Laélia de Alcântara
Laélia de Alcântara | |
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Senadora pelo Acre | |
Período | 1982-1983 |
Antecessor(a) | Adalberto Sena |
Sucessor(a) | Mário Maia |
Dados pessoais | |
Nascimento | 7 de julho de 1923 Salvador, BA |
Morte | 30 de agosto de 2005 (82 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Alma mater | Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
Cônjuge | Raimundo Alcântara |
Partido | PTB, MDB, PMDB |
Profissão | médica |
Laélia Contreiras Agra de Alcântara ou Laélia de Alcântara, (Salvador, 7 de julho de 1923 — Rio de Janeiro, 30 de agosto de 2005) foi uma médica e política brasileira, que foi senadora pelo Acre. Foi a primeira mulher negra a exercer tal mandato.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filha de Júlio Martins Agra e de Beatriz Contreiras Agra. Formada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 1949,[1] transferiu-se no mesmo ano para o Acre que à época era território federal e contava com apenas seis médicos e lá especializou-se em atendimentos nas áreas de obstetrícia e pediatria além de lecionar puericultura na Escola Normal de Rio Branco.[2]
Sua carreira política teve início pelo PTB quando foi eleita suplente de deputado federal em 1962[3] migrando para o MDB após o bipartidarismo decretado pelos militares em 1965 elegendo-se suplente do senador Adalberto Sena em 1974. Com a volta do pluripartidarismo em 1980 mudou para o PMDB e assumiu o mandato de abril a agosto de 1981 com o afastamento do titular por razões de saúde[4] e definitivamente em janeiro de 1982 devido ao falecimento de Sena.[5]
No Senado Federal
[editar | editar código-fonte]Ao ser efetivada tornou-se a terceira senadora de nossa história e formou bancada ao lado de Eunice Michiles (PDS-AM) sendo que a Princesa Isabel foi senadora por direito dinástico[6] durante o Império[7] Em sua passagem pelo Congresso Nacional posicionou-se contra o aborto e o racismo[5] e apresentou emendas permitindo o ingresso de mulheres na Força Aérea Brasileira. Candidata a reeleição por uma sublegenda do PMDB em 1982 figurou como primeira suplente de Mário Maia ao fim da apuração.
Presidente do Conselho Regional de Medicina do Acre, foi Secretária de Saúde entre maio e setembro de 1987 no governo Flaviano Melo afastando-se do cargo por razões de saúde e encerrando a carreira política.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b «Biografia de Laélia de Alcântara no Senado Federal». Consultado em 17 de janeiro de 2013
- ↑ «Senadores na mídia – Jornal do Senado». Consultado em 15 de agosto de 2008
- ↑ Em coligação com a UDN e o PST na primeira eleição após a passagem do Acre a estado.
- ↑ Senadora pelo Acre vai assumir hoje (online). O Estado de S. Paulo, 03/04/1981. Página visitada em 17 de janeiro de 2013.
- ↑ a b Senador morre e será substituído por mulher (online). O Estado de S. Paulo, 22/01/1982. Página visitada em 17 de janeiro de 2013.
- ↑ «Constituição de 1824 no site da Presidência da República». Consultado em 17 de janeiro de 2013
- ↑ Segundo a Constituição de 1824 em seu Art. 46, os príncipes imperiais assumiam o mandato de senador ao completarem 25 anos.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- ABREU, Alzira Alves de (coord.) Dicionário histórico-biográfico brasileiro pós-1930. Rio de Janeiro: Editora FGV, ed. rev. e atual., 2001.
- Nascidos em 1923
- Mortos em 2005
- Senadores do Brasil pelo Acre
- Médicos do Acre
- Alunos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
- Mulheres do Acre na política
- Membros do Partido Trabalhista Brasileiro
- Membros do Movimento Democrático Brasileiro (1966)
- Membros do Movimento Democrático Brasileiro (1980)
- Políticos afro-brasileiros
- Naturais de Salvador
- Agraciadas com o Diploma Bertha Lutz