Pornografia no Brasil
A pornografia no Brasil é marcada pelo gênero da pornochanchada, gênero que era comparada com o gênero pornô, mas que não tinha cenas de sexo explícito, por causa da censura no tempo do regime militar no Brasil. Após a abertura política, houve mais cenas de sexo explícito e a pornochanchada entrou em falência.
Pornochanchada
[editar | editar código-fonte]Durante a década de 70 e a década de 80, a pornochanchada movimentou o cinema brasileiro. Esse cinema contava com grandes atrizes como Vera Fischer, Helena Ramos, Adriana Prieto, entre outras.[1] Geralmente, esse tipo de gênero era produzido na Boca do Lixo, lugar onde foi produzido filmes como Mulher, mulher, Os Paqueras, A Dama da Zona, entre outros e não tinha nenhum tipo de sexo explícito.[2]
Esse gênero teve incentivo do governo militar, que criou o Instituto Nacional de Cinema em 1966, que em 1969 foi sucedida pela Embrafilme e também de órgãos como CONCINE, criada em 1973 e também foi incentivada por leis com o intuito de estimular e proteger o cinema nacional.[2]
O gênero faliu por causa da crise econômica nos anos 80, onde produtores desse gênero viram sua complicada situação financeira. O regime militar diminuiu a censura sobre os filmes e as empresas estrangeiras, vendo isso, exportaram seus filmes para o Brasil. Esses filmes atraíram o público masculino e as empresas brasileiras produziam maciçamente filmes desse gênero que não atraíam tanto o público brasileiro quanto os filmes do exterior.[2]
A situação do cinema brasileiro piorou com a Era Collor, com o fim das leis que incentivavam a produção de cinema nacional e de organizações como Embrafilme e CONCINE.[2]
Atualmente
[editar | editar código-fonte]Existem empresas brasileiras, como Brasileirinhas e Sexxxy World que produzem filmes pornôs no Brasil. Brasileirinhas é a maior produtora de filmes no Brasil e conta com atrizes como Júlia Paes e Mônica Mattos, além de outros.[3]
Em novembro de 2013, a Brasileirinhas deixou de lançar DVDs e passou a comercializar pela internet. Um dos motivos foi a queda acentuada de vendas desde 2007. Outras marcas, como a Explícita Vídeos, Sexxxy, Buttman e Planet Sex pararam de produzir para não quebrarem. Isso é devido ao crescimento da pornografia na internet e com isso, as empresas devem pensar em um mercado para a internet e nas possibilidades de uma plataforma portátil. [4]
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- ABREU, Nuno César de. Boca do lixo: cinema e classes populares. Campinas: UNICAMP, 2006.
- AUTRAN, Arthur. A Boca: centro do cinema voltado para o público popular. Dossiê Galante. Portal Heco.
- FINOTTI, Ivan; BARCINSKI, André. Maldito: a vida e o cinema de José Mojica Marins, o Zé do Caixão. São Paulo: Editora 34, 1998.
- RAMOS, Fernão. Cinema Marginal (1968/1973) – A representação em seu limite. São Paulo: Brasiliense / Embrafilme, 1987.
- RAMOS, Fernão (org.). História do cinema brasileiro. São Paulo: Art Editora, 1987.
Referências
- ↑ Lucas Salgado (10 de maio de 2011). «Pornochanchadas são destaque em mostra no Rio de Janeiro». Adoro Cinema. Consultado em 12 de novembro de 2011
- ↑ a b c d Marcella Grecco. «O cinema da Boca e as Pornochanchadas». Consultado em 12 de novembro de 2011
- ↑ Thyago Gadelha. «Brasileirinhas não vai fechar, garante dono da produtora». Vírgula. Consultado em 12 de novembro de 2011
- ↑ Leonardo Rodrigues (4 de abril de 2014). «Para sobreviver, pornô brasileiro abandona DVDs e Blu-rays e se reinventa». Consultado em 1º de junho de 2014