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Rafle du Vélodrome d'Hiver

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Memorial da rusga do "Vél' d'Hiv", Paris.

A Rusga do Velódromo de Inverno de Paris - em francês: la rafle du Vélodrome d'Hiver, mais conhecida como "la rafle du Vel d'hiv"[1] é o maior aprisionamento de massa de judeus realizado na França durante a Segunda Guerra Mundial. Entre o 16 e 17 de Julho de 1942, 13 152 pessoas das quais quase um terço eram crianças, foram presos em Paris e seus arredores; 8 160 foram detidos no Velódromo de Inverno de Paris durante quatro dias. Quase todos foram mortos, menos de cem sobreviveram a deportação.[2][3]

Efectuada a pedido específico da autoridade nazista no âmbito da sua política de exterminação sistemático dos Judeus da Europa, a operação “Vent printanier” organizou várias rusgas nos territórios ocupados da Europa Ocidental (França, Bélgica e Países Baixos) durante o mês de Julho de 1942. As detenções do “Vel’ d’Hiv” realizaram-se conjuntamente com a ajuda de 7 000 agentes policiais e guardas franceses por ordem do Governo francês de Vichy.[4] Os Judeus de nacionalidade francesa foram temporariamente excluídos desta rusga que de início visou essencialmente os Judeus estrangeiros e apátridas refugiados em França e mais tarde atingiu igualmente os de nacionalidade francesa.[5]

Um total de 1 129 homens, 2 916 mulheres e 4 115 crianças foram amontoados nos degraus deste estádio dedicado a competições de ciclismo, antes de serem levados aos campos de Beaune-la-Rolande e Pithiviers (Loiret).[6]

A 18 de julho começaram as deportações para a Alemanha e partiam comboios carregados de judeus em direção a Auschwitz.

Em 2017 o presidente francês Emmanuel Macron, nas cerimónias de aniversário d’A Rusga confirmou o envolvimento francês: “Foi a França que organizou e tratou da deportação de milhares de crianças a campos de concentração”.[7]

A história deste genocídio, conduzido pelo governo francês de Vichy, e a trajetória pessoal da própria jornalista entrelaçam-se no enredo de "A Chave de Sarah", sexto filme do diretor francês Gilles Paquet-Brenner, que assina também o roteiro, ao lado de Serge Joncour, adaptando o best-seller homônimo de Tatiana De Rosnay.

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Referências

  1. «Rafle du Vél'd'Hiv (16-17 juillet 1942)». Larousse. Consultado em 1 de Novembro de 2015 
  2. «La commémoration de la rafle du Vel' d'Hiv' à Drancy». Le Monde. 16 de Julho de 2012. Consultado em 1 de Novembro de 2015 
  3. «Rafle du Vél d'Hiv': la police dévoile ses archives». L'Express. 16 de Julho de 2012. Consultado em 1 de Novembro de 2015 
  4. LAFFITTE Michel (29 de Setembro de 2014). «Case Study : La rafle du Vélodrome d'hiver, 16-17 juillet 1942». Encyclopédie en ligne des violences de masse. Consultado em 1 de Novembro de 2015 
  5. Hilberg, Raul (2006). La Destruction des Juifs d'Europe. Col: Folio Histoire. II. Paris: Gallimard. pp. 1177–1185. ISBN 978-2-07-030984-9 
  6. «La commémoration de la rafle du Vel' d'Hiv' à Drancy». La Monde. 16 de Julho de 2012. Consultado em 1 de Novembro de 2015 
  7. «Como a história esqueceu o passado nazi da França (mas Macron não)»