Luís Duque
Luís Duque | |
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Nascimento | 19 de outubro de 1957 (67 anos) |
Cidadania | Portugal |
Alma mater | |
Ocupação | político, dirigente desportivo |
Distinções |
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Luís José Vieira Duque (Elvas, Assunção, 19 de Outubro de 1957) é um advogado, empresário, político e dirigente desportivo português.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Infância e Juventude
[editar | editar código-fonte]Segundo de oito filhos e filhas de Francisco Gonçalves Duque (Lisboa, Santa Isabel, 20 de Dezembro de 1925), Procurador da República em várias Comarcas, as de Nisa, Elvas e Penafiel, depois Notário e Advogado em Coruche e Lisboa, de ascendência Minhota originária de Covas, Vila Nova de Cerveira, com ligações à agricultura, e ao comércio em Lisboa, e de sua mulher Maria da Graça Miguéns Vieira (Nisa, Nossa Senhora da Graça, 10 de Fevereiro de 1936), filha duma figura muito estimada em Nisa conhecida pelo seu sportinguismo ferrenho e amor à terra, o qual era neto paterno do 1.º Visconde de Vale de Sobreira, este sobrinho materno do 1.º Barão de Maxial, aristocracia rural do Alto Alentejo. É irmão do antigo Cabo do Grupo de Forcados do Aposento da Moita Manuel Maria Vieira Duque.[1]
Concluiu os estudos secundários no Liceu Camões, em Lisboa, ingressando em seguida na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Percurso Universitário
[editar | editar código-fonte]Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde praticou râguebi, tendo praticado ainda corrida de fundo (onde ganhou uma Medalha) e ténis, da Universidade de Lisboa[1] e pós-graduado em Contabilidade e Assessoria Jurídica pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa,[2] advogado e administrador de empresas, foi adjunto de Nuno Krus Abecasis até ao final da sua Presidência da Câmara Municipal de Lisboa em 1989.[1]
Percurso Desportivo
[editar | editar código-fonte]Apesar de um dos seus irmãos se ter tornado adepto e sócio do clube rival, o Sport Lisboa e Benfica, tornou-se, como outro de seus irmãos, adepto e sócio como, aliás, todos os seus filhos e as suas filhas, do Sporting Clube de Portugal apenas após a sua saída da Faculdade de Direito e por influência do Secretário de Estado da Justiça do Governo AD de Francisco Pinto Balsemão, Alfredo de Azevedo Soares, de quem era assessor e que o introduziria no CDS, assim como de Mário Garcia, então presidente da AFL e sportinguista e também de João Rocha, Presidente do clube de Alvalade. Foi membro do Conselho Fiscal do seu clube entre 1986 e 1988, na presidência de Amado de Freitas. Posteriormente tornou-se Adjunto da Associação de Futebol de Lisboa e, entre 1993 e 1999,[3] seu Presidente, cargo no qual lutou contra a hegemonia do Futebol Clube do Porto, chegando a ser alvo dum processo, do qual foi ilibado, de irradiação do futebol pelo apoio demonstrado ao seu próprio clube no caso dum jogo Sporting-Ovarense. Desafiou José de Sousa Cintra, e Pedro Miguel de Santana Lopes a candidatarem-se à Presidência do Sporting. Candidatou-se à Presidência da Federação Portuguesa de Futebol em 1998 e sem o apoio oficial do seu clube.[1]
Em 1995 era Administrador da Praça de Touros do Campo Pequeno, em Lisboa.[1]
Entre 1999 e 2001, e durante um ano e três meses, foi o Presidente da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Sporting Clube de Portugal, durante os mandatos de José Roquette e António Dias da Cunha.[4] Como Presidente da SAD do Sporting quebrou o "jejum" de dezoito anos, sagrando-se o Clube Campeão em 2000, voltando a ser campeão dois anos depois. Demitiu-se da presidência da SAD na sequência de ter pretendido contratar José Mourinho, então sem clube, como treinador, o que não viria a efectivar-se pelo burburinho provocado, com desagrado do Benfica, e por contradição e pressões ferrenhas dalguns adeptos sportinguistas.[5] Em consequência, José Mourinho foi contratado pela União Desportiva de Leiria, que quase conseguiu o feito inédito de ser campeã, antes de ter sido contratado pelo Futebol Clube do Porto, onde obteve grandes êxitos nacionais e internacionais.
Percurso Político
[editar | editar código-fonte]Foi Deputado eleito pelo CDS - Partido Popular pelo Círculo Eleitoral de Santarém entre 2002 e 2003 e Vereador da Câmara Municipal de Sintra com o Pelouro das Obras Municipais[6] durante a Presidência de Fernando Seara entre 2003 e 2013.[7]
Regresso ao Sporting Clube de Portugal
[editar | editar código-fonte]Durante a Presidência de Luís Godinho Lopes, durante 15 meses, de 2011 a Outubro de 2012, Luís Duque voltou a ser desta vez Administrador e Vice-Presidente da SAD do seu clube.[7]
Durante o mandato do sucessor de Godinho Lopes, Bruno de Carvalho, foi aprovada em Assembleia-Geral do clube a apresentação de acções de responsabilidade civil contra si e contra três outros dirigentes da antiga e sua Administração, Luís Godinho Lopes, José Filipe Nobre Guedes e Carlos Freitas, acções estas que não vieram a ser procedentes.[8] A mesma Assembleia-Geral decidiu em 2015 aplicar-lhe 1 ano de suspensão de sócio.
Processos Judiciais
[editar | editar código-fonte]Em 2012 foi acusado no caso que envolveu a transferência em 2000 do futebolista João Manuel Vieira Pinto para o Sporting,[9] por auxílio evasão fiscal (colaboração na falta de pagamento de IRS do jogador em conexão com o prémio de assinatura), juntamente com outro dirigente do Sporting, Rui Meireles, com o jogador e com o empresário deste, José Veiga,[10] tendo sido absolvido, em 2013, pelo Tribunal da Relação de Lisboa.[11]
Liga Portuguesa de Futebol Profissional
[editar | editar código-fonte]Foi eleito 8.º Presidente da Direção da Liga Portuguesa de Futebol Profissional e, por inerência, Vice-Presidente da Federação Portuguesa de Futebol a 27 de Novembro de 2014, tendo tomado posse de imediato e até Junho de 2018, numa eleição na qual foi o único candidato, após a anulação da anterior eleição e consequente fim de mandato do seu antecessor Mário Figueiredo,[12] tendo ganho com 46 votos a favor, 5 votos brancos, 2 votos nulos e 1 abstenção, a do Atlético Clube de Portugal, e 3 ausências da votação por oposição, do Sporting Clube de Portugal, do Clube Desportivo Nacional da Madeira e do Clube Futebol União da Madeira. Abdicou do salário devido às condições financeiras da Liga, e prometeu realizar uma reforma estatutária.[13]
No dia 28 de Julho de 2015 perdeu para Pedro Proença as eleições para a Presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, o qual tomou posse a 30 de julho de 2015.[12]
Família, casamento e descendência
[editar | editar código-fonte]Casou a 2 de Outubro de 1982, com Maria Teresa Félix da Costa Seabra, nascida a 25 de Maio de 1956; deste casamento teve uma filha adotiva e três filhos. Posteriormente, teve mais um filho com Maria Cristina Bitton.
Referências
- ↑ a b c d e Record (5 de Novembro de 1999). «Luís Duque e seus trunfos: A terra, as leis e os touros». Record. Consultado em 12 de Novembro de 2014[ligação inativa]
- ↑ «Luís Borges Rodrigues reforça SAD do Sporting». Expresso. 23 de Outubro de 2012. Consultado em 12 de Novembro de 2014
- ↑ «Benfica e FC Porto lançam Luís Duque para a Liga». Público. 20 de Outubro de 2014. Consultado em 12 de Novembro de 2014
- ↑ «Luís Duque despede-se da SAD como delegado da equipa B». Record. 5 de Março de 2001. Consultado em 12 de Novembro de 2014[ligação inativa]
- ↑ «Luís Duque: «Criou-se um ambiente hostil quando quis contratar Mourinho»». Record. 4 de Outubro de 2014. Consultado em 12 de Novembro de 2014[ligação inativa]
- ↑ «Sintra: Luís Duque é o Novo Vereador das Obras Municipais». Público. 20 de Setembro de 2003. Consultado em 12 de Novembro de 2014
- ↑ a b «Perfil de Luís Duque». Correio da Manhã. 27 de Outubro de 2014. Consultado em 12 de Novembro de 2014
- ↑ «SAD do Sporting aprova queixa contra Godinho Lopes em AG». Público. 1 de Outubro de 2014. Consultado em 12 de Novembro de 2014
- ↑ «Tribunal condena João Vieira Pinto, José Veiga, Luís Duque e Rui Meireles». TSF. 10 de Setembro de 2012. Consultado em 12 de Novembro de 2014
- ↑ «João Pinto, Luís Duque e Veiga condenados por fraude fiscal». Expresso. 10 de Setembro de 2012. Consultado em 12 de Novembro de 2014
- ↑ «Relação absolve Veiga, Duque e Meireles. JVP mantém sentença». Rádio Renascença. 18 de Julho de 2013. Consultado em 12 de Novembro de 2014
- ↑ a b Liga Portuguesa de Futebol Profissional. «A História da Liga Portuguesa». Consultado em 12 de Novembro de 2014
- ↑ «Luís Duque eleito com 46 Votos a Favor». A Bola. 27 de Outubro de 2014. Consultado em 12 de Novembro de 2014. Arquivado do original em 12 de novembro de 2014
Precedido por Mário Silvares de Carvalho Figueiredo |
Presidentes da Liga Portuguesa de Futebol Profissional 27 de Outubro de 2014 – 30 de Julho de 2015 |
Sucedido por Pedro Proença Oliveira Alves Garcia |
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