Urbano de Gouveia
Urbano Coelho de Gouveia | |
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Urbano Coelho de Gouveia | |
13.º e 19.º Presidente do Estado de Goiás | |
Período | 1 de novembro de 1898 a 10 de junho de 1901 |
Antecessor(a) | Bernardo Antônio de Faria Albernaz |
Sucessor(a) | Bernardo Antônio de Faria Albernaz |
Período | 24 de julho de 1909 a 30 de março de 1912 |
Antecessor(a) | José da Silva Batista |
Sucessor(a) | Joaquim Rufino Ramos Jubé |
Senador federal por Goiás | |
Período | 18 de fevereiro de 1903 a 24 de julho de 1909 |
Deputado federal por Goiás | |
Período | 15 de julho de 1892 a 20 de maio de 1898 (3 mandatos consecutivos) [a] |
Dados pessoais | |
Nascimento | 8 de julho de 1852 Cantagalo, Província do Rio de Janeiro, Império do Brasil |
Morte | 17 de fevereiro de 1925 (72 anos) |
Alma mater | Escola Militar do Rio de Janeiro |
Partido | PRG (1890-1909) PD (1909-1912) |
Serviço militar | |
Serviço/ramo | Exército Brasileiro |
Anos de serviço | 1872-1913 |
Graduação | Marechal |
Conflitos | Revolução de 1909 |
Urbano Coelho de Gouveia, mais conhecido como Urbano de Gouveia (Cantagalo, 8 de julho de 1852 — 17 de fevereiro de 1925) foi um engenheiro, militar e político brasileiro filiado ao Partido Democrata. Foi presidente do Estado de Goiás de 1898 a 1901 e de 1909 a 1912, além de senador de 1903 a 1909 e deputado federal, na Constituinte de 1891.[1][2]
Primeiros anos
[editar | editar código-fonte]Nascido em Cantagalo, na Província do Rio de Janeiro, no dia 8 de julho de 1852, Urbano Coelho de Gouveia era de uma família ligada à política brasileira e goiana. Seu cunhado Leopoldo de Bulhões, irmão de sua mulher Leonor de Bulhões Jardim, foi deputado federal da Constituinte de 1891, várias vezes senador por Goiás entre 1894 e 1918, e ministro da Fazenda de 1902 a 1906 e de 1909 a 1910. Seu concunhado Francisco Leopoldo Rodrigues Jardim, casado com sua cunhada Maria Nazaré de Bulhões Jardim, foi seu antecessor na presidência estadual de Goiás, de 1895 a 1898, deputado federal em 1899 e senador de 1899 a 1905 e de 1909 a 1910.[1]
Ingressou aos 20 anos no Exército Imperial Brasileiro, tendo se formado em engenharia militar na Escola Militar do Rio de Janeiro. Em 1877, aos 25 anos de idade foi promovido à segundo-tenente. Dois anos depois, em 1879 foi o ajudante de ordens do presidente da Província de Goiás, Aristides Spínola.
Carreira política
[editar | editar código-fonte]Deputado federal por Goiás
[editar | editar código-fonte]Aderiu ao movimento científico e republicano, se unindo ao Centro Republicano de Goiás, agremiação política fundada em 1889 por seu cunhado Leopoldo de Bulhões e pelo jurista Joaquim Xavier Guimarães Natal.[2] Com a Proclamação da República do Brasil e a Constituinte de 1891, Urbano se elege deputado federal pelo seu estado natal. Foi reeleito para um mandato até o final de 1899, no entanto, devido ao apoio dos Bulhões, foi eleito presidente do Estado em 20 de maio de 1898, renunciando ao mandato na Câmara dos Deputados do Brasil.[1][3]
Presidente do Estado de Goiás
[editar | editar código-fonte]Tomou posse em 1.º de novembro, sucedendo a Bernardo Antônio de Faria Albernaz, vice-presidente de seu concunhado, Eugênio Rodrigues Jardim. Deu sustentação ao situacionismo da política da época e apoiou nas eleições 1901, a eleição de seu secretário de Justiça e do Interior, além de deputado federal, José Xavier de Almeida, que acabou vencendo o pleito. Em 10 de junho de 1901, renuncia ao seu mandato, deixando seu vice, Bernardo Albernaz, no exercício da presidência, se dirigindo ao Rio de Janeiro.
Quarto mandato como deputado federal e senador federal
[editar | editar código-fonte]Foi eleito de modo suplementar, deputado federal por Goiás, para ocupar a vaga de Xavier de Almeida, em 20 de outubro daquele ano. Exerceu o mandato até 1903, quando se elegeu em 18 de fevereiro, senador federal por Goiás. Seu mandato teria duração de 9 anos, porém renuncia para assumir o governo estadual, após a Revolução de 1909, da qual tomou parte ativamente.[4]
Revolução de 1909 e retorno à presidência de Goiás
[editar | editar código-fonte]Com as políticas de José Xavier se chocando com os interesses da família Bulhões, além da derrota eleitoral da ala bulhonista nas eleições estaduais em Goiás em 1905, e as políticas de arrocho fiscal de Almeida e seu sucessor, Miguel da Rocha Lima; o grupo situacionista liderado por Antônio Ramos Caiado, iniciou uma revolta, denominada de Revolução de 1909. Por sua vez, o então senador e general-de-brigada Urbano Gouveia decide tomar parte favorável aos interesses de seu cunhado, José Leopoldo Bulhões Jardim e seu concunhado, Eugênio Rodrigues Jardim, que liderou um cerco militar à cidade de Goiás. Criou-se o Partido Democrata
A Política das Salvações em 1912, levou às desavenças entre o grupo bulhonista e o presidente Hermes da Fonseca, incluindo Urbano que presidia o estado. Gouveia se sentiu desprestigiado e renunciou em março de 1912, encerrando precocemente seu mandato estipulado para 1913.[7]
Morte
[editar | editar código-fonte]Isolado da política e tendo saído do PD, reformou-se como marechal do Exército Brasileiro, em 1 de abril de 1913.[2] Faleceu em 17 de fevereiro de 1925.
Notas
- ↑ Foi eleito presidente do estado de Goiás e por esse motivo renunciou à sua cadeira na Câmara antes do final da legislatura.
Referências
- ↑ a b c «GOUVEIA, Urbano Coelho de» (PDF). CPDOC-FGV
- ↑ a b c «Senador Urbano de Gouveia - Senado Federal». www25.senado.leg.br. Consultado em 17 de maio de 2024
- ↑ «BULHÕES, Leopoldo de» (PDF). Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 7 de dezembro de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 2023
- ↑ Manhã, Diario da (4 de maio de 2015). «A primeira miss Goiás e a revolução de 1909[1] | Diario da Manhã». Diário da manhã. Consultado em 6 de dezembro de 2023
- ↑ «O CORONELISMO NO ESTADO DE GOIÁS. - 1 A REPÚBLICA E O CORONELISMO». 1library.org. Consultado em 7 de dezembro de 2023
- ↑ «História do Legislativo de Goiás» (PDF). web.archive.org. Consultado em 6 de dezembro de 2023
- ↑ «O Legislativo em Goiás» (PDF). web.archive.org. pp. 133–136. Consultado em 6 de dezembro de 2023
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Estado de Goiás. Mensagem enviada à Câmara dos Deputados, a 13 de maio de 1899, pelo dr. Urbano Coelho de Gouveia, presidente do estado»
- «Estado de Goiás. Mensagem enviada à Câmara dos Deputados, a 13 de maio de 1900, pelo dr. Urbano Coelho de Gouveia, presidente do estado»
- «Estado de Goiás. Mensagem enviada à Câmara dos Deputados, a 13 de maio de 1901, pelo dr. Urbano Coelho de Gouveia, presidente do estado»
- «Mensagem apresentada ao Congresso Legislativo de Goiás, a 13 de maio de 1911, pelo exmo. sr. coronel dr. Urbano Coelho de Gouveia, presidente do estado»
Precedido por Bernardo Antônio de Faria Albernaz |
Presidente do estado de Goiás 1898 — 1901 |
Sucedido por Bernardo Antônio de Faria Albernaz |
Precedido por José da Silva Batista |
Presidente do estado de Goiás 1909 — 1912 |
Sucedido por Joaquim Rufino Ramos Jubé |
- Nascidos em 1852
- Mortos em 1925
- Governadores de Goiás
- Membros do Partido Democrata (1909)
- Senadores do Brasil por Goiás
- Deputados federais do Brasil por Goiás
- Militares do estado do Rio de Janeiro
- Naturais de Cantagalo (Rio de Janeiro)
- Engenheiros do estado do Rio de Janeiro
- Marechais do Brasil
- Militares brasileiros do século XIX
- Militares brasileiros do século XX