Michel Pastoureau
Michel Pastoureau | |
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Michel Pastoureau en 2019. | |
Nascimento | 17 de junho de 1947 (77 anos) 14.º arrondissement de Paris |
Cidadania | França |
Progenitores |
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Cônjuge | Mireille Pastoureau |
Alma mater |
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Ocupação | bolseiro de investigação, historiador |
Distinções |
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Empregador(a) | escola Prática de Altos Estudos, École du Louvre, Ècole Nationale des Chartes |
Michel-André-Lucien Pastoureau (Paris, 17 de junho de 1947[1]) é um arquivista, heraldista, paleógrafo, historiador e professor francês.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Estudou na Escola Nacional de Cartas, graduando-se arquivista paleógrafo com a tese Le Bestiaire héraldique au Moyen Âge [O bestiário heráldico na Idade Média], que mereceu menção especial do Ministério da Educação.[2] Em 1972 foi nomeado um dos conservadores da Biblioteca Nacional da França, atuando como membro da Comissão de Trabalhos Históricos e Científicos e diretor do Gabinete de Medalhas.[3][4] Deu aulas na Escola Prática de Altos Estudos e a partir de 1990 foi Diretor de Estudos.[4]
Ligado ao movimento da Escola dos Anais, seu estudo da história da percepção das cores e suas associações culturais, artísticas e simbólicas lhe daria celebridade.[5][6] Contudo, sua extensa bibliografia científica se estende também aos campos da sigilografia, heráldica e simbolismo animal.[4] Seu ensaio Bleu, histoire d'une couleur [Azul, história de uma cor] se tornou um best-seller.[5]
Foi assistente de Éric Rohmer na produção do filme Perceval le Gallois e de Jean-Jacques Annaud em sua versão de O Nome da Rosa.[5] É presidente de honra da Sociedade Francesa de Heráldica e Sigilografia.[7] Segundo Jörg Winistörfer, deão da Faculdade de Letras da Universidade de Lausanne,
- "A trajetória intelectual de Pastoureau é uma das mais originais entre os medievalistas de grande renome. Depois de se tornar um grande especialista em sigilografia, voltou-se naturalmente para a heráldica, depois para as cores e finalmente para o mundo animal. Estes diferentes desenvolvimentos assentam numa erudição impecável, entrelaçam-se e resultam de uma profunda coerência. Cada vez que Pastoureau se aproximava de uma dessas disciplinas, contribuía de forma radical, seja para transformá-la — é o caso da heráldica —, seja para abrir novos campos de investigação — é o caso da história das cores e dos simbolismos animais. Tanto num caso como no outro, as obras de Pastoureau, como o Traité d'héraldique [Tratado de Heráldica] ou L'étoffe du diable: une histoire des rayures et des tissus rayés [Pano do Diabo: uma história das listras e tecidos listrados] ou Le boeuf: histoire, symbolique et cuisine [O Bife: história, simbolismo e culinária], fascinam pela forma simples e profunda de colocar problemas reais, que abordam a história cultural europeia e ocidental durante um período muito longo, envolvendo níveis interdisciplinares de leitura: história das mentalidades, história da arte, história social. É por isso que suas obras interessam tanto a medievalistas quanto a historiadores da arte contemporânea".[4]
Prêmios e distinções
[editar | editar código-fonte]- Prêmio Broquette-Gonin da Academia Francesa pela obra La vie quotidienne en France et en Angleterre au temps des chevaliers de la Table ronde [A vida cotidiana na França e Inglaterra no tempo da Távola Redonda].[8]
- Terceiro prêmio da Academia de Inscrições e Belas Letras pela obra Traité d'héraldique [Tratado de Heráldica].[9]
- Prémio Médicis ensaio por seu livro de memórias Les couleurs de nos souvenirs [As cores de nossas recordações].[5]
- Medalha de prata (Prêmio Eugène Carrière) da Academia Francesa pela obra Bleu, histoire d'une couleur.[10]
- Oficial da Ordem das Palmas Acadêmicas.[11]
- Comandante da Ordem das Artes e das Letras.[12]
- Cavaleiro da Legião de Honra.[13]
Referências
- ↑ Chronique de l'Ecole des chartes et des archivistes-paléographes. Bibliothèque de l'École des chartes, 1968, p. 575
- ↑ École des chartes. Bibliothèque de l'École des chartes, 1972, p. 686
- ↑ Bibliothèques. Bibliothèque de l'École des chartes, 1972, p. 691
- ↑ a b c d Winistörfer, Jörg. "M. Michel Pastoureau". Université de Lausanne
- ↑ a b c d Altares, Guillermo. "Por que algumas culturas rechaçam o verde? Esse homem tem a resposta". El País, 09/10/2016
- ↑ Miyoshi, Alex. "Michel PASTOUREAU Dominique SIMONNET Le Petit Livre des couleurs. Paris: Collection Points, Éditions du Panama, 2007. 121 pp. ISBN 978-2757803103". Resenha. In: Revista de História da Arte e Arqueologia, 2009 (12)
- ↑ "Présentation". Société française d’héraldique et de sigillographie
- ↑ Prix académiques et littéraires. Bibliothèque de l'École des chartes, 1977, p. 441
- ↑ Prix académiques et littéraires. Bibliothèque de l'École des chartes, 1980, p. 361
- ↑ Prix académiques et littéraires. Bibliothèque de l'École des chartes, 2002, p. 755
- ↑ Décorations. Bibliothèque de l'École des chartes, 1999, p. 695
- ↑ "Nomination ou promotion dans l'ordre des Arts et des Lettres juillet 2009". Ministère de la Culture et de la Communication, 12/04/2010
- ↑ "Décret du 31 décembre 2020 portant promotion et nomination dans l'ordre national de la Légion d'honneur". Journal officiel Lois et Décrets, 01/01/2021