Ramal do Pego
Ramal do Pego | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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O Ramal do Pego é um ramal ferroviário industrial com cerca de sete quilómetros de extensão, que entronca na Linha da Beira Baixa, no centro de Portugal. Foi construído para abastecer a Central Termoeléctrica do Pego, nas imediações da cidade de Abrantes.[1]
Descrição
[editar | editar código-fonte]Tem início na estação de Mouriscas-A,[carece de fontes] da Linha da Beira Baixa, e termina na central eléctrica do Pego.[2] Atravessa o rio Tejo num ponte rodo-ferroviária.[2]
História
[editar | editar código-fonte]Quando foi planeada a Central do Pego, decidiu-se que o abastecimento de carvão iria ser feito através de grandes embarcações até ao Porto de Sines, sendo o resto do percurso até ao Pego assegurado por comboios.[2] O ramal foi construído em conjunto com a central, tendo sido concluído quando foram instalados os grupos geradores.[2] Em 1991 foi terminada a ligação ferroviária ao Porto de Sines, e em 1992 começaram a circular os comboios entre Sines e o Pego.[2] Estes eram compostos por vagões especiais que tinham sido adquiridos para este fim pela empresa EDP, que então era a proprietária da central eléctrica, tendo sido rebocados por locomotivas da série 1900 até à electrificação.[2]
Nos princípios da década de 1990, a operadora Caminhos de Ferro Portugueses lançou um ambicioso programa de modernização da sua rede ferroviária, no contexto do qual seriam melhorados alguns corredores considerados de grande importância, como o Ramal do Pego.[3] Com efeito, o percurso entre o Porto de Sines e a Central do Pego foi integrado no chamado Itinerário dos Granéis Sólidos, que também incluiu outras rotas de mercadorias na região meridional do país, e que entre outras obras previa a electrificação do Ramal do Pego.[2] Em 1994, os trabalhos de electrificação do ramal encontravam-se quase terminados, prevendo-se já então que que as locomotivas da Série 5600, de tracção eléctrica, iriam substituir as locomotivas a gasóleo da Série 1900 no transporte de carvão entre o Porto de Sines e a Central Termoeléctrica do Pego.[4] Em 2002 foi concluída a electrificação de todo o percurso entre o Porto de Sines e a central eléctrica do Pego, em 25 kV 50Hz, permitindo o arranque da Rota dos granéis, correspondendo ao trânsito ferroviário entre aqueles dois pontos.[5]
Em Novembro de 2021, a Central Termoeléctrica do Pego deixou de utilizar carvão no seu funcionamento, medida que foi tomada no âmbito das políticas do governo para a redução das emissões de gases de estufa.[6][7]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Beira alta, Beira baja y los Ramales de Cáceres y Badajoz». Maquetren (em espanhol). Ano 3 (30). 1994. p. 6
- ↑ a b c d e f g CONCEIÇÃO, Marcos A. (2002). «Línea de Sines». Maquetren (em espanhol). Ano 11 (106). Madrid: Revistas Profesionales. p. 64–65
- ↑ LEVY, Mauricio (Julho–Agosto de 1994). «Los portugueses se centrarán en la mejora de las cercanías». Via Libre (em espanhol). Ano 31 (367). Madrid: Fundación de los Ferrocarriles Españoles. p. 28. ISSN 1134-1416
- ↑ BRAZÃO, Carlos (1994). «Noticias». Maquetren (em espanhol). Ano 3 (21). Madrid: Resistor, S. A. p. 63
- ↑ TÃO, Manuel Margarido (2005). «Atrelagens: Uma Breve Abordagem Histórica». O Foguete. Ano 4 (13). Entroncamento: Associação de Amigos do Museu Nacional Ferroviário. p. 36-38. ISSN 1647-7073
- ↑ «19 de novembro de 2021, uma "data histórica". Portugal deixou definitivamente de usar carvão na produção de eletricidade». SAPO 24. 21 de Novembro de 2021. Consultado em 22 de Novembro de 2021
- ↑ «Governo confirma compromisso de atingir neutralidade carbónica». 4 de dezembro de 2018
Ligações externas
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