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Grande Monumento da Colina Mansu

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Grande Monumento Mansudae
만수대대기념비

Estátuas de Kim Il-sung (à esquerda) e Kim Jong-il (à direita) com visitantes as reverenciando

História
Arquiteto
Período de construção
1972 (estátua de Kim Il-sung)
2012 (estátua de Kim Jong-il)
Arquitetura
Material
Altura
22 metros
Largura
50 metros
Localização
Localização
Localização
Coordenadas
Mapa

O Grande Monumento da Colina Mansu (Chosŏn'gŭl: 만수대대기념비; hancha: 萬壽臺大紀念碑; rr: Mansudae Daehyeongdongsang), também conhecido como Grande Monumento Mansudae,[1][2] é um complexo de monumentos localizado em uma praça no Distrito Chung-guyok, em Pyongyang, Coreia do Norte. Há 229 figuras no total,[2] comemorando a história da luta revolucionária do povo coreano, e especialmente seus líderes. A parte central do monumento consiste em duas estátuas de bronze[3] de 22 metros de altura e 50 metros de largura dos falecidos líderes norte-coreanos Kim Il-sung e Kim Jong-il. O Grande Monumento da Colina Mansu é talvez a imagem mais conhecida usada para representar a Coreia do Norte, as duas estátuas são as maiores do país.[4]

Atrás das grandes estátuas há a parede do Museu da Revolução Coreana, exibindo um mural em mosaico da Montanha Baekdu, considerada a sagrada montanha da revolução e o berço do povo coreano.[5] Ao lado das duas estátuas estão outros dois monumentos de granito maciço[6] representando as bandeiras da Coreia do Norte e do Partido dos Trabalhadores da Coreia com uma multidão de soldados, trabalhadores e agricultores com poses patrióticas, sendo essas as figuras que fizeram parte da Revolução Coreana e da construção da RPDC.[2] São chamados de "Monumento da Luta Revolucionária Antijaponesa" e "Monumento à Revolução Socialista Coreana". Há inscrições em ambos em coreano dizendo: "Viva o general Kim Il-sung!" e "Vamos expulsar os Imperialistas dos EUA e Reunir Nossa Pátria!".[6]

Mudanças na estátua original de Kim Il-sung (à esquerda) e na estátua original de Kim Jong-il (canto superior direito) e após modificação (canto inferior direito).

O Grande Monumento da Colina Mansu foi construído e arquitetado pelo estúdio de arte norte-coreano Mansudae.[7] Originalmente, a praça tinha apenas a estátua de Kim Il-Sung, denominada estátua do "Grande Líder", foi erguida em 1972 para comemorar o aniversário de 60 anos de Kim Il-sung. A estátua original de Kim Il-sung era inicialmente coberta em folha de ouro, mas foi removida após a visita de Deng Xiaoping e devido a objeção dos chineses, que estavam efetivamente financiando a economia norte-coreana na época. Atualmente a estátua é de bronze.[2][7] Ela ganhou uma nova versão onde Kim Il-sung passou a sorrir e ficou com uma aparência mais velha.[6] A estátua está voltada para o leste, representando Kim Il-sung com a mão no ar, "chamando o comunismo" e mostrando "o caminho para o povo seguir".[2]

Em 2012, depois da morte de Kim Jong-il e por ocasião do 100º aniversário de Kim Il-sung, outra estátua de bronze foi revelada para coincidir com as comemorações do aniversário. A estátua, denominada de "O Querido Líder", foi erguida em sua homenagem.[5] A estátua de Kim Jong-il foi remodelada poucos meses depois, originalmente Kim Jong-il vestia um sobretudo e passou a usar uma parca, em homenagem a que Kim Jong-il sempre usava, a mesma era comumente vista, e foi rotulada de "testemunha da história" após a sua morte.[8]

Um site norte-coreano oficial descreve o monumento: "As esculturas coletivas representam de maneira abrangente a história imortal da luta revolucionária do povo coreano que registrou apenas vitória e glória sob a sábia liderança dos grandes generalíssimos. Não apenas nos feriados nacionais e nos dias de comemoração, mas em dias comuns é repleto de pessoas para apresentar cestas florais e buquês frente as estátuas. Casamentos são muitas vezes vistos lá. Os estrangeiros visitantes também escalam a colina e prestam sua alta homenagem aos grandes generalíssimos".[9]

O Pyongyang Review observa:[2] O Grande Monumento da Colina Mansu faz um conjunto formativo perfeitamente harmonioso por causa do arranjo adequado dos grupos escultóricos contra o fundo da Montanha Baekdu em mosaico na parede do Museu da Revolução Coreana, a posição e o tamanho do monumento foram selecionados com a devida consideração das condições topográficas e o ambiente da Colina Mansu.[nota 1][2][10]

Comemorações

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Milhares de coroas comemorativas, cestas e vasos florais são colocados nos pés das estátuas diariamente e durante os feriados nacionais, como ocorre no feriado do Dia do Sol, a celebração do aniversário de Kim Il-Sung. Essa é uma atividade muito comum entre pessoas de todos os setores da sociedade.[6] Casamentos diante às estátuas também são bastante comuns.

Em 1994, com a morte de Kim Il-sung, milhões de norte-coreanos foram ao Grande Monumento para lamentar e mostrar seu respeito ao líder, que era genuinamente muito amado pelo seu povo.[2] Em dezembro de 2011, um grande número de norte-coreanos choraram e prestarem respeito em frente à estátua para lamentar a sua morte.[2]

Todos os visitantes estrangeiros de Pyongyang são levados para o Grande Monumento Mansudae, é uma visita obrigatória nas excursões. É importante lembrar que o Grande Monumento Mansudae é considerado uma das áreas mais sagradas da Coreia do Norte.[6] Visitantes do local, tanto locais quanto estrangeiros, devem alinhar-se em frente ao monumento, se curvar e deixar flores para demonstrar respeito.[2]

Procedimentos

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Como epicentro do culto de Kim, os visitantes precisam estar cientes da seriedade com a qual os norte-coreanos encaram esse monumento e o respeito que eles acreditam que os visitantes devem conceder. Como tal, espera-se que os visitantes mostrem a etiqueta de visita correta - pessoas que compraram flores (que estão à venda em uma loja próxima)[2] devem colocá-las aos pés das estátuas.[11] Após as flores terem sido colocadas, todo o grupo deverá se curvar respeitosamente diante as mesmas.[7]

Fotos das estátuas são permitidas, as fotos devem capturar as estátuas inteira.[7] Os visitantes são encorajados a tirar fotografias de si mesmos ou com o seu grupo em frente as estátuas; ou apenas das estátuas.[2] As pessoas também são instruídas a nunca fotografar apenas uma parte do monumento - todas as imagens devem ser respeitosas e ser da estátua inteira; fotografias de apenas parte das estátuas são proibidas e consideradas insultantes.[7][11] Tirar foto por trás, ou de qualquer outro ângulo que mostre desrespeito também é proibido, os guias garantem isso. Visitantes andando atrás da estátua, sem planos de tirar fotos, são alertados.[2]

Notas

  1. As maioria das construções e monumentos de Pyongyang são alinhados simetricamente uns com os outros, como cita o Pyongyang Review, citando o Grande Monumento Mansudae. O Monumento à Fundação do Partido por exemplo, é simetricamente alinhado com o Grande Monumento Mansudae e com o Museu da Revolução Coreana.

Referências

  1. Mintjens, Ronny (2013). A Journey through North Korea (em inglês). [S.l.]: Trafford Publishing. ISBN 9781490701769 
  2. a b c d e f g h i j k l m Corfield, Justin (1 de dezembro de 2014). Historical Dictionary of Pyongyang (em inglês). [S.l.]: Anthem Press. ISBN 9781783083411 
  3. Holden, T. «Journey to the most feared nation on earth». www.bbc.com (em inglês). Consultado em 28 de março de 2019 
  4. «7 Most Ostentatious Monuments in North Korea». Scribol.com (em inglês). 23 de setembro de 2010. Consultado em 28 de março de 2019 
  5. a b «Not 'So Ronery': Kim Jong-il Joins His Father In Bronze Form». HuffPost UK (em inglês). Paul Vale. 13 de abril de 2012. Consultado em 28 de março de 2019 
  6. a b c d e «Mansudae Grand Monument - North Korea Travel Guide - Koryo Tours». koryogroup.com (em inglês). Consultado em 16 de abril de 2019 
  7. a b c d e «Mansudae Grand Monument». www.lonelyplanet.com (em inglês). Consultado em 27 de março de 2019 
  8. «Statue Makeover: North Korea Replaces Kim Jong-Il's Staid Overcoat With 'Revolutionary' Anorak». HuffPost UK (em inglês). 12 de fevereiro de 2013. Consultado em 28 de março de 2019 
  9. «Grand Monument on Mansu Hill». Explore DPRK. Consultado em 15 de abril de 2019. Arquivado do original em 4 de dezembro de 2017 
  10. Willoughby 2014, p. 132.
  11. a b «Mansu Hill Grand Monument». Atlas Obscura (em inglês). Consultado em 16 de abril de 2019 

Ligações externas

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