Sociedade científica
Uma sociedade científica, sociedade douta ou sociedade erudita é uma organização que existe para promover uma disciplina acadêmica, profissão ou um grupo de disciplinas relacionadas, como as artes e as ciências. A adesão pode ser aberta a todos, pode exigir a posse de alguma qualificação ou pode ser uma honra conferida por eleição.[1][2]
A maioria das sociedades científicas são organizações sem fins lucrativos e muitas são associações profissionais. Suas atividades geralmente incluem a realização de conferências regulares para a apresentação e discussão de novos resultados de pesquisa e a publicação ou patrocínio de periódicos acadêmicos em sua disciplina. Alguns também atuam como órgãos profissionais, regulando as atividades de seus membros no interesse público ou no interesse coletivo dos membros.[3]
História
[editar | editar código-fonte]Algumas das sociedades eruditas mais antigas são a Académie des Jeux floraux (fundada em 1323), Sodalitas Litterarum Vistulana (fundada em 1488), Accademia della Crusca (fundada em 1583), Accademia dei Lincei (fundada em 1603), Académie Française (fundada em 1635), Nacional de Ciências da Alemanha Leopoldina (fundada em 1652), Royal Society (fundada em 1660) e Academia Francesa de Ciências (fundada em 1666).[4][5][6][7][8]
Comunidades acadêmicas online
[editar | editar código-fonte]Após a globalização e o desenvolvimento da tecnologia da informação, certas sociedades acadêmicas - como a Modern Language Association - criaram comunidades virtuais para seus membros. Além das associações acadêmicas estabelecidas, as comunidades virtuais acadêmicas foram organizadas de tal forma que, em alguns casos, tornaram-se plataformas mais importantes para interação e colaborações científicas entre pesquisadores e professores do que as sociedades acadêmicas tradicionais. Os membros dessas comunidades acadêmicas on-line, agrupadas por áreas de interesse, usam para sua comunicação listas compartilhadas e dedicadas (por exemplo, JISCMail), serviços de redes sociais (como Facebook ou LinkedIn) e redes sociais voltadas para o meio acadêmico (como Humanities Commons, ResearchGate, Mendeley or Academia.edu).[9][10]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «What is a Learned Society?». Environmental Studies Association of Canada. Consultado em 10 de maio de 2013. Cópia arquivada em 29 de maio de 2013
- ↑ «Learned societies & academies». British Council. Consultado em 10 de maio de 2013. Cópia arquivada em 3 de junho de 2014
- ↑ «Learned Societies, the key to realising an open access future?». Impact of Social Sciences. 24 de junho de 2019. Consultado em 22 de janeiro de 2023
- ↑ «L'histoire». Académie française. Consultado em 8 de junho de 2021
- ↑ «Accueil/Actualité». Académie des Jeux floraux. Consultado em 8 de maio de 2018. Cópia arquivada em 6 de março de 2018
- ↑ «Galileo | Federico Cesi and the Accademia dei Lincei». The Galileo Project. 14 de julho de 2018. Consultado em 8 de junho de 2021. Cópia arquivada em 14 de julho de 2018
- ↑ «The reopening of the Accademia (1811) and the fifth edition of the Vocabolario (1863–1923)». Accademia della Crusca. 1 de março de 2015. Consultado em 8 de junho de 2021. Cópia arquivada em 1 de março de 2015
- ↑ Jedlitschka, Karsten (20 de junho de 2008). «The Archive of the German Academy of Sciences Leopoldina in Halle (Saale): more than 350 years of the history of science». Notes and Records of the Royal Society. 62 (2): 237–244. doi:10.1098/rsnr.2007.0009
- ↑ Taylor, Mike (14 de fevereiro de 2013). «How virtual science communities are transforming academic research». Elsevier. Consultado em 10 de maio de 2013. Cópia arquivada em 10 de agosto de 2014
- ↑ Nistor, Nicolae; Baltes, Beate; Dascălu, Mihai; et al. (2014). «Participation in virtual academic communities of practice under the influence of technology acceptance and community factors. A learning analytics application». Computers in Human Behavior. 34: 339–344. doi:10.1016/j.chb.2013.10.051. Consultado em 16 de agosto de 2019. Cópia arquivada em 6 de agosto de 2020