Meotas
Os meotas (em grego clássico: Μαιῶται, Maiōtai; em latim: Mæotæ[1]) foram um antigo povo que habitava a região junto ao Mar de Azove, conhecido na antiguidade como pântano Meótido ou lagoa Meótida.[2] A região da Meótida tem ao norte a Ucrânia, a leste a Rússia (incluindo a península de Taman) e a oeste a península da Crimeia. Paúis meotidos é o nome romano para o Mar de Azove.[3][4]
Identidade
[editar | editar código-fonte]A etimologia do nome e a identidade deste povo permanecem obscuros. Edward James e William Smith[carece de fontes ] eram de opinião de que o termo meota foi aplicado extensamente para vários povos de todo o Mar de Azove, em vez do nome do mar ser decorrente de um determinado povo. Suas subdivisões incluíam os povos sindos, dandários, toreatas, agrões, arréquios, tarpetes, obidiacenos, sitacenos, doscos, e "muitos outros"[5]. Destes, os sindos são os melhores documentados, e foram, provavelmente, os dominantes entre os meotas.[6] A linguagem do povo meota ou mesmo seu grupo linguístico é incerto. Uma princesa do Ixomates era chamada de Tirgatao[7], comparável a Tirgutauia, um nome em um tabuleta descoberta na hurrita Alalaque[8]. Karl Eichwald afirmou que os meotas originaram-se como uma colônia indiana[9], mas este ponto de vista é rejeitado pela maioria dos estudiosos[10][11][12][13]. Arqueólogos, historiadores e etnógrafos soviéticos concluíram que o povo meota foi uma das tribos dos circassianos[14][15]. O Cambridge Ancient History classifica os meotas como um povo de ascendência ciméria ou como aborígenes caucasianos.
História
[editar | editar código-fonte]A mais antiga referência conhecida dos meotas é a partir do logógrafo Helânico de Lesbos[16]. De acordo com Estrabão, os meotas viveram em parte como pescadores, em parte da agricultura, e foram tão guerreiros como seus vizinhos nômades. Essas hordas selvagens eram, por vezes, provenientes do Rio Tánais (hoje Rio Dom), e outras vezes do Bósforo. Em tempos posteriores, especialmente em Fárnaces II, Asander, e Pólemon I, o Reino do Bósforo se estendia até o Tánais. [carece de fontes]
Referências
- ↑ Outras variantes: Mæotians, Maeotae, Maeotici e Mæotici.
- ↑ James, Edward Boucher. "Maeotae" and "Maeotis Palus" in the Dictionary of Greek and Roman Geography, 1st ed., Vol. II. Walton & Maberly (London), 1857. Accessed 26 Aug 2014.
- ↑ Voltaire. Cândido, ou o Otimismo. [S.l.: s.n.]
- ↑ «Pauis». Dicionário
- ↑ Estrabão. Geografia, xi. (em latim).
- ↑ Boardman & Edwards 1991, p. 572
- ↑ Polyaenus. Stratagems, 8.55.
- ↑ AT 298 II.11.
- ↑ Eichwald, Karl. Alt Geogr. d. Kasp. M. p. 356.
- ↑ Bayer, Acta Petrop. ix. p. 370.
- ↑ St. Croix, Mem. de l'Ac. des Inscr. xlvi. p. 403.
- ↑ Larcher, ad Herod. vii. p. 506.
- ↑ Ukert, Friedrich August, Vol. iii. pt. 2, p. 494.
- ↑ "As tribos de Cubã (pessoas de Adyghe) são geralmente referidas pelos escritores antigos sob o nome coletivo meotas".
- ↑ "O estudo da linguagem, da toponímia e da onomástica do noroeste do Cáucaso dá os fundamentos referidos à antiga população meota na matriz étnica de Adyghe-Kassogians, que também está em consonância com os monumentos arqueológicos da cultura meota e suas ligações com as subsequentes culturas do Adyghe medieval (Circassianos). 1998.
- ↑ A referência real de Helânio é para Maliōtai (Μαλιῶται), que Sturz emendou para Maiōtai.
Fontes
[editar | editar código-fonte]- Boardman, John; Edwards, I. E. S. (1991). The Cambridge Ancient History. Volume 3. Part 2. [S.l.: s.n.] ISBN 0521227178