Formação Jandaíra
Distribuição das rochas da Formação Jandaíra | |
Tipo | Formação geológica |
Unidade do(a) | Bacia Potiguar |
Sub-unidades | Grupo Apodi |
Sucedida por | Formação Barreiras |
Precedida por | Formação Açu |
Litologia | |
Primária | Calcário |
Localização | |
Homenagem | Jandaíra |
Localização | Ceará Rio Grande do Norte |
País | Brasil |
A Formação Jandaíra ou Calcário Jandaíra é uma unidade geológica constituída por rochas sedimentares carbonáticas associada ao evento de separação continental e abertura da margem equatorial brasileira no período Cretáceo.[1]
A unidade aflora no extremo leste do estado do Ceará e na porção norte do estado do Rio Grande do Norte, sendo estes calcários a maior parte da porção continental da Bacia Potiguar.[2]
A dissolução dos calcários desenvolve espeleotemas, como cavernas, dolinas e lajedos. A identificação dessas feições e suas características são de suma importância para a implementação de construções de grande porte, como parques eólicos, comuns na região, visto que apresentam risco de acidentes como desabamentos e outros desastres ambientais, como o ocorrido no município de Rio do Fogo em 2022.[3]
Origem
[editar | editar código-fonte]Deposição
[editar | editar código-fonte]Durante o estágio pós-rifte, com níveis marinhos mais elevados, sequências flúvio-marinhas se depositaram nesta bacia. Uma dessas sequências, a Formação Jandaíra,
Diagênese
[editar | editar código-fonte]Foram identificados micritos bioclásticos, dolomitização, compactação química, dissolução, infiltração mecânica de argilas e oxidação. O sistema deposicional é de supramaré, durante a mistura de águas pluviais e águas marinhas.[2]
Geodiversidade
[editar | editar código-fonte]Lajedo de Soledade
[editar | editar código-fonte]O Lajedo de Soledade é um geossítio localizado no município de Apodi. Compreende um conjunto de ravinas e cavernas formadas nas falhas e fraturas da unidade, preenchidas por sedimentos quaternários contendo fósseis de vertebrados.
Sua origem está relacionada à sazonalidade climática presente na região desde o Mioceno. Entende-se que durante períodos de alta disponibilidade de água, ocorre dissolução da calcita, originando assim os espeleotemas, e durante períodos de seca, ocorre precipitação de goethita e magnesita, minerais que preenchem os poros nos sedimentos e mineralizam os fósseis.[4]
Nesta localidade são encontradas pinturas rupestres.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ Silva, Leonardo dos Santos (19 de dezembro de 2022). «Caracterização petrográfica de rochas carbonáticas da Formação Jandaíra com ênfase na resistência mecânica aplicada a construções de grande porte». Consultado em 21 de outubro de 2024
- ↑ a b SILVA, L.S. (2022). «Caracterização petrográfica de rochas carbonáticas da Formação Jandaíra com ênfase na resistência mecânica aplicada a construções de grande porte». Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Tese. Consultado em 21 de outubro de 2024
- ↑ «Torre de energia eólica desaba e fica destruída no litoral do RN». G1. 31 de janeiro de 2022. Consultado em 22 de outubro de 2024
- ↑ MARTINS, G.P.O. (2024). «Lajedo de Soledade (Apodi, Rio Grande do Norte): fossildiagênese de vertebrados quaternários, sedimentologia e estratigrafia». Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Tese de doutorado. Consultado em 21 de outubro de 2024