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Tipos de velas (náutica)

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Tipos de velas (náutica)

Tipos de velas.[1]

A. vela quadrada baixa.

B. vela quadrada alta.

C. triangular na antena, latina.

D. triangular, lança.

E. áurica no chifre e no tronco, brigantina.

G. áurica na antena.

H. áurica na esteira.

J. quadrangular em espicha.

K. trapezoidal.

L. triangular.

M. quadrangular na antena, vela árabe.

N. em sarrafos (junco).

Em função da época e do lugar, a forma das velas, que vai caracterizar o seu tipo, varia significativamente. Os estudos actuais demonstram que a forma teórica de maior rendimento a exercer trabalho num eixo horizontal é a de uma semi-elípse vertical.

É curioso assinalar que era costume chamar às velas panos, certamente porque tanto um como o outro utilizavam os mesmos tecidos, o algodão, e daí o falar-se de pano quadrado, de pano redondo, etc.

Tipo de velas

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A vela começou por ser quadrada e em seguida trapezoidal para se tornar triangular, actualmente para se obter uma superfície vélica superior para uma dada altura de mastro começa-se a utilizar de novo a vela aúrica como no FONCIA.

Foncea com vela aúrica

Um tipo de vela não está restrito a um tipo de veleiro pois que no caso da NRP Sagres ela dispõe de 23 velas, 10 de pano redondo e 13 de pano latino sendo destas últimas 11 do tipo triangular e 2 do tipo quadrangular. As velas que envergam em vergas atravessadas denominam-se velas redondas e as velas que envergam no sentido proa-popa denominam-se velas latinas.[2]

Vela quadrada — Vela redonda

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A Vela quadrada ou Vela redonda [nota 1] é o tipo de vela mais antigo da Europa pois que utilizada do Báltico ao Mediterrâneo nos navios mercantes e militares mas que não podiam navegar a mais de 600 em relação à direcção do vento. Rapidamente substituída a partir do século IX no Mediterrâneo pela Vela latina por permitir navegar próximo da linha do vento, a vela quadrada perdurou no Atlântico para lá do Idade Média nos dracares dos viquingues e nos cocas da Liga Hanseática.[3] É na verga, termo náutico que designa a peça horizontal e de madeira que se apoia no mastro, onde se prendiam as velas.

Desaparece durante a primeira metade do século XX com o fim dos grandes veleiros como a NRP Sagres

Vela ao terço

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A Vela ao terço (1/3 da altura total do mastro), com base na quadrada, começou a melhorar os resultados da navegação à bolina quando a verga passou de horizontal a quase vertical [4][5]

A Vela latina é uma vela triangular que surgiu por volta de 200 a.C. na região do mar Mediterrâneo e cuja vantagem consiste no facto de um navio poder bolinar, navegar contra-vento. As velas latinas, que geralmente são triangulares, têm uma das suas faces adjacentes a um mastro.[6] É a vela mais utilizada no veleiros monotipos ligeiros, 420, Snipe, etc.

Por muito tempo se supôs que tinha inspiração árabe — mais recentemente se reconhece que a transmissão se deu no caminho oposto: o uso desta vela pelos árabes se dá após a conquista do Egito, e a sua introdução no Oceano Índico só pode ser traçada à chegada dos portugueses na Ásia no século XVI[7]. A verga desta vela tem o nome especial de antena. Para se terem os melhores resultados, deve mudar-se a posição da antena a cada viramento de bordo, passando-a de para o outro lado do mastro. Com esta vela desapareceram as velas quadradas.

Ver artigo principal: Vela latina

Vela de espicha

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A Vela de espicha é o nome dado ao pau que preso ao mastro sobe em diagonal — entre 30 a 45 o — para segurar a vela trapezoidal de embarcações como a do Optimist.

A Vela houari é uma evolução da vela de espiche no qual este se inclina ainda mais chegar aos 25 a 30 o da vertical. Simples de instalar, permite aumentar ainda mais a superfície da vela [4]. É a prefiguração da vela triangular.

Vela aúrica — Vela de cuchillo

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A Vela aúrica ou Vela de cuchillo [6] de forma trapezoidal apresenta sempre a mesma face ao vento, e é segundo alguns especialistas náuticos uma evolução da vela quadrada até porque a verga, inicialmente horizontal, passou a inclinar-se e assim conseguiram-se melhores resultados a navegar próximo da linha do vento. O Optimist emprega uma vela deste tipo.

Este tipo de vela foi muito conhecida nas embarcações de trabalho do Atlântico Norte [5].

Vela bermudiana — Vela Marconi

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A Vela bermudiana ou vela Marconi é o antepassado do mastro com brandal tradicional onde o mastro estava inclinado para trás, como é a forma encurvada de uma prancha à vela. O termo Marconni refere-se ao sistema de fixação da vela no mastro que corre ao longo de uma fenda no mastro e se assemelha ao utilizado nas antenas da TSF de Marconi [5]

Galeria de velas

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Regular as velas

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Muito basicamente as velas têm que ser ajustadas, caçadas ou folgadas, para que numa dada direcção seja optimizada a força que o vento exerce nas vela, tanto na vela de estai como na vela grande.

Assim, quando o burro está pouco caçado, pouco tenso, a valuma fica mais solta e a vela grande enche mais ficando assim com mais saco ("barriga"). Quando o saco está bem atrás a entrada é dita fina e autoriza apenas uma estreita faixa eficiente de ar, o que permite trabalhar com um ângulo mais fechado com o vento e o barco pode orçar mais [8].

Notas

  1. Vela redonda: Vela de forma rectangular, muy utilizada antiguamente (DicNautico)
    Gata - vela redonda que se arma por cima da mezena. & Traquete - vela redonda que enverga no mastro de proa ( Em AnCruzeiros

Referências

  1. Clerc-Rampal, G. (1913) Mer: la Mer Dans la Nature, la Mer et l'Homme, Paris: Librairie Larousse, p. 213
  2. Navio-Escola "Sagres -Setembro 2011
  3. Aspecto técnico - Agosto 2011
  4. a b «Techno-Science» (em francês)  - Maio 2012}}
  5. a b c «Vela aurica & piccole barche classiche» (em italiano)  - Maio 2012}}
  6. a b Vela de cuchillo - Agosto 2011
  7. Whitewright, Julian (2009), "The Mediterranean Lateen Sail in Late Antiquity", The International Journal of Nautical Archaeology 38 (1): 98, doi:10.1111/j.1095-9270.2008.00213.x (em inglês) Casson, Lionel (1954), "The Sails of the Ancient Mariner", Archaeology 7 (4): 214 (em inglês) Casson, Lionel (1995), Ships and Seamanship in the Ancient World, Johns Hopkins University Press: 7, ISBN 978-0-8018-5130-8 (em inglês) White, Lynn (1978), "The Diffusion of the Lateen Sail", Medieval Religion and Technology. Collected Essays, University of California Press: 255–260, ISBN 978-0-520-03566-9
  8. Conhecimento náutico Arquivado em 31 de março de 2010, no Wayback Machine. - Outubro 2011

Ligações externas

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