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Guaibasaurus

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Guaibasaurus
Intervalo temporal: Triássico Superior
225,42 Ma
Diagrama esqueletal mostrando os elementos preservados em três dos espécimes conhecidos de Guaibasaurus candelariensis
Classificação científica edit
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Clado: Dinosauria
Clado: Saurischia
Clado: Sauropodomorpha
Família: Guaibasauridae
Gênero: Guaibasaurus
Bonaparte et al., 1999
Espécies:
G. candelariensis
Nome binomial
Guaibasaurus candelariensis
Bonaparte et al., 1999
Reconstrução esquelética de um Guaibasaurus.

Guaibasaurus é um género extinto de dinossauro basal encontrado no Triássico do Rio Grande do Sul, Brasil.[1]

Réplica do Guaibasaurus no Museu Aristides Carlos Rodrigues.
Guaibasaurus. Réplica de Clóvis Dapper, no parque Floriball em Canela.
Réplica do Guaibasaurus.

O Guaibasaurus foi originalmente nomeado em função do holótipo MCN PV2355, um bem preservado esqueleto pós-craniano parcial e o parátipo, MCN PV2356, membro posterior esquerdo articulado e quase completo, que foram descobertos em Sesmaria do Pinhal 2 uma localidade perto de Candelária, Rio Grande do Sul, Brasil. Mais tarde, duas amostras adicionais foram classificadas como G. candelariensis: UFRGS PV0725T é um esqueleto articulado, quase completo, pós-craniano, faltando um membro anterior, ambos os pés e o pescoço e o MCN PV 10112 que ainda está sendo preparado, contendo partes articuladas e alguns elementos isolados, incluindo uma mão parcial. Os materiais referidos foram coletados na localidade da Linha São Luiz, perto da cidade de Faxinal do Soturno.[1] Todos os espécimes, foram coletados nestas duas localidades da porção inferior da Formação Caturrita (Rosário do Grupo Sul, Bacia do Paraná), que datam do início da fauna do Noriano, estágio de final do Triássico, cerca de 225 milhões de anos atrás.[1][2][3]

Guaibasaurus foi nomeado por José F. Bonaparte, Jorge Ferigolo e Ana Maria Ribeiro, em 1999. A espécie-tipo é Guaibasaurus candelariensis. O nome genérico do holótipo foi dado em homenagem ao Rio Guaíba, por causa do Projeto Prό-Guaíba, um programa de apoio científico à pesquisa de fósseis do período Triássico. O nome específico é uma homenagem a cidade Candelária, que fica próximo ao local onde os fósseis foram encontrados.[4]

José Bonaparte e seus colegas na sua descrição do gênero feita em 1999, classificou como um saurísquio basal e colocou-o em sua própria família, Guaibasauridae. Bonaparte e colegas (2007) colocaram outro dinossauro o Saturnalia tupiniquim, outro dinossauro encontrado na região e muito semelhante a este e na família Guaibasauridae, como um grupo de saurischias primitivo. Bonaparte descobriu que essa forma pode ter sido Sauropodomorpha primitivo, ou um conjunto de formas com um ancestral comum dos Sauropodomorpha e terópodes. No geral, Bonaparte descobriu que ambos os terópodes Saturnalia e Guaibasaurus eram mais semelhantes as prossaurópodes.[5] No entanto, as análises cladísticas mais recentes definem os membros da família Guaibasauridae como Sauropodomorphas muito basal,[6][7][8] exceto o Guaibasaurus que foi classificado como um terópode basal[1] ou um sauropodomorfo basal.[9][10]

Referências

  1. a b c d Max C. Langer, Jonathas S. Bittencourt and Cesar L. Schultz (2011). «A reassessment of the basal dinosaur Guaibasaurus candelariensis, from the Late Triassic Caturrita Formation of south Brazil». Earth and Environmental Science Transactions of the Royal Society of Edinburgh. 101 (3-4): 301–332. doi:10.1017/S175569101102007X 
  2. Marina B. Soares, Cesar L. Schultz and Bruno L. D. Horn (2011). «New information on Riograndia guaibensis Bonaparte, Ferigolo & Ribeiro, 2001 (Eucynodontia, Tritheledontidae) from the Late Triassic of southern Brazil: anatomical and biostratigraphic implications» (PDF). Anais da Academia Brasileira de Ciências. 83 (1): 329–354 
  3. Langer, Max C.; Ramezani, Jahandar; Da Rosa, Átila A.S. (maio de 2018). «U-Pb age constraints on dinosaur rise from south Brazil». Gondwana Research (em inglês). 57: 133–140. doi:10.1016/j.gr.2018.01.005 
  4. José F. Bonaparte, Jorge Ferigolo and Ana Maria Ribeiro (1999). «A new early Late Triassic saurischian dinosaur from Rio Grande do Sol state, Brazil» (PDF). Proceedings of the Second Gondwanan Dinosaur Symposium, National Science Museum Monographs. 15: 89–109 
  5. Bonaparte, J.F., Brea, G., Schultz, C.L., and Martinelli, A.G. (2007). "A new specimen of Guaibasaurus candelariensis (basal Saurischia) from the Late Triassic Caturrita Formation of southern Brazil." Historical Biology, 19(1): 73-82.
  6. Yates, Adam M. (2007). «The first complete skull of the Triassic dinosaur Melanorosaurus Haughton (Sauropodomorpha: Anchisauria)». In Barrett & Batten (eds.), Evolution and Palaeobiology. 77: 9–55. ISBN 9781405169332 
  7. Pol D., Garrido A., Cerda I.A. (2011). «A New Sauropodomorph Dinosaur from the Early Jurassic of Patagonia and the Origin and Evolution of the Sauropod-type Sacrum». PLoS ONE. 6 (1): e14572. PMC 3027623Acessível livremente. PMID 21298087. doi:10.1371/journal.pone.0014572 
  8. Cecilia Apaldetti, Ricardo N. Martinez, Oscar A. Alcober and Diego Pol (2011). «A New Basal Sauropodomorph (Dinosauria: Saurischia) from Quebrada del Barro Formation (Marayes-El Carrizal Basin), Northwestern Argentina». PLoS ONE. 6 (11): e26964. doi:10.1371/journal.pone.0026964 
  9. Ezcurra, M. D. (2010). «A new early dinosaur (Saurischia: Sauropodomorpha) from the Late Triassic of Argentina: a reassessment of dinosaur origin and phylogeny». Journal of Systematic Palaeontology. 8 (3): 371–425 
  10. Fernando E. Novas, Martin D. Ezcurra, Sankar Chatterjee and T. S. Kutty (2011). «New dinosaur species from the Upper Triassic Upper Maleri and Lower Dharmaram formations of central India». Earth and Environmental Science Transactions of the Royal Society of Edinburgh. 101 (3-4): 333–349. doi:10.1017/S1755691011020093 

Ligações externas

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