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Jorge Borges de Macedo

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Jorge Borges de Macedo
Jorge Borges de Macedo
Jorge Borges de Macedo a 13 de Maio de 1995
Nascimento 3 de março de 1921
Lisboa, Portugal
Morte 18 de março de 1996 (75 anos)
Lisboa, Portugal
Nacionalidade Portugal Português
Ocupação Historiador e professor universitário
Prémios Medalha de Mérito Cultural (1991)
Magnum opus História Diplomática Portuguesa, Constantes e Linhas de Força. Estudo de Geopolítica

Jorge Borges de Macedo GOSE (Lisboa, 3 de Março de 1921Lisboa, 18 de Março de 1996) foi um historiador e professor universitário português.

Filho de José Pinto de Macedo e de sua mulher Maria da Conceição Borges e neto paterno de Manuel Pinto de Macedo (Porto, 1864 - Porto, 1939) e de sua mulher Maria da Conceição de Macedo (Porto, 1866 - Porto 1945), Jorge Borges de Macedo, depois de militar na esquerda política (anos 40 e 50), moderou ideologicamente e foi assistente (1957 ss.) e professor (catedrático 1969 ss.) de História Moderna na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e historiador de mérito. Iniciou a sua carreira como secretário do Centro de História da Universidade de Lisboa, fundado por Virgínia Rau, exercendo aquelas funções entre 1958 e 1973, e de director, de 1973 a 1974.

Foi saneado após o 25 de Abril, sendo apenas readmitido ao serviço em 1979, junto com Veríssimo Serrão e Eduardo Borges Nunes, quando o Reitor da Universidade de Lisboa era Raúl Rosado Fernandes.

Entre 1990 e 1996, foi 7.° director do Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, vindo a inaugurar as novas instalações na Cidade Universitária de Lisboa.

Jorge Borges de Macedo casou com Branca Rosa de Mendonça Braga e foi pai do economista Jorge Avelino Braga de Macedo, da escritora Branca Maria Braga de Macedo e de Ana Irene Braga de Macedo. Foi irmão do fotógrafo profissional Marcelino Borges de Macedo.

Através de legado testamentário, doou a sua vasta biblioteca à Faculdade de Letras de Lisboa.[1]

A 6 de Dezembro de 1991 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[2]

O seu primeiro trabalho de fôlego é A situação económica no tempo de Pombal : alguns aspectos, datado de 1951, em que afirma procurar uma ruptura tanto com o que chamou a investigação granular como com as abstrações (o factor económico ou o grande homem) que fatores explicativos reduzem a «sociedade a um esquema».[3]

O seu livro mais influente é, talvez, História Diplomática Portuguesa: Constantes e Linhas de Força. Estudo de Geopolítica. Na origem resultou de um curso ministrado à Força Aérea Portuguesa. Trata-se de um livro sobre história diplomática, mas em que os tratados e as peripécias dos diplomatas cedem lugar à relação entre grandes opções estratégicas e tensões internas.

  • Alexandre Herculano: polémica e mensagem
  • Estrangeirados: um conceito a rever
  • Uma perspectiva portuguesa para a integração europeia
  • Regionalismo, desenvolvimento e educação
  • A Conferência de Berlim, cem anos depois
  • A problemática tecnológica no processo da continuidade República - Ditadura Militar - Estado Novo
  • Estudos sobre a monarquia: conferências no Grémio Literário
  • Os Lusíadas e a História
  • Para o encontro de uma dinâmica concreta na sociedade portuguesa, 1820-1836
  • O aparecimento em Portugal do conceito de programa político
  • O Marquês de Pombal, 1699-1782
  • A situação económica no tempo de Pombal : alguns aspectos
  • Constantes da história de Portugal
  • A adesão de Portugal à C.E.E.: ciclo de conferências
  • A opinião pública portuguesa e a CEE
  • Damião de Góis et l'historiographie portugaise
  • Eça de Queirós universitário
  • O Bloqueio Continental
  • Portugal e a Europa: que futuro? (1989)

Referências

  1. Biografia na página do Camões : Instituto da Cooperação e da Língua.
  2. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Jorge Borges de Macedo". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 29 de julho de 2015 
  3. Macedo, Jorge Borges de (1951). 'A situação económica no tempo de Pombal : alguns aspectos. Porto: Portugália. p. 10 

Precedido por
Virgínia Rau
Director do Centro de Estudos Históricos
anexo à Faculdade de Letras de Lisboa

1973 - 1974
Sucedido por
Comissão executiva
Precedido por
Martim de Albuquerque
Director da Torre do Tombo
1990 - 1996
Sucedido por
José Mattoso
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