, dirigido por Bruno Barreto, com roteiro de Carolina Kotscho e Matthew Chapman baseado no livro Flores Raras e Banalíssimas, de Carmen L. Oliveira.[1]

Em entrevista ao portal de notícias G1 o diretor disse que o Brasil ainda é um país muito conservador se referindo à dificuldade que teve em obter patrocínios pelo fato de o enredo girar em torno de um romance entre duas mulheres.[2]

O filme teve um orçamento total de R$ 13 milhões, foi distribuído pela Imagem Filmes[3] e exibido em 150 salas de cinema do país.

A princípio, o nome do filme seria A Arte de Perder, mudando mais tarde para Flores Raras, posteriormente passou a ser Você Nunca Disse Eu Te Amo e voltou a ter o título Flores Raras.

O filme é baseado na história de amor real entre a poetisa americana Elizabeth Bishop e arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares.[4] Ambientado em Petrópolis, dos anos de 1950 e 1960, a história coincide com o surgimento da Bossa Nova e a construção e inauguração da capital Brasília. O filme trata a história dessas duas mulheres e suas trajetórias.[5]

Recepção da crítica

[editar | editar código-fonte]

O filme recebeu críticas mistas. Em seu artigo para a coluna "ilustrada" da Folha, o blogueiro Sérgio Alprendre destacou "a sobriedade que o diretor Bruno Barreto impõe a seu filme(...)".[6] Já o Blog "Social Club" disse que "(...) o filme é um convite a refletir sobre as ramificações do amor". Também disse que na história de amor entre Elizabeth e Lota, "a orientação sexual e as fronteiras geográficas são um mero detalhe".[7]

A página de cultura do jornal O Globo também elogiou o filme, destacando o fato de a imprensa americana ter "se rendido ao desempenho das atrizes Glória Pires e Miranda Otto nos papéis de protagonistas da trama.[8]

Leslie Felperin do jornal britânico The Guardian em sua revisão, escreveu que "(...) o filme é consistentemente assistível, e presta a devida homenagem a seus protagonistas (...) as performances são sólidas."[9]

A atuação, e também o desempenho, do elenco foi muito elogiada assim pela crítica como pelo público. O autor brasileiro de novelas Aguinaldo Silva afirmou em seu blog que torceu para que a atriz Glória Pires seja uma das indicadas na categoria de "Melhor Atriz" no Globo de Ouro e ao Oscar de 2014. "Não se surpreendam caso o nome de Glória Pires apareça na lista das candidatas. Os críticos americanos que já viram Flores Raras em sessões especiais ficaram encantados com o trabalho dela", afirmou o autor.[10][11] Já para a coluna de cinema do Terra, no início da trama Glória é quem rouba a cena, destacando que 95% do filme é falado em inglês, que segundo portal, para muitos é uma surpresa.[12] O jornalista Sidney Rezende também publicou, assinado por Ana Carolina Garcia que a atriz Miranda Otto, já conhecida pelo público por interpretações em filmes de grande bilheteria como a trilogia de O Senhor dos Anéis, acertou no tom da personagem desde o início.[13]

Visto por cerca de 161 mil espectadores em suas duas primeiras semanas de exibição no Brasil, “Flores raras”, de Bruno Barreto, que já viajou por dez festivais no exterior, incluindo o Festival de Berlim[14] (onde ganhou prêmio de público) e Festival de Cinema de Tribeca, preparou sua marcha para ganhar os mercados estrangeiros. Na estratégia armada pelo casal de produtores Lucy e Luiz Carlos Barreto, o circuito dos Estados Unidos foi o primeiro da fila. Produzida ao custo de 9,63 milhões de reais,[15] a história de amor entre a poeta americana Elizabeth Bishop e a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares, estreou no primeiro fim de semana de dezembro em Nova York e em Los Angeles, a fim de se habilitar para disputar o Oscar,[16] porém o drama não foi indicado em nenhuma categoria.

Classificação indicativa

[editar | editar código-fonte]

O filme foi classificado pelo Ministério da Justiça brasileiro como inadequado para menores de 14 anos, por conter cenas de sexo e consumo de drogas ilícitas.[17]

Referências

  1. «Flores Raras». Brasil: AdoroCinema. Consultado em 5 de fevereiro de 2020 
  2. Romance gay dificultou patrocínio para Flores Raras, diz diretor
  3. «Flores Raras Imagem Filmes, acesso em 05/09/2013». Consultado em 14 de agosto de 2013. Arquivado do original em 2 de outubro de 2013 
  4. Coluna Ilustrada, por Sérgio Alpendre para a Folha, acesso em 05/09/2013
  5. «Flores Raras em Imagem filmes». Consultado em 14 de agosto de 2013. Arquivado do original em 2 de outubro de 2013 
  6. Coluna Ilustrada, por Sérgio Alpendere, acesso em 05/09/2013
  7. Blog Social Club, artigo Flores Raras, acesso em 05/09/2013
  8. Aprovado nos festivais estrangeiros, Flores raras prepara agora sua estratégia para chegar ao Oscar - Jornal O Globo, acesso em 05/09/2013
  9. «Reaching for the Moon review – messy but respectful biopic of artists' relationships». The Guardian. 17 de abril de 2014. Consultado em 28 de novembro de 2014 
  10. Aguinaldo Silva sobre Gloria Pires em 'Flores Raras': 'Será indicada ao Oscar', site "purepeople", acesso em 06/09/2013
  11. «"Aguinaldo Silva aposta na indicação de Gloria Pires ao Globo de Ouro e ao Oscar" site "rondoniadinamica", acesso em 06/09/2013». Consultado em 6 de setembro de 2013. Arquivado do original em 13 de dezembro de 2013 
  12. "Com história de amor entre mulheres, Flores Raras ensina a arte de perder", artigo de Nathália Salvado, site "Portal Terra", acesso em 06/09/2013
  13. ‘Flores Raras’: Glória Pires e Miranda Otto arrasam em cena, Ana Carolina Garcia, site "SRZD|Sidney Rezende", acesso em 06/09/2013
  14. "Flores raras", de Bruno Barreto, é apresentado no Festival de Berlim, Folha de S.Paulo, acesso em 12/02/2013
  15. Os longas brasileiros mais caros nos últimos 20 anos
  16. Aprovado nos festivais estrangeiros, ‘Flores raras’ prepara agora sua estratégia para chegar ao Oscar, O Globo, acesso em 30/08/2013
  17. «Flores Raras, Imagem Filmes, acesso em 05/09/2013». Consultado em 14 de agosto de 2013. Arquivado do original em 2 de outubro de 2013 
Ícone de esboço Este artigo sobre um filme brasileiro é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.