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Neoaramaico ocidental (ܣܪܝܘܢ )ܐܰܪܳܡܰܝ Siryōn (Arōmay) | ||
---|---|---|
Pronúncia: | [sirˈjo:n][1] | |
Falado(a) em: | Síria | |
Região: | Montanhas do Antilíbano -Maalula e Jubb'adin. | |
Total de falantes: | 30,000 mil (2023)[2] | |
Família: | Afro-asiática Semítica Semítica Central Semítica do Noroeste Aramaica Aramaico Ocidental Neoaramaico ocidental | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | --
| |
ISO 639-2: | --- | |
ISO 639-3: | amw
| |
O neoaramaico ocidental (liššōna arōmay), também conhecido como siryoon ,[3] é uma forma moderna da língua aramaica e falada por aproximadamente 30.000 mil pessoas.[4][5]
Atualmente, utilizada por cristãos sírios e por muçulmanos sírios em dois vilarejos chamados: Maalula e Jubb'adin.[6] Até a Guerra Civil Síria, a língua também era falada na aldeia de Bakh'a, entretanto a aldeia foi destrída na guerra. Os falantes foram forçados a se refugiar em outras regiões sírias e no Líbano.[7]
É utilizada na região das Montanhas do Antilíbano no oeste da Síria,[6] e é a única língua neoaramaica ainda viva dentre aquelas do ramo neoaramaico ocidental.[5] As demais línguas aramaicas ainda faladas são do ramo oriental.[8]
Muitos falantes do neoaramaico ocidental vivem fora das duas aldeias, principalmente em Damasco e Beirute.[5]
A língua está ativa, porém corre risco de extinção, pois é usada como primeira língua apenas por adultos e não há registros de que seja ensinada nas escolas,logo, pode cair no desuso.[4]
Classificação
[editar | editar código-fonte]A língua neoaramaico ocidental pertence ao ramo semítico da família de línguas afro-asiáticas.[4]Por isso, possui inúmeras características comuns às outras línguas dessa família, como: o padrão de palavras formadas com raízes de três consoantes, com mudanças vocálicas, prefixos e sufixos usados para flexioná-las.[9]
O adjetivo 'semítico' é derivado da palavra "sem", nome de um dos filhos de Noé.[10] O historiador alemão August Ludwing von Schloezer quem deu, em 1781, o nome "semítas" aos hebreus, arameus, árabes e abissínios, cujas línguas são aparentadas entre si.[11]
Etimologia
[editar | editar código-fonte]A palavra aramaico (do hebraico אֲרָמַיָה Aram, Aram; grego antigo Ἀραμαϊκὴ Aramaikē; siríaco ܐܪܡܝܐ Aramaya) vem do termo "aram", nome do quinto filho de Sem, o primeiro filho de Noé,[12] e "-aico" sufixo nominal, de origem grega, que exprime a ideia de origem, ascendência. Lingua do Povo de Aram, dos arameus. Esse termo " Arameus" era utilizados pelos judeus para diferenciar os seus povos aparentados mais afastados, os "povos de Aram",[13] no Oriente.
O prefixo 'Neo', do grego néos, significa novo "novo".[14] O "neo" faz oposição ao aramaico de milênios atrás.
"Ocidental" se refere à localização onde a língua é falada, pois o agrupamento das línguas aramaicas está usualmente baseado em sua distribuição geográfica: Semítico Norte-Oriental (Mesopotâmico), Semítico Norte-Ocidental (Síria Palestina) e Semítico Sul-Ocidental(Arábia e Etiópia).[15]
História
[editar | editar código-fonte]Aramaico é uma antiga língua semítica, cujo nome vem do povo arameu, um grupo de tribos nômades e seminômades,[16] além de ser estreitamente relacionado com o hebraico e o fenício, também possui certas semelhanças com o árabe. O aramaico começou a surgir como uma língua diferente por volta do final do século XI a.C.[17] Distribuída da Síria até a Mesopotâmia ocidental, tornou-se a principal língua da região quando os caldeus que falavam o aramaico criaram o Império Neobabilônico.[18]
O aumento na utilização do aramaico começou com o Império Assírio e perdurou sob o Império Babilônico.[19] Quando esses impérios aumentaram seus domínios, o aramaico, sendo mais fácil de aprender do que o acadiano (a língua franca antecessora da região), foi adotado como a língua da administração e fala entre diferentes povos e culturas dentro dos impérios.[18]
Antes da Era Cristã, o aramaico se espalhou por quase todos as regiões do Mediterrâneo até as montanhas da Armênia e do Curdistão,mas a expansão islâmica (séculos VII e VIII) trocou por quase toda parte o aramaico pelo árabe.[20][21]
A língua neoaramaico ocidental é falada principalmente pelos moradores de Maalula (علولة) e Jubb' Adin (جبعدين), no Antilíbano (atual Síria), cerca de 60 km a nordeste de Damasco; era também falado em Bakh'a (بخعة), na mesma região, mas esta foi destruída na guerra civil.[22] A continuação deste pequeno grupo de aramaico em um domínio quase total de língua árabe é em parte devido ao relativo isolamento das aldeias ao redor das montanhas[23] e da união entre as suas comunidades. Hoje ele é um idioma ameaçado de extinção devido aos conflitos religiosos presentes na região.[24]
Após o surgimento de islã veio a consequente conversão em massa das populações locais em termos de arabização cultural e linguística.[25] Veio assim, entre os muçulmanos recém-convertidos e também entre os cristãos, o deslocamento das várias línguas aramaicas para o árabe como nova língua materna da maioria.[26] Porém, nas regiões montanhosas e isoladas o aramaico ocidental sobreviveu por um tempo relativamente longo no Líbano e Antilíbano (Síria moderna), na verdade, até ao século XVII, viajantes no Líbano ainda informavam sobre várias aldeias de língua aramaica.[27]
Dialetos
[editar | editar código-fonte]Nas últimas aldeias onde a língua ainda sobrevive, o dialeto da abandonada Bakh'a parecia ser o mais conservador, tendo sido menos influenciado pelo árabe[28] se comparado com outros dialetos, mantendo algum vocabulário que é obsoleto em outros dialetos. O dialeto de Jubb'Adin mudou mais, pois foi fortemente influenciado pelo árabe, e tem uma fonologia mais desenvolvida.[29] Influência cruzada entre aramaico e árabe tem sido mútua,[28] como o árabe sírio em si (Árabe Levantino em geral) mantém um bom substrato aramaico.
Maalula | Jubb"adin | Português |
---|---|---|
Ana Batt Nzill | ana bilay niz | Eu vou |
Como na maior parte do Levante, antes da introdução do islã, no século VII, as aldeias eram originalmente cristãs.[30] No entanto, Maaloula é a única aldeia que mantém uma população cristã significativa (que na sua maioria pertencem à Igreja Melquita Greco-Católica).[31] A maioria dos habitantes de Bakh'a e Jubb Adin adotaram o Islã ao longo das gerações, sendo agora totalmente muçulmanos.[32] Em Ma'loula, as casas são pintadas de azul em detrimento da comemoração anual em honra de Maria.[33]
Todos os dialetos ocidentais neoaramaicos sobreviventes enfrentam o perigo de extinção.[34] Como acontece com qualquer comunidade aldeã do século XXI, os jovens moradores estão migrando para grandes cidades como Damasco e Alepo em busca de melhores oportunidades de emprego,[35] sendo muito influenciados por comunidades monolíngues em língua árabe, reduzindo as oportunidades para manter ativo o neoaramaico como uma língua de uso diário, tanto que, o governo sírio fornece suporte para o ensino da língua.[36]
Desde 2007, Maaloula tem sido o lar de um instituto de Língua Aramaica estabelecido pela Universidade de Damasco que ministra cursos para manter a língua viva.[37] As atividades do instituto foram suspensas em 2010 por temores pelo fato do Alfabeto quadrado Aramaico, usado no programa, se assemelhar à forma mais “quadrada” do alfabeto hebraico.[38] Com isso, o programa passou a usar a escrita siríaca.[39]
Fonologia
[editar | editar código-fonte]Consoantes
[editar | editar código-fonte]Labial | Dental/Alveolar | Palato alveolar | Palatal | Velar | Uvular | Faríngea | Glotal | |||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Simples | Enfático | |||||||||||||||||||||
Nasal | m | n | ||||||||||||||||||||
Oclusiva | p | b | t | d | tˤ | kʲ | k | ɡ | q | ʔ | ||||||||||||
Africada | ts | tʃ | dʒ | |||||||||||||||||||
Fricativa | f | θ | ð | s | z | ðˤ | sˤ | zˤ | ʃ | ʒ | x | ɣ | ħ | ʕ | h | |||||||
Aproximante | w | l | j | |||||||||||||||||||
Vibrante | r |
Oclusivas
[editar | editar código-fonte]- As oclusivas (p,b,t,d,k e g), que possuem seus alófones aspirados(p̠, b̠, t̠, d̠, k̠ e g̠), conhecidas como letras begadkepat, ocorrem em alguns casos específicos.[40] Apenas as oclusivas, não aspiradas, aparecem duplicadas. Como se observa na tabela abaixo.[40]
Palavra | Português | |
1° | neppel | ele cai |
2° | saggi | muito |
3° | meddem | coisa |
- As oclusivas correm no início da palavra quando precedidas por uma palavra terminada em consoante.[40]
- Quando antecedida por qualquer vogal, mesmo que além dos limites das palavras, as oclusivas são aspiradas, como em neplet (nep̠let̠) 'eu caí', ebad (eb̠ad̠)'ele morrer' e nektob (nek̠tob̠)'ele escreve'.[41]
Vogais
[editar | editar código-fonte]Anterior | Posterior | ||
---|---|---|---|
curta | longa | ||
Fechada | i | ī | u |
Semifechada | e | ē/ey | o |
Aberta | a | ā | ɑ |
Fonotática
[editar | editar código-fonte]- Cada sílaba em siríaco começa com uma, e apenas uma, consoante, que é sempre seguinda por uma vogal. Qualquer encontro de duas consoantes é dividido entre os dois, porque nenhuma silaba pode começar com mais de uma consoante.[42]
- As silabas que terminam em vogal são chamadas de aberta e as que terminam em consoante são chamadas de fechadas.[42]
Tonicidade
[editar | editar código-fonte]A ênfase pode recair sobre qualquer uma das três sílabas finais de uma palavra.[43]
- Na última sílabaː Qualquer sílaba final que seja fechada[44] e contenha uma vogal longa é acentuada.[43]
- Na penúltima sílabaː se a sílaba final não for acentuada então a penúltima sílaba recebe a ênfase se contiver uma vogal longa ou for fechada.[43]
- Na antepenúltima sílabaː se os últimos dois casos listados a cima não forem atendidos, então o acento recua para a antepenúltima.[43]
Palavra | Separação
silábica + ênfase | |
Última | nebnōn | neb-nōn´ |
Penúltima | malkā | mal´-kā |
Antepenúltima | madbrā | mad´-bə-rā |
Ortografia
[editar | editar código-fonte]Atualmente, existe uma variedade de sistemas de escrita utilizadas pelo neoaramaico, pois ele foi transmitido oralmente por gerações até 2006 e não foi utilizado na forma escrita.[45]
Um Instituto de Língua Aramaica foi criado em 2006 pela Universidade de Damasco , que ministra cursos para manter a língua viva.[37] O presidente do Instituto de Línguas, George Rizkalla (Rezkallah), comprometeu-se a escrever um livro didático em neo-aramaico ocidental.[46] Sendo anteriormente não escrito, Rizkalla optou pelo alfabeto hebraico, porém,em 2010, as atividades do instituto foram encerradas devido a preocupações de que o alfabeto quadrado Maalouli-Aramaico usado no programa tivesse uma semelhança com a escrita quadrada do alfabeto hebraico, que resultou na remoção de todos os sinais com a escrita quadrada Maalouli.[47] O programa afirmou que, em vez disso, usariam o alfabeto siríaco-aramaico mais distinto, embora o uso do alfabeto Maalouli tenha continuado até certo ponto.[39]
Por esse motivo, estão apresentados abaixo os quadros dos alfabetosː Escrita quadrada Maalouli[48][49], Hebraico, Siríaco[50] e Árabe( que além das influências no neoaramaico ocidental, também deriva do aramaico)
Alfabeto Maalouli quadrado
[editar | editar código-fonte]Letra Maalouli | |||||||||||||||||||||||||||||
Letra hebraica | א | בּ | ב | גּ | ג | דּ | ד | ה | ו | ז | ח | ט | י | כּ ךּ | כ ך | ל | מ ם | נ ן | ס | ע | פּ ףּ | פ ף | צ ץ | ק | ר | שׁ | תּ | ת | ת |
Pronúncia IPA | ∅ | /b/ | /v/ | /g/, /ʒ/ | /ɣ/ | /d/ | /ð/ | /h/ | /w/ | /z/ | /ħ/ | /tˤ/ | /j/ | /k/ | /x/ | /l/ | /m/ | /n/ | /s/ | /ʕ/ | /p/ | /f/ | /sˤ/ | /k/~/ḳ/ | /r/ | /ʃ/ | /t/ | /θ/ | /tʃ/ |
Siríaco e Árabe
[editar | editar código-fonte]Letra Siríaca: | ܐ | ܒ | ܒ݆ | ܓ | ܔ | ܓ݂ | ܕ | ܕ݂ | ܗ | ܘ | ܙ | ܚ | ܚ݂ | ܛ | ܜ | ܝ | ܟ | ܟ݂ | ܠ | ܡ | ܢ | ܣ | ܥ | ܦ | ܨ | ܨ̇ | ܩ | ܪ | ܫ | ܬ | ܬ݂ | ܬ̤ |
Letra Árabe: | ا | ب | پ | گ | ج | غ | د | ذ | ه | و | ز | ح | خ | ط | ظ | ي | ک | خ | ل | م | ن | س | ع | ف | ص | ض | ق | ر | ش | ت | ث | چ |
Pronúncia IPAː | /ʔ/, /∅/ | /b/ | /p/ | /g/ | /dʒ/ | /ɣ/ | /d/ | /ð/ | /h/ | /w/ | /z/ | /ħ/ | /x/ | /tˤ/ | /dˤ/ | /j/ | /k/ | /x/ | /l/ | /m/ | /n/ | /s/ | /ʕ/ | /f/ | /sˤ/ | /ðˤ/ | /q/~/ḳ/ | /r/ | /ʃ/ | /t/ | /θ/ | /tʃ/ |
Letra Siríaca: | ܰ | ܶ | ܳ | ܺ | ܽ |
Letra Árabe: | ـَ | ـِ | ـُ | ي | و |
Pronúncia IPAː | /a/ | /e/ | /o/ | /i/ | /u/ |
Gramática
[editar | editar código-fonte]Substantivo
[editar | editar código-fonte]Estado enfático
[editar | editar código-fonte]- Todos os substantivos siríacos ocorrem em uma forma lexical básica, com a terminação ā, conhecida normalmente como estado enfático. [51]O estado enfático significa que tanto o definido , quanto o indefinido, por exemploː gabrā- "um homem ou o homem", ktābā- "o livro ou um livro".[51]
- Para a tradução, deve-se levar em conta o contexto da mensagem para que seja determinado qual dos dois se adequa a uma determinada necessidade. [51]
Gênero
[editar | editar código-fonte]Existem dois gêneros gramaticais em siríacoː masculino e feminino. Conforme as coisas e pessoas tem um gênero natural (pai/mãe, filha/filho,boi/vaca, etc.), o gênero gramatical segue o gênero natural.[51]A forma e o gênero possuem uma certa correspondência,pos todos os substantivos femininos são marcados pela terminação -tā no estado enfático, enquanto os substantivos masculinos não tem nenhuma terminação especial além da terminação ā no estado enfático. [51]
Masculino | Feminino | ||
---|---|---|---|
malkā | rei | malktā | rainha |
gabrā | homem | attā | mulher |
ktābā | livro | mdittā | cidade |
țurā | monte | qritā | aldeia |
A única exceção são dos substantivos femininos que não tem a terminação em -tā, comoː[51]
Siríaco | PortuguÊs |
---|---|
idā | mão |
emmā | mãe |
ar^cā | terra |
Verbos
[editar | editar código-fonte]Verbo simples perfeito
[editar | editar código-fonte]A forma básica do verbo perfeito se dá pela raiz verbal, que geralmente é triconsonantal, com um padrão vocálico apropriado, seja CCAC, como em ktab (ele escreveu) ou CCEC como em sleq (ele saiu)[51]
Essa forma (sleq e ktab) é a forma da terceira pessoa do singular masculino, represemta uma forma básica, não aumentada ou fundamental, do verbo. [51]
- A terceira pessoa do singular feminino acrescenta a terminação -at à raiz verbal. Ao mesmo tempo, todos os verbos sofrem uma mudança de padrão de CCaC ou CCeC para CeCC - dando a invariável forma CeCCat da 3° pessoa do singular feminino, ketbat (ela escreveu/ela escrevia) e selqat (ela saiu).[51]
- O plural masculino da terceira pessoa (eles) com a terminação -un adicionada ao singular, como em ktabun( eles escreveram) e slegun( eles saíram).[51]
Vocabulário
[editar | editar código-fonte]Exemplo de texto curto
[editar | editar código-fonte]Existem várias versões da Oração do Pai Nosso no neo-aramaico ocidental, incorporando empréstimos alterados de várias línguas, notavelmente árabe: Šēḏa (do acadiano . šēdu , que significa "mal" ou "diabo"), yiṯkan (do árabe. litakun , que significa "que pode ser" ou "ser"), ġfurlēḥ & nġofrin (do Ar. yaghfir , que significa "perdoar") e čaġribyōṯa (do Ar. jareeb , que significa "tentação").[52]
Neoaramaico ocidental | Português |
---|---|
Ōboḥ/Ōbay/Abūnaḥ ti bišmō/bišmoya yičqattaš ešmaẖ
yṯēle molkaẖ/malkuṯaẖ yiṯkan ti čbaҁēleh iẖmel bišmō/bišmoya ẖet ҁalarҁa. Aplēḥ leḥmaḥ uẖẖil yōmaḥ ġfurlēḥ ḥṭiyōṯaḥ eẖmil nġofrin lti maḥiṭ ҁemmaynaḥ wlōfaš ttaẖlennaḥ bčaġribyōṯa |
Pai Nosso que estais no céu
santificado seja o vosso nome vem a nós o vosso reino seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu O pão nosso de cada dia nos daí hoje perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido não nos deixei cair em tentação mas livrai-nos do mal. |
Numeração
[editar | editar código-fonte]Em siríaco, assim como em outras línguas semíticas, as letras do alfabeto são usadas como numerais, como emː[53]
Letra | Valor
numerico |
---|---|
ܐ | 1 |
ܒ | 2 |
ܓ | 3 |
ܕ | 4 |
ܗ | 5 |
ܘ | 6 |
ܙ | 7 |
ܚ | 8 |
ܛ | 9 |
ܝ | 10 |
ܟ | 20 |
ܠ | 30 |
ܡ | 40 |
ܢ | 50 |
ܣ | 60 |
ܥ | 70 |
ܦ | 80 |
ܨ | 90 |
ܩ | 100 |
ܪ | 200 |
ܫ | 300 |
ܬ |
Os números compostos são escritos decimalmente da direita para a esquerda.[54][55]
Algumas palavras
[editar | editar código-fonte]Neoaramaico
ocidental (siríaco) |
Português |
---|---|
abid | perdido |
ādār | marchar |
bkā/nebkē | chorar |
bnayyā | prédio/edifício |
gbā/negbē | escolher/
escolhido |
gennā | proteção |
daḥḥil | temer |
daywā | espírito mal |
ethpa ethaggi | meditar |
ethpa ethaggag | imaginar |
hegmōna | governador |
haddāmā | membro |
pa hallek | andar |
pa hallel | elogiar |
zabnā | tempo |
zahrā | brilho |
Referências
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Antes da conquista islâmica, o aramaico era falado em toda a Síria e era uma língua global. Havia muitas variantes, mas o aramaico não existia como língua escrita em todos os lugares, incluindo na região de Ma’alula, observa o professor Jastrow. A decisão de usar a escrita hebraica, em sua opinião, foi tomada de forma arbitrária.
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Antes da conquista islâmica, o aramaico era falado em toda a Síria e era uma língua global. Havia muitas variantes, mas o aramaico não existia como língua escrita em todos os lugares, incluindo na região de Ma’alula, observa o professor Jastrow. A decisão de usar a escrita hebraica, em sua opinião, foi tomada de forma arbitrária.
- ↑ «الأبجدية المربعة | PDF»
- ↑ Rettig, David (2023). The Maaloula Script: Aramaic Incantation Bowls and the Origins of Jewish Magic. [S.l.]: Oxford University Press. 384 páginas
- ↑ Wilson, Robert (2011). Elemenst of Syriac Grammar. Piscataway, USA: Georgias Press. p. 1. ISBN 978-1-61143-368-5
- ↑ a b c d e f g h i j Thackston 1944, p. 29.
- ↑ Arnold, Werner (1991). Das Neuwestaramäische: Volkskundliche Texte aus Maʻlūla (em alemão). Wiesbaden: Otto Harrassowitz. p. 144. ISBN 9783447031660
- ↑ Thackston 1944, p. 23.
- ↑ Thackston 1944, pp. 23-24.
- ↑ Thackston 1944, pp. 193-200.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Braga, Pedro (2015). «A expansão do islamismo no mundo». IGHMB. 74 (102): 4-31
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There are no significant differences in the dialect of Malula between the speech of Christians and Muslims. The native name is siryōn or arōmay.
- Zuckermann, Ghil'ad (2012). «Limits of Language Revival». The Encyclopedia of Applied Linguistics: 113. doi:10.1002/9781405198431.wbeal0705. Consultado em 24 de março de 2024
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- Werner, Arnold (2011). Western Neo-Aramaic. In Stefan Weninger (ed.), The Semitic Languages: An International Handbook: Berlin: De Gruyter Mouton. pp. 685–696
- Thackston, Wheeler (1944). Introduction to a Syriac ː an elementary grammar with readings from Syriac literature. Bethesda, Maryland: IBEX PUBLISHERS. ISBN 0-936347-98-8
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Neoaramaico ocidental em Omniglot.com
- Neoaramaico ocidental em Ethnologue
- Endangered languades - Neoaramaico ocidental
- Números em Neoaramaico ocidental
- (em alemão) Semitisches Tonarchiv: Dokumentgruppe "Aramäisch/Neuwestaramäisch" gravações de NeoAramaico Ocidental.
- The dialect of Ma’lula. Grammar, vocabulary and texts. (1897–1898) By Jean Parisot (in French): Parts 1, 2, 3 at the Internet Archive.