Guamá (Belém)
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Bairro do Brasil | ||
Cemitério Santa Izabel, na avenida José Bonifácio | ||
Localização | ||
Coordenadas | ||
Unidade federativa | Pará | |
Zona | Sul | |
Região administrativa | Distrito Administrativo do Guamá | |
Município | Belém | |
Características geográficas | ||
População total | 102,124 hab. | |
• Homens | 49,040 | |
• Mulheres | 53,084 | |
• IDH | 0,657 médio (2010) | |
Outras informações | ||
Domicílios | 22.138 | |
Água encanada (%) | 95.7 (21.192) | |
Esgotamento Sanitário (rede geral) (%) | 10.7 (2.378) | |
Coleta de lixo (%) | 97.3 (21.558) |
Guamá é um bairro de Belém do Pará , possui pouco mais de 100 mil habitantes, considerado assim o bairro mais populoso da capital de acordo com Censo 2010. Localizado ás margens do Rio Guamá, na zona sul de Belém. No bairro, está situada a Cidade Universitária Prof.º José da Silveira Netto, campus principal da Universidade Federal do Pará (UFPA) e o Hospital Universitário João de Barros Barreto, também vinculado a UFPA. Além disso, existem alguns portos de carga ao longo da Avenida Bernado Sayão, sendo um importante, bem como algumas casas para shows.
História
[editar | editar código-fonte]Origem
[editar | editar código-fonte]No início do século XIX, nascia um abrigo para os hansenianos que se misturavam com a população sadia da capital. Era o primeiro leprosário da Amazônia: o “Hospício dos Lázaros do Tucunduba”. Muitos fugiram das péssimas condições de atendimento, alimentação e maus-tratos. Assim acelerou-se a precária ocupação do bairro do Guamá. Outros três hospitais foram criados com a ideia de conte a crise da hanseníase: Domingos Freire, São Sebastião e São Roque. Esse último se tornou no Hospital Universitário João de Barros Barreto, referência no tratamento de doenças infectocontagiosas como varíola, febre amarela e tuberculose. O intendente Antônio Lemos chegou a reformar o Asylo, em 1905, mas não resolveu os problemas. Só mudou a estética. O Hospício dos Lázaros foi encerrado em 1938. Hoje dá espaço à creche Frei Daniel. Três cemitérios acompanharam o processo de formação do bairro, reforçando o perfil de ser um lugar de exclusão: um pequeno "campo santo", construído próximo ao Asylo do Tucunduba (desativado em 1887); o cemitério de Santa Isabel, inaugurado em 1878; e o cemitério da Ordem Terceira de são Francisco, inaugurado em 1885, em frente ao Santa Isabel.[1]
Ciclo da Borracha
[editar | editar código-fonte]No século XX, a ocupação do bairro seguiu a mesma lógica que outros bairros periféricos de Belém, como Terra Firme, Cremação, Pedreira, Jurunas, Canudos, Condor, Telégrafo, Umarizal e Reduto. Alguns deles tiveram uma mistura de perfis socioeconômicos. Mas outros, quando se tornaram elitizados, como Reduto e Umarizal, empurravam as classes sociais mais pobres para áreas afastadas, alagadiças e mais baixas. Durante a economia da borracha, nordestinos chegavam a Belém por São Brás. Tinham acesso mais fácil ao Guamá para localizar moradias mais acessíveis. Lentamente, o bairro do Guamá foi se formando, ao passo que ganhou mais condições de vida, ainda que precárias. Mas até hoje é um reflexo de pobreza, políticas públicas não executadas ou mal executadas.[2]
Cultura
[editar | editar código-fonte]Atualmente, o bairro é um importante elo de ligação da capital com o interior do estado devido a existência de inumeros portos em sua margem. O bairro possui um forte centro comercial atendendo as necessidades dos moradores e bairros próximos. Uma das principais vias do bairro, que também passa pela Terra Firme, a Perimetral, reúne outras instituições científicas: Ufpa, Ufra e CNPQ. O nome original da via é "Perimetral da Ciência". O bairro segue uma lógica de resistir aos preconceitos e processo de formação excludente e de abandono. Além do conhecimento gerado na UFPA, há uma característica de produção cultural marcante. O bairro é lar de uma das escolas de samba mais tradicionais de Belém, a Bole-Bole. Há também a forte devoção dos moradores do Guamá a Santo Antônio, que tem uma capela e um abrigo de idosos.
Transporte Publico
[editar | editar código-fonte]Código da linha | Nome da Linha | Operador |
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113 | Cremação - Estrada Nova | Viação Guajará |
114 | Cremação - Alcindo Cacela | |
305 | UFPA - Icoaraci | |
306 | UFPA - Pedreira | |
307 | UFPA - Padre Eutíquio | |
308 | UFPA - Alcindo Cacela | |
309 | UFPA - Ver-o-Peso | |
310 | UFPA - Presidente Vargas | |
311 | Guamá - Conselheiro | Viação Rio Guamá |
312 | Guamá - Montepio | |
314 | Guamá - Ver-o-Peso | |
316 | Guamá - Presidente Vargas | |
317 | Guamá - Pátio Belém | |
320 | UFPA - Tamioios | Transurb |
321 | UFPA - Cidade Nova VI | Transurb / Viação Guajará |
417 | UFPA - Alcindo Cacela - José Malcher | Transportes Canadá |
643 | Pratinha - UFPA | Transportes Nova Marambaia |
758 | Satélite - UFPA | Belém Rio / Viação Rio Guamá |
860 | Tapanã - UFPA | Transportes Nova Marambaia / Viação Guajará |
914 | Marituba - UFPA | Vialoc / Viação Guajará |
999 | Curuçambá - UFPA | Viação Forte |
Nota: Todas as linhas na tabela acima possuem como ponto terminal ou inicial o Terminal de Integração da Universidade Federal do Pará (Terminal UFPA), operado pela Prefeitura de Belém. Observação: Apenas a linha 758 possui integração no Terminal São Brás do BRT Belém.
Principais vias e logradouros
[editar | editar código-fonte]- Rua Barão de Igarapé Miri - Principal rua no quesito comercial. Abriga o Mercado Municipal do Guamá (esquina com a Avenida José Bonifácio, a Escola Estadual de Ensino Fundamental Frei Daniel (esquina com Travessa Liberato de Castro), a Escola Municipal Pe Leandro Pinheiro, a Escola particular Madre Zarife, Farmácias, comércio em geral, Posto da Polícia Militar da 2° Companhia de Policiamento / 20° Batalhão, o Posto de Saúde do Guamá (PSM), a Paróquia São Pedro e São Paulo.
- Avenida José Bonifácio - Umas das principais vias de acesso ao bairro através do bairro de São Braz (Pará). Abriga o Juizado Especial do Guamá(n° 985), Estação Cidadania Guamá (n° 2308), Cemitério Público Santa Izabel.
- Avenida Bernardo Sayão - Umas das principais vias de acesso ao bairro através do bairro Condor (Belém). É à borda do Rio Guama. Possui diversos portos de empresas de navegação e frete marítimo, trânsito caótico pela intensa movimentação de carga e descarga. Dá acesso a Cidade Universitária da UFPA. Está recebendo obras de urbanização da macrodrenagem da bacia da estrada nova.
- Rua Silva Castro - A principal rua no quesito eventos e manifestações culturais. É nesta rua onde ocorrem todos os comícios políticos, desfiles militares de 7 de setembro, procissões religiosas ou pequenas romarias e, até mesmo, apresentações de blocos e escolas de samba. Foi nesta rua onde residiu Duciomar Costa, o 54° prefeito de Belém, durante muitos anos. Waldeth Costa, irmão de Duciomar Costa e ex-prefeito co município de Traquateua, interior do Pará, mora nesta rua até os dias atuais. A rua recebeu esse nome para homenagear o prestigiado médico belemense Francisco Silva Castro que atuou nas epidemias de febre amarela e do "cholera-morbus" entre 1850-1855, recendo condecorações, títulos científicos do Governo Imperial.
Referências
- ↑ Online, DOL-Diário (26 de julho de 2020). «A triste história da origem do bairro do Guamá. Conheça!». DOL - Diário Online. Consultado em 4 de julho de 2022
- ↑ «Guamá: uma história de lutas contra a doença, o preconceito e a exclusão». O Liberal. Consultado em 4 de julho de 2022