Moses Finley
Moses Finley | |
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Nascimento | Moses Israel Finkelstein 20 de maio de 1912 Nova Iorque |
Morte | 23 de junho de 1986 (74 anos) Cambridge |
Cidadania | Estados Unidos, Reino Unido, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda |
Alma mater | |
Ocupação | historiador, etnologista, professor universitário, erudito clássico |
Distinções |
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Empregador(a) | Universidade Rutgers, Universidade da Cidade de Nova Iorque |
Moses Israel Finley (20 de maio de 1912 - 23 de junho de 1986) foi um historiador americano radicado na Inglaterra, especialista na economia do mundo greco-romano. Suas obras também incluem estudos sobre a política e sociedade gregas, e ensaios teórico-metodológicos sobre o estudo da Antiguidade. É o principal expoente da vertente primitivista[1] dos estudos sobre a economia antiga, defendendo que valores como o status e a ideologia cívica governavam a economia antiga ao invés de motivações econômicas racionais.
Finley era influenciado pela metodologia marxista[2] e isso impactou sua carreira acadêmica, devido ao anticomunismo difundido durante a Guerra Fria, pois era professor universitário da Universidade Rutgers nos Estados Unidos durante o auge do Macartismo (segundo período da Ameaça Vermelha), tendo sofrido perseguições políticas que culminaram com sua demissão em 1952.[3]
Principais obras
[editar | editar código-fonte]- Economy and Society in Ancient Greece (1953) - Economia e Sociedade na Grécia Antiga. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
- The World of Odysseus (1954)
- The Ancient Greeks: An Introduction to Their Life and Thought (1963).
- Aspects of Antiquity: Discoveries and Controversies (1968) - Aspectos da Antiguidade. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
- Early Greece: The Bronze and Archaic Ages (1970) - Grécia primitiva: Idade do Bronze e Idade Arcaica. São Paulo: Martins Fontes, 1990.
- The Ancient Economy (1973) - A economia antiga. Lisboa: Afrontamento, 1986.
- Democracy Ancient and Modern (1973) - Democracia antiga e moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
- Studies in Ancient Society, editor (1974).
- The Use and Abuse of History (1975) - Uso e abuso da História. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
- Ancient Slavery and Modern Ideology (1980) - Escravidão antiga e ideologia moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1991.
- The Legacy of Greece: A New Appraisal (1981), ed. - O legado da Grécia Brasília: EDUnB, 1998.
- Politics in the Ancient World (1983) - Política no mundo antigo. Lisboa: Edições 70: 1997.
- Ancient History: Evidence and Models (1985) - História antiga: testemunhos e modelos. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
Referências
- ↑ Tambara, Ana Cláudia. (1998) Teorias modernista e primitivista: duas perspectivas para a compreensão do passado greco-romano. Uma introdução ao debate. Mimesis, Bauru, v. 19, n. 1, p. 143-149. Acesso em: 22 Set. 2012.
- ↑ LACY, Ricardo. La antigüedad roja. In: MARTÍN, C. S.; CANFORA, L.; CORTADELLA, J. La influencia de Marx y el marxismo en los estudios sobre la Antigüedad: 1. Barcelona: Mino y Davila Editores, 2021. p. 20-25.
- ↑ SCHRECKER, Ellen. Moses Finley and the Academic Red Scare. In: HARRIS, W. (Ed.). Moses Finley and Politics. Leiden: Brill, 2013. p. 61-78.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Carvalho, Alexandre Galvão. (2007) Historiografia e paradigmas: a tradição primitivista-substantivista e a Grécia antiga. Tese de doutorado. Niteroi: UFF. Acesso em: 22 Set. 2012.
- Gaia, Deivid Valério. (2010) Questões para o estudo da economia antiga: notas para uma discussão. Mare Nostrum, vol. 1. São Paulo: LEIR-MA/FFLCH-USP. Acesso em: 22 Set. 2012.
- Palmeira, Miguel (2003). Moses Finley e a economia antiga: interdisciplinariedade na produção de uma inovação historiográfica. Revista Vernáculo, no. 8-9-10, pp. 129-141. Acesso em: 22 Set. 2012.