Magaras
Magaras | |||
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Distribuição dos grupos étnicos e localização de algumas tribos na Líbia | |||
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árabo-berbere |
Os magaras (em árabe: مغارة; romaniz.: al-Magarha) são um dos maiores grupos de árabo-berbere da Líbia. Após os uarfalas, que são a maior tribo do país,[1] os magaras são a segunda maior tribo com população estimada de 1 milhão de pessoas.[2]
Vida
[editar | editar código-fonte]Os magaras eram originários do Fezã. Foram semi-nômades e suas alianças são mencionadas em textos históricos. Obras islâmicas do século XIV sugerem que foram uma das tribos que controlara oásis e tamareiras na região que hoje corresponde à Líbia Ocidental.[3] Seus direitos foram reconhecidos nos séculos XVI-XVIII, na era dos Piratas da Barbária.[4] Os registros históricos do Império Otomano sugerem que junto com a tribo dos riadas, os magaras foram árabes da região de Axati e que apoiaram a autoridade otomana em Fezã. Em troa de seu apoio, o Império Otomano isentou-os de tributos, permitindo-os coletar impostos de caravanas e representaram os interesses otomanos como sua força policial.[5]
Os magaras, e os uarfalas, formaram aliança com Muamar Gadafi,[1] com muitos ocupando altos postos no governo e forças de segurança da Líbia; Abedalá Senussi, cunhado de Muamar Gadafi e chefe de inteligência militar, e Abdul Basite, um oficial líbio acusado do Atentado de Lockerbie, eram descendentes da tribo magara.[6][7][8] Os magaras foram influentes apoiadores de beneficiários durante o longo período que governou a Líbia e na Guerra Civil Líbia de 2011.[1][9] Mais recentemente se registrou que alguns dos magaras se realocaram em Sirte em algum lugar junto a costa.[10]
Referências
- ↑ a b c Bassiouni 2013, p. xxxiv, xlv, 811–812.
- ↑ Al-Shalchi 2011.
- ↑ Ahmida 2011, p. 60-70.
- ↑ McLachlan 1978.
- ↑ Ahmida 2011, p. 54–56, 59.
- ↑ Homeland 2011.
- ↑ BBC 2012.
- ↑ BBC 2015.
- ↑ Genugten 2016, p. 83.
- ↑ Apps 2011.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Ahmida, Ali Abdullatif (2011). Making of Modern Libya, The: State Formation, Colonization, and Resistance, Second Edition. Nova Iorque: State University of New York. ISBN 1438428936
- Al-Shalchi, Hadeel; Keath, Lee (2011). «Gadhafi rule relies on wavering tribal support»
- Apps, Peter (2011). «Factbox: Libya's key cultural, tribal divisions». Reuters
- Bassiouni, M. Cherif (2013). Libya: From Repression to Revolution. Leida: Martinus Nijhoff. ISBN 978-90-04-25735-1
- «Analysis: Support for, opposition to, Gaddafi is tribal in nature». Homeland Security News Wire. 2011
- «Obituary: Abdelbaset al-Megrahi». BBC. 2012
- «Profile: Abdullah al-Senussi». BBC. 2015
- Genugten, Saskia van (2016). Libya in Western Foreign Policies, 1911–2011. Nova Iorque: Springer. ISBN 978-1-137-48950-0
- McLachlan, K. S. (1978). «Tripoli and Tripolitania: Conflict and Cohesion during the Period of the Barbary Corsairs (1551-1850)». Transactions of the Institute of British Geographers. The Royal Geographical Society. 3 (3): 285–294. doi:10.2307/622157