Saltar para o conteúdo

Sargão da Acádia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sargão
Rei da Suméria e Acádia

Cabeça de bronze de um governante acadiano, descoberto em Nínive em 1931, presumivelmente representando Sargão ou o seu neto, Narã-Sim.
Rei do Império Acádio
Reinado 2 270 a.C.2 215 a.C.
Sucessor(a) Rimus
 
Nascimento c. 2 300 a.C.
  Azupiranu, Mesopotâmia (?)
Morte c. 2 215 a.C. (85 anos)
  Acádia, Mesopotâmia (?)
Nome completo  
Nome de nascimento desconhecido; nome régio Šarru-kin ("o verdadeiro rei" ou "o legítimo rei")
Taslultum
Herdeiro(a) Enheduana, Rimus, Manistusu, Ibarum, Abaixe-Tacal e Suenlil
Dinastia Acadiana
Pai La'ibum (natural); Aqui (adotivo)
Mãe desconhecida
Título(s) Rei de Quis, Lagaxe, Uma, Uruque, soberano da Suméria, Elão, Mari e Iarmuti

Sargão da Acádia, também conhecido como Sargão, o Grande (em acádio: 𒊬𒊒𒄀; romaniz.: Šarru-kinu; ŠAR.RU.KI.IN; LUGAL.GIN; lit. "o verdadeiro rei" ou "o rei é legítimo"), foi um rei acádio célebre por sua conquista das cidades-estado sumérias nos séculos XXIV a.C. e XXIII a.C.[1] Fundador da dinastia acadiana Sargão reinou por 56 anos, de 2 270 a.C. a 2 215 a.C. (cronologia curta).[2] Tornou-se um membro proeminente da corte real de Quis, acabando por derrubar o rei local antes de partir para a conquista da Mesopotâmia.

O vasto império de Sargão teria se estendido de Elão ao mar Mediterrâneo, incluindo toda a Mesopotâmia, partes dos atuais Irã e Síria, e possivelmente partes da Anatólia e da península Arábica. Governou a partir de uma nova capital, Acádia, que a lista de reis sumérios alega ter sido construída por ele (ou possivelmente reformada), situada na margem esquerda do Eufrates.[3] Sargão é o primeiro indivíduo registrado na história a ter criado um império multiétnico governado a partir de um centro, e a sua dinastia governou a Mesopotâmia por cerca de um século e meio.[4]

Origens e ascensão ao poder

[editar | editar código-fonte]

A história do nascimento e da infância de Sargão é listado na "lenda de Sargão", um texto sumério que alega ser a biografia do monarca. As versões mais antigas estão incompletas, porém os fragmentos restantes dão o nome de seu pai como La'ibum. Depois de uma lacuna, o texto pula para Ur-Zababa, rei de Quis, que acorda depois de um sonho, cujo conteúdo não é revelado na parte restante das tabuletas que contêm o texto. Por motivos desconhecidos, Ur-Zababa indica Sargão como seu serviçal. Pouco tempo depois, Ur-Zababa convida Sargão aos seus aposentos, para discutir um sonho que este havia tido, que envolvia o favor da deusa Inana e o afogamento de Ur-Zababa pela deusa. Profundamente assustado, Ur-Zababa ordena que Sargão seja assassinado pelas mãos de Beliš-tikal, o ferreiro-mor, porém Inana consegue impedir, exigindo que Sargão pare diante de seus portões por estar "poluído com sangue". Quando Sargão retorna a Ur-Zababa, o rei se assusta novamente, e decide enviar Sargão ao rei Lugalzagesi, de Uruque, com uma mensagem numa tabuleta de argila, pedindo-lhe que matasse Sargão.[5] O relato da lenda é interrompido neste ponto; presumivelmente as seções que faltam indicariam como Sargão se tornou rei.[6]

A Lista de Reis Sumérios relata: "Em Ágade [Acádia], Sargão, cujo pai era um jardineiro,[7] o copeiro de Ur-Zababa, se tornou rei, o rei de Ágade, que construiu Ágade; ele governou por 56 anos."[8] A alegação de que Sargão teria sido o fundador original de Acade foi questionada recentemente, com a descoberta de uma inscrição que menciona o local, datada do primeiro ano de Ensacusana, que quase seguramente o precedeu.[9] Esta alegação da Lista de Reis foi a base para a especulação anterior, feita por diversos acadêmicos, de que Sargão teria sido a inspiração para a figura bíblica de Ninrode.[10] A Crônica de Weidner afirma que Sargão teria construído Babilônia "diante de Acade".[11][12] A Crônica dos Reis Antigos afirma igualmente que, no fim de seu reinado, Sargão "escavou o solo do poço de Babilônia, e fez uma equivalente de Babilônia próxima a Ágade."[12][13] Recentemente, alguns estudiosos afirmaram que estas fontes poderiam estar se referindo a Sargão II, do Império Neoassírio, e não a Sargão da Acádia.[14]

Um texto neoassírio do século VII a.C., que alega ser a autobiografia de Sargão, afirma que o grande rei seria o filho ilegítimo de uma sacerdotisa. No relato neoassírio o nascimento e a infância de Sargão são descritos:

Minha mãe foi uma alta sacerdotisa, meu pai eu não conheci. Os irmãos de meus pais amavam as montanhas. Minha cidade é Azupiranu, que se situa às margens do Eufrates. Minha mãe, alta sacerdotisa, me concebeu, em segredo me pariu. Colocou-me numa cesta de juncos, e selou-o com betume. Colocou-me no rio, que se elevou sobre mim, e me carregou a Aqui, o carregador de água. Aqui, o carregador de água, me aceitou como seu filho e me criou. Aqui, o carregador de água, me nomeou como seu jardineiro. Enquanto eu era um jardineiro, Istar me concedeu seu amor, e por quatro e [...] anos eu exerci o reinado.[15]

A imagem de Sargão como um indesejado sendo colocado para flutuar num rio lembra a narrativa mais conhecida do nascimento de Moisés. Estudiosos como Joseph Campbell e Otto Rank compararam o relato de Sargão, do século VII, com os nascimentos obscuros de outras figuras heroicas da história e da mitologia, como Buda, Édipo, Páris, Télefo, Semíramis, Perseu, Rômulo, Gilgamexe, Ciro, Jesus, e outros.[16]

Formação do Império Acadiano

[editar | editar código-fonte]
O império de Sargão, fim do século XXIV a.C.

Após assumir o poder em Quis, Sargão logo atacou Uruque, que era governada por Lugalzagesi, de Uma.[17] Conquistou Uruque e demoliu suas célebres muralhas. Os defensores parecem ter fugido da cidade, juntando-se a um exército liderado por cinquenta ensis das províncias. Esta força suméria disputou uma batalha campal contra os acádios, que terminou com a debandada das forças restantes de Lugalzagesi.[18] O próprio Lugalzagesi foi capturado e trazido a Nipur; Sargão inscreveu no pedestal de uma estátua (texto que foi preservado num tablete posterior) que trouxera Lugalzagesi "numa coleira de cão até os portões de Enlil."[19] Sargão perseguiu seus inimigos até Ur, antes de se deslocar para leste, até Lagach, no golfo Pérsico, e daí até Uma. Fez um gesto simbólico de lavar suas armas no "Mar Inferior" (Golfo Pérsico), para mostrar que havia conquistado o território da Suméria em sua totalidade.[20]

Outra vitória celebrada por Sargão foi sobre Castubila, rei de Cazala. De acordo com uma fonte antiga, Sargão destruiu a cidade com tamanha intensidade que "os pássaros não conseguiam encontrar um lugar mais alto que o solo para repousar."[21]

Para ajudar a limitar a chance de revolta na Suméria, Sargão nomeou uma corte de 5400 homens para "partilhar de sua mesa" (ou seja, administrar seu império).[22] Estes 5400 homens devem ter formado o exército de Sargão.[23] Os governadores, escolhidos por Sargão para administrar as principais cidades-estado da Suméria, eram acadianos, e não sumérios.[24] O acadiano, uma língua semita, se tornou a língua oficial nas inscrições feitas em toda a Mesopotâmia, bem como a língua franca da região, com influência nos territórios vizinhos. O império de Sargão manteve contatos comerciais e diplomáticos com os reinos em torno do mar da Arábia e por todo o Oriente Médio. As inscrições de Sargão relatam que navios de Magan, Meluhha e Dilmum, entre outros locais, ancoravam na sua capital, Ágade.[25]

As antigas instituições religiosas da Suméria, já bem conhecidas e emuladas pelos semitas, foram respeitadas. O sumério continuou a ser majoritariamente a língua da religião, e Sargão e seus sucessores foram patronos dos cultos sumérios. Enheduana, autora de diversos hinos acadianos, e identificada como filha de Sargão, tornou-se sacerdotisa de Nana, a deusa da lua de Ur. O próprio Sargão se intitulou "sacerdote ungido de Anu" e "grande ensi de Enlil".[26]

Guerras no Noroeste e no Oriente

[editar | editar código-fonte]
Sargão de Acádia em sua estela da vitória, com a inscrição "Rei Sargão" (𒊬𒊒𒄀 𒈗, Šar-ru-gi lugal) inscrita verticalmente à sua frente.

Pouco tempo após dominar a Suméria, Sargão embarcou numa série de campanhas militares que visavam subjugar todo o Crescente Fértil. De acordo com a Crônicas dos Reis Antigos, um texto historiográfico babilônico tardio:

[Sargão] não tinha nem rival nem igual. Seu esplendor, sobre as terras ele espalhava. Cruzou o mar no oriente. No décimo-primeiro ano conquistou a terra ocidental, em seu ponto mais distante. Colocou-a sob uma autoridade única. Ergueu suas estátuas ali e transportou o butim do ocidente em barcas. Estacionou seus oficiais de corte a cada intervalo de cinco horas-duplas, e governou em união com as tribos das diferentes terras. Marchou a Kazallu e transformou Kazallu num monte de ruínas, de tal maneira que não havia nada que servisse de poleiro para um pássaro.[12]

Sargão capturou Mari, Iarmuti e Ebla, chegando até a "montanha de prata" (Tauro). O Império Acadiano dominou assim as rotas comerciais, para que o fornecimento de madeira e metais preciosos pudesse fluir com segurança pelo Eufrates, chegando até a Acádia.[27]

No Oriente, Sargão derrotou uma invasão feita pelos quatro líderes de Elão, liderados por Luquissã de Avã. Suas cidades foram saqueadas; os governadores, vice-reis e reis de Susa, Baraxe e dos distritos vizinhos se tornaram vassalos da Acádia, e o acadiano se tornou o idioma oficial do discurso internacional.[28] Durante o reinado de Sargão, o acadiano foi padronizado e adaptado para o uso com a escrita cuneiforme utilizada anteriormente com o idioma sumério. Um estilo de caligrafia desenvolveu-se no qual o texto em tabletes de argila e cilindros de cera era distribuído entre cenas mitológicas e rituais.[29]

Fim do reinado

[editar | editar código-fonte]

O texto conhecido como Epopeia do Rei da Batalha mostra Sargão avançando com suas tropas rumo ao coração da Anatólia, para proteger mercadores acádios e mesopotâmicos das extorsões que sofriam do rei de Buruxanda.[30] O mesmo texto menciona que Sargão teria cruzado o Mar do Oeste (Mar Mediterrâneo) indo até Cupara.[31]

Fome e guerras ameaçaram o império de Sargão durante os últimos anos de seu reinado. A Crônica dos Reis Antigos relata que diversas revoltas eclodiram por toda a região neste período.

Posteriormente, em sua [de Sargão] velhice, todas as terras se revoltaram contra ele, e o sitiaram na Acádia; e seu amplo exército ele destruiu. Em seguida ele atacou a terra de Subartu, com todo seu poder, e eles submeteram-se às suas armas, e Sargão pacificou aquela revolta, e os derrotou; conseguiu derrubá-los, e seu amplo exército ele derrotou, e trouxe suas posses para a Acádia. O solo das trincheiras da Babilônia ele removeu, e as fronteiras da Acádia fez à semelhança das da Babilônia. Porém, devido ao mal que ele havia cometido, o grande senhor Marduque, furioso, destruiu seu povo com a fome. Da aurora ao pôr-do-sol combateu-o, sem lhe dar trégua.[32]

A literatura posterior sugere que as rebeliões e outros distúrbios do final do reinado de Sargão teriam sido resultado de atos sacrílegos cometidos pelo rei. O consenso atual é de que a veracidade destas alegações é impossível de ser determinada, já que os desastres eram virtualmente sempre atribuídos a sacrilégios, inspirados na ira divina frequentemente mencionada na literatura mesopotâmica antiga.[33]

Estela de Narã-Sim, neto de Sargão, celebrando sua vitória contra os lullubi de Zagros

Sargão morreu, de acordo com sua curta cronologia, por volta de 2 215 a.C.. Seu império imediatamente se revoltou, ao ouvir as notícias da morte do rei; a maior parte destas revoltas foi debelada pelo seu filho e sucessor, Rimus, que reinou por nove anos e que foi sucedido por outro filho de Sargão, Manistusu, que reinou por 15 anos.[34] Sargão foi visto como um modelo para os reis da Mesopotâmia por cerca de dois milênios depois de sua morte; os reis assírios e babilônios se viam como herdeiros do seu império. Reis como Nabonido (reinou de 556 a 539 a.C.) mostrou grande interesse na história da dinastia sargônida, e até mesmo chegou a realizar escavações dos palácios de Sargão e de seus sucessores.[35] Alguns destes governantes podem até mesmo ter se inspirado nas conquistas do rei para iniciar suas próprias campanhas ao redor do Oriente Médio. O texto de Sargão em neoassírio desafia assim seus sucessores:

Os povos de cabeça negra [sumérios] eu comandei, eu governei; poderosas montanhas, com machados de bronze eu destruí. Escalei as montanhas superiores, e passei pelo meio das montanhas inferiores. O país do mar eu sitiei por três vezes; Dilmum eu capturei. Até o grande Dur-ilu eu fui, eu (...) eu alterei (...) Todo rei que for exaltado depois de mim, (...) Que ele comande, que ele governe os povos de cabeça negra; que poderosas montanhas, com machados de bronze, ele destrua; que ele escale as montanhas superiores, que ele passe pelo meio das montanhas inferiores; que ele sitie o país do mar por três vezes; que Dilmum ele capture; que ele vá ao grande Dur-ilu.
Original (em inglês): The black-headed peoples [Sumerians] I ruled, I governed; mighty mountains with axes of bronze I destroyed. I ascended the upper mountains; I burst through the lower mountains. The country of the sea I besieged three times; Dilmun I captured. Unto the great Dur-ilu I went up, I ... I altered ... Whatsoever king shall be exalted after me, ... Let him rule, let him govern the black-headed peoples; mighty mountains with axes of bronze let him destroy; let him ascend the upper mountains, let him break through the lower mountains; the country of the sea let him besiege three times; Dilmun let him capture; To great Dur-ilu let him go up.
— Barton 310, modernizando por J. S. Arkenberg

 (em inglês)

Outra fonte atribuiu a Sargão o desafio "qualquer rei que agora queira se dizer igual a mim, onde quer que eu tenha ido [conquistado], que ele vá."[36]

Histórias do poder de Sargão e de seu império podem ter influenciado o corpo de textos do folclore local que foi posteriormente incorporado à Bíblia. Diversos acadêmicos especularam que Sargão pode ter sido a inspiração para a figura bíblica de Ninrode, que aparece no Gênesis, bem como na literatura midráshica e talmúdica.[10] A Bíblia menciona Acádia como uma das primeiras cidades-estado do reino de Ninrode, porém não afirma de maneira explícita que ele a teria construído.[37]

Casa Real da Acádia

O nome da principal esposa de Sargão, Taslultum, e de diversos de seus filhos, são conhecidos. Sua filha, Enheduana, que viveu durante o fim do século XXIV e início do XXIII a.C., foi uma sacerdotisa, autora de diversos hinos rituais.[38] Várias de suas obras, incluindo a sua Exaltação de Inana, foram utilizadas nos séculos seguintes.[39] Sargão foi sucedido por seu filho, Rimus; após a morte de Rimus outro de seus filhos, Manistusu, subiu ao trono. Os nomes de dois de seus outros filhos, Suenil (Ibarum) e Ilabais-Tacal (Abaixe-Tacal), também são conhecidos.[40]

Referências

  1. "Sargão" provavelmente era um nome régio; seu nome de nascimento é desconhecido. Para uma discussão detalhada do nome, ver Lewis 1984:277–292.
  2. Isto de acordo com a lista de reis sumérios; as datas reais do reinado de Sargão são impossíveis de serem determinadas com certeza. Ver, por exemplo, Kramer, The Sumerians passim.
  3. Kramer, The Sumerians 1963:60–61. "Akkad provavelmente localizava-se entre Sipar e Quis.
  4. Van der Mieroop 64–72.
  5. "The Sargon Legend." The Electronic Text Corpus of Sumerian Literature. Universidade de Oxford, 2006. Ver também o mito grego de Belerofonte. Um relato similar também aparece na lenda nórdica de Amleth, que Shakespeare adaptou em Hamlet.
  6. Cooper 67–82.
  7. Thorkild Jacobsen, em sua edição da Lista de Reis Sumérios, marcou esta oração como lacuna, indicando sua incerteza a respeito. (The Sumerian King List, Assyriological Studies, No. 11. Chicago: Oriental Institute, 1939, p. 111)
  8. Estranhamente, Ur-Zababa e Lugalzagesi são ambos listados como reis, porém com diversas gerações de distância entre eles.
  9. Van de Mieroop, Cuneiform Texts 75.
  10. a b Levin 350–356; Poplicha 303–317.
  11. Grayson 19:51.
  12. a b c Chronicle of Early Kings - Livius.org (tradução para o inglês adaptada de A.K. Grayson, Assyrian and Babylonian Chronicles, 1975, e Jean-Jacques Glassner, Mesopotamian Chronicles, Atlanta, 2004.
  13. Grayson 20:18–19
  14. Stephanie Dalley, "Babylon as a Name for Other Cities Including Nineveh", in [1] Proceedings of the 51st Rencontre Assyriologique Internationale, Oriental Institute SAOC 62, pp. 25-33, 2005
  15. King 1907: 87–96
  16. Rank passim; MacKenzie 126. Embora acredite-se que Moisés tenha vivido séculos depois de Sargão, a relação cronológica exata entre as duas narrativas é incerta. De qualquer maneira, o relato do Livro do Êxodo inverte o tema; em vez de um membro da família real criado por trabalhadores comuns, Moisés é um filho de escravos que acaba sendo criado pela filha do Faraó. Ver, e.g. Lewis 211–272.
  17. Embora Sargão receba com frequência o crédito pela criação do primeiro império real, Lugalzagesi o precedeu; após subir ao poder, em Uma, conquistou ou acabou recebendo a posse de Ur, Uruque, Nipur e Lagaxe. Lugalzagesi alegava dominar terras até o Mediterrâneo. Ver Beaulieu 43.
  18. Kramer, The Sumerians 61.; Van de Mieroop, History 64–66.
  19. Oppenheim 267.
  20. Oppenheim 267.
  21. Oppenheim 266.
  22. Kramer, The Sumerians 61.
  23. Frayne 31.
  24. Van der Mieroop, History 62–68.
  25. Kramer, The Sumerians 62, 289–291.
  26. Ver, e.g., Van der Mieroop, History 67–68.
  27. Kramer, The Sumerians passim.
  28. E continuou a sê-lo por diversos séculos; as cartas de Amarna do século XIV a.C. foram escritas em acadiano.
  29. Britannica.
  30. O texto mais antigo existente a mencioná-lo está numa tabuleta em acádio descoberta nos arquivos de Amarna; traduções em hitita e hurrita foram encontradas posteriormente. Postgate 216.
  31. Possivelmente uma tradução acádia de Keftiu, localidade antiga costumeiramente associada com Creta ou Chipre. Ver Wainright 197–212; Strange 395–396; Vandersleyen 209.
  32. "Afterward in his [Sargon's] old age all the lands revolted against him, and they besieged him in Akkad; and Sargon went onward to battle and defeated them; he accomplished their overthrow, and their widespreading host he destroyed. Afterward he attacked the land of Subartu in his might, and they submitted to his arms, and Sargon settled that revolt, and defeated them; he accomplished their overthrow, and their widespreading host he destroyed, and he brought their possessions into Akkad. The soil from the trenches of Babylon he removed, and the boundaries of Akkad he made like those of Babylon. But because of the evil which he had committed, the great lord Marduk was angry, and he destroyed his people by famine. From the rising of the sun unto the setting of the sun they opposed him and gave him no rest." Botsforth 27–28. Oppenheim, no entanto, traduz a última frase como "From the East to the West he [i.e. Marduk] alienated (them) from him and inflicted upon (him as punishment) that he could not rest (in his grave)." ("Do Oriente ao Ocidente ele (ou seja, Marduque) alienou-os dele e lhe infligiu (como punição) que não pudesse descansar (em seu túmulo).") Ancient Near Eastern Texts, p. 266
  33. Britannica
  34. Kramer, The Sumerians 61–63; Roux 155.
  35. Oates 162.
  36. "Now, any king who wants to call himself my equal, wherever I went [conquered], let him go." Nougayrol 169.
  37. Gênesis 10:10. Na lista de reis sumérios, Sargão é creditado com a construção da cidade, porém existe alguma controvérsia acerca desta afirmação.
  38. Schomp 81.
  39. Schomp 81; Kramer, History Begins at Sumer 351; Hallo passim.
  40. Frayne 3637.
  • Albright, W. F., A Babylonian Geographical Treatise on Sargon of Akkad's Empire, Journal of the American Oriental Society (1925).
  • Alotte De La Fuye, M. Documents présargoniques, Paris, 1908–20.
  • Biggs, R.D. Inscriptions from Tell Abu Salabikh, Chicago, 1974.
  • Beaulieu, Paul-Alain, et al. A Companion to the Ancient near East. Blackwell, 2005.
  • Botsforth, George W., ed. "The Reign of Sargon". A Source-Book of Ancient History. Nova York: Macmillan, 1912.
  • Cooper, Jerrold S. and Wolfgang Heimpel. "The Sumerian Sargon Legend." Journal of the American Oriental Society, Vol. 103, No. 1, (Jan.-Mar. 1983).
  • Deimel, A. Die Inschriften von Fara, Leipzig, 1922–24.
  • Diakonov, Igor, 'On the area and population of the Sumerian city-State', VDI (1950), 2, pp. 77–93.
  • Frankfort, H. 'Town planning in ancient Mesopotamia', Town Planning Review, 21 (1950), p 104.
  • Frayne, Douglas R. "Sargonic and Gutian Period." The Royal Inscriptions of Mesopotamia, Vol. 2. Univ. of Toronto Press, 1993.
  • Gadd, C.J. "The Dynasty of Agade and the Gutian Invasion." Cambridge Ancient History, rev. ed., vol. 1, ch. 19. Cambridge Univ. Press, 1963.
  • Grayson, Albert Kirk. Assyrian and Babylonian Chronicles. J. J. Augustin, 1975; Eisenbrauns, 2000.
  • Hallo, W. and J. J. A. Van Dijk. The Exaltation of Inanna. Yale Univ. Press, 1968.
  • Jestin, R. Tablettes Sumériennes de Shuruppak, Paris, 1937.
  • King, L. W, Chronicles Concerning Early Babylonian Kings, II, London, 1907, pp. 3ff; 87–96.
  • Kramer, S. Noah. History Begins at Sumer: Thirty-Nine "Firsts" in Recorded History. Univ. of Pennsylvania Press, 1981.
  • Kramer, S. Noah. The Sumerians: Their History, Culture and Character, Chicago, 1963.
  • Levin, Yigal. "Nimrod the Mighty, King of Kish, King of Sumer and Akkad." Vetus Testementum 52 (2002).
  • Lewis, Brian. The Sargon Legend: A Study of the Akkadian Text and the Tale of the Hero Who Was Exposed at Birth. American Schools of Oriental Research Dissertation Series, No. 4. Cambridge, MA: American Schools of Oriental Research, 1984.
  • Luckenbill, D. D., On the Opening Lines of the Legend of Sargon, The American Journal of Semitic Languages and Literatures (1917).
  • MacKenzie, Donald A. Myths of Babylonia and Assyria. Gresham, 1900.
  • Nougayrol, J. Revue Archeologique, XLV (1951), pp. 169 ff.
  • Oates, John. Babylon. Londres: Thames and Hudson, 1979.
  • Oppenheim, A. Leo (trad.). Ancient Near Eastern Texts Relating to the Old Testament, 3d ed. James B. Pritchard, ed. Princeton: University Press, 1969.
  • Parrot, A. Mari, Capitale Fabuleuse, Paris, 1974.
  • Parrot, A. Le temple d'Ishtar, Paris, 1956.
  • Parrot, A. Les temples d'Ishtarat et de Ninni-zaza, Paris, 1967.
  • Poplicha, Joseph. "The Biblical Nimrod and the Kingdom of Eanna." Journal of the American Oriental Society Vol. 49 (1929), pp. 303–317.
  • Postgate, Nichol. Early Mesopotamia: Society and Economy at the Dawn of History. Routledge, 1994.
  • Rank, Otto. The Myth of the Birth of the Hero. Vintage Books: Nova York, 1932.
  • Roux, G. Ancient Iraq, London, 1980.
  • Sayce, A. H., New Light on the Early History of Bronze, Man, Royal Anthropological Institute of Great Britain and Ireland (1921).
  • Schomp, Virginia . Ancient Mesopotamia. Franklin Watts, 2005.
  • Strange, John. "Caphtor/Keftiu: A New Investigation." Journal of the American Oriental Society, Vol. 102, No. 2 (Abr. - Jun., 1982), pp. 395–396
  • Sollberger, E. Corpus des Inscriptions 'Royales' Présargoniques de Lagash, Paris, 1956.
  • Van der Mieroop, Marc. A History of the Ancient Near East: ca. 3000-323 BC. Blackwell, 2006.
  • Van der Mieroop, Marc., Cuneiform Texts and the Writing of History, Routledge, 1999.
  • Vandersleyen, Claude. "Keftiu: A Cautionary Note." Oxford Journal of Archaeology. vol. 22 ed. 2 pág. 209 (2003).
  • Wainright, G.A. "Asiatic Keftiu." American Journal of Archaeology. Vol. 56, No. 4 (Out., 1952), pp. 196–212.

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]