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 Nota: Este página é sobre um antigo povo iraniano. Se procura pelo estado psiquiátrico, veja Medo.
Representação artística de um homem medo

Os medos foram um povo iraniano antigo[1][2][3] que falavam a língua meda e habitavam uma região conhecida como Média, localizada entre o oeste e o norte do Irã. Os medos são mencionados pela primeira vez nas fontes históricas no século IX a.C. e no século VII a.C., todo o Irã ocidental e algumas outras terras estavam sob o domínio medo, mas a extensão geográfica exata permanece desconhecida.[4]

Os medos são creditados com a fundação do primeiro império iraniano da história, o Império Medo, com seus domínios supostamente se estendendo do rio Hális à Ásia Central. A língua que utilizavam pertencia ao tronco indo-europeu, e em termos étnicos, raciais, linguísticos e religiosos, estavam estreitamente relacionados com os persas.[5] Essa proximidade com os persas levou os autores gregos a ocasionalmente encontrarem dificuldades em diferenciá-los, o que é evidenciado pela referência às "Guerras Médicas".

Embora geralmente reconhecidos por desempenharem um papel importante na história do antigo Oriente Próximo, os medos não deixaram fontes escritas para reconstruir sua história. Eles são conhecidos apenas por meio das fontes de povos vizinhos, como assírios, babilônios, persas e gregos, além de alguns sítios arqueológicos iranianos que se acredita terem sido ocupados pelos medos. Os relatos sobre os medos fornecidos pelas fontes gregas clássicas criaram a imagem de um povo poderoso, que teria formado um império no início do século VII a.C. que durou até os anos 550 a.C. No entanto, uma recente reavaliação das fontes contemporâneas do período meda tem alterado as percepções dos estudiosos sobre os medos, com alguns estudiosos sugerindo até que nunca houve um reino medo poderoso. Após a derrota do último rei medo numa batalha contra os persas, a Média tornou-se uma valiosa e importante província dos vários impérios que a dominaram sucessivamente (aquemênidas, selêucidas, partas e sassânidas).[6]

A fonte original de seu nome e pátria é um nome geográfico iraniano antigo transmitido diretamente, que é atestado como o persa antigo "Māda-" (singular masculino).[7] O significado desta palavra não é conhecido com precisão.[8] No entanto, o linguista Wojciech Skalmowski propõe uma relação com a palavra proto-indo-europeia "med(h)-", que significa “central, adequado ao meio”, referindo-se ao antigo índico "Madhya-" e ao antigo iraniano "Maidiia-", ambas têm o mesmo significado.[7] O latim medium, o grego méso e o alemão mittel são derivados da mesma forma.

Os eruditos gregos durante a antiguidade baseavam conclusões etnológicas nas lendas gregas e nas semelhanças de nomes. Segundo as Histórias do historiador grego Heródoto (440 a.C.):[7]

Geografia e arqueologia

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Os medos habitavam na antiga região da Média, localizada ao oeste e ao sul do mar Cáspio, separada da costa daquele mar pela cordilheira do Elburz. No noroeste, se estendia além do lago Úrmia até o vale do rio Araques, ao passo que no seu termo oeste os montes Zagros serviam de barreira entre a Média e a terra da Assíria, e as baixadas do rio Tigre; ao leste ficava uma grande região desértica, e ao sul o país de Elão.

A terra dos medos era um planalto montanhoso com a altitude média de 900 a 1 500 metros acima do nível do mar. Uma parte considerável desta terra é uma estepe árida, onde há pouca precipitação pluvial, embora haja planícies férteis muito produtivas. A maioria dos rios flui para o grande deserto central, onde suas águas se dissipam em brejos e pântanos que secam no verão quente e deixam depósitos de sal. As barreiras naturais tornavam a defesa relativamente fácil. A cordilheira ocidental é a mais elevada, com numerosos picos de mais de 4 270 m de altitude, mas o cume mais elevado, o monte Demavend (5 771 m) se encontra na cordilheira do Elburz, perto do mar Cáspio.

Escavação da antiga Ecbátana, Hamadã, Irã

The discoveries of Median sites in Iran happened only after the 1960s.[10] Prior to the 1960s, the search for Median archeological sources has mostly focused in an area known as the "Median triangle", defined roughly as the region bounded by Hamadan and Malayer (in Hamadan province) and Kangavar (in Kermanshah province).[10] Three major sites from central western Iran in the Iron Age III period (i.e. 850–500 BC) are:[11]

The site is located 14 km west of Malāyer in Hamadan province.[10] The excavations started in 1967 with David Stronach as the director.[12] The remains of four main buildings in the site are "the central temple, the western temple, the fort, and the columned hall" which according to Stronach were likely to have been built in the order named and predate the latter occupation of the first half of the 6th century BC.[13] According to Stronach, the central temple, with its stark design, "provides a notable, if mute, expression of religious belief and practice".[13] A number of ceramics from the Median levels at Tepe Nush-i Jan have been found which are associated with a period (the second half of the 7th century BC) of power consolidation in the Hamadan areas. These findings show four different wares known as "common ware" (buff, cream, or light red in colour and with gold or silver mica temper) including jars in various size the largest of which is a form of ribbed pithoi. Smaller and more elaborate vessels were in "grey ware", (these display smoothed and burnished surface). The "cooking ware" and "crumbly ware" are also recognized each in single handmade products.[13]
  • Godin Tepe (its period II: a fortified palace of a Median king or tribal chief),
The site is located 13 km east of Kangāvar city on the left bank of the river Gamas Āb". The excavations, started in 1965, were led by T. C. Young, Jr. According to David Stronach, the evidence shows an important Bronze Age construction that was reoccupied sometime before the beginning of the Iron III period. The excavations of Young indicate the remains of part of a single residence of a local ruler which later became quite substantial.[10] This is similar to those mentioned often in Assyrian sources.[11]
  • Babajan (probably the seat of a lesser tribal ruler of Media).
The site is located in northeastern Lorestan with a distance of roughly 10 km from Nurabad in Lorestan province. The excavations were conducted by C. Goff in 1966–69. The second level of this site probably dates to the 7th century BC.[14]

These sources have both similarities (in cultural characteristics) and differences (due to functional differences and diversity among the Median tribes).[11] The architecture of these archaeological findings, which can probably be dated to the Median period, show a link between the tradition of columned audience halls often seen in the Achaemenid Empire (for example in Persepolis) and Safavid Iran (for example in Chehel Sotoun from the 17th century AD) and what is seen in Median architecture.[11]

The materials found at Tepe Nush-i Jan, Godin Tepe, and other sites located in Media together with the Assyrian reliefs show the existence of urban settlements in Media in the first half of the 1st millennium BC which had functioned as centres for the production of handicrafts and also of an agricultural and cattle-breeding economy of a secondary type.[15] For other historical documentation, the archaeological evidence, though rare, together with cuneiform records by Assyrian make it possible, regardless of Herodotus' accounts, to establish some of the early history of Medians.[16]

At the end of the 2nd millennium BC, the Iranian tribes emerged in the region of northwest Iran. These tribes expanded their control over larger areas.[17] Iranian tribes were present in western and northwestern Iran from at least the 12th or 11th centuries BC. But the significance of Iranian elements in these regions were established from the beginning of the second half of the 8th century BC.[18] By this time the Iranian tribes were the majority in what later become the territory of the Median Kingdom and also the west of Media proper.[18] A study of textual sources from the region shows that in the Neo-Assyrian period, the regions of Media, and further to the west and the northwest, had a population with Iranian speaking people as the majority.[19]

In western and northwestern Iran and in areas further west prior to Median rule, there is evidence of the earlier political activity of the powerful societies of Elam, Mannaea, Assyria and Urartu.[18] There are various and up-dated opinions on the positions and activities of Iranian tribes in these societies and prior to the "major Iranian state formations" in the late 7th century BC.[18] One opinion (of Herzfeld, et al.) is that the ruling class were "Iranian migrants" but the society was "autonomous" while another opinion (of Grantovsky, et al.) holds that both the ruling class and basic elements of the population were Iranian.[20]

The Medes first appear on the historical scene in the 9th century BCE, when they are mentioned in contemporary Assyrian texts. By this time, it is highly likely that Indo-Iranian-speaking peoples had already settled in Western Iran at least some 500 years — if not 1,000 years — prior to this period. Most scholars believe that the arrival of Indo-Iranian speaking populations into Western Iran was not the result of one mass migration, but instead small groups of nomadic pastoralists gradually infiltrated the region from the northeast over a long period of time, perhaps dating back to the early 2nd millennium BCE. These pastoralist groups gave rise to diverse cultural and linguistic groups, with one such group eventually coalescing into the people referred to by the Assyrians as the Medes.[21] From the 9th century BCE onwards the Medes were well established in Western Iran and frequently clashed with the Assyrians, their powerful neighbors to the west.

Intervenção assíria nos territórios medos

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A região montanhosa do Zagros e o planalto iraniano estavam politicamente fragmentados ao extremo. As fontes assírias dos séculos VIII e VII a.C. relatam um número desconcertante de reis e chieftains/chefes que governavam áreas de tamanhos diferentes, a maioria das quais parecia ser muito pequena. Ao se referirem aos governantes medos, os textos assírios usam o título bēl āli (significando "senhor da cidade"), um termo para governantes insignificantes demais para serem chamados de reis. Como não havia assentamentos muito grandes no território medo, bēl āli às vezes é traduzido como "chefe" ou "líder". "chieftain".

Do ponto de vista assírio, os medos eram um povo estranho vivendo além das fronteiras orientais do mundo civilizado. Salmaneser III (858-824 a.C.) foi o primeiro rei assírio a fazer esforços sérios para estender o poder de seu reino além das fronteiras do norte da Mesopotâmia propriamente dita, e foi o primeiro rei assírio a alcançar o planalto iraniano. Embora seu exército tenha atuado perto de territórios medos em 843, 827 e 826 a.C., os medos não são mencionados nos relatos dessas campanhas. Apenas uma vez, em 834, Salmaneser saiu de Parsua para atacar quatro assentamentos nas regiões de "Messi, Amadaya, Araziaš e Harhar." Entre esses, Amadaya pode ser facilmente identificado como Média, e de fontes posteriores sabe-se que Mes(s)i é outra região adjacente a oeste. Araziaš, mais tarde um chiefdom/principado medo, era vizinho próximo de Harhar, talvez o assentamento mais importante do planalto iraniano. O ataque de Salmaneser, no entanto, foi apenas um evento secundário sem consequências. Média não foi o foco da atenção de Salmaneser.

O interesse assírio nas terras altas iranianas provavelmente decorreu de sua necessidade de cavalos para abastecer os carros de guerra e a cavalaria de suas forças armadas. Durante a maior parte do século IX a.C., os assírios encontraram o que precisavam nas Montanhas Zagros, em áreas mais próximas do coração assírio e mais acessíveis. No entanto, a situação mudou quando o reino de Urartu se expandiu para as áreas ao sul do lago Urmia, cortando assim a conexão mais conveniente da Assíria com o Irã central. Isso levou a Assíria a buscar rotas de acesso novas e mais confiáveis conectando-a com áreas de criação de cavalos longe da interferência urartiana. Isso atraiu a atenção da Assíria para os medos, famosos por sua riqueza de cavalos.

In a campaign in 819 or 818 BC, Shamshi-Adad V (823-811 BC) led Assyrian forces deep into western Iran. Advancing through Mesa, Gilzilbunda, Mataya (Media), and Araziaš, he followed the path previously taken by Shalmaneser III in 834 BC. During this expedition, Assyrian forces encountered and fought a ruler named Hanaşiruka in Media. According to Shamshi-Adad's inscriptions, they purportedly killed 2,300 of Hanaşiruka's warriors and 140 cavalrymen, and Hanaşiruka's royal city of Sagbita was destroyed, along with 1,200 other settlements. However, considering later campaigns in the region, these figures seem exaggerated. Hanaşiruka fared better than his neighboring rulers, the king of Gizilbunda and the ruler of Araziaš. Hanaşiruka not only survived the assault but also did not submit to the Assyrian king and apparently had no booty taken from his land. While only a fraction of the Median territories was affected by Shamshi-Adad's incursion, this marked the first of a series of Assyrian attempts to exert control over the horse breeders of western Iran. Between 810 and 766 BC, at least seven and possibly as many as nine Assyrian campaigns were directed against Media, climaxing in the years 793-787 BC when Nergal-ila'i, the commander-in-chief of Adad-nerari III (810-783 BC), led no fewer than five expeditions east-ward.[5]

The early royal inscriptions give the impression of raids into poorly known enemy territory rather than any concerted attempt at directly controlling the region. It is only under the kings Tiglath-Pileser III (744-727 BCE) and his son Sargon II (721-705 BCE) that the Assyrians attempted to take direct control of Median territory by founding new Assyrian provinces in the western Zagros. They also converted some Median towns to Assyrian centers, renaming them with the prefix kār, which meant “harbor” or “trading station”.[21]

The earliest Assyrian incursions into the Zagros region seem to have focused mainly on plunder. Their new names highlight their central role in commerce. The lords of these cities appear to have retained local power as long as they offered the appropriate tribute.[22]

In the course of his campaigns, Tiglath-Pileser II established two new provinces, expanding the permanent Assyrian presence much further onto the Iranian Plateau. East of the existing Assyrian province of Zamua (established no later than 843 BC), Tiglath-Pileser founded the province of Parsua. Additionally, the province of Namri, likely established in the 790s BC, now shared a border with the newly created province of Bit-Hamban. The Assyrian overland route connecting the Median territories with the Mesopotamian lowlands now reached as far as the strategically significant city of Harhar on the Iranian Plateau. In 738 BC, Tiglath-Pileser sent an army detachment against "the mighty Medes in the east", likely in the region beyond Mount Alvand. The operation was successful, with the Assyrians capturing the settlement of Mulugani and taking "5,000 horses, people, oxen, sheep, and goats."

Tiglath-Pileser II's achievements satisfied Assyria's demand for horses for about one generation. Twenty years later, Sargon II (721-705 BC) resumed efforts to strengthen the Assyrian Empire's grip on western Iran even further. This renewed advance was a highly concentrated affair, accomplished in just four years from 716 to 713 BC, during which time the Median lands were invaded no fewer than three times. Since most chiefs who paid tribute in 714 BC, did not do so again in 713 BC, conclude that even in 713 BC, when the Assyrian Empire's involvement with the Median territories was at its absolute peak, only a small fraction of the Median chiefs in power established a lasting relationship with the Assyrian conqueror. The majority anticipated that Assyrian forces would eventually withdraw, as they had done in the past. However, the establishment of fortresses in Harhar and Kišesim in 716 BC marked a turning point. From then on, the Assyrians maintained a permanent presence in western Iran.

However, the effectiveness of Assyrian rule was still limited and remained weak, especially in areas east of the Zagros mountain range. Since direct control over the Medes was challenging to keep, deals were made with those local rulers. In exchange for recognizing the Assyrian king's authority, providing a fixed quantity of horses as tribute, and fulfilling other obligations, cooperative chiefs received the protection of the Assyrian Empire and retained the freedom to govern their subjects as they deemed fit. This compromise usually suited both sides well.[5] Em 713 a.C., Sargão II alcançou os limites distantes da Média nas montanhas Bicni, conseguindo durante essa campanha receber tributo de 45 chefes de cidade. Sargão II realizou outra expedição à Média em 708 a.C., mas foi incapaz de realizar seu objetivo de conquistar todas as terras medas ou estabelecer um controle estável sobre elas. Posteriormente, as tribos do planalto iraniano que se opunham à predominância assíria consolidaram seus esforços contra ela. No final do século VIII a.C., os primeiros grandes sindicatos e estados baseados em confederações tribais começaram a surgir no oeste do território iraniano, chefiado por chefes locais.[23]

The deterrent of force wasn’t always sufficient to keep control over the Medes. While during Sargon II's reign, the Medes seemed contained through diplomacy and the strategic backing of competing factions, by the time of his grandson Esarhaddon (680-669 BCE), the Assyrians appeared to have lost ground in Media. Records from this period indicate unrest in the Median provinces. In inquiries directed to the god Shamash, the king seeks guidance on the power of the Medes and their allies, the Cimmerians and Manneans. Notably, the bēl-āli of Karkaššî, Kaštaritu, becomes the focus of the king’s concern. Even the once routine collection of horse tribute from the Medes now encounters unexpected difficulties.

The adê tablets record the oaths made by eight Zagros-dwelling bēl-ālāni who swore loyalty to Esarhaddon and his crown prince Ashurbanipal (668-631 BC). The interpretation of these oaths has been a subject of debate, ranging from vassal treaties to the swearing in of a corps of Median bodyguards to the crown prince. The discovery of a very similar tablet from the Syrian site of Tell Tayinat points to an empire-wide attempt at making all allies swear allegiance to the crown-prince before Esarhaddon’s death. According to one of Esarhaddon’s inscriptions, six years prior one of these bēl-ālāni, Ramataya of Urakazabarna, had visited the Assyrian court. He brought tribute in the form of horses and lapis lazuli, seeking Esarhaddon's assistance against rival bēl-ālāni. However, it appears that the oaths and alliances eventually fell apart, leading to the tablets that documented them being taken from the temple storage room and crushed. While, by the mid-seventh century, the Median bēl-ālāni seemed poised to form alliances that could have united against the Assyrians, there is no indication that the fundamental political structure of the Medes as independent bēl-ālāni was undergoing significant changes as Herodotus’s story of Deioces’s rise would suggest.

The last mention of Median bēl-ālāni comes from an inscription of Ashurbanipal that recounts a campaign of 656 BCE, in which three Median bēl-ālāni rebelled and were captured and brought back to Nineveh. As it became conceivable for a united Media to defeat Assyria and assume her mantle of power in the region, the impetus to unite may have been stronger than the competitive forces dividing the bēl-ālāni.[21]

Rise and fall

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Timeline of Pre-Achaemenid era.

From the 10th to the late 7th centuries BC, the western parts of Media fell under the domination of the vast Neo-Assyrian Empire based in northern Mesopotamia, which stretched from Cyprus in the west, to parts of western Iran in the east, and Egypt and the north of the Arabian Peninsula. Assyrian kings such as Tiglath-Pileser III, Sargon II, Sennacherib, Esarhaddon, Ashurbanipal and Ashur-etil-ilani imposed Vassal Treaties upon the Median rulers, and also protected them from predatory raids by marauding Scythians and Cimmerians.[24]

During the reign of Sinsharishkun (622–612 BC), the Assyrian empire, which had been in a state of constant civil war since 626 BC, began to unravel. Subject peoples, such as the Medes, Babylonians, Chaldeans, Egyptians, Scythians, Cimmerians, Lydians and Arameans quietly ceased to pay tribute to Assyria.

Neo-Assyrian dominance over the Medians came to an end during the reign of Median King Cyaxares, who, in alliance with King Nabopolassar of the Neo-Babylonian Empire, attacked and destroyed the strife-riven Neo-Assyrian empire between 616 and 609 BC.[25] The newfound alliance helped the Medes to capture Nineveh in 612 BC, which resulted in the eventual collapse of the Neo-Assyrian Empire by 609 BC. After the fall of Assyria, a unified Median state was formed, which together with Babylonia, Lydia, and ancient Egypt became one of the four major powers of the ancient Near East. The Medes were subsequently able to expand beyond their original homeland and had eventually a territory stretching roughly from northeastern Iran to the Kızılırmak River in Anatolia.[26]

Cyaxares was succeeded by his son King Astyages. In 553 BC, his maternal grandson Cyrus the Great, the King of Anshan/Persia, a Median vassal, revolted against Astyages. In 550 BC, Cyrus finally won a decisive victory resulting in Astyages' capture by his own dissatisfied nobles, who promptly turned him over to the triumphant Cyrus.[26]

Median dynasty

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Ver artigo principal: Median dynasty

In Herodotus (book 1, chapters 95–130), Deioces is introduced as the founder of a centralized Median state. He had been known to the Median people as "a just and incorruptible man" and when asked by the Median people to solve their possible disputes he agreed and put forward the condition that they make him "king" and build a great city at Ecbatana as the capital of the Median state.[27] Judging from the contemporary sources of the region and disregarding[28] the account of Herodotus puts the formation of a unified Median state during the reign of Cyaxares or later.[29]

The list of Median rulers and their period of reign is compiled according to two sources. Firstly, Herodotus who calls them "kings" and associates them with the same family. Secondly, the Babylonian Chronicle which in "Gadd's Chronicle on the Fall of Nineveh" gives its own list. A combined list stretching over 150 years is thus:

However, not all of these dates and personalities given by Herodotus match the other near eastern sources.[30]

História posterior

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O Palácio Apadana, baixo-relevo aquemênida do século V a.C. mostrando um soldado medo atrás de um soldado persa, em Persépolis

Após a vitória de Ciro contra Astíages, os medos foram subjugados por seus parentes próximos, os persas.[31] No novo império, eles mantiveram uma posição proeminente; em honra e guerra, ficaram ao lado dos persas; seu cerimonial de corte foi adotado pelos novos soberanos, que nos meses de verão residiam em Ecbátana; e muitos nobres medos foram empregados como oficiais, sátrapas e generais.

Em períodos posteriores, os medos e especialmente os soldados medos são identificados e retratados de forma proeminente em sítios arqueológicos antigos, como Persépolis, onde são mostrados como tendo um papel e presença importantes no exército do Império Aquemênida.

Cultura e sociedade

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Relevo em pedra de um homem medo

A quase completa falta de material escrito torna difícil saber como os medos concebiam sua sociedade. De acordo com Heródoto, a sociedade persa durante o reinado de Ciro, o Grande era composta de "numerosas tribos" (génea), e cada tribo era dividida em “clãs” (phrātría). Este esboço geral do historiador grego reflete o conceito de que os grupos sociais aos quais os indivíduos pertencem são a família, o clã, a tribo e o país. Embora as afiliações de clã ou conexões tribais de indivíduos importantes raramente sejam mencionadas em textos do período aquemênida, não pode haver dúvida de que os persas ainda se identificavam por suas relações com a família (nome do pai), clã e tribo. É bem provável que os medos também o tivessem feito, porque, de acordo com Heródoto, sua nação também era composta de tribos (génēa).[32]

As inscrições assírias utilizam o termo incomum bēl-āli para se referir aos líderes medos, um termo que ocasionalmente é aplicado também a governantes de outras entidades no Zagros, mas que é desconhecido em outros registros assírios. Literalmente traduzido, o termo significa "chefe de uma cidade", mas tem sido traduzido de várias outras maneiras, como "chefe tribal", "líder da cidade" ou "senhor da cidade". O uso do termo pelos assírios provavelmente reflete sua própria interpretação de uma estrutura de poder que não lhes era familiar. Sabe-se pelas fontes assírias que a posição de bēl-āli poderia ser hereditária.[21] No entanto, essas fontes não fornecem informações sobre a estrutura organizacional acima do nível de chefes tribais, e a estrutura interna do chefados medos permanece em grande parte desconhecida. Segundo Heródoto, os medos eram divididos em seis tribos: busai, paretacênios, estrucatas, arizantianos, budianos e magos. O nome dessas tribos parece ser completamente desconhecido pelos assírios, apesar de séculos de contato direto com diversos grupos medos. Apenas o nome dos paretacênios soa semelhante às terras de Partakka e Partukka, cujos líderes buscaram ajuda do rei assírio Assaradão (680-669 a.C.). Se alguma estrutura tribal existisse do século IX ao VII a.C., sua importância política provavelmente era mínima. Contrariamente às expectativas, as rivalidades internas dos medos não resultaram na concentração de terras, riqueza e poder nas mãos de um número cada vez menor de chefes ao longo do tempo; ocorreu o oposto. Em 819 a.C., um pequeno número de chefes medos mobilizou forças consideravelmente mais fortes contra a Assíria do que seus descendentes mais numerosos fizeram na segunda metade do século VIII a.C., quando foram atacados por Tiglate-Pileser III e Sargão II. Isso sugere que os filhos dos chefes tinham direitos iguais de herança, levando à divisão das terras de seus pais, aumentando o número de chefados e acelerando a fragmentação política da Média. As inscrições de Sargão II identificam pelo menos 55 chefados medos, e considerando que provavelmente existiam outros chefados menos importantes não mencionados nos registros assírios, o número total poderia ter chegado a uma centena ou até mais.[5]

Presumably the tribal union of the Medes was not merely nominal. It is to this union that the Medes must have owed at times the possibility of collective action with a choice of capable leaders. But such unity could manifest itself only occasionally. In the majority of the cases the Medes, in spite of their strength, were divided. The six Median tribes resided in Media proper, the triangular area between Rhagae, Aspadana and Ecbatana.[33] In present-day Iran,[34] that is the area between Tehran, Isfahan and Hamadan, respectively. Of the Median tribes, the Magi resided in Rhagae,[35] modern Tehran.[36] They were of a sacred caste which ministered to the spiritual needs of the Medes.[37] The Paretaceni tribe resided in and around Aspadana, modern Isfahan,[33][38][39] the Arizanti lived in and around Kashan (Isfahan Province),[33] and the Busae tribe lived in and around the future Median capital of Ecbatana, near modern Hamadan.[33] The Struchates and the Budii lived in villages in the Median triangle.[40]

A vida familiar dos medos era baseada na autoridade patriarcal e a poligamia era permitida. Estrabão (Geograf. XI, 13.11) menciona uma lei estranha aplicada a todos os medos - uma lei que obrigava todo homem não ter menos que cinco esposas. É muito improvável que tal fardo fosse realmente obrigatório para alguém: muito provavelmente cinco esposas legítimas, e não mais, eram permitidas pela lei mencionada, assim como quatro esposas, e não mais, são legais para os muçulmanos.[41] Os medos tinham "cidades", provavelmente pequenos assentamentos fortificados como os identificados arqueologicamente. Essas localidades eram caracterizados por fortificações, armazéns, edifícios de culto e edifícios cerimoniais. A população comum não residia dentro desses locais, nem necessariamente nas proximidades imediatas; presume-se que eles habitavam pequenas aldeias ou acampamentos pastoris.[42]

Os medos são retratados nos relevos de Persépolis. Esses relevos datam de 515 a.C., ou seja, apenas 35 anos após a queda do Império Medo, o que indica que essas representações podem ser relevantes no contexto da representação da aparência e das vestes medas. Os relevos representando os medos aparecem em três lugares, mostrando guardas, nobres e suas delegações. A razão para sua frequente representação reside no fato de que os medos tinham um status privilegiado no Império Aquemênida. O primeiro relevo mostra quatro medos e lanceiros persas. Nesse relevo, os medos usam casacos curtos, calças e gorros redondos, sob os quais parecem com cabelos crespos.[43] Até o presente momento não foram encontradas representações das mulheres medas em esculturas, mas de acordo com Xenofonte elas eram notáveis por sua estatura e beleza. As mesmas qualidades eram observáveis nas mulheres persas, conforme é dito por Plutarco e outros.[41]

Faravahar, um símbolo do zoroastrismo

As informações sobre a religião dos medos são muito escassas. Primary sources pointing to religious affiliations of Medes found so far include the archaeological discoveries, personal names of Median individuals, and the Histories of Herodotus. Entre 1967 e 1977, David Stronach escavou um edifício que havia sido construído por volta de 750 a.C. e parece ter caráter principalmente religioso. Esse edifício está localizada em Tepe Nus-i Jã, cerca de 60 km ao sul de Hamadã. O edifício foi erguido sobre uma rocha com cerca de 30 metros de altura e inclui um “Santuário Central”, “Santuário Ocidental”, “Fortaleza” e “Salão Colunado”, que eram cercados por uma parede de suporte circular de tijolos. O Santuário Central tinha uma forma de torre com um altar interno triangular. Seu espaço é de 11×7 metros e as paredes têm oito metros de altura. Perto do canto oeste do altar, foi descoberto um altar de fogo escalonado, construído com tijolos de barro. Como se sabe, o culto ao fogo era um legado indo-iraniano comum.[23]

O restante de nossas informações sobre a religião meda baseia-se principalmente nas Histórias de Heródoto. Ele relata que os medos tinha uma casta sacerdotal, os magos, que seriam uma das tribos deste povo. Eles tinham o direito ou privilégio de servir como sacerdotes não apenas para os medos, mas também para os persas. Assim, eles constituíam uma casta sacerdotal que passava suas funções de pai para filho. Os magos desempenharam um papel significativo na corte do rei medo Astíages, atuando como conselheiros, intérpretes de sonhos e adivinhos. Os nomes pessoais dos indivíduos medos também são uma fonte de informação a respeito da religião meda. Os textos assírios dos séculos IX e VIII a.C. contém exemplos nos quais o primeiro elemento é familiar tanto do antigo persa quanto do avéstico: a palavra indo-iraniana arta- (lit. verdade) ou nomes teóforos com Masdacu e até o nome do deus Aúra-Masda. A religião que os magos promoveram poderia ser algum tipo de pré-zoroastrismo ou o próprio zoroastrismo. Este é um tópico controverso sobre o qual os estudiosos ainda não concordaram. Os autores clássicos consideravam os magos como sacerdotes zoroastrianos. From the personal names of Medes as recorded by Assyrians (in 8th and 9th centuries BC) there are examples of the use of the Indo-Iranian word arta- (lit. "truth") which is familiar from both Avestan and Old Persian and also examples of theophoric names containing Maždakku and also the name "Ahura Mazda".[44]

Scholars disagree whether these are indications of Zoroastrian religion amongst the Medes. Diakonoff believes that "Astyages and perhaps even Cyaxares had already embraced a religion derived from the teachings of Zoroaster" and Mary Boyce believes that "the existence of the Magi in Media with their own traditions and forms of worship was an obstacle to Zoroastrian proselytizing there".[44] Boyce wrote that the Zoroastrian traditions in the Median city of Ray probably goes back to the 8th century BC.[45] It is suggested that from the 8th century BC, a form of "Mazdaism with common Iranian traditions" existed in Media and the strict reforms of Zarathustra began to spread in western Iran during the reign of the last Median kings in the 6th century BC.[44]

O orientalista Igor Diakonoff supôs que Astíages e talvez até Ciaxares já haviam adotado uma religião derivada dos ensinamentos de Zoroastro (embora certamente não seja idênticos à sua doutrina). Outros estudiosos, no entanto, não compartilha dessa opinião. Mary Boyce chegou a argumentar que a existência dos magos na Média com suas próprias tradições e formas de culto era um obstáculo para o proselitismo zoroastriano ali. Com toda a probabilidade, desde o século VIII a.C., prevaleceu na Média um tipo de masdaísmo com tradições indo-iranianas comuns, para o qual características específicas do zoroastrismo eram estranhas, enquanto a religião reformada por Zoroastro começou a se espalhar no oeste do Irã apenas na primeira metade do século VI a.C., sob os últimos reis medos.[23] Também é sugerido que os medos podem ter praticado o mitraísmo e tiveram Mitra como sua divindade suprema.[46]

Ver artigos principais: Língua meda e Literatura meda

If writing was employed by the Medes, it likely utilized a script similar to Aramaic that was written on perishable materials because no historical accounts, literary texts, bureaucratic records, or even commercial transaction records survived to give us clues into their way of life. In the absence of written records, the language spoken by the Medes is lost to us, but some small elements of it have been reconstructed from place names, personal names, and some suggested Median linguistic remnants in Old Persian.[21]

Median people spoke the Median language, which was an Old Iranian language. No original deciphered text has been proven to have been written in the Median language. There are examples of "Median literature" found in later records. One is according to Herodotus that the Median king Deioces, appearing as a judge, made judgement on causes submitted in writing. There is also a report by Dinon on the existence of "Median court poets".[47] Median literature is part of the "Old Iranian literature" (including also Saka, Old Persian, Avestan) as this Iranian affiliation of them is explicit also in ancient texts, such as Herodotus's account[48] that many peoples including Medes were "universally called Iranian".[49]

A língua meda provavelmente era falada no oeste e no centro do Irã. Numerosas palavras não persas nos textos persas antigos são comumente presumidas como sendo medas, e outras formas medas são preservadas nas versões acádias das inscrições aquemênidas e em outros lugares.[50] As palavras medas nos textos persas antigos, segundo Schmitt, aparecem "com mais frequência entre os títulos reais e entre os termos da chancelaria, assuntos militares e judiciais".[51]

A origem e as características da língua meda ainda são debatidas. No entanto, é claro que se trata de uma língua iraniana antiga, próxima do persa antigo.[carece de fontes?] Em sua Geografia, Estrabão menciona a afinidade da língua meda com outras línguas iranianas, afirmando que os povos iranianos falavam praticamente a mesma língua, mas com pequenas variações.[52] Se os medos tinham uma literatura escrita, o que é pouco provável, nenhum fragmento dela foi preservado até os dias atuais e, consequentemente, nada se sabe diretamente sobre sua língua. No entanto, ao analisar os nomes próprios que chegaram até nós, é possível inferir que sua língua provavelmente diferia apenas dialeticamente do persa antigo.[53] Nenhum documento datado do período medo foi preservado, e não se sabe com qual escrita os textos produzidos por este povo eram feitos. Até agora apenas uma placa de bronze que data do período pré-aquemênida foi encontrada no território medo, um registro de uma escrita cuneiforme em acádio que data do século VIII a.C., mas não menciona nenhum nome medo. Uma inscrição cuneiforme em um pedaço de prata foi escavada na Média em Tepe Nus-i Jã, mas apenas o final de um sinal e o início do próximo foram preservados. Não se sabe se os medos usavam a escrita acádia para escrever.[23]

Arte e arquitetura

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Ritão de ouro em forma de cabeça de carneiro, do final do século VII ou início do século VI a.C., Museu Reza Abbasi, Teerã.

Very little remains of the material culture of the Medes, and it is challenging to confidently attribute artifacts from the period before the Persian Empire to the Medes specifically or to other groups residing in western Iran during the Iron Age. For this reason, Median art remains a purely speculative topic,[5] e mesmo sua existência é negada por alguns estudiosos.[23] Géza de Francovitch observou que não há uma única obra comprovadamente de origem meda no registro arqueológico. Essa observação parece se manter relevante, mesmo após a escavação de dois sítios aparentemente medos no oeste do Irã e após o surgimento de mais escritos acadêmicos que afirmam ter desvendado e percebido as características da arte meda.[54] Ainda, outros estudiosos presumem que os sítios arqueológicos como Tepe Nus-i Jã e Godin Tepe localizados na Média e datados dos séculos VIII e VII a.C. são exemplos de se considerar a existência da arte meda. Embora Tepe Nus-i Jã não fosse uma capital, segundo David Stronach, tornou-se um elo importante em uma cadeia de evidências sobre a composição e o desenvolvimento da arquitetura meda, bem como na incorporação da cultura meda na antigas civilizações orientais. Na arquitetura de Tepe Nus-i Jã e Godin Tepe podem ser rastreados influência e empréstimos diretos de detalhes finos e formas arquitetônicas inteiras e design de edifícios que tiveram análogos precisos na arte assíria e urartiana. Os medos não apenas tomaram emprestado alguns elementos da arte estrangeira, mas também os utilizaram em formas com novas funções e significados, ou seja, em um novo contexto sem suas qualidades típicas e iniciais. Mais tarde, os aquemênidas emprestaram as conquistas culturais do antigo Oriente Próximo por intermédio dos medos.[23] J. Curtis argues against the minimalist position that there is nothing readily identifiable as Median art, but rather asserts that those objects that may be characterized as Median were heavily influenced by the Assyrian art.[55][56]

Heródoto faz uma descrição do palácio de Déjoces em Ecbátana, que, segundo ele, era um complexo arquitetônico construído em uma colina e cercado por sete círculos de paredes, de modo que as ameias de cada parede superavam as da parede seguinte fora dele. O próprio palácio e os tesouros reais estavam dentro do círculo mais interno. As ameias desses círculos foram pintadas com sete cores diferentes, o que atesta que os medos desenvolveram um rico policromado; e os dois círculos internos foram cobertos com prata e ouro, respectivamente. As contribuições artísticas dos ourives medos também são mencionadas nos registros persas.[23]

A arte pictórica até agora foi escavada em quantidades absurdamente pequenas e em qualidade um tanto decepcionante. As evidências mostram que a arte pictórica meda foi fortemente influenciada pelos babilônios, assírios, elamitas e, talvez, pela primeira fase do “estilo animal” do Oriente Próximo. Em Hamadã, foi descoberta uma placa de bronze com a inscrição de um rei de Abadana, um pequeno reino a oeste dos postos avançados assírios. A placa mostra o rei vestido de forma semelhante aos vestidos babilônicos do período cassita tardio. Outro objeto inscrito é um selo cilíndrico com um herói lutando contra um monstro, o estilo da cena e da inscrição está relacionado ao estilo elamita em Susã, mas o toucado do herói é típico dos medos nos relevos do palácio aquemênida. Outras descobertas incluem uma impressão de selo cilíndrico em estilo bruto de Nus-i Jã e selos cilíndricos em diferentes estilos mesopotâmicos provenientes das ruínas e proximidades de Hamadã, com alguns datando do século VIII e VII a.C. Essas descobertas revelam forte influência de outras civilizações, mas não apresentam traços distintivos de uma autêntica arte meda. O artesanato local é indicado por jarros de bronze escavados. A pintura arquitetônica, atestada tanto em Baba Jan quanto em Nus-i Jã, pode ser comparada ao estilo geométrico não muito sofisticado encontrado em Tepe Sialk. R. D. Barnett argumentou que o chamado estilo cita, mais precisamente a fase mais antiga deste estilo, também fizesse parte da arte meda contemporânea (final do século VIII a.C.). Até agora, no entanto, essa teoria não foi provada nem refutada.

Muitas vezes, objetos em estilo meio assírio, meio aquemênida foram atribuídos a arte meda, mas isso deve ser considerado com muita cautela.[57] Um trecho da "Crônica Babilônica" registra que após a conquista de Ecbátana, Ciro levou a prata, o ouro, bens, propriedades da cidade para Ansã. Embora a natureza exata desses metais preciosos e bens não seja especificada, exceto pela menção de que se tratava de material portátil, é possível que objetos artesanais medos, bem como objetos estatais ou religiosos, estiveram entre os despojos.[54]

Greek references to "Median" people make no clear distinction between the "Persians" and the "Medians"; in fact for a Greek to become "too closely associated with Iranian culture" was "to become Medianized, not Persianized".[11] The Median kingdom was a short-lived Iranian state and the textual and archaeological sources of that period are rare and little could be known from the Median culture.[58]

O recurso econômico básico na região era a pastorícia, conforme indicado nos registros de saques e tributos assírios. Um primeiro fator para o desenvolvimento econômico foi a criação de raças valiosas, como cavalos para uso militar e camelos bactrianos para transporte comercial. A proximidade com o Império Assírio, mas também com Urartu, Elão e Babilônia, tornou a criação desses animais bastante lucrativa. No entanto, o fator econômico mais importante foi a localização estratégica dos medos ao longo da principal rota comercial, a estrada do Coração, que conectava a Mesopotâmia à Ásia Central.[42]

Os relevos dos palácios assírios retratam habitantes das regiões montanhosas do leste usando as mesmas túnicas, casacos de pele de ovelha, botas com cordões e penteados. Essa evidência visual sugere uma semelhança nos modos de vida dos povos do oeste do Irã, sem distinções significativas aparentes entre os medos e seus vizinhos. As únicas referências diretas ao estilo de vida medo ocorrem em um texto do século VII a.C., conhecido como "Geografia de Sargão", mencionando um principado/chiefdom medo, Karzinu, alcançado pelas forças assírias em 716 a.C. Como de costume, os estrangeiros não mesopotâmicos são caracterizados de forma negativa, listando os elementos culturais assírios que os estrangeiros supostamente não possuíam. A descrição do povo de Karzinu deixa claro que eles diferiam em muitos aspectos, incluindo penteado, práticas funerárias e dieta, dos hábitos culturais das partes ocidentais do Império Assírio.

Provavelmente, os criadores de gado medos praticavam a transumância, habitando seus assentamentos no inverno e passando o verão em pastagens nas montanhas. As informações obtidas da campanha de Sargão fornecem uma rara referência à agricultura meda, sugerindo uma economia rural robusta que combinava pecuária e agricultura, embora não houvesse artesanato ou indústrias notáveis dignas de menção. O grau de participação dos medos no comércio que passava por seus territórios entre a Mesopotâmia e as terras mais a leste é desconhecido. Os assírios recebiam vários produtos dos medos, incluindo cavalos, mulas, camelos bactrianos, bois, ovelhas e cabras. No entanto, não há produtos acabados sofisticados como têxteis preciosos, metalurgia ou móveis, e não há produtos de luxo além do lápis-lazúli.[5]

Os medos eram definidos por sua vida nas Montanhas Zagros. Eles cultivavam grãos nos amplos vales e pastoreavam seus animais nas encostas das colinas, mudando das pastagens de verão para as de inverno conforme o clima exigia. Os medos criavam ovelhas, cabras e gado para carne, leite e lã, mas eram os cavalos medos que eram considerados seu recurso mais valioso. Os medos eram conhecidos por sua equitação, e quando os assírios exigiam tributo deles, era quase sempre na forma de cavalos treinados para montaria.[21]

Curdos e medos

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O historiador e linguista russo Vladimir Minorsky sugeriu que os medos, que habitavam a região onde os curdos formam a maioria atualmente, poderiam ter sido os antepassados dos curdos modernos. Ele também afirma que os medos que invadiram a região no século VIII a.C. tinham semelhanças linguísticas com os curdos. Essa visão foi aceita por muitos nacionalistas curdos no século XX. No entanto, Martin van Bruinessen, um estudioso holandês, argumenta contra a tentativa de considerar os medos como ancestrais dos curdos.[59]

"Embora alguns intelectuais curdos afirmem que seu povo descende dos medos, não há evidências que permitam tal conexão ao longo da considerável lacuna temporal entre a dominação política dos medos e a primeira menção dos curdos" - van Bruinessen

Gernot Ludwig Windfuhr, professor de Estudos Iranianos, identificou as línguas curdas como sendo de origem parta, embora com um substrato da língua meda.[60] David Neil MacKenzie, uma autoridade na língua curda, afirmou que o curdo estava mais próximo do persa e questionou a visão "tradicional" de que o curdo, devido às suas diferenças em relação ao persa, deveria ser considerado uma língua iraniana do noroeste.[61] O curdólogo e iranólogo Garnik Asatrian afirmou que "os dialetos iranianos centrais, e principalmente aqueles da área de Kashan em primeiro lugar, bem como os dialetos Azari (também chamados de Tati do Sul), são provavelmente os únicos dialetos iranianos que podem pretender ser os descendentes diretos da língua meda... Em geral, a relação entre curdo e medo não é mais próxima do que as afinidades entre este último e outros dialetos do noroeste - balúchi, talishi, sul do Cáspio, zaza, gurani, curdo (soranî, kurmancî, kelhorî)".[62][63] Asatrian também afirmou que "não há motivos sérios para sugerir uma afinidade genética especial dentro do iraniano do noroeste entre esta antiga língua [meda] e o curdo."[64]

Notas e referências

Notas

Referências

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Fontes adicionais

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Categoria:Medos